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Ativação de LT, subpopulações e citocinas Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano Doutoranda Programada de Pós- graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias Curso técnico em análises clínicas Ativação dos LT Início: Microrganismos e antígenos que atravessam a barreira epitelial são fagocitados ou reconhecidos pelas células dendríticas imaturas. As células dendríticas que reconhecem os micro organismos iniciam o processo de amadurecimento e migração para o linfonodo regional (zona LT). 1º sinal: as APC apresentam os antígenos aos linfócitos T via MHC. 2º sinal: As APC’s devidamente ativadas, expressam moléculas co-estimulatórias (como B7-1, B7-2 e CD58) 3º sinal: as APC’s secretarem citocinas que ajudam a determinar o perfil de LT efetor gerados após a ativação. FONTE: Abbas, 10 ed. Ativação dos LTCD4+ 1º sinal : APC’s apresentam antígenos proteicos que foram endocitados, associados ao MHC-II para linfócitos T naives, formando uma sinapse imunológica. 2º sinal: As APC’s expressam moléculas co-estimulatórias (como B7-1, B7-2 e CD58) que se ligam aos LT (via CD28 e CD2) 3º sinal: APC's secretarem citocinas (Ex. IL-12) que determinarão o perfil de diferenciação da célula LTCD4+ para célula T efetora. Na sinapse imunológica realizada entre APC e o LT também são expressos moléculas de adesão (Ex. moléculas LFA-1, que está presente no LT e se liga à molécula ICAM-1 presente na APC, interações entre integrinas e moléculas SLAM-SLAML) que ajudam na sinalização eficaz e prolongada para promover devidamente a ativação do LT. Co- estimuladores dos LTCD 4+ O reconhecimento antigênico pelo LTCD4+ estimula a produção de IL-2, que promove a expansão clonal e específica daquelas células que foram ativadas. Os Linfócitos TCD4+ efetores expressam moléculas na superfície (Ex. CD40) e liberam citocinas (Ex. INFγ ou IL-4) que exercem uma série de efeitos biológicos em outras células do sistema imune, como no caso do linfócito B(ativando a produção de anticorpos, a mudança de classe de Ig e de afinidade),macrófagos (aumentando a produção de moléculas microbicidas que levam amorte de patógenos fagocitados) e células dendríticas (melhorando a apresentação de antígenos, amplificando o perfil de_resposta). Ao final da ativação, também são gerados LT de memória que participam da vigilância imunológica contra futuras infecções com o mesmo patógeno. Ativação de células T CD8+ Antígenos proteicos citozoicos são apresentados via MHC-I aos LTCD8+ naives, juntamente com moléculas co-estimulatórias e geralmente acompanhadas por sinais liberados por linfócitos T auxiliares ativados. O auxilio do LTCD4 + efetor na ativação de LTCD8 + é necessário por que em infecções virais latentes e tumores, as reações de ativação do sistema imune inato são fracas, sendo necessário que o LTCD4 + efetor secrete citocinas que auxiliam na diferenciação da célula CD8 + para LT citotóxicos, além de estimular APC’s (viaCD40) tornando-as mais eficazes na apresentação de antígenos aos linfócitos CD8+ A expansão clonal dos LTCD8+ ativados é estimulada pela produção de IL-12/IL-15/IL-7 e sua diferenciação em CTL’s (células citotóxicas) envolve a síntese de grânulos citoplasmáticos (como as granzimas e perforinas). As CTL’s são capazes de interagir com células infectadas via MHC-I, formando uma sinapse onde são secretados grânulos que levam a morte da célula-alvo infectada. Estas células também representam uma fonte de citocinas (principalmente IFNγ e TNF) que estimulam a inflamação e a ativação de fagócitos. CO- ESTIMULADORES LTCD8+ Subpopulações Vários subtipos de células T efetoras Dois subtipos principais: células T auxiliares (Th) e células T citotóxicas, compartilhando em sua superfície um receptor TCR alfa-beta e as moléculas co-receptoras, CD4 ou CD8, respectivamente. Ambos os subtipos apresentam papel muito importante no controle de patógenos intracelulares. Células T Gama/ Delta Células T reguladoras Th helpers São responsáveis por orquestrar outras células da resposta imune para erradicar patógenos e são também muito importantes na ativação dos linfócitos B (LB), macrófagos ou mesmo LT CD8. As células Th são subdivididas funcionalmente pelo padrão de citocinas que produzem. Durante o estímulo fornecido por uma célula apresentadora de antígenos (APC), um linfócito precursor Th0 pode se tornar uma célula Th1, Th2 ou Th17, na dependência do ambiente de citocinas presente. Fonte:Linfócitos T: da imunobiologia aos imunobiológicos (moreirajr) Células T Gama- Delta Encontrado especialmente nas barreiras de mucosa e na pele Elo entre a resposta imune inata e adaptativa. A maioria das células T compartilham um TCR heterodimérico composto por cadeias alfa- beta LT GAMA-BETA apresentam TCR GAMA- BETA Respondem ao antígeno mesmo sem apresentação via molécula de MHC Possuem Memória imunológica Funções efetoras variadas, podendo: citotoxicidade mediada por perforinas e granzimas, função auxiliar ao liberar citocina- INF-g (Th1) ou IL-4 (Th2), podem atuar como APCs, são capazes de ativar células dendríticas e LB e ampliam a resposta imune celular como humoral, Células T imuno-regulatórias Mantêm a auto-tolerância imunológica e desenpenham seu papel no controle das respostas auto-imunes . há grande interesse em sua potencial aplicação no tratamento das doenças auto-imunes. As células com função imuno-regulatória apresentam como característica básica a capacidade de produção de citocinas imunossupressoras, como IL-4, IL-10 e TGF-b . Entre as células T com função imuno-regulatória estão as células T regulatórias de ocorrência natural (TREGS CD4+CD25+), células TR1 que regulam mediante a produção de IL-10 e suprimem o desenvolvimento de algumas respostas de células T in vivo e as células Th3. Citocinas Nas respostas imunes adaptativas, células T auxiliares CD4+ produzem a maior quantidade e variedade de citocinas, mas citocinas produzidas por células T CD8+ e células B também desempenham papéis importantes. As citocinas secretadas por células dendríticas e por outras APCs têm funções essenciais para o desenvolvimento das respostas das células T. As citocinas produzidas durante as respostas imunes adaptativas estão envolvidas na proliferação e diferenciação de células B e T estimuladas por antígeno e nas funções efetoras das células T. A maioria destas citocinas atua sobre as células que as produzem (ação autócrina) ou em células vizinhas (ação parácrina). Interleucina 2 A interleucina-2 (IL-2) é um fator de crescimento, sobrevivência e diferenciação de linfócitos T, que desempenha um papel importante na indução de respostas das células T e no controle das respostas imunes. Os receptores funcionais de IL-2 são expressos transitoriamente na ativação de células T imaturas e efetoras; células T reguladoras sempre expressam alta afinidade por receptores de IL-2. Bloqueio terapêutico da ativação de Linfócitos Com base no entendimento dessas vias de coestimulação, novos agentes terapêuticos estão sendo desenvolvidos para o controle de respostas imunes prejudiciais CTLA-4-Ig: proteína de fusão que liga-se a B7-1 e B7-2 e bloqueia a interação B7: CD28. Bloqueia estímulos de doenças autoimunes Onde são utilizados? Artrite reumatoide Rejeição a transplantes Em avaliação: eficácia no tratamento de outras doenças inflamatória como a psoríase e a doença de Crohn. Os inibidores da via de CD40L:CD40 estão também sendo usados em ensaios clínicos para rejeição a transplantes e doenças inflamatória crônicas. Obrigada!!!! montalbano.c@hotmail.com