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Estudos Disciplinares VIII - 2020

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• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Restos 
Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter 
passado! Eu juro, seu poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! 
Eu vim catar verdura, sempre acho umas tomate, umas cenoura, uns 
pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço podre, 
que dá pra comer... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o 
maior susto. Quase desmaiei, até. Eu, uma mulher assim fornida que 
nem o seu poliça tá vendo, imagina: fiquei de pernas bamba. Me deu 
até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que 
só o senhor cheirando pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais 
sagrado! Tinha sim um anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! 
Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto chorar. A gente via pela 
sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de 
tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei 
morrendo de pena... E de medo, também... Os olho... É do que mais 
me alembro... Esbugalhado, mas com a bola preta virada pra dentro, 
sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo. 
 
SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação Linguística e texto 
literário: perspectivas para o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 
4, 2010, p. 3310 (com adaptações). 
 
Considerando a linguagem utilizada no texto “Restos”, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I - A utilização do pronome oblíquo átono antes do verbo (próclise) no 
trecho “Me deu até tontura” é característica do português brasileiro, 
mas não abonada, para a língua escrita, pela gramática normativa. 
PORQUE 
II - As regras normatizadas de colocação pronominal não 
correspondem às tendências fonológicas do português brasileiro. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II 
é uma justificativa da I. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia os textos a seguir. 
 
Texto 1 
 
Porquinho-da-Índia 
 
Quando eu tinha seis anos 
Ganhei um porquinho-da-índia. 
Que dor de coração me dava 
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! 
Levava ele pra sala 
 
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos, 
Ele não se importava: 
Queria era estar debaixo do fogão. 
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... 
O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. 
 
Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MzIwNzQ1/. Acesso em: 24 
fev. 2020. 
 
Texto 2 
 
Madrigal Tão Engraçadinho 
 
Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha 
[vida, inclusive o porquinho-da-índia que 
[me deram quando eu tinha seis anos. 
 
BANDEIRA, M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2000, p. 36. 
 
Os textos 1 e 2: 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Estão em consonância com a estética do Modernismo, 
pois são construídos em versos livres e com linguagem 
que se aproxima da prosa, características pertinentes a 
esse estilo literário. 
 
 
• Pergunta 3 
0 em 1 pontos 
 
Leia os fragmentos dos textos a seguir. 
 
Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as 
palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto 
literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: 
a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por 
parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um 
discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se 
fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, 
um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo 
grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a 
plurissignificação do texto literário. 
GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 
5. 
 
Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os 
paralelismos e as repetições constituem outros tantos meios de o 
escritor transformar a linguagem usual em linguagem literária. 
AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 
1979, p.58 (com adaptações). 
 
 
Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações a 
seguir. 
I - A plurissignificação de um texto literário é construída pela 
combinação de elementos que vão além da significação das palavras 
que o compõem. 
II - A construção do texto literário envolve um processo de seleção e 
combinação de palavras baseados, necessariamente, no uso de 
metáforas. 
III - A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção 
e combinação de palavras. 
IV - O texto literário se diferencia do não literário por não depender de 
significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e 
combinação das palavras. 
É correto apenas o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
II, III e IV. 
 
 
• Pergunta 4 
0 em 1 pontos 
 
Paradigma pronominal do português brasileiro. 
 
DUARTE, I; LEIRIA, I. (orgs.). Actas do Congresso Internacional sobre 
o Português. v. II, 1996, p. 211-237 (com adaptações). 
 
Considerando o quadro do paradigma pronominal do português 
brasileiro, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I - No enunciado “Ela estava nervosa, porque o filho dela desmaiou de 
tanta fome”, o uso da combinação pronominal “dela” evidencia 
mudança no sistema pronominal brasileiro. 
PORQUE 
II - O uso do possessivo “seu” pode causar ambiguidade, dada a 
reestruturação no paradigma pronominal do português brasileiro, com a 
entrada do pronome “você” – oriundo da forma de tratamento “Vossa 
Mercê” – como variante ou substitutivo do pronome “tu”. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma 
proposição verdadeira. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Mestre do coro 
Vou pidi a Santa Bárbara. 
Pra ela me ajudá. 
Coro 
Santa Bárbara que relampuê 
Santa Bárbara que relampuá 
Esse estribilho é repetido várias vezes, em ritmo cada vez mais rápido, 
 
até que Minha Tia surje no alto da ladeira e apregoa num canto sonoro. 
Minha Tia 
Óia, o ca-ru-ru! Cessam de repente o canto e o acompanhamento. Os 
jogadores param de jogar. (...) 
Coca 
(Tira do bolso uma nota e coloca-a sobre o balcão) Aposto cem. 
Galego 
(Coloca uma nota sobre a de Mestre Coca) 
Casado. 
(...) 
Coca 
O Galego diz que o padreco não deixa o homem entrar. Eu digo que vai 
acabar entrando, hoje mesmo, com cruz e tudo. 
Galego 
Entra nada. Yo conheço esse padre. Moça com vestido decotado no 
entra nesta igreja. Yo mismo já vi ele parar la missa até que uma turista 
americana, de calças compridas, se retirasse... 
 
GOMES, D. O Pagador de promessas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005, 
p. 78-9. 
 
Tomando por base o excerto da peça O Pagador de Promessas e 
levando em conta as especificidades da linguagem dramática, avalie as 
seguintes afirmativas. 
I - O texto dramático, sobretudo na linguagem dos personagens, 
reproduz, artisticamente, padrões de fala do cotidiano. 
II - O texto dramático, no que diz respeito às rubricas ou marcações de 
cena, registra a presença da figura autoral. 
III - O texto dramático, ao registrar padrões da fala, tende a se tornar 
historicamente datado e, consequentemente, prejudicado quanto ao 
aspecto artístico. 
Está certo o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: d. 
I e II. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia as afirmativas: 
I - A modalização deôntica se aplica a uma proposição relacionada à 
necessidade ou à possibilidade de atos realizados por agentes 
moralmente responsáveis, porém o que essa proposição descreve não 
é um ato propriamente dito, mas o estado de coisas que será obtido se 
o ato em questão for cumprido. A necessidade deôntica (a obrigação) é 
sempre derivada de alguma fonte ou causa (uma pessoa, uma 
instituição, um conjunto de princípios morais ou legais, ou até mesmo 
alguma compulsão interna). 
PORQUEII - A modalização deôntica, relacionada aos valores de permissão, 
obrigação e proibição, refere-se ao eixo da conduta; portanto está 
"condicionada por traços lexicais específicos ao enunciador (controle) 
 
e, de outro lado, implica que o enunciatário aceite o valor de verdade 
do enunciado, para executá-lo. 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
As afirmativas I e II são verdadeiras, e a II é 
justificativa da I. 
 
 
• Pergunta 7 
0 em 1 pontos 
 
Considerando o enunciado “você tem horas?”, é possível concluir, 
dentro de uma situação de uso cotidiana (em que uma pessoa faz tal 
pergunta a outra, na rua, por exemplo), que tal enunciado não 
signifique que a pessoa que perguntou queira saber se a outra pessoa 
possui um relógio, mas está interessada sim em saber que horas são. 
Ou seja, a resposta da outra pessoa não seria adequada se fosse 
simplesmente “tenho”. Tal reflexão coloca em oposição o tratamento do 
sentido, da informação entre os campos teóricos da: 
 
Resposta Selecionada: e. 
Pragmática e Gênero Textual. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
Cheguei na beira do porto 
Onde as ondas se espáia 
As garça dá meia volta 
E senta na beira da praia 
E o cuitelinho não gosta 
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai 
Aí quando eu vim de minha terra 
Despedi da parentaia 
Eu entrei no Mato Grosso 
Dei em terras paraguaia 
Lá tinha revolução 
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai 
A tua saudade corta 
Como aço de navaia 
O coração fica aflito 
Bate uma, a outra faia 
Os óio se enche d’água 
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai 
 
A letra de música é Cuitelinho e sobre ela podemos afirmar: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
A letra tenta se aproximar da fala regional ao 
reproduzir graficamente os metaplasmos. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Autopsicografia 
 
 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
 
E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
 
PESSOA, Fernando. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & 
Irmãos, 1975, p. 255. 
 
De acordo com o poema, é específico do processo de criação literária o 
fato de o poeta: 
I - escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. 
II - ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. 
III - transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto 
estético. 
Está certo o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Considere as afirmativas a seguir. 
I - O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e 
entidades pagãs, mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristão. 
II - A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se, sobretudo, de poesia, que 
pode ser lírico-amorosa, épica e satírica. 
III - O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem 
barroca, preferindo a clareza e a ordem lógica na escrita. 
IV - O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da 
Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionário e colono português. 
V - A morte de Moema, índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de 
fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uraguai, de 
Basílio da Gama. 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
I, II, III e IV, apenas.

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