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Leishmaniose Visceral Aline C Silva DEFINIÇÃO ↳ A Leishmaniose Visceral (LV), ou calazar, é uma doença crônica grave, potencialmente fatal para o homem, cuja letalidade pode alcançar 10% quando não se institui o tratamento adequado. ↳É causada por espécies do gênero Leishmania, pertencentes ao complexo Leishmania (Leishmania) donovani1. No Brasil, o agente etiológico é a L. chagasi, espécie semelhante à L. infantum encontrada em alguns países do Mediterrâneo e da Ásia. EPIDEMIOLOGIA ↳ No Brasil, a LV clássica acomete pessoas de todas as idades, mas na maior parte das áreas endêmicas 80% dos casos registrados ocorrem em crianças com menos de 10 anos. ↳ Os hospedeiros silvestres da L. chagasi até agora conhecidos são as raposas e os marsupiais.. L. chagasi foi isolada em marsupiais do gênero Didelphis na Bahia9 e no Rio de Janeiro10. O fato destes animais possuírem hábitos sinantrópicos poderia promover a ligação entre os ciclos silvestre e doméstico. ↳ Em meados dos anos 80, constatou-se uma transformação drástica na distribuição geográfica da LV. A doença, antes restrita às áreas rurais do nordeste brasileiro, avançou para outras regiões indenes alcançando inclusive a periferia de grandes centros urbanos. Em 19 dos 27 estados brasileiros já foram registrados casos autóctones de LV. ↳ O calazar é uma doença endêmica em 88 países da região tropical e subtropical do Globo, tanto no “Velho Mundo” (África, Ásia e Europa) como no “Novo Mundo” (América Latina). ↳ Segundo dados da OMS, existem cerca de 360 milhões de pessoas sob risco, ocorrendo cerca de 1-2 milhões de novos casos por ano. A maior parte é registrada na Índia, Bangladesh, Sudão e Brasil – países que, juntos, respondem por 90% da “carga global” da doença. ↳ Na América Latina, o Brasil representa 90% de todos os casos! São cerca de 3.400 por ano. Minas Gerais e os estados da região Nordeste são os maiores responsáveis, especialmente Bahia, Ceará, Piauí e Maranhão. ↳ Outros estados contribuem com uma pequena parcela dos casos: Roraima, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Rio de Janeiro (Baixada Fluminense). No Brasil, a doença predomina no meio “periurbano”, isto é, regiões periféricas das cidades, na medida em que elas “avançam” sobre zonas rurais ou de mata virgem. TRASMISSÃO E CICLO EVOLUTIVO ↳ Não só o calazar (leishmaniose visceral), mas qualquer tipo de leishmaniose (incluindo a tegumentar) tem o mesmo ciclo evolutivo. ↳ A doença é transmitida pela picada de um mosquito flebotomíneo. No Brasil, a principal espécie transmissora é o Lutzomyia longipalpis. ↳ Este mosquito é encontrado em várias regiões do país, sendo conhecido popularmente como mosquito-palha, birigui ou tatuquira. As fêmeas do flebotomíneo têm hábito hematófago, alimentando-se no crepúsculo ou durante a noite. Abrigam-se em tocas de animais silvestres, buracos de árvores e invadem o domicílio, concentrando-se nas fendas de paredes. ↳ Esta espécie é antropozoofílica, ou seja, alimenta-se tanto do sangue humano como de outros mamíferos. Uma outra espécie de mosquito transmissor, encontrado no estado de Mato Grosso do Sul, é o Lutzomyia cruzi. ↳ Em nosso meio, os cães são os principais reservatórios da leishmaniose seguidos pela raposa (Lucalopex vetulus). Infectados pela Leishmania chagasi, estes animais podem permanecer assintomáticos ou desenvolver uma doença debilitante. ↳ O mosquito transmissor contém as formas promastigotas infectantes (metacíclicas) da L. chagasi em seu aparelho digestivo. Durante o repasto sanguíneo, este material é regurgitado, permitindo a inoculação dos parasitas na derme do hospedeiro. Neste local, são internalizados por macrófagos locais, após ligarem-se a receptores específicos. Leishmaniose Visceral Aline C Silva ↳ No interior do vacúolo fagocítico, as formas promastigotas perdem o flagelo, transformando-se em formas amastigotas. Estas se proliferam por divisão binária, gerando múltiplos protozoários que se acumulam no citoplasma do macrófago provocando o rompimento da célula. ↳ Ao serem liberados no meio extracelular, infectam novos macrófagos ou monócitos. No interior destas células, o protozoário caminha pela corrente sanguínea, alcançando órgãos do sistema reticuloendotelial, como fígado, baço e medula óssea, onde encontram novos macrófagos, mantendo um ciclo proliferativo celular. ↳ Ao picar o homem ou animal infectado, o flebotomíneo ingere monócitos contendo formas amastigotas ativas, que são libertadas no intestino do inseto. Aí encontram um meio propício para evoluírem até a forma promastigota metacíclica, invadindo retrogradamente o aparelho digestivo proximal (estômago, esôfago e faringe) do mosquito. ↳ Nesse momento, cerca de cinco dias após ter adquirido o parasita, o mosquito já pode transmiti-lo para um novo hospedeiro. QUADRO CLÍNICO RESPOSTA IMUNOLÓGICA: INFECÇÃO X DOENÇA ↳ Nem todo paciente que se infecta pela Leishmania adoece. Aliás, isso só acontece numa minoria dos casos! Estudos feitos na Bahia e no Ceará mostraram que a cada 11-18 pessoas infectadas pela L. chagasi apenas uma desenvolve as manifestações da doença. ↳ A infecção assintomática pode ser diagnosticada através do teste intradérmico de Montenegro (“leishmanina”), que mede a memória imunológica adquirida após a exposição ao parasita (uma espécie de PPD). ↳ Em algumas localidades brasileiras, até 30% da população adulta apresenta uma resposta fortemente positiva ao teste, sem qualquer história prévia de sintomas compatíveis com calazar. ↳ O tipo de resposta imune montada contra o parasita irá determinar as consequências da infecção. ↳ O surgimento de uma resposta dependente de linfócitos Th1 (imunidade celular) geralmente é capaz de conter o processo infeccioso, determinando formas assintomáticas ou oligossintomáticas. Estes linfócitos – por intermédio de citocinas como IL-12, IFN-gama e TNF- alfa – ativam os macrófagos, o que aumenta sobremaneira seu poder microbicida levando à destruição das formas amastigotas intracelulares. ↳ Por outro lado, em alguns pacientes o perfil de citocinas secretadas é diferente (ex.: maior secreção de IL-10, uma citocina que não estimula uma eliminação eficaz das formas amastigotas de Leishmania) e desse modo a resposta Th1 acaba sendo frustrada, permitindo a multiplicação desenfreada do parasita no interior dos macrófagos do sistema reticuloendotelial de órgãos como fígado, baço e medula óssea. ↳ Como resultado, teremos uma “hiperplasia reativa” desses tecidos, provocando acentuada hepatoesplenomegalia e ocupação medular com pancitopenia. ↳ A liberação de níveis elevados de citocinas pelos macrófagos parasitados explica a febre e a síndrome consumptiva, compondo o quadro clínico do calazar. ↳ Outra consequência da proliferação parasitária é a exposição de uma grande quantidade de antígenos da Leishmania ao “braço” humoral do sistema imune, com hiperativação de linfócitos B produtores de anticorpos. ↳ No calazar, esta resposta costuma ser exagerada, determinando plasmocitose medular e hipergamaglobulinemia policlonal, dois importantes marcos laboratoriais da doença! ↳Em alguns doentes, inclusive, a relação albumina/globulina do plasma torna-se invertida, assemelhando-se ao que acontece no mieloma múltiplo. Leishmaniose Visceral Aline C Silva ↳Contudo, o aumento de globulinas no calazar – como dissemos – é policlonal, ao passo que no MM e em outras “discrasias plasmocitárias” este aumento é monoclonal. FORMA OLIGOSSINTOMÁTICA ↳ Nas áreas endêmicas, esta é a forma mais comum da doença. ↳ Os sinais e sintomas são inespecíficos e são constituídos por febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia, sudorese e discreta hepatomegalia. ↳ Apesar de ser a forma mais comum de leishmaniosevisceral, é muito pouco diagnosticada, dada a inespecificidade dos sintomas. O paciente costuma pensar que está com uma “virose prolongada”. ↳ Qual é a história natural dessa forma da doença? Uma parte (cerca de 60-70%) evolui com resolução espontânea do quadro em 3-6 meses. O restante progride para o calazar clássico. FORMA AGUDA ↳ Esta forma de apresentação da leishmaniose visceral pode ser facilmente confundida com outras síndromes febris agudas que cursam com esplenomegalia (febre tifoide, malária, febre de Katayama da esquistossomose, doença de Chagas aguda, endocardite bacteriana etc.). ↳ Manifesta-se frequentemente com febre alta, calafrios, diarreia (pode ser do tipo disenteria) e esplenomegalia até 5 cm do RCE. ↳ A tendência do hemograma é para a pancitopenia (Hg < 10 g/dl, leucometria entre 2.000-4.000/mm3, plaquetometria < 200.000/ mm3); não há eosinofilia. 4. FORMA CRÔNICA – CALAZAR CLÁSSICO ↳ Esta é forma mais importante e marcante. Predomina em crianças < 10 anos e em pacientes imunodeprimidos (ex.: Aids, transplantados). ↳ Seu curso é prolongado e insidioso, com um período de incubação médio de 3-8 meses, mas podendo ser tão curto quanto dez dias ou tão longo quanto três anos. ↳ A febre pode ser persistente, com dois a três picos diários, em torno de 38-38,5oC, ou intermitente e irregular, com períodos de apirexia durando dias a semanas. ↳ Associado à febre, o paciente pode relatar tosse seca, mal-estar (um quadro muito semelhante a uma pneumonia atípica – “gripe ou resfriado que não passa”), astenia e sintomas gastrointestinais (anorexia, diarreia, disenteria, constipação). ↳ Com o progredir da doença, nota-se a típica perda ponderal que pode levar ao estado de caquexia. ↳ O exame físico revela palidez cutaneomucosa, desnutrição, cabelos quebradiços, pele de coloração pardacenta ou de cera vermelha (nas Américas) ou escurecida (na Índia), abdome volumoso, por conta de uma hepatoesplenomegalia de grande monta. ↳ O baço costuma ser palpável a mais de 5 cm do RCE. Algumas vezes pode atingir a cicatriz umbilical e até mesmo repousar na crista ilíaca do lado oposto. ↳ O desconforto abdominal pode ser o primeiro sintoma a trazer o paciente ao médico. ↳ À medida em que a doença progride, a pancitopenia torna-se grave, provocando complicações, como intensa astenia, dispneia e insuficiência cardíaca (anemia), infecções bacterianas e sepse (neutropenia) e epistaxe/gengivorragia (plaquetopenia). Se não tratado, o paciente evolui com infecções bacterianas fatais, principal causa de óbito nessa forma da doença. ↳ O laboratório revela os seguintes achados: 1. Pancitopenia em grau variado, explicada pela ocupação medular e pelo hiperesplenismo – hemoglobina < 9 g/dl (anemia normocítica normocrômica), leucometria < 3.000/mm3 e plaquetometria < 100.000/mm3 2. VHS elevado Leishmaniose Visceral Aline C Silva 3. Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia policlonal – inversão da relação Alb/ Glb 4. Discreta elevação das aminotransferases e raramente das bilirrubinas. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ↳ O calazar deve ser considerado no diagnóstico diferencial de todo paciente com febre prolongada e esplenomegalia, particularmente em crianças < 10 anos moradoras de área endêmica ou indivíduos que visitaram tais regiões nos últimos oito meses. ↳ As doenças que mais se assemelham clinicamente ao calazar são: febre tifoide, malária, endocardite infecciosa, enterobacteriose septicêmica prolongada e neoplasias hematológicas. ↳ Na febre tifoide, a anemia é menos proeminente e a esplenomegalia mais discreta. ↳ Na malária, são comuns os acessos febris que cursam com calafrios e sudorese profusa. ↳ Na endocardite infecciosa, a anemia e a esplenomegalia são menos acentuadas, sendo comum a leucocitose com desvio para esquerda, uma doença cardíaca prévia de risco e alterações cutâneas características. ↳ A doença que mais se parece com o calazar é a enterobacteriose septicêmica prolongada – causada pela adesão de Gram-negativos entéricos (geralmente, a Salmonella sp.) na superfície das formas adultas do Schistosoma mansoni que vivem na circulação venosa mesentérica. ↳ A esplenomegalia é comum na esquistossomose hepatoesplênica, levando à hipertensão porta, e também pela hiperplasia reativa estimulada pela bacteremia. ↳ Duas diferenças, entretanto, podem orientar o diagnóstico diferencial: na enterobacteriose septicêmica prolongada, o lobo esquerdo do fígado é maior que o direito e, o hemograma costuma revelar leucocitose, em vez de leucopenia. ↳ As doenças hematológicas devem sempre ser lembradas em pacientes com esplenomegalia de grande monta, com destaque para as síndromes mieloproliferativas crônicas (LMC, metaplasia mieloide agnogênica, fase avançada da policitemia vera). ↳ Uma diferença entre o calazar e as neoplasias hematológicas é que na primeira a febre e a prostração costumam ser mais proeminentes. Veja a seguir as causas de esplenomegalia maciça (>5 cm do RCE) NEOPL HEMATOLÓGICAS MIELOPROLIFERATIVAS Leucemia mieloide crônica. Metaplasia mieloide agnogênica (mielofibrose idiopática). Policitemia vera – fase de mielofibrose. NEOPL HEMATOLÓGICAS LINFOPROLIFERATIVAS Leucemia de células pilosas. Leucemia linfocítica crônica. Linfomas Mieloma múltiplo Macroglobulinemia de Waldenström 2- INFECÇÕES Esquistossomose hepatoesplênica. Calazar Síndrome da esplenomegalia hiper-reativa à malária. 3- MISCELÂNEA Talassemia major. Doença de Gaucher CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA DETECÇÃO DO PARASITO ↳ O diagnóstico do calazar deve ser confirmado pela demonstração do parasito por métodos diretos, buscando encontrar as formas amastigotas no interior de macrófagos ou monócitos. Leishmaniose Visceral Aline C Silva ↳ No esfregaço do sangue periférico, pode-se eventualmente visualizar a Leishmania sp. em monócitos circulantes por corantes do grupo Romanowski (Giemsa, Wright, Leishman), porém, a sensibilidade é < 30%. ↳ A positividade do sangue periférico é maior na coinfecção Leishmania-HIV, alcançando 50%. O aspirado de medula óssea tem sensibilidade de 70% para visualização do parasita, perdendo apenas para o exame padrão-ouro – o aspirado esplênico. ↳ A sensibilidade do aspirado esplênico é superior a 90- 95%. Quando realizado de forma cuidadosa e por clínicos experientes, a chance de complicações é pequena. ↳ Os requisitos são: esplenomegalia > 3 cm, atividade de protrombina > 60% e plaquetometria > 40.000/mm3 . Após orientar o paciente quanto à natureza do exame, ele deve ser corretamente posicionado, seguindo-se a assepsia e anestesia local. ↳ Uma agulha 20 x 0,8 mm (cor verde), conectada a uma seringa de 5 ml, é então introduzida e retirada com firmeza no baço do paciente, mantendo-se um vácuo de 1-2 cc. ↳ A pequenina quantidade de material que aparece no final da agulha (uma pequena mancha vermelha) deve ser rapidamente expelida sobre a lâmina, sendo preparado um fino esfregaço. O restante do material aspirado deve ser rinsado com salina, colocado num tubo e enviado para cultura – ver adiante. Uma vantagem do aspirado esplênico é que além da confirmação diagnóstica, é possível semiquantificar o grau de parasitismo, de acordo com a média de parasitos visualizados por campo (ocular 10X e objetiva 100X). A semiquantificação vai de +1 a +6. Outra forma de se buscar o diagnóstico é pela cultura da Leishmania em meios apropriados – sendo os mais utilizados: NNN (Novy, McNeal, Nicolle), Schneider e LIT. ↳ Após 5-15 dias, o exame já pode positivar, revelando as formas promastigotas que se proliferaram nesses meios. O aspirado de medula óssea e o esplênico são os mais usados para cultura, com uma sensibilidade em torno de 60%,complementando o exame direto. ↳ A sensibilidade é maior na coinfecção pelo HIV – mesmo o sangue periférico, através do método da gota espessa, dá uma sensibilidade próxima a 90%. Recentemente, nos pacientes coinfectados com HIV, o sangue periférico tem sido colhido para a realização do xenodiagnóstico em mosquitos flebotomíneos de laboratório, sendo a positividade bastante elevada. ↳ O método do PCR (amplificação do DNA do parasito) constitui uma nova perspectiva para o diagnóstico da leishmaniose visceral, pois apresenta 94% de sensibilidade. Entretanto, seus resultados dependem de algumas variáveis envolvidas, entre elas: área endêmica, tipo de amostra, alvo do DNA utilizado para amplificação, método de extração do DNA etc. EXAMES SOROLÓGICOS ↳ A pesquisa de anticorpos específicos para os antígenos da Leishmania sp. pode ser utilizada como triagem diagnóstica, uma vez que possui sensibilidade elevada, especialmente o ELISA. ↳ Contudo, como são feitos com extratos de Leishmania, a especificidade é limitada pelas reatividades cruzadas com doença de Chagas, tuberculose, lepra, leishmaniose tegumentar e histoplasmose. ↳ Por isso, um resultado positivo deve sempre ser confirmado pela pesquisa direta do parasita! ↳ Além disso, os exames sorológicos podem persistir positivos por longo período, mesmo após a cura. Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de manifestações clínicas, não é suficiente para autorizar o início do tratamento. ↳ Um aspecto importante: em pacientes coinfectados pelo HIV, os testes sorológicos costumam ser negativos. TESTE INTRADÉRMICO DE MONTENEGRO ↳ A injeção intradérmica do extrato de antígenos de Leishmania (“leishmanina”) é um teste semelhante ao PPD, baseando-se na “memória imunológica” dependente de linfócitos Th1. ↳ O teste é sempre negativo durante a fase ativa da doença, demonstrando que a baixa imunidade Th1 Leishmaniose Visceral Aline C Silva específica é uma condição quase que sine qua non para o desenvolvimento do calazar. ↳ Após a resolução do quadro (espontânea ou pós- tratamento bem-sucedido), o teste torna-se positivo, assim permanecendo por longos anos. Como podemos perceber, este teste nunca deve ser utilizado com diagnóstico da leishmaniose, mas sim como vigilância epidemiológica – avaliar os casos assintomáticos ou com história prévia de calazar.
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