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Embriologia do Sistema Endócrino Desenvolvimento da Glândula Tireoide A Tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver. Ela começa a se desenvolver cerca de 24 dias após a fecundação a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva, que rapidamente forma uma evaginação, sendo essa, o primórdio da tireoide. Com o passar do tempo, o embrião e a língua crescem, fazendo com que a tireoide que ainda está se desenvolvendo desça pelo pescoço, passando ventralmente ao osso hioide e as cartilagens laríngeas. No início do desenvolvimento, a tireoide é ligada à língua pelo ducto tireoglosso. O primórdio da tireoide é inicialmente oco, mas logo se torna uma massa sólida de células. É dividida em 2 lobos (direito e esquerdo) ligados pelo istmo da glândula tireoide. Na 7° semana do desenvolvimento embrionário, a tireoie assume sua forma definitiva. Neste momento, o ducto tireoglosso se degenera e desaparece, deixando apenas uma pequena fossa no dorso da língua, o forame cego. O primórdio da tireoide é constituído por uma massa sólida de células endodérmicas que posteriormente se rompe em uma rede de corsões epiteliais conforme é invadido por mesênquima vascular circundante. Na 10° semana do desenvolvimento embrionário, os cordões se dividem em grupos celulares pequenos. Em cada grupo celular se forma rapidamente um lúmen, e as células se dispõem em uma única camada em volta dos folículos tireoidianos. Os hormônios da tireoide começam a aparecer durante a 11° semana, porém só alcançam seus níveis adultos na 35°. Desenvolvimento das Glândulas Paratireoides Durante a 5° semana do desenvolvimento embrionário, o epitélio das partes dorsais da 3° e da 4° bolsa faríngea se prolifera e forma nódulos na face dorsal de cada uma das bolsas. Nesses nódulos cresce o mesênquima vascular, formando uma rede capilar. Na 6° semana, o epitélio da parte bulbar dorsal da 3° bolsa faríngea se diferencia, formando as glândulas paratireoides inferiores. Simultaneamente, o epitélio da parte dorsal da 4° bolsa faríngea se diferencia, formando as glândulas paratireoides superiores. Desenvolvimento da Glândula Timo O epitélio das partes ventrais da 3° bolsa faríngea se prolifera, obliterando suas cavidades. Essas partes ventrais então se juntam no plano mediano, formando assim, o timo. O timo, assim como as glândulas paratireoides, quando em desenvolvimento, perdem suas conexões com a faringe quando o encéfalo e as estruturas associadas expandem- se rostralmente, e a faringe e as estruturas cardíacas expandem-se caudalmente. Ao nascimento, o crescimento e desenvolvimento do timo não estão completos. Ao atingir a puberdade, o timo começa a diminuir de tamanho à medida que sofre involução. Em adultos, ele é na maioria das pessoas, irreconhecível por conta da infiltração gordurosa no córtex da glândula. Desenvolvimento das Glândulas Supra- renais O córtex e a medula das glândulas Supra-renais têm origens diferentes. Córtex: Se desenvolve a partir do mesênquima. Medula: Se desenvolve a partir de células da crista neural. A partir da 6° de desenvolvimento embrionário, o córtex tem origem como uma agregação de células mesenquimais em ambos os lados do embrião entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em formação. A medula é formada por células derivadas de um gânglio simpático adjacente, que é derivado de células da crista neural. No início, as células da crista neural formam uma massa no lado medial do córtex embrionário. Ao serem rodeadas pelo córtex, as células dessa massa se diferenciam nas células secretoras da medula suprarrenal. Após isso, células mesenquimais originadas no mesotélio envolvem o córtex. Essas células dão origem ao córtex permanente. Ao nascimento já é possível observar a zona glomerulosa e a zona fasciculada, porém a zona reticular só pode ser reconhecida após o término do 3° ano. As glândulas Supra-renais presentes no feto podem ser de 10 a 20 vezes maior que as de um adulto. Elas diminuem à medida que o córtex fetal regride durante o 1° ano da infância. Desenvolvimento da Glândula Hipotálamo Se origina a partir da proliferação de neuroblastos na zona intermediária das paredes diencefálicas, ventral ao sulco hipotalâmico. Posteriormente, é desenvolvido um número de núcleos envolvidos em atividades endócrinas e homeostase. Um par de núcleos forma intumescências do tamanho de uma ervilha na superfície ventral do hipotálamo. Desenvolvimento da Glândula Hipófise A hipófise tem duas origens, por isso é composta por 2 tipos de tecidos diferentes: Adeno-hipófise: Desenvolve-se a partir do ectoderma oral. Neuro-hipófise: Desenvolve-se a partir do neuroectoderma. Na 3° semana, o divertículo hipofisário se projeta do teto do estomodeu e fica adjacente à parede ventral do diencéfalo. Na 5° semana, o divertículo é alongado e sofre constrição em sua ligação com o epitélio oral. Neste momento, ele entra em contato com o infundíbulo (também chamado de pedúnculo hipofisário). Na 6° semana, a conexão entre o divertículo e a cavidade oral se degenera completamente. As células da parede anterior do divertículo hipofisário se prolifera gerando a parte anterior da hipófise. Após isso, cresce uma extensão ao redor do infundíbulo, denominada de parte tuberal. O lúmen do divertículo reduz para uma fenda estreita com a proliferação celular extensa na parede anterior. As células da parede posterior não se proliferam e originam a parte intermediária da hipófise. A Adeno-hipófise está então formada. No início, as paredes do infundíbulo são delgadas, mas logo a extremidade distal do infundíbulo se torna sólida conforme as células neuroepiteliais se proliferam. Tempo depois, essas células se diferenciam em pituicitos, sendo as principais células do lobo posterior da hipófise, intimamente relacionadas com as células neurogliais. Fibras nervosas se desenvolvem na parte nervosa da área hipotalâmica. A Neuro-hipófise está então formada. Desenvolvimento da Glândula Pineal A glândula pineal se desenvolve como um divertículo mediano da parte caudal do teto do diencéfalo. A proliferação de células em suas paredes logo se converte em uma glândula sólida e cônica. O pâncreas e as gônadas também fazem parte de outros sistemas, por isso ficaram de fora deste resumo.
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