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Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO TIREOIDE →É a primeira glândula endócrina a surgir, com 24 dias após a fecundação já se tem os primórdios da tireoide; →Surge a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva e futura evaginação; →Este espessamento forma uma pequena saliência – o divertículo tireoidiano. →Com o crescimento do embrião e da língua, a tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço, passando pelo osso hioide e pelas cartilagens laríngeas em desenvolvimento. →A migração da glândula ocorre de forma caudal, através do ducto tireoglosso, sem interrupção da proliferação celular. →Durante um curto espaço de tempo, a tireoide em desenvolvimento fica ligada à língua pelo ducto tireoglosso; →Inicialmente o divertículo tireoidiano é oco, depois ele se torna maciço dividindo-se em lobos direito e esquerdo, que são unidos pelo istmo da tireoide, situado anterior ao segundo e terceiro anéis da traqueia. →Na 7ª semana, a tireoide assume sua forma e localização definitivas e tem-se também o desaparecimento do ducto tireoglosso (se degenera); →A abertura proximal do ducto tireoglosso persiste como uma pequena fosseta cega, o forame cego da língua. →Quando o ducto tireoglosso não desaparece, pode haver a formação de cistos, levando, em alguns casos, ao bócio. →A maioria dos cistos do ducto tireoglosso é observada aos 5 anos de idade; geralmente se desenvolve como uma massa móvel, indolor e progressivamente crescente. HISTOGÊNESE DA TIREOIDE →Primórdio – massa sólida compacta de células endodérmicas; →Posteriormente essa massa é invadida pelo mesênquima vascular circunjacente (TC embrionário), então, essa massa se desfaz e forma uma rede de cordões epiteliais. →Na 10ª semana, os cordões já terão se dividido/organizado em pequenos grupos celulares →Logo se forma uma luz em cada aglomerado de células e estas se dispõem em uma camada única em torno da luz. →Na 11ª semana, começa a aparecer coloide nestas estruturas, os folículos tireoidianos, e a partir de então a concentração de iodo e hormônios tireoidianos já podem ser detectados. →Na 35ª semana alcança níveis adultos de concentração de iodo e hormônios. DESENVOLVIMENTO DAS PARATIREOIDES →Enquanto que no desenvolvimento da tireoide temos a associação com a 2ª bolsa faríngea, nas paratireoides vamos falar de 3ª e 4ª bolsas faríngeas Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR →A migração da paratireoide relaciona-se com o timo, onde teremos a paratireoide inferior na 3ª bolsa faríngea e a superior na 4ª bolsa faríngea →A paratireoide inferior com o seu processo migratório a partir da 3 bolsa faríngea, vai migrando acompanhando o timo, logo, quando temos um timo ectópico, as paratireoides inferiores também o serão. HIPÓFISE →Possui origem dupla: →Origem Ectoderma: tem-se uma evaginação do teto ectodérmico do estomodeu (formando assim o divertículo hipofisário ou bolsa de Ratheke) → adeno- hipófise; →Origem Neuroectoderma: tem-se uma invaginação do diencéfalo (formando assim o divertículo neuro-hipofisário), o broto neuro-hipofisário → neuro-hipófise; →Essa origem embrionária dupla explica porque a hipófise é composta por 2 tipos de tecidos distintos - A adeno-hipófise (parte glandular), ou lobo anterior, origina-se do ectoderma oral. - A neuro-hipófise (parte nervosa), ou lobo posterior, origina-se do neuroectoderma. →Durante a 4ª do desenvolvimento, um divertículo – a bolsa hipofisária, ou bolsa de Rathke – projeta-se do teto do estomodeu, tornando-se adjacente ao assoalho do diencéfalo. →Na 5ª semana, essa bolsa já se alongou e sofreu uma contrição em sua ligação com o epitélio oral, o que lhe da um aspecto de mamilo. Neste estágio, ela entra em contato com o infundíbulo, uma evaginação do diencéfalo. →Durante a 6ª semana a conexão da bolsa com a cavidade oral degenera e desaparece. • Ectoderma oral (bolsa hipofisária do teto do estomodeu) → Adeno- hipófise (parte glandular) → Pars distalis; pars tuberalis e pars intermedia → lobo anterior • Neuroectoderma (broto neuro- hipofisário do assoalho do diencéfalo) → neuro-hipófise (parte nervosa) → pars nervosa; haste infundibular e eminência média → lobo posterior →Região hipofisária → tumor de hipófise → leva a compressão do quiasma óptico → perda de visão →Produção de ACTH, LH, FSH, Prolactina, Ocitocina →Não possui barreira hematoencefálica → capilares são fenestrados ADRENAIS (SUPRARRENAIS) →Possui 2 origens embrionárias distintas, sendo que o córtex da adrenal se origina do mesoderma; enquanto que a medula da adrenal se diferencia de células da crista neural. Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR →Durante a 6ª semana do desenvolvimento, surge um agregado de células mesenquimais entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em desenvolvimento, constituindo a primeira indicação do córtex; →As células que formam o córtex fetal derivam do mesotélio que reveste a parede posterior do abdome. →Durante a 7ª semana, células da crista neural formam uma massa no lado medial do córtex fetal, posteriormente elas são envolvidas pelo córtex fetal e se diferenciam, formando as células secretoras da medula da adrenal. →Posteriormente, células mesenquimais do mesotélio surgem e envolvem o córtex fetal, dando origem ao córtex definitivo. →No final do período fetal inicia-se a diferenciação das zonas características do córtex da adrenal. →As zonas glomerulosa e fasciculada estão presentes desde o nascimento, mas a zona reticular só é reconhecível após o 3 ano de vida. →As adrenais do feto são de 10 a 20 vezes maiores que a do adulto, isso se da em função do grande tamanho do córtex fetal; Essas glândulas são grandes devido à produção, pelo córtex fetal, de precursores esteroidais usados pela placenta para a síntese de estradiol, essencial para a manutenção da gestação; já a medula da adrenal permanece pequena até depois do nascimento. →As glândulas adrenais diminuem rapidamente no primeiro ano, à medida que o córtex fetal regride. →Essas glândulas perdem cerca de 1/3 de seu peso e o recuperam apenas no final do segundo ano de vida. →As células da medula são derivadas do gânglio simpático adjacente, o qual é derivado de células da crista neural. PÂNCREAS →Se desenvolve entre as camadas do mesentério a partir dos brotos pancreáticos de células endodérmicas, dorsal e ventral, que provêm da parte caudal do intestino anterior que está formando a parte proximal do duodeno. →Deriva em sua parte do broto pancreático dorsal. Este, maior, aparece primeiro e desenvolve-se a uma curta distância cefalicamente ao broto ventral. →O broto pancreático ventral desenvolve- se perto da entrada do canal biliar no duodeno. →Quando o duodeno gira para a direita e assume a forma de um C, o broto pancreático ventral vai para a região dorsal e então, posteriormente, os brotos vão se fundir formando o pâncreas. →O broto pancreático ventral forma o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas. Com a rotação do estômago, duodeno e mesentério ventral, o pâncreas situa-se ao longo da parede dorsal do abdome. →A rotação do estômago coloca o duodeno e o pâncreas em posição retroperitoneal. →Quando os brotos pancreáticos se fundem, seus ductos se anastomosam. →O canal pancreático principal origina-se do ducto do broto ventral e da parte distal do ducto do broto dorsal. HISTOGÊNESE DO PÂNCREAS→Seu parênquima deriva do endoderma dos brotos pancreáticos, que formam os ductos primitivos; Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR →No início do período fetal, ácinos desenvolvem-se de aglomerados celulares em torno dos ductos pancreáticos primitivos (quimiocinas SDF-1: ramificação de túbulos) →A ilhotas pancreáticas desenvolvem-se a partir da expressão de neurogenina 3, necessário para a diferenciação de células endócrinas. →A produção de insulina começa na 10ª semana do desenvolvimento fetal, sendo que as células betas são umas das últimas a serem formadas. →Quando há diabetes mellitus materno, as células betas secretoras de insulina do pâncreas fetal são cronicamente expostas a altos níveis de glicose. Logo, estas células sofrem hipertrofia para poderem aumentar a taxa de secreção de insulina.
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