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ATIVIDADE PROCESSO CONSTITUCIONAL

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ATIVIDADE PROCESSO CONSTITUCIONAL – 04.11.2020 – 
PROFA. LORENA 
Alunos: Eber Saraiva Barros 
 Giuliano Trindade de Sousa 
1) Em um Município do interior do Estado Alfa o Prefeito eleito nomeou sua esposa para o 
cargo de Secretária Municipal da Educação. 
2) Justificou o fato pelo histórico invejável de experiência à frente da reitoria de respeitável 
instituição do respectivo Estado, além de sua formação com inúmeras qualificações na área. 
3) O Ministério Público, ciente da circunstância, moveu Ação Civil Pública por improbidade 
administrativa do Prefeito, uma vez que em sua visão havia afronta à sumula vinculante 13. 
4) Ao longo do processo a defesa do Prefeito apontou que a jurisprudência dos Tribunais era 
pacífica ao compreender os cargos políticos não são alcançados pelo enunciado da Súmula 
Vinculante 13 e que eventual condenação resultaria, portanto, em afronta direta do 
conteúdo vinculante. 
5) Houve improcedência em primeira instância, mas, em segundo grau houve reforma da 
decisão, resultando na condenação por improbidade em razão da afronta à Súmula 
Vinculante 13, lesão aos princípios, prejuízo ao erário e enriquecimento ilícito. 
6) 
7) Com a condenação, a um ano das eleições em que pretende se candidatar à reeleição, o 
prefeito passou a ostentar hipótese latente de ineligibilidade por força do art. 1ª, L, da Lei 
Complementar n. 64/90. 
8) Tal situação ainda pende de recurso que, mesmo recebido, não teria o condão de afastar a 
inelegibilidade. 
9) O prefeito, então, buscou orientação jurídica junto a um escritório de advocacia 
especializado em D. Constitucional para verificar medidas que poderiam ser tomadas ante 
o impasse. 
10) Na condição de advogado(a) do prefeito condenado, proceda com as medidas cabíveis 
e assecuratórias dos direitos relacionados neste enunciado. 
 
11) Responda às alternativas: Fundamentando Lei, Doutrina e Jurisprudência (max. 2 Jurisp). 
 
a) Qual Peça? 
A Peça cabível nesse caso será a RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL (RCL) é um instrumento 
jurídico com status constitucional que visa preservar a competência do Supremo Tribunal 
Federal (STF) e garantir a autoridade de suas decisões. Originalmente, ela é fruto da construção 
jurisprudencial do STF que, com o decorrer do tempo, foi sendo incorporada ao texto 
constitucional (artigo 102, inciso I, alínea “l”, da Constituição Federal). 
Regulamentado pelo artigo 13 da Lei 8.038/1990 e pelos artigos 156 e seguintes do Regimento 
Interno da Corte (RISTF), o instituto pertence à classe de processos originários do STF – ou seja, 
deve ser ajuizada diretamente no Tribunal, a quem cabe analisar se o ato questionado na 
ação invadiu competência da Corte ou se contrariou alguma de suas decisões. 
 
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL, encontra fundamento no art. 103 -A, §3º da Constituição 
Federal c/c art. 988, inciso III do Código de Processo Civil 
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que 
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a 
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e 
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 
III - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo 
Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 
13.256, de 2016) 
 
b) Quem é o cliente? 
R Prefeito de Município do interior do Estado Alfa 
 
c) Qual o objeto? 
É possível ajuizar Reclamação para garantir a autoridade das súmulas vinculantes: depois de 
editada uma súmula vinculante pelo Plenário do STF, seu comando vincula ou subordina todas 
as autoridades judiciárias e administrativas do País. No caso de seu descumprimento, a parte 
pode ajuizar Reclamação diretamente ao STF. A medida não se aplica, porém, para as súmulas 
convencionais da jurisprudência dominante do STF. 
 
d) Tema Central? 
A hipótese de cabimento da reclamação constitucional é aquela requerida contra decisão 
judicial que contrariar súmula vinculante, negar-lhe vigência ou ainda, que indevidamente a 
aplicar, a ser ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, cassará 
a decisão judicial reclamada e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da 
súmula vinculante, conforme o caso. 
 
Entende-se por jurisprudência consolidada do STJ: (i) precedentes exarados no julgamento de 
Recursos Especiais em Controvérsias Repetitivas (art. 543-C, do CPC); ou (ii) enunciados de 
Súmula da jurisprudência da Corte, muito embora, excepcionalmente, em hipóteses de 
teratologia ou patente ilegalidade a reclamação possa ser conhecida em caso de violação de 
precedente exarado em julgamento de recurso especial. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10686119/art-103-3-da-constituicao-federal-de-88
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887744/art-988-art-1-015-da-lei-13-105-2015-lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887731/art-988-inc-iii-novo-cpc-lei-13105-15-lei-n-13-105-de-16-de-marco-de-2015-lei-13105-15
 
Rcl 15733 AgR 
 
Órgão julgador: Primeira Turma 
Relator(a): Min. ROSA WEBER 
Julgamento: 27/03/2020 
Publicação: 02/04/2020 
 
Ementa 
EMENTA AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA VINCULANTE 10. 
INEXISTÊNCIA DE AFASTAMENTO DE LEI OU ATO NORMATIVO COM BASE EM FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL. UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇAO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. 
INVIABILIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausente contrariedade 
à Súmula Vinculante nº 10 a autorizar o cabimento da reclamação nos moldes do art. 103-A, § 3º, da 
Constituição da República. 2. A reclamação constitucional é ação vocacionada para a tutela específica 
da competência e autoridade das decisões proferidas por este Supremo Tribunal Federal, pelo que não 
consubstancia sucedâneo recursal ou ação rescisória. 3. Agravo interno conhecido e não provido, com 
aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) 
sobre o valor atualizado da causa, se unânime a votação. 
Observação 
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA VINCULANTE 10/STF) AI 848332 AgR (1ªT), Rcl 27353 AgR (1ªT), Rcl 
27143 AgR (2ªT), Rcl 26397 AgR (1ªT), Rcl 35478 AgR (1ªT). (RECURSO, CARÁTER PROTELATÓRIO, 
MULTA) Rcl 14259 AgR (2ªT), Rcl 35075 AgR (1ªT), Rcl 25416 AgR-segundo (2ªT), Rcl 32370 AgR (2ªT), 
Rcl 29985 AgR 
Legislação 
LEG-FED SUV-000010 SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF 
 
Rcl 18228 AgR 
 
Órgão julgador: Segunda Turma 
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA 
Julgamento: 18/08/2015 
Publicação: 28/08/2015 
 
Ementa 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ALEGADO 
DESCUMPRIMENTO DA SÚMULA VINCULANTE N. 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: NÃO 
OCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 
Legislação 
LEG-FED SUV-000010 SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF 
 
e) Inicial, Defesa ou Recurso? 
O instituto pertence à classe de processos originários do STF – ou seja, deve ser ajuizada 
diretamente no Tribunal, a quem cabe analisar se o ato questionado na 
ação invadiu competência da Corte ou se contrariou alguma de suas decisões. 
 
f) É Urgente? 
No caso concreto deverá ser em caráter Liminar o risco de o prefeito não poder se candidatar à 
reeleição em razão de hipótese de inelegibilidade por condenação por improbidade 
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur421483/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur421483/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur317151/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur317151/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur356802/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur356802/false
administrativa em 2º grau, hipótese latentede inelegibilidade por força do art. 1º, L da Lei 
complementar nº 64/90. 
 
g) A quem cabe decidir? 
A competência será do STF para processar e julgar

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