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Juliana de Souza Moraes/Controle Ambiental 2019 -Vigilância Sanitária- INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Hantavirose RELATÓRIO A doença que eu Juliana de Souza Moraes como Vigilante Epidemiológica estudei foi a (Hantavirose) que é uma zoonose causada pelo vírus (Hantavírus da família Bunyaviridae) e o transmissor e reservatório animal são roedores silvestres da espécie (Bolomys Lasiurus) e que, geralmente vivem entre e em contato com o seres humanos próximos a áreas rurais, lavouras, ambientes naturais, etc. A proximidade entre o vetor e o humano se dá pelo desmatamento desordenado, expansão de cidades próximas a áreas rurais. A transmissão do vírus se dá pelo contato direto com o vetor da doença (mordidas e arranhões), ou pela inalação de aerossóis de urina, saliva e/ou fezes de animal que facilmente se misturam à poeira, facilitando a disseminação em ambientes fechados e pouco arejados, (ex.: galpões, estábulos, celeiros, etc.). A vizinhança entre os roedores e os humanos é mais atrativa quando não se tem higiene frequente de ambientes mais fechados e arejados, além da grande oferta de alimentos, água e abrigo. Os sintomas mais comuns na fase inicial (prodrômica, de 3 á 5 dias) são febre, tosse seca, dor no corpo, náuseas, diarreia, dor de cabeça, vômitos, dor abdominal, dor torácica, suor e vertigem. Podem aparecer em até 55 dias depois do contato com alguma situação de risco. Sendo capaz da doença evoluir até outras três fases mais agravadas da doença, são elas fase cardiopulmonar ( caracteriza-se por insuficiência respiratória aguda grave e choque circulatório, tendo alta taxa de letalidade), diurética (perda rápida de líquido acomulado no espaço extravascular) e convalescença (ocorre uma melhora lenta mais progressista dos sintomas mais referentes às alterações hemodinâmicas e da função respiratória). O tempo de incubação leva em média de 2 a 3 semanas, com variação de 4 a 55 dias. O tempo que o vetor (roedor) pode estar transmitindo a doença é indefinido, pois só com o LPI (local provável de infecção) localizado que poderá ser feita a anti-ratização, desratização, a notificação e busca ativa por outros casos suspeitos, comunicantes e comunidade municipal que possa ter se infectado. Sobre o grau de risco, pelo que li é alto, pois como o roedor passa por muitos locais, percebe esconderijos e fontes de alimentação em regiões habitadas por humanos, portanto pode-se proliferar e se 1 Juliana de Souza Moraes/Controle Ambiental 2019 -Vigilância Sanitária- infiltrar com facilidade e transmitir o vírus para as pessoas. Já a transmissão de pessoa para pessoa é incomum, há casos relatados isoladamente na Argentina causados por outro tipo de Hantavírus, no caso Aedes. Não existem vacinas, nem tratamentos específicos para a doença, as medidas terapêuticas são fundamentalmente as de suporte, ministradas conforme cada caso por um médico profissional. A prevenção de moradores, pescadores, trabalhadores de áreas rurais tem que ser mantida vitaliciamente a partir do momento que você passa a habitar, modificar o ambiente natural desses animais e outros que podem transmitir doenças. A prevenção está ligada a higiene e cuidados que se tem com as áreas agrícola, domiciliares, de criação de animais, etc, tudo que esteja dentro dos meios naturais devem ser cuidados periodicamentes para impedir que estes animais transmitem a doença para mais pessoa tanto da família como comunidade. Algumas recomendações básicas:• Evitar contato humano com rato silvestre ou seus excrementos (fezes e urina principalmente); • Dentro de casa, colocar toda a comida em sacos ou caixas fechadas numa altura de pelo menos 40 cm do chão; • Manter o local onde vivem os animais sempre limpo, recolhendo sempre a sobra de comida; • Garantir a coleta e o destino adequado do lixo; • O plantio de milho e outros grãos devem ser longe da casa; • Manter a área em volta da casa, galpões, paióis e alojamentos sempre limpa, sem mato, pneus velhos ou outros entulhos; • Não descansar em locais fechados com restos de alimentos ou grãos (ex: paióis); • Antes de limpar um lugar que esteve fechado, deixe ventilar por pelo menos uma hora antes de proceder à limpeza; • Após ventilar, umedecer com água sanitária a 10% (1 parte de água sanitária para 9 de água) e aguardar 1 hora antes da limpeza do local O controle a ser feito é geral, pois diversos fatores ambientais estão associados com o aumento no registro de casos de hantavirose, estão ligados ao aumento da população de roedores silvestres como, o desmatamento desordenado, a expansão das cidades para áreas rurais e as áreas de grande plantio, favorecendo a interação entre homens e roedores silvestres. As medidas de controle devem conter ações que impeçam a aproximação dos roedores, como, por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de 2 Juliana de Souza Moraes/Controle Ambiental 2019 -Vigilância Sanitária- roedores, além de outras medidas que impeçam a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais. Em relação aos vigilantes epidemiológicos o cuidado deve ser redobrado, utilizando-se luvas, máscaras N95, avental, roupas e utensílios de higiene em geral, já que a inalação dos aerossóis em conjunto com a poeira com os excrementos dos roedores e a maneira mais fácil de se infectar. 3
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