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CPC 00 R1

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1 
 
 
AULA 02 
 
 
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA CPC 00 R1 
 
✓ Exercício Social e Demonstrações Financeiras 
 
O contrato ou estatuto social fixa o exercício social, que deve compreender, obrigatoriamente, um período 
de doze meses, com exceção dos casos de início de negócio ou alteração do contrato ou estatuto social (Lei 6.404/76, 
art. 175, parágrafo único). 
 
 
 
 
 
✓ Os Relatórios Contábil-Financeiros estão previstos no artigo 176 da Lei 6.404/76 e compreendem: 
 
 
• Balanço Patrimonial - BP; 
• Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; 
• Demonstração do Resultado Abrangente - DRA; 
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA (pode ser elaborada a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, que a substitui (Art. 186)). 
• Demonstrações de Fluxo de Caixa - DFC; 
• Demonstração do Valor Adicionado - DVA, se for companhia aberta; 
• Notas explicativas. 
 
Obs.: as sociedades anônimas devem elaborar e publicar as demonstrações financeiras completas e acompanhadas 
de notas explicativas. 
 
 
Curso/Campus: ( ) Lapa ( ) S. J. Meriti 
Nome e código da disciplina: CONTABILIDADE SOCIETÁRIA Data: ___/02/2019 
Professora: ELIZABETH PEREIRA BRESCIANI 
Aluno (a): Matrícula: 
 
 
2 
 
✓ Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 
 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, criado pela resolução CFC n º 1.055/05, foi 
idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos da Associação Brasileira das 
Companhias Abertas (ABRASCA), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais (APIMEC), Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA), Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC), instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e Fundação Instituto de Pesquisas 
Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), em razão da necessidade de: 
 
• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios 
contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital); 
• Centralização na emissão de normas dessa natureza; 
• Representação e processo democráticos na produção dessas informações, envolvendo os 
elaboradores da informação contábil, os auditores, os usuários, as academias, os agentes de 
intermediação e o governo. 
 
Tem como objetivos o estudo, o preparo e emissão de Pronunciamentos Técnicos, suas 
interpretações e orientações sobre procedimentos de contabilidade societária e a divulgação de 
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pelas entidades reguladoras brasileiras, 
visando à uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da 
contabilidade brasileira aos padrões internacionais. 
 
 
 
Demonstrações Contábeis em Foco - CPC 00 R1 
 
A partir da convergência das normas brasileiras de contabilidade aos padrões internacionais 
IASB (International Accounting Standards Board), ocorreu uma mudança do foco da contabilidade em 
relação ao que se fazia até então. 
 
A partir da convergência das normas brasileiras de contabilidade aos padrões 
internacionais IASB (International Accounting Standards Board), ocorreu dentre outras, uma mudança 
do foco da contabilidade em relação aos usuários. 
 
Na era pré-convergência das normas, a contabilidade estava mais voltada à atender as 
exigências do Fisco, sobretudo no caso das empresas enquadradas no regime tributário do lucro real. 
 
Compreensível o fato, tendo em vista que em nosso país grande parte do tempo desprendido 
pelas empresas e profissionais é voltado ao cálculo, análises e cumprimento de obrigações acessórias 
relacionados à apuração de impostos. 
 
Além disso, a forma legal prevalecia como primordial ao registro contábil. 
 
 
 
3 
 
No entanto, a forma anterior de se apresentar os relatórios distorcia a finalidade principal da 
contabilidade, qual ferramenta mister (necessária, alguma coisa indispensável) para a tomada de 
decisão e transparência. 
 
Hoje, apesar de já adentrarmos bastante nos padrões pós-convergência, ainda podemos nos 
deparar com dúvidas em relação aos demonstrativos contábeis quanto seus objetivos essenciais e 
classificação. 
 
Neste tópico iremos fazer uma breve análise deste quesito sob a luz do CPC 00 - R1. 
 
 
 
 
 
1 - CPC 00 (R1) - O que podemos destacar? 
 
Podemos dizer que este CPC representa em seu âmago uma verdadeira guinada em relação 
aos objetivos dos demonstrativos. 
 
Se antes o foco era principalmente o Fisco, hoje ele não é mais o "protagonista" das 
informações. 
 
 
Senão, vejamos: 
 
As demonstrações contábeis são elaboradas visando a atender aos diversos usuários 
interessados, sem privilegiar algum em especial (CPC 00 R1); 
 
As demonstrações contábeis da estrutura conceitual não devem ser alteradas por exigências 
de qualquer usuário (CPC 00 R1). 
 
Ou seja, o escopo principal a ser alcançado passou a ser mais amplo e geral. 
 
 
 
1.1 - Relatório contábil-financeiro de propósito geral 
 
São aqueles destinados à investidores e credores em geral (usuários primários) que não têm 
condições de solicitar informações de forma direta à entidade (CPC 00 R1). 
 
Esses relatórios auxiliam aos usuários primários na mensuração do valor da entidade, sem ser 
seu objetivo principal fornecer esse dado (CPC 00 R1) . 
 
 
 
 
4 
 
 1.2 - Informação Contábil Financeira útil ou relevante 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.1 - Características Qualitativas: 
 
 Fundamentais 
 
 
As características qualitativas fundamentais para que a informação contábil sejam úteis são 
relevância e representação fidedigna. (CPC 00 R1) 
 
Por informação relevante, entende-se por “aquela capaz de fazer diferença nas decisões que 
possam ser tomadas pelos usuários.” (CPC 00 R1) 
 
A informação é representada de forma fidedigna quando é “completa, neutra e livre de erro”. 
(CPC 00 R1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
De Melhoria 
 
Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são 
características “que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade” (CPC 00 R1) 
 
 
✓ Comparabilidade - “é a característica que permite que os usuários identifiquem e compreendam 
similaridades dos itens e diferenças entre eles. A comparação requer no mínimo dois itens.” 
(CPC 00 R1) 
 
✓ Verificabilidade - “A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação 
representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar.” A informação 
apresentada deve ser perfeitamente verificável. Exemplo: o balanço representa um valor de 
Caixa e ao se verificar fisicamente, a informação é exatamente aquela apresentada no balanço. 
(CPC 00 R1) 
 
✓ Tempestividade - “...ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder 
influenciá-los em suas decisões.” (CPC 00 R1) 
 
✓ Compreensibilidade - “Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e 
concisão torna-a compreensível.” (CPC 00 R1) 
 
 
 
 
1.2.2 - CPC 00 - Objetivo 
 
As demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve os CPCs objetivam fornecer 
informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários 
em geral. 
 
 
 
1.2.3 - Finalidade do CPC 00 
a) Dar suporte ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos; 
b) Dar suporte a harmonização, sem que haja tratamentos diferentes; 
c) Auxiliar os auditores independentes a formar uma opinião sobre a conformidade das 
demonstrações; 
d) Auxiliar os usuários na interpretação de informações; 
e) Proporcionar informações sobre o enfoque adotado nas formulações dos Pronunciamentos 
Técnicos 
 
 
6 
 
1.2.4 - Objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral: 
 
• Fornecer informações contábil-financeiras acercada entidade que reporta essa informação, que 
sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores de empréstimos e a outros 
credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para entidade. 
 
 
De forma ampla, é extrair informações das demonstrações contábeis para tomada de decisões. 
Mas a definição de quais informações a serem extraídas depende de qual usuário irá utilizá-las. Como se 
sabe, são muitos os usuários da Contabilidade: credores, acionistas (institucionais, como os fundos de 
investimentos, especuladores de mercado, poupadores, etc.), fisco, sindicatos, clientes, concorrentes, 
entre outros, conforme figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
2 - Elementos das Demonstrações Contábeis - Reconhecimento 
 
Chama-se de elemento da demonstração contábil ao grupamento de informações relacionadas 
à "efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos" (CPC 00 R1). 
 
Por exemplo, no Balanço Patrimonial esses grupamentos seriam o Ativo, o Passivo e o 
Patrimônio Líquido (CPC 00 R1). 
 
Na Demonstração de Resultados seriam as Receitas e Despesas (CPC 00 R1). 
 
Naturalmente as informações para serem relevantes aos usuários precisam ser também 
organizadas em subclassificações. 
 
Segundo o CPC 00, "ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou função nos 
negócios da entidade, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários para fins de 
tomada de decisões econômicas." (CPC 00 R1) 
 
 
7 
 
➢ Reconhecimento do ATIVO: 
 
▪ Ser um recurso controlado pela entidade; 
▪ Ser o resultado de eventos passados; 
▪ Ser esperado que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. 
 
 
➢ Reconhecimento do PASSIVO: 
 
▪ Ser uma obrigação presente da entidade; 
▪ Ser derivado de eventos passados; 
▪ Cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar 
benefícios econômicos. 
 
 
➢ Reconhecimento do PATRIMÔNIO LÍQUIDO: 
 
▪ É o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
 
 
 
➢ Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis 
 
▪ Custo histórico; 
▪ Custo corrente; 
▪ Valor realizável; 
▪ Valor presente. 
 
Custo Histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou 
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são 
registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas 
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de 
caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 
 
Custo Corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam 
que ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os 
passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que 
se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. 
 
Custo Realizável - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que 
poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus 
montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operaçõe s. 
 
 
 
8 
 
Valor Presente - Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de 
entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os 
passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa 
que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 
 
 
 
2.1 - Balanço Patrimonial - Elementos de Posição Patrimonial e Financeira 
 
Como já mencionado anteriormente, os elementos do Balanço Patrimonial são o Ativo, o 
Passivo e o Patrimônio Líquido. 
 
Assim são definidos esses elementos no CPC por suas características essenciais: 
 
(a) Ativo - é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se 
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; 
 
(b) Passivo - é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação 
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios 
econômicos; 
 
(c) Patrimônio Líquido - é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os 
seus passivos." (CPC 00 - Cap. 4 Item 4.4) 
 
Ao se classificar um item em um desses grupamentos, deve-se levar em conta não somente a 
formalidade legal, mas sim também "sua essência subjacente e realidade econômica". É o que se 
costuma falar, a prevalecência da essência sobre a forma. (CPC 00 R1 - Cap. 4 Item 4.6). 
 
Nesta questão da essência sobre a forma, temos um exemplo dado no CPC que transcrevo na 
íntegra relacionado ao ativo (meu destaque em negrito): 
 
 "Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão associados a direitos 
legais, incluindo o direito de propriedade. Ao determinar a existência do ativo, o direito de 
propriedade não é essencial. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento 
mercantil será um ativo, caso a entidade controle os benefícios econômicos que são 
esperados que fluam da propriedade. Embora a capacidade de a entidade controlar os 
benefícios econômicos normalmente resulte da existência de direitos legais, o item pode, 
contudo, satisfazer à definição de ativo mesmo quando não houver controle legal. Por 
exemplo, o conhecimento obtido por meio da atividade de desenvolvimento de produto 
pode satisfazer à definição de ativo quando, mantendo esse conhecimento em segredo, a 
entidade controlar os benefícios econômicos que são esperados que fluam desse 
ativo." (CPC 00 R1 - Cap. 4 Item 4.12) 
 
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial
 
 
9 
 
Percebe-se que a conceituação jurídica de posse e propriedade neste respeito não seria o 
único determinante ao se classificar esse item no Ativo da empresa. O conceito inclusive extrapola a 
materialidade do bem. 
 
No Simpósio Internacional sobre o Ensino da Contabilidade baseado em IFRS, realizado no Rio 
de Janeiro em 2011, foi dado um exemplo interessante. Comparou-se duas propriedades na África. 
Uma propriedade comum, sem construção e com pouco ou nenhum acesso à fauna nativa, com uma 
outra semelhante, mas que teria acesso à fauna. Naturalmente a propriedade com acesso à fauna 
(leões, elefantes...) teria um valor/interesse maior que a outra, mesmo que ambas tivessem as mesmas 
dimensões e características gerais. Esse seria um ativo que pelos padrões anteriores não seriam 
mensurados nos demonstrativos, mas que podem significar uma diferença significativa entre o 
potencial de exploração econômica das duas propriedades. 
 
Já em relação ao passivo, também poderemos ter o reconhecimento de obrigações fora do 
comprometimento contratual/legal. O CPC assim discorre sobre o assunto (meu destaque em negrito): 
"Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma 
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de 
desempenhar uma dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente 
exigíveis em consequência de contrato ou de exigências estatutárias. Esse é 
normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos. 
Entretanto, obrigações surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e 
costumes e do desejo demanter boas relações comerciais ou agir de maneira 
equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a entidade que decida, por questão de 
política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo 
quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da expiração do período 
da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos 
constituem passivos." (CPC 00 R1 - Cap. 4 Item 4.15) 
 
 Com respeito ao Patrimônio Líquido, seu grupamento pode refletir mais do que apenas o valor 
residual descrito no item 4.4 do CPC 00 - R1. 
 O próprio CPC mais adiante assim explana o assunto (meu destaque em negrito): 
 "Embora o patrimônio líquido seja definido no item 4.4 como algo residual, ele pode 
ter subclassificações no balanço patrimonial. Por exemplo, na sociedade por ações, 
recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes de retenções de lucros e 
reservas representando ajustes para manutenção do capital podem ser demonstrados 
separadamente. Tais classificações podem ser relevantes para a tomada de decisão 
dos usuários das demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de 
outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de 
outra forma os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato de que 
determinadas partes com direitos de propriedade sobre a entidade têm direitos 
diferentes com relação ao recebimento de dividendos ou ao reembolso de capital.” 
(CPC 00 R1 - Cap. 4 Item 4.20)

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