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Patologia Bucal- UFPR Mucosa Oral _____________________________________________________________________________________________________ Estrutura O epitélio da mucosa oral é do tipo estratificado (escamoso) pavimentoso (células achatadas); Renova-se constantemente, pela sua função de forramento; As células se originam na parte mais profunda e descamam na superfície; São identificados diversos extratos; Podemos encontrar regiões com epitélio queratinizados e outras não-queratinizadas; Durante o deslocamento do estrato basal para a superfície, as células sofrem modificações: acumulam filamentos intermediários, os tonofilamentos. No caso dos epitélios queratinizados, o citoplasma acaba repleto de filamentos e queratina. Por esse motivo são denominados queratinócitos; A proliferação e maturação é contínua. http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-22-mucosa-oral/ → É formada de Epitélio Conjuntivo Possui 4 camadas: → Estrato basal - camada mais profunda → Camada espinhosa → Camada granular → Camada Córnea - camada mais superficial- possui QUERATINA A união entre os dois tecidos (epitelial e conjuntivo) é chamada de Membrana Basal Epitélio Estratificado Pavimentoso/Escamoso: suas células são chamadas de Queratinócitos → Proteção, sensação, secreções salivares (glândulas) O assoalho bucal não é queratinizado, já a gengiva e palato duro são queratinizados. Queratinócitos: Melanócitos, Células de Langerhans (resposta imune) e Células de Merckel (células nervosas). O estrato basal é a região mais profunda do epitélio oral Extrato progenitor ou germinativo. Formado por 1 a 3 camadas de células. Junções intercelulares como desmossomos e hemidesmossomos estão presentes entre as células mais profundas e a lâmina basal. O estrato espinhoso é constituído por queratinócitos arredondados de 3 a 8 camadas, e possui grande quantidade de desmossomos. É onde ocorre a diferenciação. As células apresentam curtos processos digitiformes. Formam “pontes” e dão a impressão de serem pequenas espinhas. Pequenos grânulos arredondados de querato-hialina. O estrato granular é formado de 3 a 6 células de espessura e contém grânulos de querato-hialina. Esses grânulos são constituídos por lipídios, glicoproteínas e algumas enzimas lisossomais. Esse conteúdo preenche os espaços intercelulares e forma uma barreira que impermeabilidade ao epitélio. Grande quantidade de tonofilamentos em relação aos outros estratos. Os queratinócitos são maiores e achatados. O estrato córneo é formado de células totalmente desidratadas e cheias de filamentos de citoqueratinas. Os queratinócitos seguem a mesma orientação, porém, são mais achatados, não apresentam grânulos em seu citoplasma, nem organelas em geral. São células totalmente queratinizadas. Muitos filamentos de citoqueratina, agregados com filagrina, muito acidófilas. Queratinizado Não-queratinizado Estrato Basal Estrato Basal Estrato Espinhoso Estrato Espinhoso Estrato Granular Estrato Intermédio Estrato Córneo Estrato Superficial É onde ocorre a descamação das células. O epitélio pode ser Ortoparaqueratinizado onde a queratinização é completa (células são mais achatados, anucleados e bem eosinofílicas) ou Paraqueratinizado onde a queratinização é incompleta (células achatadas, com núcleos bem pequenos e corados: pinocíticos. Podemos encontrar ambas situações no mesmo corte histológico. Lâmina Própria Tecido conjuntivo da mucosa oral -Células imunes -Vasos sanguíneos e linfáticos -Fibroblastos( colágeno) -Nervos -Substância fundamental Amorfa Podemos encontrar infiltrados inflamatórios- crônico e agudo- que contém macrófagos, linfócitos… Não-queratinócitos Constituem a maioria das células do epitélio oral; As outras células, em conjunto de não-queratinócitos, são os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merckel, além das diversas células sanguíneas, como os linfócitos e neutrófilos. Melanócitos Tem longos prolongamentos dendríticos que passam entre os queratinócitos; Células claras, com o corpo apoiada na lâmina basal; Dirigem-se para os estrato espinhoso, sem estabelecer junções do tipo desmossomos. Sua função na mucosa oral não é conhecida. A melanina é transferida para os queratinócitos, podendo pigmentar gengiva inserida, regiões da mucosa jugal, palato duro e mucosa oral. Células de Langerhans Apresentam antígenos e são abundantes nos epitélios mais permeáveis; Possuem aspectos dendrítico, desprovidos de tonofilamentos e desmossomos; Localizam-se nos estrato espinhoso, apresentam macrófagos, mas não tem atividade fagocitária; O núcleo é lobulado e o citoplasma é claro, com grânulos em forma de bastão; São mais numerosos no assoalho da boca e porção ventral da língua. Células de Merckel Função receptora nervosa; Não tem longo prolongamentos, portanto, não são dendríticas; Apresentam alguns tonofilamentos e estabelecem contato com os queratinócitos por meio de desmossomos; Localizam-se no estrato basal e estão adjacentes a terminações nervosas amielínicas; Em seu citoplasma apresentam numerosas vesículas pequenas, contendo provavelmente neurotransmissores. Células Sanguíneas Frequentemente encontradas entre os queratinócitos; Células inflamatórias em pequenas quantidades, especialmente linfócitos, infiltrados entre os queratinócitos. Também podem ser encontrados alguns neutrófilos e mastócitos. Histopatologia da Mucosa Oral Acantose: aumento da espessura da camada espinhosa (aquela que apresenta acantos) -Aumento do número de células constituintes dessa camada -Mudança na morfologia: ocorre alargamento da camada Há uma mudança de cor, uma vez que, pelo aumento da camada celular, afasta-se dos vasos sanguíneos. Chega a ser um tipo de hiperplasia. http://anatpat.unicamp.br/lampele3.html Obs: Hiperplasia+Acantose: aumento na altura e na largura da camada Atrofia ou Hipotrofia: ocorre diminuição do epitélio http://anatpat.unicamp.br/lampele3.html Hiperplasia: aumento do número de células de um tecido. Lembre que a hipertrofia refere-se tanto ao aumento do número de células, como pelo aumento de volume dessas células. Atrofia: diminuição do número de células e/ou seu volume Acantólise: camada espinhosa -Rompimento/lise das junções intercelulares; -Formação das bolhas: as células ficam soltas no interior das bolhas intra epiteliais Um exemplo disso, é quando ocorre o Pênfigo e o fogo selvagem. http://anatpat.unicamp.br/lampele10.html Exocitose: presença de células inflamatórias no interior do tecido epitelial entre as células constituintes desse tecido. -Normalmente ficam no tecido conjuntivo, mas nesse caso, podem infiltrar no epitélio. http://anatpat.unicamp.br/lampele1.html http://anatpat.unicamp.br/lampele10.html http://anatpat.unicamp.br/lampele1.html Espongiose: presença de líquidos entre as células da camada espinhosa -Edema extracelular -Células se encontram separadas umas das outras- Halo branco http://anatpat.unicamp.br/lampele1a.html Degeneração Hidrópica: acúmulo de líquido no interior das células - Edema intracelular; -Ambiente dentro da célula fica mais concentrado do que fora, puxando água. O núcleo acaba indo para a periferia. *Bomba de sódio e potássio http://anatpat.unicamp.br/lamdegn5.html Hiperortoceratose e Hiperparaceratose: refere-se a produção excessiva de queratina, decorrente de algum estímulo externo. Pode ser orto, quando a http://anatpat.unicamp.br/lampele1a.html http://anatpat.unicamp.br/lamdegn5.html queratinização é total, pura ou para, quando é parcial- ou seja, ainda há núcleos no interior das células. A camada fica mais espessa ex: Papiloma e Lúpus Eritematoso http://anatpat.unicamp.br/lampele2a.html https://estomatologia1.rssing.com/chan-34018909/all_p2.html Ceratinização Intraepitelial: célulasisoladas ou em grupos com citoplasma repleto de ceratina e localizadas na camada espinhosa ex: Carcinoma de célula escamosa -Formam-se as chamadas pérolas córneas, queratinócitos formando uma estrutura circular, podendo estar sozinhos ou agrupados. http://anatpat.unicamp.br/lampele2a.html https://estomatologia1.rssing.com/chan-34018909/all_p2.html https://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2014/03/?view=snapshot Atipia: indica alterações celulares de forma, tamanho, coloração, atividade mitótica e padrão de diferenciação -Pleomorfismo celular em Neoplasias malígnas ou em Displasias Epiteliais, significa que está malignizado Quando está presente desde a camada basal até a córnea: Carcinoma In Situ Displasia Epitelial: perda da polaridade das células basais, perda de estratificação, coloração bem roxa, alteração no núcleo, células com diferença de sentido -Queratinização epitelial, mitoses atípicas → Resultado: pérola córnea no carcinoma https://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2014/03/?view=snapshot http://anatpat.unicamp.br/lamgin2.html Ulcerações: exposição do tecido conjuntivo em consequência a perda da continuidade do revestimento epitelial. Ex: herpes simples, ulceração aftosa recorrente http://anatpat.unicamp.br/lamgin2.html https://www.actasdermo.org/en-atypical-presentation-herpes-simplex-virus-articulo-S 1578219019301167 http://anatpat.unicamp.br/lamtgi1.html https://www.actasdermo.org/en-atypical-presentation-herpes-simplex-virus-articulo-S1578219019301167 https://www.actasdermo.org/en-atypical-presentation-herpes-simplex-virus-articulo-S1578219019301167 http://anatpat.unicamp.br/lamtgi1.html
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