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Físico-química O gás ideal - Lei de Boyle Os gases ideais têm como suas principais bases teóricas as leis empíricas e leis experimentais. A primeira é chamada Lei de Boyle e descreve a relação pressão-volume. Esta pode ser representada por um gráfico de Volume versus Pressão e se caracteriza como uma hipérbole, que também pode ser chamada isoterma. No ponto de vista matemático, tem-se que o volume e a pressão são grandezas inversamente proporcionais e portanto, esta já é a expressão gerada pela Lei de Boyle. Mas se o gráfico aborda o volume em função do inverso da pressão, desta forma, tem-se que o volume é diretamente proporcional ao inverso da pressão, com isto, o gráfico é composto por uma reta, além de ser mais funcional e é possível obter outras informação adicionais. - Lei de Charles Neste caso, tem-se a relação entre a temperatura-volume e, portanto, o volume de uma quantidade fixa de gás à pressão constante, aumenta como consequência da elevação da temperatura. Isto porque, com o aumento da temperatura tem-se a inserção de energia cinética no sistema, o que leva as moléculas a aumentarem seus movimentos e expandir seus volumes. Assim, o gráfico de Volume versus Temperatura tem a característica de possui uma linha reta, visto que, por essa observação conclui-se que a temperatura e o volume são grandezas diretamente proporcionais. Para esta relação é possível compreender uma questão que envolve o “Zero absoluto”, que se trata de uma temperatura específica em que ocorre a condensação das moléculas de forma que o volume seria nulo na dada temperatura. Toda essa linha de pensamento é teórica visto que, o alcance desta condição não se encaixa em parâmetros reais. - Lei de Charles Alternativa Estes princípios relacionam a pressão e temperatura, considerando que o volume é constante. Então à medida que a pressão aumenta, consequentemente a temperatura aumenta, isto porque como a pressão é elevada significa dizer que as moléculas estarão mais submetidas a se chocarem, demonstrando uma maior energia cinética. Desta forma, a pressão é proporcional à temperatura. - Lei de Avogadro Demonstra a relação quantidade-volume e tem-se a hipótese de Avogadro, ou seja, a afirmação de que volumes iguais de gases à mesma temperatura e pressão conterão o mesmo número de moléculas. Por conseguinte, pode-se definir a Lei de Avogadro como o volume de gás a uma dada temperatura e pressão é diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás. O gráfico que demonstra a funcionalidade da Lei de Avogadro relaciona o volume com o número de mols e, portanto, pode-se afirmar que o volume é diretamente proporcional ao número de mols, e por ser caracterizado desta forma se trata de uma reta. . – Equação do gás ideal: Trata-se da junção de todas as leis citadas acima com o intuito de relacioná-las para que assim, possamos compreender de que maneira geral pode ser entendido a equação geral dos gases e seus comportamentos. 1) Lei de Boyle: 𝑉∞ 1 𝑃⁄ 2) Lei de Charles: 𝑉∞𝑇 3) Lei de Avogadro: 𝑉∞n Como união destas três equações tem-se: 𝑉 ≡ 1 𝑃 x T x n Visando retirar o sinal de proporcionalidade é necessário inserir uma constante, para os gases ideais, a constante utilizada é o R, que pode admitir valores que dependem das unidades utilizadas e é definida como a constante universal dos gases perfeitos. Estas unidades podem variar, estando como L atm/mol-1 K-1 ou J/mol-1 K-1 entre outras formas que são dependentes de suas unidades numéricas. R= 0,08206 L atm/mol-1 K-1 R= 8,314 J/mol-1 K-1 ou R= m3Pa/mol-1 K-1 (Unidades do SI) - Existem algumas aplicações da equação dos gases ideais, entre estas está a capacidade de determinar a densidade, que é expressa por unidades de massa/unidades de volume, além da densidade também é possível rearranjar a equação do gás ideal de modo que esta tenha a variável M referente à massa molar e assim analisar especificamente o n (número de mols). - Lei de Dalton das pressões parciais Até então o estudo dos gases foi considerando um sistema de gases puros, ou seja, a composição da mistura se tratava apenas de 1 tipo de gás em específico. Contudo, o ar atmosférico por exemplo, nada mais é do que uma mistura de gases e, portanto, deve-se compreender como essa junção de diferentes gases se comporta. Para isto usa-se a Lei de Dalton, que diz que em uma mistura gasosa, a pressão total é dada pela soma das pressões parciais de cada componente da mistura, isto para gases ideias. Quando se consideram gases ideais, é necessário que o cálculo de pressão parcial seja calculado como se cada gás estivesse sozinho no sistema e somente depois é realizada a soma dos componentes. Experimentalmente é muito complicado obter as pressões parciais dos gases que compõe a mistura, visto que quando se utiliza um monômetro é capaz apenas de identificar a pressão total do recipiente e não as parciais, para tal análise é necessário o uso de técnica mais avançadas como por exemplo o espectrômetro de massa para identificar a pressão que se refere à cada componente. Mas além da técnica citada acima, é possível utilizar de formas teóricas aproximadas para isto, como por exemplo o cálculo das pressões utilizando o volume do recipiente e considerando seu número de mols específico. É possível calcular a pressão parcial colocando o n como o específico para cada gás e a pressão específica também, após isso pode-se obter algumas relações importantes como exemplo a fração molar, que significa a parte de um gás em uma mistura, a partir dela nós conseguimos calcular valores para cada componente do recipiente. Através da Lei de Dalton em algumas reações a coleta de água pode ser realizada através do deslocamento do volume de água, que é substituído pelo volume do gás que entrará no sistema. Por fim é preciso calcular o volume de água que saiu do tubo/recipiente e foi substituído pelo gás e desta maneira, pode-se calcular a pressão parcial.
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