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P1 de Direito Civil VI

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Condomínio
INTRODUÇÃO
A palavra condomínio, em seu aspecto jurídico, nada mais representa do que uma comunhão de direitos e deveres, com interesse sobre um determinado bem.
O condomínio, tem origem do latim condominium, que ocorre quando existe um domínio de mais de uma pessoa simultaneamente de um determinado bem, ou partes de um bem. O condomínio é a copropriedade, onde existem diversos proprietários titulares de direitos sobre determinado bem.
Tem-se o condomínio quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, e todas envolvidas têm igual direito, de forma ideal, sobre o todo e cada uma de suas partes. Sendo assim, o poder jurídico atribuído a todos na sua integralidade. Cada condômino tem assegurada uma fração, ou quota da coisa.
A jurista Maria Helena Diniz conceitua o condomínio da seguinte forma: 
“É uma combinação de propriedade individual e condomínio, caracterizando-se juridicamente pela justaposição de propriedades distintas e exclusivas ao lado do condomínio de partes do edifício forçosamente comuns, como o solo em que está construído o prédio, suas fundações, pilastras, área de lazer, vestíbulos, pórticos, escadas, elevadores, corredores, pátios, jardim, porão, aquecimento central, morada do zelador, etc.”
Os Condomínios são criados a partir de uma convenção, pautada no Código Civil Brasileiro, Lei Federal nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 e pela Lei dos Condomínios, Lei Federal nº. 4.591, de 16 de dezembro de 1964. 
DO CONDOMÍNIO GERAL
Entende-se por Condomínio geral o fato de existir, simultaneamente, dois ou mais direitos de propriedade incidindo sobre um mesmo bem, seja ele móvel ou imóvel.
Dos art 1.314 ao art.1.322 trata-se do Condomínio Voluntário que decorre do acordo de vontade dos condôminos, nasce de um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, como exercício da autonomia privada. Ex.: Alguns amigos compram um imóvel para investimentos em comum. No silêncio do instrumento de sua instituição, presume-se que a propriedade estará dividida em partes iguais (concursu partes fiunt). Destaque-se que o condomínio edilício, via de regra, tem essa origem, mas com esse estudo e tratamento em separado.
Segundo a clássica definição de Clóvis Beviláqua, 
“o condomínio ou compropriedade é a forma anormal da propriedade, em que o sujeito do direito não é um indivíduo, que o exerça com exclusão dos outros; são dois ou mais sujeitos, que exercem o direito simultaneamente” (Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, 9. ed., Rio de Janeiro, Livr. FranciscoAlves, 1953, v. 3, p. 172). 
É direito do condômino usar a coisa, respeitando sua destinação, reivindicá-la de terceiros, defender sua posse ou gravá-la de ônus. Esse direito será exercido observando a indivisão do bem. É defeso a qualquer dos condôminos alterar a destinação do bem comum e dar posse dela a terceiros sem a aquiescência dos demais. 
Direitos e Deveres dos Condôminos
O Código Civil traduz claramente os direitos dos condôminos, in verbis:
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
A respeito do artigo supracitado, Scavone assevera sobre:
“As faculdades conferidas aos condôminos – a questão da cessão dos direitos hereditários
De acordo com o art. 1.314 do Código Civil, cada condômino pode:
a) usar livremente a coisa toda;
b) reivindicá-la de terceiro;
c) defender a sua posse;
d) alhear a respectiva parte indivisa ou gravá-la
e) responsabilizar os demais pelos danos ou frutos que recebeu (inclusive aluguéis pelo uso exclusivo)”
Do art. 1.327 ao art.1.330 tarta-se do Condomínio Necessário que decorre de determinação de lei, como consequência inevitável do estado de indivisão da coisa. Nasce dos direitos de vizinhança tal como na hipótese de paredes, muros, cercas e valas.
DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO
O Código Civil para condomínios (Lei nº 10.406/2002) é a lei principal que trata sobre os direitos e obrigações dos síndicos e condôminos. É com base nessa legislação que os gestores irão se respaldar para a criação da Convenção do Condomínio e do Regimento Interno, bem como para a organização das Assembleias.
Em vigor desde 2003, o novo Código Civil brasileiro trouxe modificações pontuais na Lei 4.591/64, que permanece ativa mas não deve se sobrepor à nova legislação. O documento aborda cerca de 27 artigos sobre a vida em condomínio. A seguir apresentamos alguns dos principais pontos com relação aos direitos e obrigações de síndicos e moradores.
Os direitos e deveres dos condôminos presentes no Art. 1.335 e 1.336 são:
Direitos
• usar das partes comuns, conforme a sua destinação, desde que não exclua a utilização dos demais compossuidores;
• votar nas deliberações da assembleia e delas participar, desde que esteja com as despesas em dia;
• alugar sua vaga na garagem, de acordo com o critério previsto no Código Civil: têm preferência os proprietários, em seguida os inquilinos, e finalmente pessoas estranhas ao condomínio.
• vender a vaga de garagem a outro condômino. A comercialização só pode ser feita com não-condôminos se assim o permitir a Convenção do condomínio.
Deveres
• contribuir para as despesas do condomínio;
• não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
• não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
• não prejudicar o sossego, salubridade e segurança dos demais moradores.
Em relação à lei antiga, a nova legislação trouxe poucas alterações no que diz respeito aos direitos e deveres do síndico, já presentes no artigo 1.348 do Código Civil. Confira quais são eles:
Direitos
• contar com o apoio dos moradores na busca por soluções para a tomada de decisões importantes que busquem o bem comum;
• ser consultado pelos moradores somente durante o seu horário de trabalho, tendo suas horas de descanso respeitadas;
• não ser acusado injustamente pela não resolução de problemas no prédio;
• remuneração prevista em Convenção, onde se determina a isenção da taxa de condomínio ou definição de honorário;
• férias, nesse caso o subsíndico assumirá o seu papel perante o condomínio, respondendo oficialmente pelas funções do síndico;
• ser inquilino, locatário, dono de apartamento morador ou não, desde que seja devidamente eleito em assembleia.
Deveres
• convocar a assembleia dos condôminos;
• representar ativa e passivamente o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns;
•  dar imediato conhecimento à assembleia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio;
• cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações das assembleias;
• diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessam aos possuidores;
• elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
• cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas;
• prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas;
• realizar o seguro da edificação.
CONCLUSÃO
O Condomínio é uma espécie de entidade bem típica, considerando sua natureza jurídica. Não possui personalidade jurídica, não exerce atividade econômica, com ou sem fins lucrativos. Os condomínios são equiparados a empresa no que tange a obrigatoriedade de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. 
Tal obrigatoriedade se mostra necessária, visto que o condomínio, apesar de ter uma natureza jurídica própria, não pode se confundir com seus proprietários, no caso, os condôminos. Assim, claro que seria necessário a individualização do condomínio junto à Receita Federal. 
BIBLIOGRAFIA
DINIZ, Maria Helena. Novo Código Civil Comentado. 6ª edição, - SP: Saraiva, 2008.
https://www.sindiconet.com.br/informese/direitos-e-deveres-do-condomino-art-1335-e1336-legislacao-codigo-civil-capitulo-sobre-condominioshttps://jus.com.br/artigos/47480/condominio-breves-consideracoes#:~:text=Carlos%20Roberto%20Gon%C3%A7alves%20assevera%20que,edil%C3%ADcio%20ou%20em%20edifica%C3%A7%C3%B5es%20(arts.
https://www.migalhas.com.br/depeso/912/o-condominio-edilicio-no-novo-codigo-civil
https://www.franciscoegito.cnt.br/blog/2019/1/4/mlbkzyihahyqrdn8h4qifhvi9k39yx

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