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CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVEM O SUICÍDIO DE PESSOAS IDOSAS

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	Centro Universitário UNIEURO
Graduação em Psicologia 
Disciplina: Tópicos Integradores I 
Prof.: Alexandre Galvão
	
	Seminário Suicídio
	Integrantes do grupo:
Rodrigo Thiago Cabral da Silva
	Registro Acadêmico - CPD:
47901
	
CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVEM O SUICÍDIO DE PESSOAS IDOSAS
BRASÍLIA - DF 
2020
1. Introdução
Duas datas importantes e consecutivas no calendário, o setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, e o Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, oportunizam a reflexão sobre a situação do idoso na sociedade e o crescente índice de antecipação do fim da vida nessa população. No mundo, o suicídio em idosos vem assustando muito a sociedade e vem gerando um grande problema na mesma. Segundo estudos, em alguns países da Europa, as taxas médias de suicídio entre pessoas de mais de 65 anos podem chegar a 29,3 em 100.000 e as tentativas de suicídio chegam a 61,4 de 100.000. No Brasil a taxa de suicídio de idosos em todo o país é de 4,8 para cada 100.000 habitantes. Desses números, 90% dos casos estão na região sul, e que o Norte do país tem menos casos de suicídio. Foram revelados também que a maioria dos idosos que morrem por suicídio, fazem o ato nas suas próprias casas que são estimados em 51%
Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, apontam para a alta taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos. A taxa média nacional é 5,5 por 100 mil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam ainda que a população brasileira com 60 anos de idade ou mais cresceu 18,8% entre 2012 a 2017. E é nesta fase da vida a pessoa acumula perdas próprias da idade, entre elas, do cônjuge, do vínculo com o trabalho e de amigos. “Muitas vezes o desejo de antecipar o fim está associado também à perda de saúde, de autonomia e de papéis sociais”.
Este comportamento suicida é resultado da interação de diversos fatores e que por vezes os idosos manifestam a intenção suicida, de forma indireta, por meio de verbalizações: “estão todos bem e não precisam mais de mim”; “não quero incomodar ninguém, já vivi demais”; “meu último compromisso era ver meu filho encaminhado”, “estou cansado de viver”, às doenças incapacitantes, a dor física, as dificuldades de acesso à saúde, a falta de recursos financeiros, a solidão, o abandono e outras tantas violências praticadas contra os idosos podem levá-los a desejar a própria morte. A comunicação verbal pode estar acompanhada de mudanças repentinas de comportamento, como desinteresse por atividades antes consideradas prazerosas, descuido com a alimentação, medicamentos e aparência, desejo súbito de distribuir pertences, bens, patrimônio e herança. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que para cada suicídio consumado há cerca de vinte pessoas que o tentam. Entre idosos, a razão entre tentativas e suicídios efetivados chega a ser de aproximadamente dois para um. Isso demonstra que os mais velhos são menos ambivalentes em relação a morte, ou seja, tem menos dúvidas em relação à antecipação do fim.
“Suicídio é uma palavra originada no latim, num sentido geral, significa o ato voluntário que intenciona o indivíduo a provocar sua morte” (Vieira, 2008). “Por não existir uma definição única aceitável, sabe-se que implica necessariamente um desejo consciente de morrer e a noção clara do que o ato executado pode resultar” (Araújo et al., 2010). 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002), o suicídio vitima cerca de um milhão de pessoas no mundo por ano. Para a OMS, a violência autodirigida se manifesta de duas formas: no comportamento suicida (por meio de pensamentos, tentativa e pelo suicídio consumado) e por meio de atos violentos provocados contra a própria pessoa, como é o caso das mutilações (Minayo et al., 2010).
O suicídio entre idosos constitui hoje um grave problema para as sociedades das mais diversas partes do mundo (Minayo et al., 2010). A população acima de 60 anos é a que mais cresce no Brasil e na maior parte do mundo, o que justifica um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que a afetam. Segundo constatação de Beeston (2006 apud Minayo et al., 2012), "o crescimento das taxas de suicídio entre idosos indica que o aumento da idade se relaciona com processos biológicos e psicológicos que podem induzir a pessoa à decisão de se autodestruir. Essa situação pode ser constatada inclusive no Brasil, onde, apesar de as taxas de suicídio serem relativamente baixas, as que se referem à população na faixa etária acima de 60 anos são o dobro das que a população em geral apresenta, principalmente devido ao aumento crescente das taxas relativas ao grupo de homens idosos (Minayo et al., 2012).
Segundo Conwell et al (2008 apud Minayo et al., 2011), os idosos que atentam contra a própria vida estão mais suscetíveis de não serem nem encontrados e nem ajudados em tempo hábil, pois boa parte desse grupo etário vive sozinha. Além disso, eles usam meios mais letais do que pessoas mais jovens e, por isso, suas tentativas de suicídio costumam ser bem-sucedidas. De acordo com Mitty et al (2008 apud Minayo et al., 2011), os idosos em idades mais avançadas (acima de 80 anos) explicitam mais facilmente suas ideações suicidas do que os idosos mais jovens (65-80 anos).
As pessoas idosas passam por uma série de mudanças em sua vida que as predisporiam ao suicídio. Entende-se aqui por situação de risco o fenômeno que inclui todas as instâncias que têm contato com a pessoa idosa, de ordens biológica, fisiológica, afetiva, social, econômica e de organização do cotidiano. A aposentadoria, que em geral se faz acompanhar de redução dos rendimentos, restrição do convívio social e perda de status, compõe esse fenômeno. É até mesmo devastador o impacto psicológico que a emergência econômica provoca na vida de homens e mulheres, o que frequentemente não se percebe por trás das estatísticas do cotidiano (Côrte et al., 2014).
Várias ações podem ser realizadas no âmbito da saúde pública, entre elas: elaboração de estratégias nacionais e locais de prevenção do suicídio, conscientização e questionamento de tabus na população, detecção e tratamento precoces de transtornos mentais, controle de meios letais (redução de armas de fogos, regulação do comércio de agrotóxicos, arquitetura segura em locais públicos) e treinamento de profissionais de saúde em prevenção de suicídio (Botega, 2014). Há necessidade de investimento em pesquisa no Brasil, dado o crescimento persistente das taxas de suicídio entre idosos, sobretudo do sexo masculino (Minayo et al., 2010).
2. Epidemiologia
“Suicídio é uma palavra originada no latim, num sentido geral, significa o ato voluntário que intenciona o indivíduo a provocar sua morte” (Vieira, 2008). “Por não existir uma definição única aceitável, sabe-se que implica necessariamente um desejo consciente de morrer e a noção clara do que o ato executado pode resultar” (Araújo et al., 2010). 
De acordo com Ly et al (2002 apud Baggio et al., 2009), o comportamento suicida costuma ser iniciado com ideias de suicídio, ou seja, pensamentos de acabar com a própria vida. Se o processo avança, surge o planejamento suicida, que é a etapa em que o sujeito estabelece quando, onde e como fará para levar a diante a conduta de auto-destruição. A partir daí́, poderá́ ocorrer à tentativa de suicídio, resultando ou não em morte.
O Brasil encontra-se entre os dez países que registram os maiores números absolutos de suicídios, com 9.852 mortes em 2011. O coeficiente médio para o período 2004-2010 foi de 5,7%. Esse índice aumentou 29,5% nas duas últimas décadas e é mais elevado em homens, idosos, indígenas e em cidades de pequeno e de médio porte populacional. Transtornos mentais encontram-se presentes na maioria dos casos de suicídio, principalmente depressão, transtorno do humor bipolar e dependência de álcool e de outras drogas psicoativas. Um estudo populacional revelou que, ao longo da vida, 17,1% das pessoas tiveram ideação suicida, 4,8% chegaram a elaborar um plano, e 2,8% efetivamente tentaram o suicídio.Dar especial atenção à pessoa que tentou se suicidar é uma das principais estratégias de prevenção do suicídio (Botega, 2014).
A população acima de 60 anos é a que mais cresce no Brasil e na maior parte do mundo, o que justifica um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que a afetam. Segundo constatação de Beeston (2006 apud Minayo et al., 2012), "o crescimento das taxas de suicídio entre idosos indica que o aumento da idade se relaciona com processos biológicos e psicológicos que podem induzir a pessoa à decisão de se autodestruir". Essa situação pode ser constatada inclusive no Brasil, onde, apesar de as taxas de suicídio serem relativamente baixas, as que se referem à população na faixa etária acima de 60 anos são o dobro das que a população em geral apresenta, principalmente devido ao aumento crescente das taxas relativas ao grupo de homens idosos (Minayo et al., 2012).
2.1. Fatores de risco 
Segundo Beeston (2006 apud Minayo, 2010) e Holkup (2003 apud Minayo, 2010), descreveram um conjunto de sintomas: depressão acompanhada de ansiedade, tensão, agitação, sentimento de culpa e dependência de outrem, rigidez, impulsividade e isolamento; mudanças nos hábitos de comer e de dormir; súbita recuperação em relação a um quadro de depressão profunda, como fatores de risco, que podem levar o idoso a tentar a suicídio.
Segundo Lykouras et al (2002 apud Minayo et al., 2017), são destacados como fatores de risco a depressão, seguida da desordem afetiva bipolar, da esquizofrenia, da anorexia e bulimia nervosa e do abuso de substâncias tóxicas.
De acordo com Minayo et al (2010 apud Corte et al., 2014), a situação de risco ao suicídio por idosos envolve a presença de depressão, em geral associada às perdas acumuladas ao longo da vida, de companheiro e outros pares como amigos e irmãos e doenças acompanhadas de dores incontroláveis e prolongadas.
As pessoas idosas passam por uma série de mudanças em sua vida que as predisporiam ao suicídio. Entende-se aqui por situação de risco o fenômeno que inclui todas as instâncias que têm contato com a pessoa idosa, de ordens biológica, fisiológica, afetiva, social, econômica e de organização do cotidiano. A aposentadoria, que em geral se faz acompanhar de redução dos rendimentos, restrição do convívio social e perda de status, compõe esse fenômeno. É até mesmo devastador o impacto psicológico que a emergência econômica provoca na vida de homens e mulheres, o que frequentemente não se percebe por trás das estatísticas do cotidiano (Côrte et al., 2014).
De acordo com Frank (2006 apud Côrte et al., 2014), são fatores de risco os transtornos de ansiedade e o abuso de álcool e outras drogas. Nos idosos mais jovens, o abuso de álcool é fator importante quando associado a estressor psicossocial. Segundo Minayo (2010 apud Côrte et al., 2014), a morte de pessoas queridas também é um fator, principalmente do cônjuge, em especial entre os homens, sendo maior o risco no primeiro ano de viuvez, histórico de uma tentativa prévia de suicídio.
Segundo Frank e Rodrigues (2006 apud Côrte et al., 2014), as situações de risco gerariam sentimentos de inutilidade, de menos valia, de humilhação ou castigo, de solidão, um peso para a família. De acordo com Minayo et al (2010 apud Côrte et al., 2014), compõem também situações de risco, o medo da dependência e de vir a dar trabalho aos outros e o medo do prolongamento da vida sem dignidade.
2.2 Fatores de Proteção
O Estudo Multicêntrico de Intervenção no Comportamento Suicida (SUPRE-MISS), da OMS (2002 apud Botega, 2014), demonstrou como o registro e seguimento cuidadoso de casos de tentativas de suicídio pode diminuir o número de suicídios efetivados: um total de 2238 pessoas que deram entrada no pronto-socorro por uma tentativa de dar cabo à própria vida foram aleatoriamente divididas em dois grupos, que receberam um dos seguintes tratamentos:
a) uma intervenção psicossocial, incluindo entrevista motivacional e seguimento telefônico regular (no momento da alta hospitalar, pacientes eram encaminhados para um serviço da rede de saúde); b) tratamento usual (apenas um encaminhamento, por ocasião da alta, para a um serviço da rede de saúde) (Botega, 2014)
Segundo Fleischmann et al (2008 apud Botega, 2014), oito países participaram do estudo. No Brasil, Campinas foi escolhida como cidade para a execução do projeto. Ao final de um seguimento de 18 meses, a porcentagem de suicídios no grupo que não recebeu os telefonemas periódicos foi, comparativamente, dez vezes maior.
Segundo Botega et al (2010 apud Botega, 2014) é importante ressaltar que os telefonemas periódicos não configuraram tratamento, no sentido estrito. Tiveram como objetivo e foco incentivar e facilitar o atendimento dessas pessoas em uma das unidades da rede pública de serviços de saúde. Talvez a função primordial dos telefonemas tenha sido a construção, com a pessoa, de uma narrativa a respeito do que lhe acontecera, para que ela se apropriasse disso. É fácil perder essa dimensão subjetiva na rotina apressada de um pronto-socorro. Frequentemente, a tentativa de suicídio deixa de ser tomada como um marco na trajetória pessoal para se tornar pedaço de uma história a ser esquecida, jogada fora e odiada. A ideia, com os telefonemas, além da manutenção da adesão a um tratamento, era de que a pessoa contemplada pudesse integrar e ressignificar essa vivência.
Várias ações podem ser realizadas no âmbito da saúde pública, entre elas: elaboração de estratégias nacionais e locais de prevenção do suicídio, conscientização e questionamento de tabus na população, detecção e tratamento precoces de transtornos mentais, controle de meios letais (redução de armas de fogos, regulação do comércio de agrotóxicos, arquitetura segura em locais públicos) e treinamento de profissionais de saúde em prevenção de suicídio (Botega, 2014).
Outro aspecto clínico a ser lembrado é que uma tentativa de suicídio é o principal fator de risco para uma futura efetivação desse intento. Por isso, essas tentativas devem ser encaradas com seriedade, como um sinal de alerta a indicar a atuação de fenômenos psicossociais complexos. Dar especial atenção a uma pessoa que tentou se suicidar é uma das principais estratégias para se evitar um futuro suicídio (Botega, 2014).
3. Conclusão
 No geral o ato suicida ainda assusta a sociedade não só brasileira, mas no mundo inteiro. Este ato é acometido em várias faixas etárias que vem de crianças a idosos. Além de acontecer mais em homens do que em mulheres. É raro ouvir que uma pessoa idosa se suicidou. Isso impacta a sociedade e também os profissionais da saúde.
Em virtude dos fatos mencionados, nota-se que mesmo os índices de suicídios sendo baixos no Brasil em comparação aos outros países, quando se trata da população acima dos 60, esse número aumenta. Os índices de suicídio são maiores entre os idosos, o suicídio do idoso tem muito a ver com isolamento, com incapacidade, com doenças que causam dor, deformidade e necessidade de auxílio, inutilidade, abandono, depressão, viuvez e por isso que cada vez mais temos que pensar em qualidade de vida, a população tá vivendo mais, então é necessário fornecer mais atenção e auxílio aos idosos. A aposentadoria, a impotência sexual, o abandono, fazem com que o idoso sinta que não possui mais um papel social devido a esses fatores, e por todos esses aspectos o número de suicídios vem aumentando cada vez mais.
Os suicídios em idosos aqui analisados ocorreram, na maior parte das vezes, associando depressão, adoecimentos físicos, mentais ou limites funcionais, fatores situacionais e sociais, perdas, aposentadoria e queda no padrão de vida, revelando sua causalidade múltipla. Quanto maior for a soma de doenças associadas à depressão e quanto mais grave for o limite funcional real ou imaginado, maior o risco de suicídio. Quanto maior as pressões sociais ao longo de um ciclo de vida, mais grave o risco de suicídio, pois as defesas dos idosos podem estar mais fragilizadas. A fragilidade cumulativa de recursos pessoais e sociais no ciclovital revela que o risco do suicídio em idosos exige cuidados permanentes da saúde pública (Minayo et al., 2011).
Segundo Botega (2014), dar especial atenção a uma pessoa que tentou se suicidar é uma das principais estratégias para se evitar um futuro suicídio. É crucial que a saúde pública desenvolva formas de diagnosticar e tratar assertivamente a depressão em idosos, buscando reduzir o mais rapidamente possível as ideações suicidas (Minayo et al., 2011).
 O psicólogo tende a entender como deve prevenir e como a atenção preventiva é importante nos cuidados com esses pacientes e que deve experimentar formas que fazem com que esses pacientes tenham uma justificativa de viver e de não cometer o ato. Deve também ficar atento aos indícios de uma pessoa que pretende cometer o ato, valorizando a vida do mesmo, onde pode abordar técnicas que podem interferir nos mesmos. Criação de intervenções, grupos, onde se pode fazer com que o paciente veja como a vida deve ser vivida e descobrir o porquê ele quer acometer esse ato. 
Em relação ao papel da saúde pública, existe uma relação próxima entre ideação, tentativas e ato consumado na população idosa, de tal forma que as manifestações do desejo de se matar ou alguma ação nesse sentido devem ser tratadas imediatamente, buscando as causas mais próximas e evitando-se a consumação do ato, haja vista a literatura mostrar que é possível prevenir o suicídio atuando nos fatores associados. Do ponto de vista dos cuidados médicos, é preciso focalizar a depressão como o fator singular desencadeador mais relevante. Outras ações devem ser promovidas, como os cuidados médicos que ajudem a diminuir sofrimentos e dependências, e ações sociais que auxiliem pessoas idosas a terem uma vida em interação com sua comunidade e a chegarem com dignidade ao final da vida, com apoio, tendo atenção e auxilio da sociedade (Minayo et al., 2010).
Referências Bibliográficas
Links
· Taxa de suicídio entre idosos cresce e prevenção é o melhor caminho disponível em: https://saude.rs.gov.br/taxa-de-suicidio-entre-idosos-cresce-e-prevencao-e-o-melhor-caminho
· Suicídio na Velhice disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/cesp/v12n1/2011-3080-cesp-12-01-80.pdf
· Suicídio entre pessoas idosas disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsp/v44n4/20.pdf
Literatura
Araujo, L. C., et al. (2010). Ideação suicida na adolescência: um enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. Psicologia - Universidade São Francisco.
Baggio, L. et al., (2009). Planejamento suicida entre adolescentes escolares: prevalência e fatores associados. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Luterana do Brasil, Canoas.
Beeston, D. (2006). Older people and suicide. Stoke on Trent: Centre for Ageing and Mental/Health Staffordshire University.
Botega, N. J., et al. (2010). Telefonemas na crise: percursos e desafios na prevenção do suicídio. Rio de Janeiro, RJ: ABP.
Botega, N. J. (2014). Comportamento suicida: epidemiologia. Psicol. USP vol.25 no.3 São Paulo.
Côrte, B., et al. (2014). Suicídio de idosos e mídia: o que dizem as notícias? São Paulo.
Conwell, Y., et al. (2008). Suicidal Behavior in Elders. In: Psychiatric Clinics of North America.
Fleischmann, A., et al. (2008). Effectiveness of brief intervention and contact for suicide attempters: A randomized controlled trial in five countries. Bulletin WHO.
Frank, M. H., et al. (2006). Depressão, ansiedade, outros distúrbios afetivos e suicídio. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara-Koogan.
Holkup P. (2003). Evidence-based protocol elderly suicide: secondary prevention. J Gerontol Nurs. 
Ly, P. G., et al. (2002). Comportamiento del intento suicida en un grupo de adolescentes y jóvenes. Rev Cuba Med Mil.
Lykouras, L., et al. (2002). Psychotic (deulional) major depression in elderly and suicidal behaviour. J Affect Disord, v. 19.
Minayo, M. C. S., et al. (2010). Suicídio entre pessoas idosas: revisão da literatura. Revista de Saúde Pública.
Minayo, M. C. S., et al. (2011). Motivos associados ao suicídio de pessoas idosas em autópsias psicológicas. Trivium vol.3 no.1 Rio de Janeiro
Minayo, M. C. S., et al. (2012). Trends in suicide mortality among Brazilian adults and elderly, 1980 - 2006. Revista de Saúde Publica.
Minayo, M. C. S., et al. (2017). O comportamento suicida de idosos institucionalizados: histórias de vida. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro.
Mitty, E., et al. (2008). Suicide in Late Life. Geriatric Nursing.
Vieira, K. F. L. (2008). Depressão e suicídio: uma abordagem psicossociológica no contexto acadêmico. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Paraíba.
World Health Organization. (2002). Multisite Intervention Study on Suicidal Behaviours SUPRE-MISS: Protocol of SUPRE-MISS. Geneva: WHO.

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