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Prova de Formação Sócio Histórica no Brasil - Avaliação Objetiva -

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Tomás Antônio Gonzaga foi poeta arcadista e em sua obra Cartas Chilenas descreveu o cotidiano de mandos e desmandos de um fictício governador chileno Fanfarrão Minésio. Leia a fonte com atenção. [...] Às vezes, Doroteu, se perde a conta, Dos cem açoites, que no meio estava, Mas outra nova conta se começa. Os pobres miseráveis já nem gritam, Cansados de gritar, apenas soltam. Alguns fracos suspiros, que enternecem, Que é isso Doroteu? Tu já retiras. Os olhos do papel? Tu já desmaias? Já sentes as moções, que alheios males, Costumam infundir nas almas ternas?. Pois és, prezado Amigo, muito fraco, Aprende a ter o valor do nosso chefe. Que à janela se pôs e a tudo assiste, Sem voltar o semblante para a ilharga, E pode ser, amigo, que não tenha Esforço para ver correr o sangue, Que em defesa do Trono se derrama. GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. 1845.Disponívelem. Acesso 26/07/2017. A obra, no entanto, apresenta entre pseudônimos e sátiras uma análise sobre o cotidiano colonial brasileiro. Como essa erudição foi possível em território colonial?
A - A migração de inúmeros artistas europeus, como por exemplo Johann Moritz Rugendas, possibilitou o enriquecimento cultural nas vilas recém-criadas pela Coroa Portuguesa.
B - A noção de cultura foi apropriada dos padres jesuítas que aqui se estabeleceram e fundaram inúmeras universidades por todo o território nacional com o apoio do estado português.
C - Conceitos nativos de arte como o barroco, o arcadismo, o neoclassicismo e o naturalismo foram aprimorados pelos portugueses e brasileiros que aqui se estabeleceram.
D - No momento em que as populações coloniais enriqueciam, havia também a procura por uma vida ativa artística e cultural, requisitando luxos condizentes com as classes altas europeias.
E - O arcadismo só teria sido utilizado no território colonial a partir da influência chilena, de onde a fonte faz referência ao retratar com exatidão tanto o domínio espanhol quanto português sobre as américas.
Considerando as inúmeras crenças e fé praticadas no contato dos povos no período da colonização europeia brasileira, assinale a alternativa que contenha unicamente exemplos do contato entre as diversas culturas e suas crenças:
A - Lendas politeístas, orixás e participação em rodas de batuques
B - O consumo de garrafas, a participação em rodas de batuques, orações e amuletos
C - Prática da pajelança, tribunal do Santo Ofício e regulação da língua tupi como língua oficial do Brasil colônia
D - Tribunal do Santo Ofício, práticas de tortura da Inquisição e a inflexibilidade do clero regular
E - Xamãs (líderes das aldeias”, pajés (“sacerdotes” das aldeias” e crenças das nações indígenas
O ano de 1759 foi marcado pelo despotismo esclarecido na Coroa Portuguesa, dentre as alternativas abaixo assinale a que corresponde as ações realizadas por Marques de Pombal:
A - Administração das corporações de ofício em território colonial
B - Criação do primeiro Mercado Comum Europeu
C - Estabelecimento das Capitanias hereditárias em solo brasileiro
D - Expulsão em definitivo dos jesuítas dos territórios portugueses
E - Oficialização da Ordem Jesuítica em todo território colonial
A professora Dra. Anita Novinsky, pesquisadora da resistência judaica, analisou os hábitos da Inquisição no território colonial português na América. Dentre as análises, ressaltou o papel da mulher na permanência das práticas culturais de cristãos-novos no Brasil colônia. Descreve ela que: (...) proibida a sinagoga, a escola, o estudo, sem autoridades religiosas, sem mestres, sem livros, o peso da casa foi grande. A casa foi o lugar do culto, a casa tornou-se o próprio Templo. No Brasil Colonial, como em Portugal, somente em casa os homens podiam ser judeus. Eram cristãos para o mundo e judeus em casa. Isso teria sido impossível sem a participação da mulher. (NOVINSKY, Anita W. "O papel da mulher no cripto-judaísmo português". In Comissão para a igualdade e para os direitos das mulheres. O rosto feminino da expansão portuguesa. Congresso Internacional. Lisboa, 1994. Lisboa, 1995, pp. 549-555). Observando o trecho acima, assinale a única alternativa que contenha o sentido de tais proibições apresentadas pela fonte:
A - A cristianização dos povos judeus deu-se mais por uma procura de salvação do que propriamente uma imposição de crenças não semitas, pois se assim fosse, não haveriam judeus convertidos durante o período colonial
B - A naturalidade com que os povos judeus aceitaram a cristianização impressionou as autoridades da Igreja Católica após o acordo de culto ser restritivo aos lares e espaços exclusivamente judeus
C - A valorização do sincretismo religioso presente em vários momentos do Brasil colonial fez da fé de cristãos-novos um exemplo singular; proibições e perseguições foram necessárias para não desvirtuar o ideal unificador da religião judaico-cristã na colônia.
D - Além da perseguição religiosa, havia ainda o interesse por parte da aristocracia portuguesa dominante no Brasil em usar o Santo Ofício como instrumento de regulação da burguesia colonial em ascensão
E - O interesse fundamental estava na vantagem com que católicos e cristãos-novos obtinham com a conversão de novos fiéis, assim, apesar da distância, o reino português via a sua fé divulgada por todo o seu território
Do encontro dos povos nativos americanos com os portugueses surgiram inúmeras contradições, dentre elas, no entanto, pode ser considerada a própria nomenclatura dada a esses povos pelos recém-chegados europeus. Assinale a alternativa que apresente o debate historiográfico mais apropriado sobre essa questão.
A - O termo mais adotado pela historiografia é unicamente a nomenclatura “índio”, pois ele carrega o seu significado original
B - O uso do termo “ameríndio” é recriminado pela historiografia especializada por não abranger os indígenas dos demais continentes
C - O uso do termo “índio” ou “indígena” acabam por generalizar a diversidade de povos presentes em todo o território americano
D - Os termos “indígena” ou “gentios” fazem referências exclusivas às matrizes tupi e macro-jê
E - Os termos “povos nativos” ou “povos autóctones” não são utilizados como forma de preservar a identidade dessas nações
Consegue-se visualizar elementos que compunham um engenho de açúcar do período colonial nas alternativas abaixo, a exceção da alternativa:
A - canavial
B - casa-grande
C - curral
D - foral
E - senzala
Leia atentamente ao poema de Francisco Moniz Barreto D’Aragão, professor envolvido na Conjuração Baiana.
Igualdade e liberdade
No sacrário da razão
Ao lado da sã Justiça
Preenchem o meu coração.
(...)
Se este dogma for seguido,
E de todos respeitado,
Fará bem aventurado
Ao povo rude e polido.
E assim que florescido
Tem da América a Nação!
In: TAVARES, Luís Henrique Dias. História da sedição intentada na Bahia em 1798: a conspiração dos alfaiates. São Paulo: Pioneira, 1975.
O poema acima faz referência a qual sistema de ideias que foi importante para as revoltas coloniais?
A - Absolutismo
B - Cristianismo
C - Iluminismo
D - Romantismo
E - Socialismo
Assinale a alternativa que contenha suscintamente o Sentido da Colonização proposto pelo historiador Caio Prado Jr.
A - Caracterizava-se em empresas coloniais com administração pelos colonos, e por esse motivo, davam um sentido único a colonização.
B - Comumente chamado de Pacto Colonial, o sentido da colonização pode ser compreendido como uma aliança manufatureira entre colonos e indígenas
C - Considerava a colônia como uma extensão do capitalismo mercantil ibérico, forçada a cumprir as práticas restritivas do Pacto Colonial
D - Constituía um sentido exclusivo de exploração das terras coloniais na América portuguesa pelos habitantes que nela estavam.
E - Estabelecia uma aliança entre a metrópole e a colônia portuguesa na América, havendo inclusive empresas coloniais que vendiam manufaturas para Portugal.
Na agricultura, o elemento fundamental será a grande propriedade monocultural trabalhada por escravos. São esses, em última análise, os fatores que vão determinar
a estrutura agrária do Brasil Colônia. Os três caracteres apontados: a grande propriedade, monocultura, trabalho escravo são formas que se combinam e completam.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 133-134 (Texto adaptado)
De acordo com o texto acima e com as discussões realizadas no livro da disciplina qual a base do modelo econômico implantado na colonização do Brasil?
A - Latifúndio de monocultura voltado para a exportação que utilizava trabalho escravo.
B - Latifúndio voltado para o consumo externo e com base no trabalho assalariado.
C - Latifúndio voltado para o consumo interno e trabalho voluntário.
D - Pequena propriedade de monocultura com base no trabalho assalariado.
E - Pequena propriedade voltada para o consumo interno com trabalho escravo.
Observe a análise do historiador Caio Prado Jr sobre o cultivo do açúcar no Brasil colônia. (...) A perspectiva principal do negócio está na cultura da cana-de-açúcar. Tratava-se de um produto de grande valor comercial na Europa. Forneciam-no, mas em pequena quantidade, a Sicília, as ilhas do Atlântico ocupadas e exploradas pelos portugueses desde o século anterior (Madeira, Cabo Verde), e o Oriente de onde chegava por intermédio dos árabes e dos traficantes italianos do Mediterrâneo. O volume deste fornecimento era contudo tão reduzido que o açúcar se vendia em boticas, pesado aos gramas. (PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1970). Após compreender o ponto de vista do historiador, assinale a alternativa que demonstre o interesse para o cultivo da cana de açúcar no Brasil:
A - A burguesia brasileira poderia lucrar com a venda de produtos auxiliares (moenda, foral, etc.) para a extração da cana-de-açúcar
B - A mão de obra escrava foi essencial para o florescimento de uma classe assalariada no ciclo açucareiro, os chamados moendeiros
C - Apesar do comércio ser desfavorável no período, poderiam alcançar algum lucro pela venda nas ilhas de Madeira e Cabo Verde
D - O ciclo de produção de açúcar foi na realidade um surto econômico, não trazendo modificações significativas na colônia portuguesa na América
E - O produto era rentável e contava com a experiência de outras possessões lusitanas

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