Buscar

Resumo_ Prevenção e Controle de Infecções

Prévia do material em texto

Resumo: Prevenção e Controle de Infecções
· Infecção 
É o processo em que microorganismos já presentes ou não no hospedeiro, invadem os tecidos destes, e nele se multiplicam. A gravidade da infecção está na dependência de germes infectantes, de sua virulência e das defesas do organismo do hospedeiro.
· Limpeza 
Consiste na remoção, por meios mecânicos e ou físicos, da sujidade depositada nas suporte físico e nutritivo para superfícies inertes que constituem um os microorganismos.
Reduz a carga microbiana pela remoção da sujidade e matéria orgânica presentes nos materiais, possibilitando o contato indispensável entre o agente antimicrobiano e o material. O composto utilizado para limpeza é o detergente enzimático
· Desinfecção 
É o processo de destruição dos microorganismos patogênicos ou não, na forma vegetativa (não esporulada), de artigos semi-críticos, através de processos químicos e ou físicos. Os compostos utilizados são os desinfetantes Hipoclorito de sódio, glutaraldeído, peróxido de hidrogênio, ácido peracético.
· Assepsia 
Conjunto de procedimentos que visam impedir a introdução de germes patogênicos em determinado organismo, ambiente e objetos. É o cuidado com a limpeza e higiene de tudo que nos cerca.
· Antissepsia 
Procedimento realizado através substâncias químicas, como microbicidas, visam eliminar ou diminuir a proliferação do uso de que das bactérias (ou demais microrganismos indesejados), num organismo vivo.
· Esterilização 
Esterilização consiste no processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (vegetativas e esporuladas) dos artigos médico-cirúrgicos e odontológicos.
· Métodos de Esterilização 
· Físicos: Vapor saturado sob pressão (Autoclave, Radiação) 
· Físico-químicos: Óxido de Etileno, Peróxido de Hidrogênio, Vapor a baixa temperatura e formaldeído 
· Químicos: Glutaraldeido, Ácido Peracetico
Lei nº 9.431, de 6 de Janeiro de 1997 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH)
· Programa de Controle de Infecções Hospitalares-PCIH 
Compreende um conjunto de ações desenvolvidas e deliberadas sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. 
· Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
 Órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. 
· CCIH – Estrutura 
· Organização: a comissão deverá ocupar um espaço físico próprio, onde serão realizadas reuniões periódicas, a serem registradas em livro de atas. 
· Funções da CCIH: deve exercer ação educativa, com ênfase na conscientização da comunidade hospitalar. 
· Composição 
· Consultores: com representantes das áreas médica, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração. 
· Executores: mínimo dois técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 leitos ou fração deste número com a carga horária diária mínima, de 6 horas para o enfermeiro, enquanto para os demais profissionais devem cumprir pelo menos 4 horas diárias.
· Dinâmica da atuação da CCIH
A CCIH deve conhecer a realidade da instituição em que atua: 
· Fazer um diagnóstico da situação de controle de infecção hospitalar através de sistema de vigilância epidemiológica.
· Analisar a situação encontrada, divulgar e discutir com a equipe do setor;
· Ações de prevenção e controle serão direcionadas em conjunto entre CCIH, equipe dos setores distintos e administração;
· Treinamento em serviço e cursos de capacitação.
· Classificação das Infecções 
· Infecção Comunitária: Infecção constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, desde que não relacionada com a internação anterior no mesmo hospital. 
· São também Infecções Comunitárias: Infecção no recém nascido, cuja aquisição, por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada. Infecções no recém nascido, associadas com bolsa rota com mais de 24 horas.
· Infecção Hospitalar: É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 
· Princípios- Infecções Hospitalares (BRASIL, Portaria 2616/ 1998): Ministério da Saúde, 
· Evidência clínica; 
· Evidência laboratorial; 
· Evidências com métodos de imagem 
· Toda infecção em recém-nascido, exceto as transmitida por via transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota por mais de 24 horas. Infecção adquirida no hospital e que se torna evidente após a alta hospitalar.
· Critérios de definição das Infecções Hospitalares
Toda infecção em recém-nascido, exceto as transmitida por via transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota por mais de 24 horas. Infecção adquirida no hospital e que se torna evidente após a alta hospitalar.
· Infecção Cruzada 
É aquela transmitida de paciente a paciente, da equipe para os pacientes e destes para a equipe, geralmente através das mãos e de fômites.
· Causas das Infecções Hospitalares 
· Inerentes ao paciente:
· Idade 
· Patologia de base 
· Inerentes a procedimentos: 
· Punções arteriais e venosas, 
· Dissecção venosa e nutrição parenteral, 
· Cateterismo vesical (demora e alívio), 
· Cirurgias de grande porte e longa duração, 
· Administração de medicamentos 
· Procedimentos respiratórios, anestesias. 
· Inerentes ao ambiente hospitalar: 
· Existência de microrganismos mais resistentes e virulentos que contaminam artigos e áreas hospitalares que infectam pacientes suscetíveis. 
· Modificação da flora endógena normal do paciente. 
· Aumento do número de pessoas lidando com o mesmo paciente, circulando nas dependências do hospital
· Pessoas não preparadas para atuar no controle e prevenção das infecções; 
· Planta física inadequada: falta de pias na enfermarias, sala de medicação próxima ao banheiro; 
· Número de leitos excessivo nas enfermarias
· Áreas e artigos hospitalares e seus riscos potenciais de transmissão de infecções 
· Artigos críticos: são aqueles que penetram nos tecidos subepiteliais, no sistema vascular e em outros órgãos isentos de microbiota própria. 
· Instrumentos de corte ou de pontas, 
· Pinças, Próteses, 
· Fios Cirúrgicos Cateteres venosos, 
· Drenos, Soluções injetáveis, 
· Roupas utilizadas nos atos cirúrgicos.
· Artigos semicríticos: são aqueles que entram apenas em contato com a mucosa íntegra. 
· Equipamento de assistência ventilatória,
· Medicamentos orais e inaláveis, 
· Pratos, talheres. 
· Artigos não críticos: são todos que entram em contato apenas com a pele íntegra e ainda os que não entram em contato direto com o paciente. 
· Termômetros, aparelho de pressão, 
· Mesa de aparelho de raio X, 
· Incubadoras, Mobiliários em geral.
· Áreas críticas: apresentam maior risco de infecções, em duas apresentações. 
· A - devido a depressão da resistência antiinfecciosa do paciente e a invasão de tecidos 
· Sala de cirurgia, Sala de parto, Sala de recuperação pós-anestésica, Quarto de isolamento protetor
· Unidade de Tratamento Intensivo, Unidade de queimados, UTI Neonatal, Sala de Hemodiálise,
· B - Devido ao risco aumentado de transmissão de infecções.
· Quarto de isolamento de doenças infecto-contagiosas, Laboratórios de analise clínicas, Banco de sangue, 
· Sala de necropsia, Lavanderia. 
· Áreas semi-críticas: são todas as áreas ocupadas por pacientes de doenças não infecciosas e doenças de baixa transmissibilidade. 
· Ex: Enfermaria 
· Áreas não-críticas: são todas as áreas hospitalares não ocupadas por pacientes. 
· Ex: área de administração.
· Isolamento -finalidades 
· Limitar a disseminação de um patógeno transmissível 
· Separar as pessoas infectadas e seus patógenos 
· Garantir a segurança dos pacientes e dos membros da equipe de saúde. 
· Vias de transmissão
· Contato direto 
· Contato indireto 
· Via aérea 
· Ambas as vias 
· Tipos de isolamentos precauções 
· Isolamento Total ou Restrito: Destina-se a pacientes cuja a infecção tem como fonte de maior risco de transmissibilidade, os contatosdireto e indireto. Exemplo: difteria 
· Medidas de proteção: avental, luvas e máscaras. 
· Isolamento Respiratório: Evitar transmissão de microorganismo que se difundem através do ar contaminado, do contato direto de objetos recém contaminados por secreções eliminadas pelas vias aéreas superiores, gotículas liberadas pela tosse, escarro e espirros. Exemplo: meningite meningocócica, sarampo, rubéola, tuberculose pulmonar com escarro positivo. 
· Medidas de proteção: máscaras. 
· Isolamento Reverso ou Protetor: Destina-se a evitar o contato com o microorganismo potencialmente patogênico, usado também para pacientes cuja resistência a infecção esteja comprometida. Ex: leucemia, grandes queimados cujas as lesões não estejam contaminadas, pós-operatório de cirurgia cardíaca, transplantados.
· Precauções Entéricas: Destina-se a prevenir a transmissão de doenças por contato direto ou indireto com fezes infectadas. Exemplo: cólera, hepatite infecciosas. 
· Medidas de proteção: aventais, luvas, máscaras.
· Precauções com Pele e Urina: Destina-se a prevenir infecções cruzadas nos pacientes equipe de saúde, pelo contato direto com feridas ou objetos contaminados. Ex: impetigo, queimadura infectada. 
· Medidas de proteção: aventais, luvas. 
· Precauções com Sangue: Destina-se a prevenir nos pacientes e na equipe de saúde, infecções causadas por contato com sangue ou artigos contaminados. Ex: hepatite B, malária e AIDS. 
· Medidas de proteção: aventais, luvas.
· Características do Sistema de Saúde que predispõem as falhas 
· Diferentes modelos organizacionais junto com as características intrínsecas, 
· Complexa natureza da prática do serviço, 
· O fluxo do serviço não é programável, 
· Trabalho se caracteriza pela tomada de decisão tempo- dependente, 
· A complexidade dos pacientes é diversa, além da escassez de informações sobre seus antecedentes e características

Continue navegando