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Sarnas SARNA DEMODÉCICA Agente etiológico: Ácaro Demodex spp (fatores intrínsecos predispõem ao aparecimento da doença. Esse ácaro faz parte da microbiota cutânea(glândulas sebáceas e folículos pilosos) dos animais domésticos. Sendo que a dermatopatia ocasionada pelo mesmo é decorrente de uma infestação anormal. O parasita alimenta-se de sebo e das células epiteliais do folículo Quatro pares de partas, formato filiforme. Ciclo de 25 a 35 dias Ocorre apenas em um hospedeiro no interior do folículo piloso e da glândula sebácea, passando por 4 estágios: OVO-LARVA-NINFA-ADULTO Todos os estágios podem ser encontrados em raspados de pele. Esses parasitas podem migram através da corrente sanguínea para o fígado, baço, linfonodos, rins, vesícula urnária, pulmões, urina, fezes e sangue. Além de acometem outros folículos (bulbo) e glândulas da pele. Não é uma doença contagiosa, mas alguns fatores podem predispor ao aparecimento da dermatopatia: estresse, desnutrição, estro, gestação, lactação, outras doenças dermatológicas ou sistêmicas, além do uso de medicamentos imunossupressores Transmissão: Contato direto entre animais que convivem em pequeno espaço. Normalmente aquele que acabou sendo infestado terá uma cura espontânea dependendo de suas condições fisiológicas Mais frequentes em cães filhotes em amamentação (mãe possuí o ácaro na pele) devido à imunidade ainda em formação dos filhotes Podem haver segundas infecções por bactérias e outros ácaros O ácaro pode permanecer no ambiente em até 37 dias, entretanto perderá sua capacidade de infestá-los Caracterização: Juvenil ou adulto (quanto tempo?). Nestes normalmente é generaliza, pois pode ter caráter hereditário (autossômico recessivo),castra-se para não perpetuar os genes. Pode haver Imunossupressão por CORTICOIDES (causa redução da resposta imune do animal por adm de medicamentos) imunodepressão (doenças que causam queda de imunidade) Entre os tipos de demodicose estão: Localizada ou generalizada e escamosa ou pustular Tipos de Demodicose Localizada: Caracterizada pela presença de menos de 6 lesões ou apenas localizada em uma região. Normalmente periocular e perioral, mas também pode estar presente nos membros torácicos e restante do corpo. Há ainda eritema em graus variados, descamação, inflamação local, áreas circunscritas com alopécia e coloração escura por conta do processo cicatricial gerado pela pigmentação dos melanócitos (hiperpigmentação) e prurido quando associado a outras infecções secundárias. A coloração das lesões variam de marroam a avermelhadas podendo ter a presença de escamas com aspecto prateado. Em animais jovens regridem de forma espontânea (90%) sendo que apenas 10% tornam se generalizada. Não é considerada uma doença hereditária, podendo estar relacionada com uma disfunção das células T. Presença de lesão local eritematosa e alopécica na região perioral Lesão circunscrita no membro caracterizada por hiperpigmentação descamativa e alopécia Lesão circular na face caracterizada por área alopécica e eritematosa Generalizada: As lesões acometem mais de 5 áreas do corpo ou mais de dois membros de cães jovens e adultos, principalmente cães de raças puras. Animais com outras doenças sistêmicas (hipotiroidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes melito, FIV e FELV, neoplasias, imunossupressão pelo uso de corticoides) possuem maior predisposição para o desenvolvimento de demodicose secundária. As características das lesões iniciais são: alopécia simétrica ou assimétrica difusas. Após há presença de eritema, escamação, formação de crostas, hiperpigmentação e foliculite resultando na forma escamosa da doença ocasionando em seborreia. Quando os linfonodos periféricos são acometidos pode levar ao desenvolvimento de uma infecção secundária bacteriana (Estafilococos, Pseudomonas e Proteus) causando em piodermite. Nesta a foliculite é mais profunda e a formação de exsudato que formam crostas espessadas, áreas hemorrágicas, odor fétido e prurido. Lesões difusas na fase se estendendo para o pescoço, caracterizada pela escamação da pele, alopécia e formação de crostas Lesões generalizadas com hiperpigmentação, alopécia e assimétricas Gato com pelos eriçados e secos. Lesões circulares na cabeça caracterizada por áreas de alopécia e eritema Pododemodicose Normalmente associada a demodicose generalizada decorrente de piodermite. As lesões interdigitais são caracterizadas por eritema, hiperpigmentação, descamação, liquenificação, alopécia, dor, edema, crostas, pústulas, bolhas e prurido. Presença de lesões com hiperpigmentação, eritema e alopécia Lesão eritematosa com a presença de crostas e alopecia Diagnóstico O diagnóstico se baseia inicialmente no histórico do animal. Mãe que já apresentou a doença anteriormente(amamentação), se há alguma doença sistêmica como hiperadrenocorticismo, diabetes, tratamentos anti-helmínticos, alimentação, vacinação hipotiroidismos, neoplasias, uso de medicamentos imunossupressores, se houve resposta aos tratamento de demodicose. Após, o mais recomendável é realizar o exame microscópico de raspagem de pele. Quando há um número exacerbado do agente (mais ovos que adultos, visualizados mais de 5) é possível que o animal é positivo para a enfermidade. Outros exames complementares como bioquímico, hemograma, testes hormonais e radiografias devem ser realizados para achar a causa base da patologia e descartar outras possíveis doenças sistêmicas. Coleta de raspagem de pele É necessário realizar um corte profundo que cause um pequeno extravasamento de sangue dos capilares na transição da pele saudável com a região lesionada para melhor visualização dos parasitos Diagnóstico diferencial: Doenças fúngicas, outras doenças causadas por ácaros, dermatofitose, adenite seborreica, pênfigo, piodermatite, alopécias pós injeção, reações alérgicas, doenças sistêmicas principalmente o Hiperadrenocorticismo Tratamento: Localizada: Caso não haja cura espontânea pode ser utilizado soluções tópicas de amitraz(tóxico para gatos), peróxido de benzoíla(2,5% a 3%), unguento de retenona 1 9uma vez por dia), deve ser realizado novamente a raspagem e continuar o tratamento por mais quatro semanas em resultados negativos Generalizada: Realizar banhos com água morna e fazer a tosa geral para melhor manutenção das lesões, remover crostas e realizar banho de imersão em solução, deixando o animal com 15 min de produto. Não enxaguar, deixando o secar sozinho(não deixar no sol por conta da dermatite por raios solares). São necessários banhos semanais com peróxido de benzoica durante no min 6 semanas. O uso de corticoides não deve ser realizado durante o tratamento. Em casos de demodicose pustular: utiliza-se antibióticos via oral com tópicos Fármacos: cefalexina,enrofloxacina, amoxilina com ácido clavulanato(de 4 a 8 semanas), amitraz 20 ml dez litros ou colar, ivermectina, milbemicina (gatos sulfeto de cálcio), moxidectina Prognóstico: Na localizada é bom pois normamente há a cura espontanea ou utilização apenas de medicamentos tópicos, sendo que o curso da doença varia de seis a oito semanas. Por outro lado, a generalizada tem prognóstico de reservado a bom, sendo que este dependerá da cuasa primária da doença e das condições imunológicas do animal, quadros de recidivas podem ocorrer. ESCABIOSE Agente Etiológico: Sarcoptes scabiei var. Canis, é um parasito não sazonal que causa uma doença contagiosa, sendo considerado uma zoonose. Encontra-se na epiderme realizando escavações superficiais na mesma. Ácaro de aspecto globoso, com a presença de 4 pares de patas Transmissão: Contato direto e fômites, outros animais (canis, rua, hotel, abrigos) principalmente em animais imunossuprimidos (pode estar associada a leishmaniose) Ciclo de 15 a 21 dias:Apresentam 4 fases: ovo-larva-ninfa-adulto Características: Os ácaros liberam substâncias alérgicas que culminam em uma reação de hipersensibilidade levando a um intenso prurido que incluem lesões eritematosas, alopécicas, pápulas,liquenificação, crostas e escoriações inicialmente em pele glabra como: margem do pavilhão auricular, jarrete, região ventral, abdome e tórax. Em doenças mais crônicas podem se tornar generalizadas, mas geralmente o dorso não é acomemtido. Nessa etapa o animal apresenta perda de peso, linfoadenomegalia e lesões com crostas amareladas na superfície Sinais clínicos: Presença de crostas, eritema, pústulas e alopecia. Normalmente a evolução da doença ocorre em quatro etapas(não necessariamente ocorrem as quatro) ERUPÇÕES PAPULARES ERITEMATOSAS CROSTAS ESPESSAS AMARELADAS ALOPÉCIA IRREGULAR E DISSEMINADA DERMATITE PAPULOCROSTOSA GENERALIZADA (inf secundárias) Crônicas: O animal apresenta linfoadenomegalia, liquenificação da pele, hiperpigmentação, perda de peso, hiperpigmentação. lesões disseminadas, muito prurido 1. Lesões na margem do pavilhão auricular apresentando alopecia, pápulas e crostas disseminando-se para a face 2. Região ventral com alopécia, pelos eriçados e crostas difusas 1.As lesões na margem do pavilhão auricular são bem características da escabiose. Área alopécica com formação de crostas e escamações. 2. Cotovelo com lesões alopécicas recobertas por crostas amareladas Pápulas avermelhadas difusas na região abdominal Em gatos, a escabiose é causada pelo Notoedris cati considerado também um ácaro sarcóptico que realiza escavações superfíciais na pele. Os sinais clínicos são iguais ao do cão. Entretanto a região mais acometida é próximo ao pavilhão auricular e então é disseminada para a região periocular, face, cabeça e pescoço. Em casos mais crônicos as lesões são generalizadas podendo levar a anorexia e morte do animal Lesões eritematosas e alopécica com formação de crostas no pavilhão auricular e periocular Diagnóstico Histórico do paciente, convívio com outros animais contaminados em um local pequeno. Utilização de corticoides sem resposta. O sinal do reflexo podal é bem característico da doença, resposta ao tratamento com escabicida Deve-se realizar o exame de raspagem de pele nas áreas recentes sem escoriações, lesões mais agudas, raspagem nas bordas em vários pontos. Diagnóstico Diferencial: Hipersensibilidade a saliva da pulga, queiletielose, alergia a alimentos, dirofilariose, otodectes, dermatite por contato, dermatite atópica, PIORDERMATITE (bacteriana estafilos), MALASSEZIA (lesão úmida, odor fétido, azulado) Tratamento: Realizar o teste de dirofilariose (carga parasitaria grande usa ivermectina leva a trompoembolismo) Utiliza-se farmacos sintemáticos: selamectina, milbemicina, ivermectina (entectocida) pois estes normalmente têm melhores resultadas associados a medicamentos tópicos como o fipronil para ectoparasitas. Para realizar os banhos de imersão é necessário realizar a tricotomia, retirar as crostas e escamas. Em gatos é usado o sulfato de cálcio e amitraz em cães. O uso de doramectina e moxidectina (essa 1%) é recomendado em lesões mais generalizadas. A prednisona pode ser utilizada pra aliviar coceira até 5 dias, em casos de piodermite secundaria é necessário a administração de antibióticos (enrofloxacina e cefaloxacina 3 a 4 semanas), fitoterápicos. O tratamento pode durar de quatro a oito semanas dependendo da resposta do animal e de suas condições fisiológicas, além da colaboração do tutor. Prognóstico: Depende do tutor e da resposta do animal ao tratamento, mas geralmente é bom se todos os contactantes e o ambiente for tratado. OTITE EXTERNA Anatomia da orelha: A orelha dos animais domésticos é dividida em 3 porções: O meato acústico externo é recoberto por um epitélio escamoso, além de possuir folículos pilosos e glândulas. Estas são responsáveis pela produção de sebo e cera que juntas formam o cerume que protege a orelha contra agentes externo. Ainda na orelha externa há presença de uma microbiota constituída principalmente por Staphylococcus, Streptococcus e Malazessia podendo se tornar patogênicas quando há fatores primários que causem lesões no canal auditivo Orelha externa: Compreende o pavilhão auricular e o meato acústico externo Orelha média: Cavidade timpânica, ossículos auditivos e tuba auditiva Orelha interna: Cóclea, vestíbulo e canais semicirculares O meato acústico externo dos cães e gatos formam um canal em L(porção vertical seguida de uma horizontal). Transmitem o som capitado pela orelha para o tímpano Fatores primários da Otite externa: As causas primárias da otite externa podem variar muito de acordo com as características fisiológicas de cada animal, além de outros fatores como: raça, ambiente, genética… Mas as principais causas seriam: Reações de hipersensibilidade principalmente alimentar, doenças endócrinas(hipotiroidismo), traumas, corpos estranhos, neoplasias(adenomas e carcinomas das glândulas, papilomas) alterações na queratinização(dermatose facial dos persas e adenite sebácea), doenças autoimune(celulite juvenil e pênfigo foliáceo) e parasitas(carrapatos, sarnas fungos). Sendo que o último será abordado a seguir. A conformação da orelha principalmente de cães de raça, também contribuem para o surgimento de otites externas. Normalmente orelhas pendentes e caídas, presença de muito pelo, estreitamento do canal auditivo em L que permite a retenção de líquidos e outras substâncias e grande quantidade de glândulas ceruminosas e sebáceas. Ambos os fatores podem levar a infecções secundárias devido as lesões de continuidade que levam a perda da integridade do canal auditivo. Neste caso as lesões serão mais crônicas podendo ocasionar em estenose do canal auditivo pela deposição de tecido fibroso na derme e tela subcutânea, calcificação da cartilagem auditiva e produção de secreção purulenta. Otodectes Cynotis É uma das causas primárias mais comum de infestações por parasitos, principalmente em animais jovens. Considerado como uma doença altamente contagiosa em que a transmissão ocorre pelo contato direto entre animais infestados. O ácaro é caracterizado como não escavador que se alimenta de líquidos e resíduos do canal auditivo levando a danificação do epitélio e da membrana timpânica. Deste modo, contribui para infecções secundárias bacterianas e/ou fúngica e também com outros ácaros: Notoedres sp, Demodex canis e Sarcoptes scabiei. Possuí um formato ovoide e 4 pares de patas longas e não articuladas. A presença do ácaro faz com que ocorra um aumento da produção de cerume pelas glândulas, como uma forma de proteção contra o agente. Caracterizando então um aumento na produção de exsudato de coloração castanho escuro O ciclo de vida dura em média 3 semanas e é dividido em: ovo-larva-ninfa-adulto Otite aguda ocasionada pelo Otodectes com a presença de uma secreção marrom escura a amarelada Sinais clínicos: Presença de exsudato crostoso ou seroso de coloração marrom escura podendo ou não estar associado a secreção purulenta ocasionada por infecções secundárias Prurido intenso e dor podendo levar a escoriações e alopecia do pavilhão auricular e da cabeça por arranhadura, pendência das orelhas O animal chacoalha as orelhas com frequência podendo resultar em otohematoma O odor pode ser fétido, principalmente quando há infeções secundárias No processo agudo a porção auricular também estará edemaciada (aumentado de volume pelo acúmulo de líquido), eritematosa (vasodilatação capilar), erosões e ulcerações, alopecia, escoriações(descontinuidade da derme ocasionada pelo prurido intenso) Em casos de cronificação dos casos o animal apresentara inclinação da cabeça associada a otite interna, estenose do canal auditivo ocasionada pela fibrose ou ossificação do canal auditivolevando a diminuição da audição, hiperqueratose, hiperpigmentação e liquenificação do pavilhão auricular e formação de otohematomas. Canal auditivo com a presença de eritema causada por uma reação de hipersensibilidade Presença de exsudato purulento provavelmente relacionado com uma infecção secundária causando uma otite aguda sem alterações inflamatórias Em casos de otites relacionadas com alergia alimentas, os dois canais auditivos estarão comprometidos Liquenificação do pavilhão auricular, aumento de volume e estenose levando a oclusão total do canal auditivo. Tal lesão está associada a uma doença endócrina que causou uma otite externa secundária Adenocarcinoma de glândula sebácea levando a obstrução do canal auditivo Presença de uma massa calcificada no canal auditivo ocasionada por uma otite crônica Dilatação eritematosa e edemaciada com a presença de crostas e erosões causadas pelo ácaro Otodectes cynotis formando então um otohematoma devido ao prurido intenso na região Diagnóstico: A anamnese e achados clínicos. A anamnese deve ser detalhada incluindo se há presença de outros animais na residência, alimentação que o animal consome, resposta aos tratamentos anteriores se houver, presença de doenças sistêmicas, controle de ectoparasitas, dentre outros. No exame clínico deve fazer uma inspeção-geral do animal não apenas da orelha afetada. Realizar a introdução do cotonete, normalmente o animal apresenta reflexo otopodal. O exame otoscópico é de grande importância pois ira permitir visualizar a integridade do canal auditivo. Possibilitando avaliar o grau da inflamação, presença de ulcerações e erosões, estenose, alterações proliferativas, quantidade e qualificação do exsudato e debris celular, visualizar se há corpos estranhos, ectoparasitos ou nódulos e verificar a integridade do tímpano. Cultura bacteriana e fúngica para descarte de infecções secundárias Radiografia da bulha timpânica em casos de associação com otite média Ressonância magnética e tomografia para descarte de possíveis alterações neurológicas em casos de head tilt Histopatologia da pele para identificar a causa primária ou suspeitas de neoplasias Em casos crônicos é recomendado a ablação ou ressecção do canal auditivo vertical (doença em estágio terminal) Tratamento: Deve-se primeiramente identificar a causa primária para direcionar o tratamento resultando na melhoria do quadro clínico do paciente. Após, antes da aplicação dos medicamentos tópicos, é necessário realizar a limpeza do conduto auditivo, sendo os agentes terapêuticos mais utilizados para isso: Propilenoglicol, Lauril sulfossuccinato sódico, Alfabisabolol, glicerina e lanolina, ácido salicílico, lático, hialurônico e bórico, hidrolatos, extratos glicolíticos, óleos essenciais e vegetais e soro fisiológico. Agentes como povidona, clorexidina e peróxido de ureia podem ser ototóxicos. Normalmente os componentes estão associados em um único medicamento de higienização. Em sequência deve-se utilizar fármacos sistêmicos ou locais como antimicrobianos, antiparasitários e anti-inflamatórios corticoesteroides utiliza-se apenas se o animal apresenta dor, estenose, aumento de volume e proliferação tecidual. ( dependendo do diagnóstico dado e da causa primária Otite alérgica: Utiliza-se cautelosamente medicamentos corticoesteroides (prednisona, VO, bid, no máximo por 10 dias) Otite branda: Realização da limpeza em intervalos de 3 a 7 dias para evitar o acúmulo de cerúmen Otite grave: Realização da limpeza em intervalos de 3 a 7 dias para evitar o acúmulo de cerúmen em casos do paciente não deixar manipular deve ser necessário a contenção química. O tratamento é local e necessita da associação de medicamentos anti-inflamatórios Otite causada por ácaros: Todos os animais e contactantes devem ser tratados. Pode utilizar: Ivermectina(VO a cada 7 dias ou SC a cada 10 a 14 dias), milbemicina, selamectina(VT a cada duas a quatro semanas), fibronil (VT a cada 14 dias) Otite causada por ácaros: Clotrimazol, cetoconazol e fluconazol(VO 5 mg bid 10 mg sid), miconazol, tiabendazol, nistatina e itraconazol (VO junto ao alimento, sid de 5 a 10 mg) Otite bacteriana: Ormetoprina-sulfadimetoxina, trimetoprina sufa, enrofloxacina + EDTA para preenchimento do canal auditivo em otites crônicas, ciprofloxacina, cefalexina, orbifloxacina e marbofloxacina Terapia nutricional: Realização de dieta de eliminação, principalmente das fontes proteicas, dando preferência a proteínas hidrolisadas (mais rapidamente absorvidas), alimentação com soja (mais calórica)deve haver uma adaptação anterior pois a presença de lectina e antitripina interferem na absorção dos nutrientes. A soja deve ser cozida antes de ser implementada na ração. Além de complementar a alimentação com metionina e taurina (carnívoros!) Prognóstico: Depende da identificação da causa primária e da resposta ao tratamento. Com isso, para que ocorra um tratamento eficaz primeiro identifica-se o agente causador e conta-se a doença subjacente. Em infecções secundárias pode haver recidivas se a causa primária não for excluída. O medicamento a ser utilizado deve preencher completamente o canal auditivo e o tutor deve manter o animal parado por alguns segundos para melhor absorção e para evitar perdas, sendo que o tratamento deve continuar por mais alguns dias após o desaparecimento dos sinais clínicos. Todo o tratamento deve ser realizado baseado nos achados laboratoriais para um melhor direcionamento do mesmo. Em persistência do quadro clínico, é necessário a avaliação da bula timpânica e lavagem profunda do canal auditivo.
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