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Suplementos ergogênicos Suplemento alimentar é um alimento, componente alimentar, nutriente, ou composto não alimentar utilizado para prevenir/tratar deficiências nutricionais; forma prática de energia e nutrientes durante ou ao final das sessões de exercício; melhorar desempenho de forma direta ou indireta (melhorar sessões de treinos) Apenas 5 possuem boas evidências de que melhoram o desempenho de forma direta: cafeína, creatina, nitrato, beta-alanina, bicarbonato de sódio Cafeína Substância psicoativa mais consumida no mundo, rapidamente absorvida no TGI e absorvida em 1-2h, atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e sua meia vida tem 2,5 a 5 horas, variando de acordo com o indivíduo e é metabolizada no fígado Mecanismo de ação Adenosina que se ligaria nos receptores do SNC diminuindo noradrenalina, dopamina. A cafeína age como antagonista e se liga aos receptores, aumentando noradrenalina, dopamina, alerta e retardar fadiga. Melhora de desempenho em: Exercícios de endurance e predominância aeróbia, força, alta intensidade e curta duração e esportes coletivos. Estratégias de utilização: Formas de administração, cápsula, café, chiclete, energéticos sendo a mais utilizada em cápsulas -> 3 a 6mg/kg, ou 1,5 a 3mg/kg durante exercício. Doses maiores ou iguais a 9 mg/kg não promovem benefícios e causa distúrbios TGI, nervosismo, ansiedade, distúrbios do sono. Respostas individuais: alguns podem aceitar bem a cafeína enquanto outros não: e os fatores que podem influenciar: genetica, uso habitual e sexo individuo Genética: CYP1A2 AA -> rápidos AC -> lentos CC -> mais lentos Mulheres efeito ergogênico reduzido em exercícios anaeróbicos Creatina Amina natural sintetizada pelo fígado rins pâncreas; 95% se encontra na musculatura e 60 a 70% se encontra na forma de PCr, onde a concentração normal é de 120 mmol/Kg e a concentração máxima é de 160 mmol/kg Mecanismo de ação A contração depende de energia, ATP, sendo que a concentração é limitada, e para que a fadiga muscular não aconteça, a taxa de ressíntese de ATP ocorra de forma extremamente rápida, fosforilando rapidamente a molécula de ADP em ATP com ajuda de PCr, aumentando essa taxa de ressíntese de ATP e PCr, retardando a fadiga e aumentando a performance. Melhora desempenho em: Sprint ciclismo, corrida, natação, futebol, vôlei, exercício de força. Efeitos colaterais: Ganho de peso corporal de 1 a 2kg - resultante por ser osmoticamente ativa, atraindo a água para dentro da célula muscular esquelética. Potencializa os ganhos de massa muscular, aumentos fibras tipo 1 e 2, decorrente do aumento de volume de treino. Ação nos vegetarianos: Aumento um pouco maior da massa magra e em testes aeróbios, estabeleceu um maior desempenho do que onívoros. Por conta da baixa ingestão de Cr. Além disso, ela não é de origem animal já que é feito no lab Estratégias de utilização Protocolos: carregamento 20 g (4x5 g/día) durante 1 semana e a manutenção 3 a 5g de Cr durante 1 mês causando aumento das quantidades de creatina (20%), sendo a melhor forma a monohidratada e buscando sempre consumir com carboidratos de alto índice glicêmico, já que aumenta a atividade do transportador de creatina Tamponantes: Beta-alanina Alta atividade da via glicolítica, produzindo íons H+, reduzindo pH e gerando uma acidose muscular, resultando então na fadiga muscular, prejudicando na ressíntese de PCr, enzimas da via glicolítica e a maquinaria contrátil. Mecanismo de ação: Carnosina - histidina+beta alanina -> carnosina que funciona como tampão intracelular, pois seu pKa = 6,83 e a beta-alanina é o fator limitante para produção de carnosina, sua suplementação crônica aumenta conteúdo muscular de carnosina, aumentando a capacidade tamponante dos íons H+, diminuindo acidificação intramuscular, fadiga muscular e aumentando a performance. Melhora desempenho em: Exercícios de duração em 30s e 10 min, funcionando melhor em testes de capacidade do que em de desempenho sendo seu efeito aumentado em indivíduos não treinados do que em treinados, no entanto, esse efeito ainda pode ser potencialmente importante. Estratégias utilização: Protocolo 3,2 a 6,4g / dia por 4 semanas no entanto, doses superiores a 800 mg causam parestesia (coceira) e uma forma de driblar esse colateral é a suplementação em doses menores de 0,8 a 1,6g a cada 3-4h. O pico pode ocorrer em até 20 semanas Bicarboanto de sódio: Promove remoção de íons H+ de dentro da célula muscular, por proteínas transportadoras nas membranas, MCT 1-4, onde o íon H+ é neutralizado pelo bicarbonato no interstício e liberado na forma de CO2 e H20 Melhora de desempenho em: Efeitos: ainda melhor em exercícios intermitentes, eficácia reduzida quando a duração e > 10 min. Estratégias de utilização: Antes do exercício: aumento pH e bicarbonato, estimulando uma maior atividade do transportador de MCT1 e MCT4, promovendo maior remoção de íons H+ e lactato, evitando acúmulo H+ e retardando acidose muscular Colaterais: Dose timing e suplementação: 0.2 a .3 g/kg 1 a 2 horas antes do exercício, acompanha de distúrbios gastrointestinais (dores estômago, náusea, vômito e diarreia) Estratégias: consumo refeição rica em carbo em doses fracionadas ou realizar a suplementação crônica 0,5g / kg / dia ou com cápsulas gastrorresistentes Quando suplementado com beta-alanina, seu efeito ergogênico é aumentado. Nitrato -> oxido nitrico vasodilatação, angiogenese, respição e biogenese mitocondrial. nitratoi e nitrito reduzido a oxido nitrico, atuando como via alternativa de sintese. Beterraba, vegetais verdes foleosos -> suco de beterraba concentrado com 400mg de nitrato Atletas de endurance possuem menor probabilidade de se beneficiar da suplementação de nitrato. 120-125 g de beterraba