Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Olá estudante, como você está? Antes de começarmos nossa aula, vamos conhecer alguns fatores podem influenciar na absorção. Vamos comigo? Primeiro precisamos entender que velocidade e a extensão de absorção de um fármaco são afetadas por diversos fatores que são específicos à situação do tratamento. Um desses fatores é o pH do local de absorção, isso porque a maioria dos fármacos são ou um ácido fraco ou uma base fraca. Fármacos ácidos (HA) liberam um próton (H+), causando a formação de um ânion (A–). Enquanto as bases fracas (BH+) também podem liberar um H+. Contudo, a forma protonada dos fármacos básicos, em geral, é carregada, e a perda do próton produz a base (B) não ionizada: Fármacos não ionizados atravessam mais facilmente as membranas, assim, para os ácidos fracos, a forma HA não ionizada consegue permear através das membranas, mas o A– não consegue. Para a base fraca, a forma não ionizada, B, consegue penetrar através das membranas celulares, mas a BH+ protonada não consegue. Por isso, a concentração efetiva da forma permeável de cada fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas entre as formas ionizada e não ionizada. A relação entre as duas formas é, por sua vez, determinada pelo pH no local de absorção e pela força do ácido ou base fracos, que é representada pela constante de ionização, o pKa. O equilíbrio de distribuição é alcançado quando a forma permeável de um fármaco alcança uma concentração igual em todos os espaços aquosos do organismo. HA H+ + A- BH+ H+ + B O pKa é uma medida da força da interação de um composto com um próton. Quanto menor o pKa de um fármaco, mais ácido ele é. Ao contrário, quanto maior o pKa, mais básico ele é. Além do pH do local de absorção fluxo sanguíneo da região possui uma grande influência nesse aspecto; em uma região altamente perfundida, as moléculas do fármaco que penetram nesse compartimento são rapidamente removidas. Esse efeito mantém a concentração do fármaco em baixos níveis no compartimento, permitindo que a força propulsora para a entrada de novas moléculas do fármaco no compartimento permaneça alta. Como os intestinos recebem um fluxo de sangue muito maior do que o estômago, a absorção no intestino é favorecida em relação ao estômago. A área ou superfície disponível para absorção, quanto maior essa área, maior a absorção. Integridade funcional da superfície absorvente também influenciam nessa absorção, o achatamento e o edema da mucosa diminuem a absorção. O tempo de contato com a superfície de absorção também influência, e isso deve ser levado em consideração principalmente por medicamentos utilizados por via oral. Se um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do TGI, como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele não é bem absorvido. Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção. Além da questão do tempo de absorção, a ingestão de outros alimentos e outros medicamentos podem interferir, pois eles podem interagir com os medicamentos para alterar aumentando ou diminuindo a taxa de absorção. Por exemplo o ferro quando administrado com leite tem sua absorção diminuída, já quando administrado com o ácido ascórbico (vitamina C) sua absorção é aumentada. A glicoproteína P é uma proteína transportadora transmembrana expressa em tecidos por todo o organismo, como fígado, rins, placenta, intestinos e capilares cerebrais, e está envolvida no transporte de várias moléculas, sendo responsável pelo transporte de fármacos dos tecidos para o sangue. Dessa maneira ela “bombeia” fármacos para fora das células. Assim, nas áreas de expressão elevada, a glicoproteína P diminui a absorção de ATENÇÃO!!! A presença de alimento no estômago dilui o fármaco e retarda o esvaziamento gástrico. Portanto, quando um fármaco é ingerido com o alimento, em geral, é absorvido mais lentamente fármacos. Além de transportar vários fármacos para fora das células, ela também está associada com a resistência a vários fármacos. Doenças como diarreia, síndrome de má absorção, acloridria, cirrose enfisema, e lipodistrofia afetam também a absorção de fármacos. Referências: WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. Livro digital. (1 recurso online). ISBN 9788582713235. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582713235. Acesso em: 1 set. 2020. GOLAN, David E. (ed.). Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. Livro digital. (1 recurso online). ISBN 978-85-277-2600-9. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2600-9. Acesso em: 1 set. 2020.
Compartilhar