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Atuação do enfermeiro na assistência ao parto humanizado

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Docente: Flavia Zuque 
Discentes: Emanuele Bozza e Selma Simão
Atuação do enfermeiro na assistência ao parto humanizado e dificuldades encontradas pelo enfermeiro para realização da consulta puerperal na atenção primária.
Segundo o Ministério da Saúde “O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento” foi instituído através da [Portaria/GM n.o 569, de 1/6/2000 subsidiado nas análises das necessidades de atenção específica à gestante, ao recém-nascido e à mãe no período pós-parto, o parto humanizado é feito sem intervenções desnecessárias, onde a equipe preza pelo atendimento acolhedor e respeitoso da gestante , garantindo o bem-estar emocional e físico da mulher, diminuindo os riscos e as complicações do parto, na humanização da assistência ao parto também destaca a importância que os enfermeiros exercem durante o trabalho de parto e o nascimento do recém-nascido, oferecendo acolhimento, praticando a empatia com a paciente e garantindo segurança e qualidade no atendimento, além do método hospitalar de humanização temos também a alternativa do parto domiciliar que atualmente vem se tornando frequente entre as gestantes do mundo todo, os dois métodos ressaltam a valorização da mulher ajudando no vinculo entre mãe e filho através do parto normal, esses métodos tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e neonatal, diminuindo o numero de cesarianas desnecessárias e também o alto índice de violências obstétricas em centros cirúrgicos, o parto humanizado é um novo jeito de lidar com a gestante proporcionando liberdade de escolha, respeitando sua natureza e sua vontade intensificando também a relação familiar, os profissionais de enfermagem são reconhecidos e autorizados para implantação de ações da política de humanização, é fundamental priorizar a dignidade da mulher e de seus familiares, lembrando que é necessário informar a parturiente sobre toda sua evolução e sobre as condutas que vão ser realizadas durante todo o processo, durante o procedimento de assistência são utilizadas técnicas para redução de dores e desconfortos, como: deambulação livre, musicas, massagens e posturas variadas sendo que o conforto da parturiente é prioridade para equipe.
Os cuidados oferecidos ao domicílio da puérpera é considerado como um espaço de extremo valor, para desempenhar as atividades sem interrupções, uma visita domiciliar com a equipe de enfermagem deve ocorrer entre 7º ao 10º dia de puerpério promovendo um atendimento preventivo precoce porque acaba sendo na casa da puérpera que o enfermeiro analisa a interação da mãe com o filho, vai instruir sobre o planejamento familiar, orientar sobre a importância do aleitamento materno; identificar estados de intercorrências ou risco à mulher e ao recém-nascido e dúvidas, mas muitas vezes alguns desafios são encontrados como a falta de transporte para áreas distantes dificultando o deslocamento até a moradia da puérpera , a vulnerabilidade social em que muitas famílias se encontram dificultando o retorno da mãe na unidade e assim prejudicando o acompanhamento da mãe e do RN , muitas vezes o vínculo entre enfermeira com a paciente e a família acaba pela ausência da puérpera na unidade ou da puépera mudar de área , aonde esse vínculo é fundamental para a humanização do cuidado e para um puerperio acompanhado e saudável, outro fator é inserir o pai nas unidades de saúde para o planejamento familiar e orientações sobre as práticas no cuidado com a mãe e o bebê, dificuldade também é no agendar e a puérpera não comparecer a uma consulta de retorno em até 42 dias pós-parto para avaliação na saúde da mulher, no planejamento familiar e na consulta do RN, pois elas só comparecem se houver ocorrências sintomáticas ao RN ou para vacinação, na falta de orientação imediata as mães por alguma ocorrência , impaciência ou fator cultural de opta em amamentar ou não, acaba abandonando a amamentação sendo difícil ao enfermeiro adaptar o retorno da amamentação ao rescém nascido , encontra-se dificuldade também na cultura das crenças em que a mãe ou a família tem, acabando interferindo tanto no cuidado do curativo do coto umbilical e também na dieta e cuidados da puépera, em alguns relatos de enfermeiras acham importante a inclusão de uma enfermeira obstetra na unidade pela sua especialidade e humanização do cuidado, assim podendo aumentar as visitas domiciliares e evitando deixar a unidade de saúde sem assistência, que devido a demanda da unidade acaba não tendo tempo para os planejamentos domiciliares e educativos, outra dificuldade nas unidades é a falta de um protocolo à seguir e capacitações continuada para que o profissional possa qualificar na implementação de planos e cuidados puerperal, sendo que a assistência prestada no momento da consulta puerperal se distancia do preconizado pelo exercício da profissão de Enfermagem , com a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem como ferramenta básica do atendimento à puérpera na atenção primária proporcionando mudanças positivas na prática do enfermeiro e com benefícios e resultados esperados.
Referência: artigos:
-REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE CUIDADO DE ENFERMAGEM NO PÓS-PARTO.
- PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO PARTO HUMANIZADO.
- DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ENFERMEIRO NA CONSULTA PUERPERAL.
-PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO.

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