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Descrição do Experimento. • Escoamento de água por uma tubulação transparente, com regulação da velocidade; • No início desta tubulação, injeta-se água com corante. a- Escoamento laminar, de baixa velocidade. b- Escoamento turbulento, de alta velocidade. c- Fotografia instantânea da condição. • Quando a velocidade da água é baixa, o regime é laminar, ou seja, o líquido possui vetores de velocidades apenas na horizontal, logo, existem camadas de líquido definidas que não se misturam. • Quando a velocidade da água é alta, o regime é turbulento, ou seja, o líquido possui vetores de velocidades em todas as direções, logo, há mistura do líquido ao longo do raio do escoamento. Para tubulações circulares. Re=D. v. p/µ • D é diâmetro interno (m) • v é velocidade média (m/s) • p é densidade do fluido (kg/m³) • µ é viscosidade do fluido (Pa.s) • Através do número de Reynolds (Re), que é um número adimensional: Re=D. v. p/µ • Para escoamento em tubulações circulares: o Re<2100: regime laminar o 2100<Re<4000: região de transição (ou seja, o escoamento pode ser laminar ou turbulento, mas não é possível prever) o 4000<Re: regime turbulento. • Suponha um fluido em movimento laminar e livre (sem paredes), da esquerda para a direita. Qualquer camada deste fluido possui velocidade igual. • Se este fluido encontrar uma placa plana estática, a camada de fluido mais próxima à placa terá velocidade NULA. A camada seguinte terá velocidade MAIOR do que a camada próxima à placa, mas ainda MENOR do que a velocidade original. A partir de uma certa altura, as camadas de líquido estarão longes o suficiente para não serem afetadas pela placa, de modo que terão velocidade IGUAL à velocidade original. • O mesmo acontece com um fluido saindo de um tanque e entrando numa tubulação circular. A camada de fluido mais próxima à parede da tubulação terá velocidade NULA. A camada seguinte terá velocidade MAIOR do que a camada próxima à parede, mas ainda MENOR do que a velocidade original. Portanto, a velocidade de escoamento depende do raio (v(r)) e a posição onde a velocidade será MAIOR é em r = 0 m. a- Escoamento laminar. b- Escoamento turbulento. a- Em regime laminar, o perfil de velocidades é parabólico, de modo que todas as camadas de líquido sofrem influência indireta da parede por transferência de quantidade de movimento. b- Em regime turbulento, apenas o fluido próximo à parede sofre influência da parede, formando camadas de fluido nesta região. Próximo ao centro do tubo (r=0), o perfil de velocidades é reto, ou seja, a velocidade não varia com r. Como o efeito da parede é menor em regime turbulento, a perda de carga (que está relacionada ao efeito da parede) também é menor. • Até então, considerava-se apenas velocidade média nos exercícios de escoamento. • Agora, sabe-se que existe um perfil de velocidade dentro do tubo. o Para regime turbulento, pode-se considerar que a velocidade de escoamento em todo o raio é igual à velocidade média: o Para regime laminar, devemos considerar o perfil de velocidades e usá-lo para calcular a velocidade média e vice-versa: • É a lei que resulta na equação de balanço de massa. • Descreve que: a massa acumulada é igual à massa que entra num volume de controle menos a massa que sai deste volume de controle mais a massa que é produzida neste volume de controle É a equação resultante do balanço de massa. É uma condição na qual não há variação das propriedades do volume de controle (T, massa, concentração, pressão, etc) ou de vazões (mássica ou volumétrica) ao longo do tempo • Portanto, acúmulo () é nulo • Em inglês: “Steady-state” • Quando não é estado estacionário, é estado transiente (“unsteady-state or transient state”) • É o mesmo que estado estacionário. • NÃO dependem da extensão analisada, da massa analisada • Exemplos: densidade, concentração, velocidade e temperatura. • Dependem da extensão analisada, ou seja, do volume ou da massa do sistema analisado (volume de controle). • Exemplos: massa e volume. • “Fluir” é deformar-se indefinidamente • “A dissenção entre um sólido e um fluido é baseada na capacidade da substância de resistir a uma tensão de cisalhamento (ou tangencial) aplicada, que tende a mudar sua forma. O sólido resiste à tensão de cisalhamento aplicada deformando-se, ao passo que o fluido se deforma continuamente sob a influência da tensão de cisalhamento, não importando a quão pequena ela seja. • Fluidos adquirem a forma do recipiente Líquidos • Incompressíveis • Tem uma superfície definida Gases • Menor interação entre moléculas • Compressíveis • Lei dos gases ideais a- Solido b- Líquido c- Gasoso Por que é necessário fazermos mais força para misturar um fluido “pastoso” do que misturar um fluido “aquoso”? Imagina um tanque cilíndrico com agitação no centro. Estas imagens representam a visão superior destes tanques e o centro preto indica o agitador. O agitador gira com a mesma velocidade em todos os casos. O círculo externo representa a parede do tanque. As cores indicam a velocidade do fluido supondo a mesma velocidade do agitador: maior velocidade é cor mais escura e menor velocidade é cor mais clara. É possível mover quase toda a água e quase todo o leite. Mas há uma camada significativa de leite condensado que não se move ou move com baixa velocidade. A viscosidade é a medida da RESISTÊNCIA à transferência de movimento de um fluido, é a resistência ao escoamento. Quanto MAIOR for a viscosidade, MENOR é a transferência de movimento e MAIS difícil é mover o fluido. • As partículas fluidas junto a superfícies sólidas adquirem a velocidade dos pontos das superfícies com as quais estão em contato. • Quantidade de movimento é transferida em y, de uma camada de fluido para a outra, sempre gerando uma velocidade menor perfil de velocidade • Força de cisalhamento (F) é a força aplicada pela superfície de cima no fluido. • Tensão de cisalhamento (τyx) é força de cisalhamento dividida pela área na qual a força atua o yx: representa que a transferência de movimento ocorre em y e gera uma velocidade em x • Lei de Newton da viscosidade: o A tensão de cisalhamento (τyx) é proporcional à taxa de deformidade (dvx/dy) e o fator de proporcionalidade é a viscosidade. o Alguns autores usam o símbolo para a taxa de deformidade (dvx/dy) • O sinal negativo indica que a transferência de movimento ocorre da maior velocidade para a menor velocidade • O gradiente de velocidade dvx/dy (taxa de deformação) é a força motriz deste tipo de transferência de movimento, ou seja, sem gradiente de velocidade, não tem transferência de movimento • Note que o vetor da força de cisalhamento é perpendicular ao vetor da tensão • Então, a viscosidade é a resistência ao escoamento, logo, quanto maior é a viscosidade, mais difícil é mover o fluido (para uma mesma força sendo aplicada) • Qual é a unidade da viscosidade no SI? • Outra unidade comum é Poise (P) e centipoise (cP), sendo 1 cP = 10- 3 Pa.s • é a viscosidade dinâmica (nos materiais de aula, quando não é mencionado, trata-se da viscosidade dinâmica) • Em alguns casos, usamos a viscosidade cinemática: • Qual é a unidade da viscosidade cinemática no SI? • Viscosidade depende da interação molecular no fluido • Então, o que afeta a interação molecular de um fluido? o Temperatura o Pressão (efeito pequeno para líquidos) o Composição • Pense num líquido como o mel o Se você aquecer o mel, a viscosidade aumenta ou diminui? o O AUMENTO da temperatura resulta no AUMENTO da agitação das moléculas, que resulta na MAIOR distância entre as moléculas, ou seja, MENOR interação entre as moléculas, portanto, MENOR viscosidade 18 • Para gases: o A interação entre as moléculas ocorreapenas quando ocorre colisões entre as moléculas • Se aumentar a temperatura, o que acontece com a viscosidade? o Aumenta o número de colisões (porque aumenta a energia de vibração de cada molécula), portanto, aumenta a viscosidade • Se aumentar a pressão, o que acontece com a viscosidade? o Aumenta o número de colisões (porque aumenta o número de moléculas por volume), portanto, aumenta a viscosidade • Na interfase gás-líquido, se a velocidade do gás for baixa, a tensão de cisalhamento pode ser considerada nula porque a viscosidade do gás é muito baixa para gerar movimento no líquido • Exemplo: rios 1) São feitos experimentos com diferentes valores de força de cisalhamento, que correspondem a diferentes tensões de cisalhamento (τyx). 2) Em cada experimento, mede-se a taxa de deformidade dvx/dy A amostra do fluido de interesse é submetida a uma determinada tensão de cisalhamento pelo cilindro anterior (determinada a partir do valor de torque) e a velocidade angular resultante do fluido é medida e usada para calcular a taxa de deformidade (gradiente de velocidade). O equipamento possui um software que já fornece a viscosidade 3) É feito um gráfico da tensão de cisalhamento (τyx) em função da taxa de deformidade dvx/dy 4) Analisa-se o perfil comparando com padrões da literatura 5) Ajusta-se uma equação a estes dados para confirmar o padrão Neste exemplo, usamos 3 experimentos, mas, na verdade, são feitos vários experimentos para maior precisão 6) A equação gerada pode ser usada para calcular a viscosidade aparente para cada valor de taxa de deformidade dvx/dy, que deve ser usada nas equações de dimensionamento Viscosidade aparente é a inclinação da reta que liga o ponto 0 do gráfico e o valor da viscosidade obtida experimentalmente • Tensão de cisalhamento é linearmente proporcional à taxa de deformidade: Viscosidade NÃO depende do tempo de aplicação da tensão ou da velocidade de escoamento • μ=f(T, p, composição) • Exemplo: água, todos os gases, soluções com compostos de baixa massa molecular Binghamiano ou plástico de Bingham: • Partículas sólidas muito pequenas e pouco líquido (Apenas o suficiente para manter partículas unidas) • Escoa apenas acima de uma determinada pressão: τ0 • Onde µA é a viscosidade aparente • Exemplo: argila, pasta de dente, purê de batata, gordura de cozinha • Dilatantes: o Mistura de partículas sólidas e líquido sem estrutura física definida o Quando está em repouso, a diferença de velocidades entre as partículas é baixa; esta diferença aumenta com o aumento da velocidade • Onde K é o índice de consistência e n é o índice de comportamento (n>1) • Consequentemente, a viscosidade aparente aumenta (tangente da curva) • Qual é a equação para a viscosidade aparente? • • Fibras suspensas ou soluções poliméricas • Quando aumenta a velocidade, as fibras se organizam (na direção do escoamento), o que reduz a viscosidade aparente • • Tem uma tensão mínima e a viscosidade depende da taxa • Exemplos: suspensão de micélio, suco de laranja e de tomate • • Fibras curtas, géis estruturados ou suspensão de polímeros • Quando aumenta a velocidade, as fibras se organizam (na direção do escoamento), o que reduz a viscosidade aparente • Viscosidade aparente diminui com o tempo de escoamento • • Partículas sólidas de diâmetro pequeno (pós) em líquido • Quando aumenta a velocidade, usam energia cinética para formas ligações químicas, o que aumenta a viscosidade aparente • Viscosidade aparente aumenta com o tempo de escoamento • É obtido como se houvesse uma reta ligando o ponto 0 do gráfico e o valor da viscosidade obtida experimentalmente • Para fluidos newtonianos, a viscosidade real é igual à aparente. • Fluidos newtonianos: o Culturas diluídas o Leveduras o Bactérias que não formam cadeias o Células animais (com ou sem soro) • Pseudoplásticos, Bingham ou Casson o Maioria dos micélios o Suspensão de células de plantas o Ver tabela 7.2 do Doran (2013) • Efeito de polímeros no meio: o Presentes no meio (amido, pectina) ou produzidos pelos microrganismos • Efeito da biomassa: o Pellets ou suspensão de células o Cultura com micélio de Streptomyces griseus: Bingham o À vezes, nenhuma destas equações consegue descrever bem: • Cultura durante produção de penicilina: o comportamento depende da forma do micélio o Efeito de sólidos: o Hidrólise de bagaço de cana como lodo A viscosidade de um líquido depende muito da temperatura, ou seja, ela decresce significativamente com o acréscimo da temperatura. A glicerina é um subproduto da produção de biodiesel. A viscosidade da glicerina pura é 1,41 Pa.s a 20°C e 0,612 Pa.s ao redor de 30°C. a) Qual a viscosidade da glicerina pura a 25°C? • Podemos aplicar o princípio de triângulos ou princípio da tangente. Oque resulta na proporção de; b) Proponha uma equação que descreva a viscosidade da glicerina pura em função da temperatura. Esta equação é válida para qualquer temperatura? Para temperatura T; Para temperatura T em Celsius: µ=3,006- 0,0798 T Confira esta equação com o resultado da letra (a) Esta equação é válida apenas para temperaturas entre 20°C e 30°C, porque estes foram os dados usados. Um equipamento é utilizado para determinar a viscosidade de fluidos. Neste equipamento, a amostra do fluido de interesse é submetida a uma determinada tensão de cisalhamento e a taxa de deformidade gerada é medida. Com base nesses valores, determinasse a viscosidade aparente. Ao medir a viscosidade de caldo de cana, aplicou-se diferentes valores de tensão de cisalhamento para diferentes valores de temperatura; (227,4 K; 286,5 K, 296,4 K e 317,0 K) a taxa de cisalhamento de cada ensaio foi determinada obtendo-se o gráfico. a) Qual é a classificação reológica do caldo de cana? - Fluido newtoniano, porque tensão varia linearmente com a taxa de deformação e parece partir do ponto 0. b) Qual é a viscosidade do caldo de cana para cada conjunto de gráfico? - Se tivéssemos a tabela de dados, poderíamos fazer um ajuste de linha de tendência. Como temos apenas o gráfico, é mais fácil usar 1 ponto para cada conjunto e a equação para fluidos newtonianos: Para os outros conjuntos c) Qual linha corresponde a qual temperatura? Justifique sua resposta. - Se a viscosidade diminui com a temperatura, então, os símbolos quadrados são da menor temperatura e os triângulos brancos são a maior temperatura. d) Descreva o efeito do aumento da viscosidade na equação de Newton. - Para uma mesma tensão de cisalhamento, o AUMENTO da viscosidade causa uma REDUÇÃO da taxa de deformação. Se o dy é o mesmo, a velocidade máxima gerada é menor (azul) quando a viscosidade é maior. Portanto, “menos movimento” do líquido. Perfil de velocidades; O fungo Aureobasidium pullulans é usado para produzir um polissacarídeo por fermentação de sacarose. Depois de 120 h de fermentação, mediu-se a tensão de cisalhamento e a taxa de cisalhamento usando um viscosímetro de cilindro rotativo a) Determine o tipo de fluido e estime a viscosidade aparente para taxas de deformidade de 15 s-1 e 200 s-1. Se for Casson, fazemos gráfico com raiz quadrada nos dois eixos e isso seria uma reta Não é uma “reta”, mas uma parábola, então não é Casson Se for pseudoplástico, fazemos gráfico com log nos dois eixos e isso seria uma reta Reta ficou bem ajustada, então, é pseudoplástico • 1dyn = 1g.cm/s2=10-5kg.m/s2=10- 5N • Estime a viscosidade aparente para a taxa de deformidade de: • 15 s-1: • 200 s-1 • Outra opção é usar equação empírica no excel. Desvantagens: • Erro • Número de parâmetros a serem ajustados numa polinomial • Sem embasamento teórico b) Durante a fermentação, quais elementos do meiode cultivo afetam a viscosidade? - Durante a fermentação, quais elementos do meio de cultivo afetam a viscosidade? • Aeração diminui a viscosidade (viscosidade do ar é 1000 vezes menor do que da água) • Crescimento da biomassa aumenta a viscosidade e altera o tipo de fluido (de newtoniano para não- newtoniano) • Mudança da morfologia da célula pode alterar viscosidade (tamanho e formato do agregado celular) • Polímeros do meio consumidos ou formados (polissacarídeos) alteram a viscosidade (viscosidade aumenta com a concentração de polímeros) c) Quais são as implicações do aumento da viscosidade durante fermentação? d) Energia gasta na agitação é maior • Transferência gás-líquido é menos eficiente • Maior gasto de energia no bombeamento e maior dissipação de energia durante escoamento (perda de carga) • Durante o escoamento, a velocidade do fluido varia de acordo com o balanço de massa, enquanto a pressão varia de acordo com o balanço de energia. • Qual é a equação de balanço de massa durante o escoamento? • Equação que vimos no 1º Bimestre • Quais tipos de energia devem ser incluídos na equação do balanço de energia durante o escoamento? A equação acima é a equação de balanço de energia durante escoamentos. Esta equação considera que: • O fluido é incompressível • As variações de cada tipo de energia que um fluido sofre ao se deslocar do ponto 1 ao ponto 2 • Não há acúmulo de MASSA entre o ponto 1 e o ponto 2 • Não há acúmulo de ENERGIA entre o ponto 1 e o ponto 2, portanto não há variação de temperatura • A perda de energia por parte do fluido é representada pelo sinal negativo, porque resulta na redução de energia no caminho do ponto 1 ao ponto 2 • O ganho de energia por parte do fluido é representado pelo sinal positivo, porque resulta no aumento da energia no caminho do ponto 1 ao ponto 2 • Energia Potencial(=mgy): devido à força gravitacional • Energia Cinética(=mv2/2): devido ao movimento (macroscópico) do fluido • Energia Interna: devido às interações químicas das moléculas presentes no fluido • Energia Térmica: devido a diferença de temperatura • Energia oriunda de trabalho: referente a forças aplicadas ao sistema sendo analisado • Determinação da potência requerida para uma bomba • Determinação da perda de carga durante escoamento • Relacionar pressão e velocidade durante escoamento • Basicamente, análise de escoamentos a) Tubulação lisa horizontal Simplificações; V1=V2 y1=y2 W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão diminui entre o ponto 1 e o ponto 2, ou seja, a pressão do fluido diminui ao longo do escoamento b) Tubulação lisa vertical, escoamento para baixo Simplificações V1=V2 y1=y2+L W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão tende a diminuir entre o ponto 1 e o ponto 2 por causa da perda de carga, mas também tende a aumentar por causa da redução de energia potencial. Na maioria dos casos, hp<L, então, a pressão aumenta c) Tubulação lisa vertical, escoamento para cima V1=V2 Y2=Y1+L W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão diminui entre o ponto 1 e o ponto 2, mas esta redução é maior do que no caso (a) porque o fluido perde energia na subida d) Tubulação lisa horizontal, com curva para baixo Simplificações V1=V2 Y2=Y1+L W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão tende a diminuir entre o ponto 1 e o ponto 2 por causa da perda de carga, que é maior do que no caso (b) • Por outro lado, a pressão também tende a aumentar por causa da redução de energia potencial • O efeito final da pressão depende dos valores de hp e L e) Tubulação lisa horizontal com redução Simplificações: y1=y2 W2=0 Conclusões: • A velocidade aumenta por causa da redução da área transversal • Como V1 < V2, a pressão diminui entre o ponto 1 e o ponto 2, ou seja, a redução na tubulação causa diminuição da pressão f) Tubulação lisa horizontal com válvula Simplificações; V1=V2 y1=y2 W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão diminui entre o ponto 1 e o ponto 2 • A redução da pressão é maior do que no caso (a) porque a válvula tem perda de carga maior do que uma tubulação lisa g) Tubulação lisa horizontal com filtro de linha Simplificações; V1=V2 y1=y2 W2=0 Conclusões: • A velocidade não varia • A pressão diminui entre o ponto 1 e o ponto 2 • A redução da pressão é maior do que no caso (a) porque o filtro tem perda de carga maior do que uma tubulação lisa h) Tubulação lisa horizontal com bomba centrífuga Simplificações V1=V2 y1=y2 Em bombas, hp=0 (porque a perda de carga está no cálculo de Ws) Conclusões: • A velocidade não varia, se os diâmetros forem os mesmos • A pressão aumenta entre o ponto 1 e o ponto 2, devido à energia fornecida pela bomba • Na equação do balanço de energia: • (Ws/Mg) representa a carga da bomba (m) • Ws representa a potência efetiva da bomba (W), ou seja, o quanto de energia a bomba fornece ao fluido • Na hora de comprar a bomba, temos que pedir pela potência total, que considera a potência efetiva e perdas de energia • Energia dissipada devido ao atrito com a parede • Para escoamento incompressível numa tubulação horizontal, a perda de carga corresponde à redução de pressão entre dois pontos, por isso, o termo em inglês é pressure drop (queda de pressão) • A perda de carga pode ser medida em unidades de pressão ou em unidades de carga: Hp,pa=pfluido escoandoghp,m[m] • • f é fator de atrito de Darcy (adimensional), obtido por gráficos ou equações • L é o comprimento de tubulação sendo analisado • D é o diâmetro interno da tubulação • Vmed é a velocidade média do fluido escoando Esta equação é válida para tubos circulares e fluidos newtonianos • Para regime laminar: f=64/Re • Independente da rugosidade • Para regime de transição ou turbulento, f é obtido de equações (não veremos estas equações nesta disciplina) ou gráfico de Moody, em função da rugosidade da tubulação e do número de Reynolds • Para regime plenamente turbulento, f não depende do número de Reynolds • Referente a acidentes ou acessórios: • Curvas • Tês • Entradas e saídas de tanques • Expansões e contrações da tubulação • Válvulas • Instrumentos • A perda de carga localizada deve ser somada à perda de carga da linha • Existem 2 métodos de cálculos Na qual: • K é o coeficiente de perda de carga localizada ou coeficiente de resistência; é obtido de tabelas • Qual é a unidade de K? • Vmed é a velocidade média Na qual: • Le é o comprimento equivalente, ou seja, o comprimento equivalente de uma tubulação de mesmo diâmetro que produz a mesma perda de carga que o acidente ou acessório • O método do comprimento equivalente é melhor porque considera o material usado • A escolha também depende parcialmente dos dados disponíveis • Existem várias tabelas e equações para o cálculo de K e Le/D • Na prova, os valores de K ou de Le/D serão fornecidos. a) Válvula de gaveta b) Válvula globo c) Válvula em ângulo d) Válvula de retenção de basculante e) Válvula do tipo disco Entrada do tubo: Reentrante; K1=0,80 (t<<D e I=0,1D) Arrestas vivas; Kl=0,50 Bem arredondado(r/D>0,2);Kl =0,03 Ligeiramente arredondado(r/D>0,1); Kl =0,12 Saída do tubo • Reentrante; K1=α • Arrestas vivas; Kl= α • Arredondado;Kl = α * O fator de correção da energia cinética é α=2 para escoamento laminar completamente desenvolvido e α ͌ 1,05 para o escoamento turbulento totalmente desenvolvido Curvas e desvios • Curva suave de 90° Flangeado Kl = 0,3 Roscado Kl = 0,9 • Curva chanfrada de 90° (com palhetas) Kl=0,2 • Cotovelo roscado de 45° K Kl=0,4 • Curva de retorno 180° Flangeado; Kl=0,2 Roscado; Kl=1,5 • Tê (escoamento de Desvio) Flangeado; Kl=1.0 Roscado; Kl=2.0 • Tê (escoamento de Linha)Flangeado; Kl=0,2 Roscado; Kl=0,9 • União Roscada Kl=0,8 Vantagem • Elevada área de troca térmica em comparação com a camisa • Indicado quando a área de uma camisa não é suficiente para a troca térmica que é necessária (biorreatores com volumes grandes) Desvantagens • Altera o padrão de mistura no interior do biorreator • Limpeza é mais difícil, com grandes chances de formar incrustações de células • Pontos passíveis de acúmulo de contaminações (apoio da serpentina na parede) • Risco de contaminação da fermentação pelo fluido da serpentina • O número de voltas permitido para uma serpentina é limitado pela distância mínima entre cada volta A área de troca térmica de serpentinas e camisas deve considerar o volume útil (com meio) do biorreator, porque a troca térmica com o headspace não é eficiente • Mais versátil e mais fácil de dimensionar • Área de troca térmica é limitada apenas em processos aeróbicos, devendo ter baixo tempo de residência para não acabar o O2 durante a passagem no trocador • Deve ser esterilizável Turbina de disco de Rushton Hélice Naval • Capacidade de gerar alta turbulência (quebra de bolhas, transferência de O2) • Capacidade de gerar corrente de fluxo no interior do biorreator (circulação em todo o biorreator) Um dos componentes de maior importância nesse sistema é a quebra ondas a) defletores fixados na parede para líquidos de baixa viscosidade b) defletores colocados longe da parede para líquidos de viscosidade moderada c) defletores colocados longe da parede e em ângulo para líquidos de alta viscosidade. - Tanque -Impelidor -Agitador -Chicana -Entrada de ar Usado quando: • Meio muito viscoso, diminui o tamanho da haste • Precisa colocar instrumento no topo Desvantagem: • Risco de vazamento com o degaste do selo de vedação entre a haste e o fundo do tanque. • Agitação pneumática • Recirculação • Estresse hidrodinâmico (hydrodynamic stress): pode causar dados às células ou alterações na morfologia (ex.: fungos filamentosos): o Lise celular o Redução do tamanho do agregado celular o Redução do crescimento/metabolismo o Desnaturação de proteínas extracelulares o Aumento da espessura da parede celular • A perda de viabilidade também depende do tempo de ação do estresse • É difícil prever o efeito exato • Exemplo: Leveduras são consideradas resistentes porque são unicelulares e tem parede celular • Taxa de cisalhamento média para tanques agitados: Y=K Ni • k depende da geometria do impelidor • O fluido contorna o objeto, formando uma região de alta pressão na frente do objeto e uma região de baixa pressão atrás do objeto (como se fosse uma região de vácuo) • A região de baixa pressão atrás do objeto cria a turbulência/redemoinhos • O fluido perde energia (perda de carga) por causa da turbulência atrás do objeto e por causa da tensão de cisalhamento causada pela superfície do objeto • A diferença de pressão resulta numa força de pressão que é exercida pelo fluido no objeto • A tensão de cisalhamento entre o fluido e o objeto resulta numa força de cisalhamento atuando no objeto. • A força resultante que o fluido causa no objeto, ou seja, a soma da força de pressão e da força de cisalhamento é a força de arrasto. • No caso de um agitador mecânico, o fenômeno é o mesmo, mas o fluido está inicialmente estático e o objeto (impelidor) transfere energia ao fluido através da força de arrasto, iniciando o movimento. • É a potência necessária para fazer o impelidor adquirir a rotação Ni. o Energia transferida pelo impelidor ao meio de cultivo no biorreator, na forma de circulação do fluido e turbulência (quebra de bolhas) o Este número é necessário para o balanço de energia do biorreator • Este valor é proporcional ao consumo de energia elétrica o Eficiência é razão entre potência real transmitida ao impelidor e potência gasta pelo motor • Valores comuns: o 10 kW/m³ para biorreatores pequenos (0,1 m³) o 1 a 2 kW/m³ para biorreatores pequenos (100 m³) 1. Impelidor é ligado e transfere potência/torque ao líquido e ao reator 2. O reator fica suspenso, de modo que o dinamômetro consegue medir a força/torque (F) que o reator recebe 3. Potência é calculada pela função abaixo P=F.d.2π.n • Np = Número de potência, obtido através de gráficos ou tabelas (adimensional) • p = densidade do meio (kg/m³) • Ni = Frequência de agitação (rps) • Di = Diâmetro dos impelidores (m) 1) turbina de Rashton 2) pá inclinada para baixo 3) Hélice Naval • É o gráfico de Np que determina a separação entre regimes • Laminar: NRe,i<10,Np=K1/ NRe,i • Transição: 10<NRe,i<10000 • Turbulento: NRe,i>10000, Np não depende de NRe,i • • Biorreator ideal: todos os pontos do biorreator contêm a mesma concentração de todos os compostos • Biorreator real: existem gradientes de concentração e zonas mortas • Os impelidores geram correntes de fluxo no interior do biorreator. Para haver uma mistura eficiente, é necessário haver troca entre estas correntes. • Outras opções: o Ácidos, bases (sondas de pH) o Sais (condutímetros) o Fluido quente (termopar) Tempo de mistura (tm): • Mede o tempo necessário para atingir determinado grau de homogeneidade • Geralmente considera-se homogêneo quando a diferença entre a concentração naquele momento (C) e a concentração final (Cf) é igual ou menor que 10% da diferença entre a concentração no momento inicial (Ci) e a concentração final: (C Cf)≤|0,1(Ci-Cf)| • Número adimensional de mistura: Nitm Corresponde ao número de rotações para atingir homogeneidade Substituindo a equação de P e VL, obtemos: • Densidade celular é próxima da densidade da água, mas pode resultar em sedimentação das células a longo prazo, mesmo quando se utiliza microrganismos unicelulares sem imobilização • Critério de suspensão completa de sólidos: nenhuma partícula permanece no fundo do biorreator por mais de 1 a 2 segundos • Note que suspensão completa não significa distribuição homogênea das células ao longo do biorreator • Rotação do impelidor mínima necessária sem aeração: • S é um parâmetro adimensional que depende da geometria do impelidor e do biorreator • νL é viscosidade cinemática do líquido • Dp é o diâmetro da partícula • ρP é a densidade da partícula • X é a porcentagem m/m de partículas em suspensão (ex.: se a concentração for 10% m/m, usa-se o número 10 na fórmula) • Rotação do impelidor mínima necessária com aeração: • Fgv é a vazão de ar em vvm (volume de gás por volume de meio por minuto) • Esta equação é válida para Rushton • A rotação é maior porque a presença de bolhas de ar atrás do impelidor reduz a capacidade de bombeamento do impelidor (Pg é menor que P0)
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