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MEDICAMENTOS GENÉRICOS Lei 9787/99 Conceitos 30/04/2020 Medicamento de Referência Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro Medicamento Genérico: Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI Medicamento Similar: Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre se identificado por nome comercial ou marca Conceitos 30/04/2020 Produto Farmacêutico Intercambiável – equivalente terapêutico de um medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e segurança; Bioequivalência – consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio (s) ativo (s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental; Biodisponibilidade – indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. Contexto histórico dos medicamentos genéricos 30/04/2020 Drecreto nº793/1993 – Governo Itamar Franco: •Objetivo: estabelecer mecanismos de regulação de preços •Torna obrigatório o uso da DCB em todos os medicamentos e prescrições em serviços do SUS Lei 9279/1996: regulação dos direitos e obrigações para detentores de propriedade industrial •Reconhecimento das patentes farmacêuticas: comercialização exclusiva por período de até 20 anos •Expirado prazo da patente – domínio público Portaria nº3916/1998 – aprovação da Política Nacional de Medicamentos •Propósito: garantir a segurança necessária, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional, e o acesso da população para obter os considerados essenciais. Lei 9782/1999 – Criação da ANVISA •Missão: proteger e promover a saúde da população •Autonomia administrativa Medicamento Genérico ◦ A regulamentação da Lei dos Genéricos por meio de uma Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ainda em 1999, possibilitou, naquele momento, a introdução de conceitos nunca antes empregados para o registro de um medicamento no Brasil, como por exemplo a equivalência farmacêutica (comprovada por ensaios in vitro) e a bioequivalência (comprovada por ensaios in vivo). ◦ Desse modo, a Lei dos Genéricos estabeleceu um novo padrão para o desenvolvimento e o registro de medicamentos no país. ◦ O amplo intervalo entre a primeira legislação sobre a obrigatoriedade da utilização da denominação genérica e a efetiva implementação da política de medicamentos genéricos no Brasil (de 1993 a 1999) deveu-se, em parte, à existência, no mercado brasileiro, de inúmeros medicamentos similares ao medicamento de referência, comercializados por diferentes laboratórios. 30/04/2020 Medicamento Genérico ◦ Essas empresas, buscando a manutenção de seus produtos no mercado, só passariam a investir no desenvolvimento de produtos genéricos após o vencimento de seus registros, retardando assim a efetiva implantação dos genéricos. ◦ Cabe ressaltar que, no período compreendido entre os anos de 1976 e 1999, a legislação brasileira permitia às empresas fabricantes definirem elas próprias qual seria o medicamento de referência para o registro de seus similares. Entretanto, não havia exigência de comprovação da equivalência terapêutica do similar em relação ao medicamento considerado como referência. ◦ Era também permitido o registro de formas farmacêuticas e dosagens diferentes em relação ao suposto medicamento de referência, havendo, ainda, casos de formulações distintas, o que deu origem ao registro de muitas alternativas farmacêuticas (medicamentos que diferem do medicamento de referência em relação a um ou mais dos seguintes itens: base, sal ou éster do fármaco, dosagem, forma farmacêutica). 30/04/2020 Medicamento Genérico ◦ Após a publicação da regulamentação técnica para o registro de medicamentos genéricos, tornou-se inconcebível a existência de critérios distintos para o registro de medicamentos similares no país. ◦ Isso acelerou o processo de criação da regulamentação técnica que exige comprovação da equivalência terapêutica entre o medicamento similar e o medicamento de referência indicado pela ANVISA, tanto para as novas solicitações de registro (RDC 133/2003), como para os similares já registrados (RDC 134/2003) (8, 9). ◦ De fato, a experiência adquirida com o registro dos medicamentos genéricos tornou viável a publicação da RDC 134/2003, segundo a qual os fabricantes de similares são obrigados a cumprir os requisitos de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa, de acordo com um cronograma elaborado considerando- se o conceito de risco sanitário (cronograma de adequação). 30/04/2020 Medicamentos similares 30/04/2020 RDC ANVISA N. 58, DE 10 DE OUTUBRO DE 2014 A Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 58/2014, que estabelece os procedimentos para a intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. Ou seja, os requisitos necessários para que o similar possa substituir o medicamento de referência. Pela nova regra, os similares que já tenham comprovado equivalência farmacêutica com o medicamento de referência da categoria poderão declarar na bula que são substitutos ao de marca. Medicamento Genérico ◦ Também é importante destacar que houve um contexto social e político favorável às mudanças causadas pelas regulamentações técnicas já mencionadas. Os casos de falsificação de medicamentos no mercado nacional, notadamente em 1998 e 1999, geraram um clamor pela segurança e qualidade de produtos relacionados à saúde. ◦ Nesse cenário, foi criada a ANVISA, com a missão de proteger e promover a saúde da população, sendo que uma de suas primeiras ações foi a publicação da Lei dos Genéricos, como parte da Política Nacional de Medicamentos. 30/04/2020 Objetivos ◦ Quando a Lei dos Medicamentos Genéricos (nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999) entrou em vigor, um marco histórico se estabeleceu na saúde pública do país, e tinha como objetivos: ◦ Estimular a concorrência e a variedade de oferta no mercado de medicamentos; ◦ Investir na qualidade dos medicamentos disponíveis; ◦ Instituir novo mecanismo para registro de medicamentos no Brasil; ◦ Reduzir os preços; ◦ Oferecer aos prescritores alternativas de medicamentos de qualidade e com eficácia e segurança equivalentes aos medicamentos de referência; ◦ Facilitar o acesso e a adesão da população brasileira ao tratamento de doenças a medicamentos mais baratos mas com a qualidade dos medicamentos de referência 30/04/2020 Medicamentos Genéricos Lei nº 9.787/99 ◦ Categoria: Medicamentos Genéricos ◦ Estabelece normas técnicas para registro destes medicamentos ◦ Intercambialidade com medicamentos de referência ◦ Estipula requisitos para intercambialidade: testes que garantem a eficácia e segurança semelhantes ao medicamento de referência ◦ Testes em laboratórios habilitados pela ANVISA – REBLAS ◦ Normas para prescrição e dispensação 30/04/2020 Identificação do medicamentogenérico 30/04/2020 Referência x Genérico x Similar 30/04/2020 Equivalência farmacêutica ◦ Segundo a ANVISA, equivalentes farmacêuticos são medicamentos que contém o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos. ◦ Os equivalentes farmacêuticos devem cumprir as especificações atualizadas da Farmacopeia Brasileira e, na ausência dessas, devem cumprir as especificações de outros códigos autorizados pela legislação vigente ou, ainda, outros padrões aplicáveis de qualidade. 30/04/2020 Bioequivalência ou biodisponibilidade relativa ◦ De acordo com a ANVISA, a biodisponibilidade relativa é o quociente entre a biodisponibilidade de um medicamento teste e a de um medicamento referência, utilizando os valores da área total sob a curva (ASC) da concentração plasmática em função do tempo na comparação. Uma biodisponibilidade relativa igual a 1, ou seja, uma biodisponibilidade de 100%, implica que os dois medicamentos foram absorvidos na mesma extensão. ◦ A determinação da bioequivalência consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípios ativos e que tenham comparável biodisponibilidade quando estudados sob um mesmo desenho experimental. ◦ A biodisponibilidade pode variar entre: ◦ Formas farmacêuticas diferentes ◦ Formas farmacêuticas iguais e fabricantes diferentes ◦ Formas farmacêuticas iguais, fabricantes iguais e lotes diferentes 30/04/2020 Bioisenção ◦ Bioisenção A bioisenção pode ser definida como a não exigência de um estudo de biodisponibilidade relativa ou de bioequivalência in vivo para o registro de um medicamento pela autoridade sanitária, quando um ensaio in vitro adequado pode substituir o estudo in vivo. Tal definição deu origem ao conceito da bioequivalência in vitro, que significa que é possível, em alguns casos, comprovar a bioequivalência por meio de ensaios in vitro. Isso se justifica plenamente em termos éticos pela redução dos ensaios para medicamentos empregando seres humanos; ◦ Nas soluções aquosas injetáveis administradas por via intravascular, o fármaco já está dissolvido e toda a dose é administrada diretamente na circulação, o que implica 100% de biodisponibilidade. Para um genérico desse tipo, a comprovação da equivalência farmacêutica e das BPFC (Boas Práticas de Fabricação e Controle de Qualidade) é suficiente para garantir a intercambialidade com o medicamento de referência. 30/04/2020 Bioequivalência ou biodisponibilidade relativa 30/04/2020 30/04/2020 Bioequivalência ou biodisponibilidade relativa 30/04/2020 Intercambialida de referência x genérico x similar Somente o FARMACÊUTICO pode realizar a troca em prescrição! 30/04/2020
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