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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO. Conceição Venâncio de Araújo Santos, Brasileira, Casada, Auxiliar de Limpeza, portadora da cédula de identidade RG nº 1630881 SSP/RO e inscrita no CPF nº 996.273.290-53, residente e domiciliado na Rua Aparecida, n°249, Três Marias, 76.812-390, Porto Velho, Rondônia, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por seu procurador devidamente constituído, nos termos da inclusa procuração, com fundamentos no artigo 24 da Lei nº 6.515/77, e nos 1.571 e seguintes, do diploma civil, com base nos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: AÇÃO DE DIVÓCIO LITIGIOSO Em face de Manoel Bento dos Santos Neto, Brasileiro, casado, RG e CPF: n° (sem informação), residente e domiciliado em lugar incerto e não sabido, por mais de 15 (quinze) anos, fazendo para tanto, face aos seguintes fatos e fundamentos assim alinhavados: I – DA JUSTIÇA GRATUITA DA JUSTIÇA GRATUITA Inicialmente, afirma o autor que, de acordo com o artigo 4º da Lei nº 1.060/50 com redação introduzida pela Lei nº 7.510/86 e artigo 99 do Novo CPC, não tem condições de arcar com eventual ônus processual sem prejuízo do sustento próprio e de sua família. Diante disso, requer seja concedido o beneficio da Justiça Gratuita, considerando que caso o pleito não seja deferido poderá haver prejuízo para o autor. II – DO PRAZO EM DOBRO O Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade FARO pede seja aplicado o disposto no parágrafo § 3º do Artigo 186 do Código de Processo Civil de 2015, concedendo PRAZO EM DOBRO para toda e qualquer manifestação nos autos. III – DOS FATOS A Requerente informa que já não convive maritalmente com o requerido, desde 25 de dezembro de 2004, onde o requerido deixou a casa em que residiam para trabalhar no Distrito de Jaci Paraná. Do enlace matrimonial, que perdurou por 20 anos, resultou o nascimento de 02 (dois) filhos, que hoje se encontram maiores de idade, conforme certidões de nascimento em anexo. Durante o período em que o casal permaneceu junto não adquiriram bens, assim, não há bens a partilhar. Diante destas circunstâncias fáticas acima apresentadas, a Requerente, por não saber o paradeiro do ex-conjugue, deseja regularizar judicialmente a situação em que se encontram por mais de 15 anos, devendo ser decretado o divórcio do casal. IV - DO USO DO NOME O cônjuge virago deseja voltar a usar o nome de solteira. Art. 1.578, § 2º, CC; V – DO DIREITO / FUNDAMENTOS A pretensão da requerente encontra fundamento no § 6º, do artigo 226 da Constituição Federal de 1988, in verbis: Art. 226. (…) § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) Segundo Maria Helena Diniz, o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial, habilitando as pessoas a convolar novas núpcias. Com a modificação introduzida pela Emenda Constitucional nº 66, de 13 de julho de 2010, que dá nova redação ao § 6º do art. 226 da Constituição Federal, que dispõe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 01 (um) ano ou de comprovada separação de fato por mais de 02 (dois) anos, ampara a pretensão dos autores. Segundo o entendimento de Maria Berenice Dias, Ao ser excluída a parte final do indigitado dispositivo constitucional, desapareceu toda e qualquer restrição para a concessão do divórcio, que cabe ser concedido sem prévia separação e sem o implemento de prazos. A partir de agora a única ação dissolutiva do casamento é o divórcio que não mais exige a indicação da causa de pedir. Eventuais controvérsias referentes a causa, culpa ou prazos deixam de integrar o objeto da demanda. Portanto, a única forma de dissolução do casamento é o divórcio, eis que o instituto da separação foi banido do ordenamento jurídico pátrio. V – DOS PEDIDOS Isto posto, requer: 1. Os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração em anexo; 2. A citação do réu por Edital, nos termos do artigo 231, inciso II, do Código de Processo civil, tendo em vista que o mesmo encontra-se em lugar incerto e não sabido para, querendo, vir contestar o presente pedido, sob pena de revelia e confissão ficta, quanto à matéria de fato; 3. Ao fim, julgar pela procedência do pedido principal, para que seja decretado o divórcio do casal, observando os termos da presente exordial, em especial voltando a cônjuge virago a usar o seu nome de solteira, qual seja: C. V. A; 4. Expedir, após o trânsito em julgado, os competentes mandados de averbação e de inscrição da sentença ao cartório de registro civil competente, para que proceda às alterações necessárias junto ao assento do casamento das partes, com isenção de custas; 5. Decidir pela condenação do acionado ao pagamento das verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorárias advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação. Por fim, protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal da requerida, juntada de documentos, e entre outras que fizerem necessárias. Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) Nestes termos, Pede deferimento. Porto Velho, 21 de maio de 2020 Advogado OAB DANDÁRA MORAIS ALVES MATRICULA: 100547
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