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Legislação de Fitoterápicos/Plantas Medicinais

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 APOSTILA TEÓRICA DE FARMACOGNOSIA 
PROFA. RESPONSÁVEL CELI DE PAULA SILVA 
SETEMBRO/2016 
 
 
 
TEMA: LEGISLAÇÃO DE FITOTERÁPICOS/PLANTAS MEDICINAIS/DROGAS VEGETAIS 
 
 
PLANTA MEDICINAL: é aquela a qual se atribui uma propriedade medicinal que, de forma geral, é feita por indivíduos da espécie 
humana. Essas plantas são fontes inesgotáveis de novas substâncias e potenciais plantas medicinais a partir do momento que 
são usadas com finalidade terapêutica por um determinado grupo de indivíduos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 
refere-se às plantas medicinais como espécies vegetais a partir das quais produtos de interesse terapêutico podem ser obtidos 
e usados na espécie humana como medicamento. A OMS inclui em sua lista de plantas medicinais também outras espécies 
vegetais, fonte de compostos ativos com propriedade terapêutica, e faz isso independentemente do fato da planta ser a mesma 
usada pela população como medicinal ou não (DI STASI, 2007). Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos 
terapêuticos 
 
• DROGA VEGETAL: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, 
após processos de coleta/colheita, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, 
rasurada, triturada ou pulverizada. 
 
• REMÉDIO OU MEDICAMENTO? ao consumir um chá de uma determinada planta, como de capim-limão (Cymbopogon 
citratus) ou quando se aplica a tintura de uma espécie vegetal sobre a pele, tentando diminuir sua coceira, tais 
espécies estão sendo consumidas como remédio de natureza química, já que o organismo está sendo exposto ao 
efeitos de uma série de substâncias ativas presentes nas plantas. Um remédio para ser um medicamento deve ter sido 
amplamente estudado para se verificar os potenciais risco de uso, seus efeitos colaterais, seus efeitos em altas doses 
ou em tratamentos prolongados e sua melhor via de aplicação (oral, venosa, tópica, muscular), seu melhor esquema de 
dosagem e aplicação, forma de apresentação mais adequada, seu mecanismo de funcionamento e suas indicações 
terapêuticas. 
 
• FITOTERAPIA: terapia baseada no uso de plantas medicinais/fitoterápicos. 
 
• MEDICAMENTO FITOTERÁPICO: obtido com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e 
eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. 
 
• PRODUTO TRADICIONAL FITOTERÁPICO: obtido com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja 
segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica e 
que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou 
de monitorização. Não podem se referir a doenças, distúrbios, condições ou ações consideradas graves, não podem 
conter matérias-primas em concentração de risco tóxico conhecido e não devem ser administrados pelas vias injetável 
e oftálmica. 
 
Não se considera medicamento fitoterápico ou produto tradicional fitoterápico aquele que inclua na sua composição 
substâncias ativas isoladas ou altamente purificadas, sejam elas sintéticas, semissintéticas ou naturais e nem as 
associações dessas com outros extratos, sejam eles vegetais ou de outras fontes, como a animal. 
 Os medicamentos fitoterápicos são passíveis de registro e os produtos tradicionais fitoterápicos são passíveis de 
registro ou notificação. 
 
� FITOCOMPLEXO: substâncias originadas no metabolismo primário e secundário dos vegetais, responsáveis, em 
conjunto, pelos efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de seus derivados. 
 
1 
 
• FITOFÁRMACO: medicamentos que incluem em sua constituição substâncias químicas de origem vegetal. São 
medicamentos quimicamente definidos, cujo ativo principal é uma substância originalmente isolada de uma espécie 
vegetal. Ex: morfina: usada para alívio de dores profundas – extraída do fruto da papoula (Papaver somniferum). 
 
• MARCADOR: substância ou classe de substâncias (ex: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.), utilizada como 
referência no controle da qualidade da matéria-prima vegetal e dos fitoterápicos, preferencialmente tendo correlação 
com o efeito terapêutico. 
 O marcador pode ser classificado quanto a sua relação com o efeito terapêutico como: 
- marcador ativo: quando o constituinte ou grupo(s) de constituintes tem relação com o efeito terapêutico; 
- marcador analítico: quando ainda não foi demonstrada a relação do constituinte ou grupo(s) de constituintes com a 
atividade terapêutica do fitocomplexo 
 
CHÁ MEDICINAL: droga vegetal com fins medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção ou maceração em 
água pelo consumidor. 
 
• DERIVADO VEGETAL: produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as 
substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, 
exsudato e outros; 
 
TEMA: MÉTODOS EXTRATIVOS 
 
� Etapas que devem ser realizadas antes da extração: 
- Coleta do material vegetal 
- Secagem (temperatura abaixo dos 50º.C e com circulação de ar para que não haja saturação do mesmo). 
- Moagem (obtenção da droga vegetal pulverizada): aumenta a área de contato entre o material sólido e o líquido 
extrator, tornando a operação mais eficiente. TAMISAÇÃO: tornar o material o mais homogêneo possível e com uma 
granulometria estabelecida. 
 
 
� Conceito: retirar de forma mais seletiva e completa, substâncias ou fração ativa contida na droga vegetal, usando-se 
um líquido ou mistura de líquidos apropriados e toxicologicamente seguros. 
 
� Considerações importantes: 
- Características do material vegetal; 
- Seu grau de divisão; 
- O meu extrator (solvente); 
- Metodologia. 
Observação: quanto mais rígido for o material vegetal, menor deve ser sua granulometria. 
 
• Solvente 
De acordo com as substâncias que se deseja extrair – depende da polaridade (quando não se conhece a polaridade das 
substâncias a serem extraídas, faz-se uma extração fracionada, com ordem de polaridade crescente do solvente). 
 
Ex: para extração de alcalóides (subs. Alcalina) usa-se soluções ácidas = extração determinada pelo pH do líquido extrator. 
 
Observação: praticamente todos os constituintes de interesse para análise fitoquímica, apresentam alguma solubilidade em 
misturas etanólicas ou metanólicas a 80%. Deve-se levar em consideração o risco no manuseio do solvente. 
 
• Velocidade de dissolução → agitação abrevia consideravelmente a duração do processo extrativo. 
 
• Aumento da temperatura → aumenta a solubilidade de qualquer substância (nem sempre o calor pode ser 
empregado, devido algumas substâncias das plantas serem instáveis em altas temperaturas). 
 
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO 
 
• EXPRESSÃO: sem o auxílio de solventes. 
 
 
 
 
2 
 
• MACERAÇÃO 
- Extração em recipiente fechado, em diversas temperaturas, durante um período prolongado (horas/dias) sob agitação 
ocasional e sem renovação do líquido extrator. 
Observação: não conduz ao esgotamento da matéria-prima vegetal, devido a saturação do líquido extrator ou equilíbrio entre os 
meios. 
 Variações: 
 - Digestão: ocorre em temperaturas de 40-60º.C 
 - Dinâmica: sob agitação mecânica constante 
 - Remaceração: renovando-se o líquido extrator e mantendo o mesmo material vegetal. 
 
 Drogas indicadas para este tipo de extração: 
• Sem gomas, resinas e alginatos. 
• Para tinturas-mãe (Homeopatia) e tinturas oficinais → usa-se etanol e soluções hidroetanólicas (o etanol não deve ser 
inferior a 20%). 
 
 
• PERCOLAÇÃO 
Extração exaustiva das substâncias ativas. 
- A droga vegetal moída é colocada em recipiente cônico ou cilíndrico (percolador/funil de separação) de vidro ou de metal, 
através do qual é feito passar o líquido extrator.Há dois tipos: percolação simples e percolação fracionada. 
- Operação dinâmica: indicada na extração de substâncias farmacologicamente muito ativas, presentes em pequenas 
quantidades ou pouco solúveis; quando o preço da droga é relevante. 
 
Percolação Simples 
 - Entumescimento prévio da droga com o líquido extrator (1 a 2 h), fora do percolador. 
 - Altura do enchimento do percolador: na proporção de 5:1 em relação ao diâmetro médio deste. Ex: percoladores oficinais (0,5 
a 1,0 ml/min/Kg) = lenta; (2,0 a 5,0 ml/min/Kg) = rápida. 
 - As partículas devem ser de 1 a 3 mm – partículas menores podem ocasionar uma compactação, podendo comprometer o 
qualidade do processo. 
- Desvantagem: a quantidade de líquido extrator requerida para esgotar a droga vegetal. Para solucionar este problema deve-se 
usar um sistema de percoladores em série: bateria de percolação (três ou mais percoladores são interconectados de tal modo 
que as frações mais diluídas de um percolador passam a alimentar o percolador seguinte, seguindo um esquema seqüencial de 
percolação fracionada). 
- Extração em carrossel: extração em contra-corrente – cada compartimento representa uma percolação separada, junto com a 
extração fracionada, representa dois exemplos de técnicas exaustivas utilizadas em grande escala. 
 
Percolação fracionada: separação das 2 ou 3 primeiras frações de percolado (75 a 80% das substâncias passíveis de serem 
extraídas); as frações mais diluídas são destinadas à fase posterior de concentração ou de simples ajuste do volume final. 
 
• TURBO-EXTRAÇÃO 
Extração com simultânea redução de partícula – rompimento das células ocasionando rápida dissolução das substâncias ativas. 
Há uma limitação do emprego neste processo de líquidos voláteis e limitação do uso de caules, raízes. 
 
 
 
EXTRAÇÕES À QUENTE 
 
• INFUSÃO – material vegetal em água fervente, num recipiente tapado, durante certo tempo. Indicado para estruturas 
moles como: folhas e flores. 
 
 
• DECOCÇÃO – manter o material vegetal em contato, durante certo tempo, com um solvente (normalmente água) em 
ebulição. Indicado para materiais duros como: raízes e cascas. 
 
• EXTRAÇÃO SOB REFLUXO – extração com solvente em ebulição – acoplado a um condensador. O solvente é recuperado 
e retorna ao conjunto. Tanto a planta quanto a solução extrativa ficam aquecidas (desvantagem). A extração é rápida, 
no entanto, não é indicada para plantas de constituição química desconhecida ou que apresenta moléculas 
termolábeis. 
 
 
3 
 
• EXTRAÇÃO EM APARELHO DE SOXHLET – usado para extrair sólidos com solventes voláteis. Em cada ciclo da operação, 
o material vegetal entra em contato com o solvente renovado. A extração é altamente eficiente, empregando-se uma 
reduzida quantidade de solvente. SOLUÇÃO EXTRATIVA EM CONTATO COM O CALOR: DESVANTAGEM. MUITO 
EMPREGADO PARA REMOÇÃO DE GORDURA E CLOROFILA; Tempo de extração: aproximadamente 2 h. 
 
 
TEMA: TIPOS DE EXTRATOS 
 
• MATÉRIA-PRIMA USADA NO PREPARO DOS DIVERSOS TIPOS DE EXTRATOS 
 
- Droga vegetal moída ou rasurada – para a preparação de infusos e decoctos (chás). Podem ser acondicionadas em 
saches ou em envelopes plásticos. 
- Pós (droga vegetal pulverizada) – infusão; para extratos e/ou produtos secos para a dissolução a quente ou a frio. 
 
I) LIQUIDOS 
Extratos: preparação de consistência líquida, sólido ou intermediária, obtida a partir de matéria prima de origem vegetal. Os 
extratos são preparados por percolação, maceração ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente etanol, 
água ou outro solvente adequado. 
 
• Extratos líquidos: podem ser também preparados pela reconstituição de produtos secos ou concentrados. Um produto 
5:1 indica que uma parte do extrato representa cinco partes da matéria-prima vegetal original (Farmacopéia indicará a 
concentração usual). O material de acondicionamento do extrato influi na qualidade do extrato. 
- Extratos aquosos: devem ser preparados para uso imediato devido sua susceptibilidade de degradação e de 
contaminação microbiana. 
- Suco – preparações fitoterápicas aquosas obtidas por diversos métodos. 
-Alcoolaturas: são preparados de plantas frescas, por maceração em temperaturas ambiente com etanol. 
 
- Extratos fluidos: preparações líquidas mais concentradas – em geral com misturas hidroetanólicas como solvente. Em 
cada mililitro de extrato contém os constituintes ativos correspondentes a 1 g da droga (Farmacopéia, 1988). 
Concentração teórica de 100%, isto é, de 1 quilo de planta seca obtém-se 1 litro de extrato fluído. É mais concentrado 
que a tintura e, por conseguinte mais caro. 
 
 - Tinturas: são soluções extrativas alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de matérias-primas vegetais ou ainda 
como extratos de plantas preparados com etanol, misturas hidroalcoólicas em várias concentrações, éter ou misturas 
destes, de tal modo que uma parte da droga é extraída com mais de duas partes, mas menos que dez partes de líquido 
extrator, isto é, 10 ml de tintura devem corresponder aos componentes solúveis de 1 g de droga seca (Farmacopéia, 
1988). As tinturas são classificadas em simples e compostas, conforme preparadas com uma ou mais matérias-primas 
vegetais. 
 
• SEMI-SÓLIDOS 
 
- Extratos Moles: são preparações de consistência pastosa obtidos por evaporação parcial do solvente utilizado na sua 
preparação. São obtidos utilizando-se como solvente unicamente etanol, água e misturas etanol/água na proporção 
adequada. Apresentam no mínimo 70% de resíduo seco. Os extratos moles podem ser adicionados de conservantes para 
inibir o crescimento microbiano. 
 
• SÓLIDOS 
 
- Extratos secos: preparação sólida obtida pela evaporação do solvente utilizado para extração. Os extratos secos 
apresentam, no mínimo, 95% de resíduo seco, calculados como percentagem de massa. Podem ser adicionados de materiais 
inertes adequados. Os extratos secos padronizados tem o teor de seus constituintes ajustado pela adição de materiais 
inertes adequados ou pela adição de extratos secos obtidos com a mesma droga utilizada na preparação. É aquele em que o 
teor de um ou mais constituintes, preferencialmente um marcador, é ajustado a valores previamente definidos. 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS: SÓLIDAS, SEMI-SÓLIDAS E LÍQUIDAS (FITOTERÁPICOS) 
 
 - Estado físico de apresentação de agentes terapêuticos, constituído de componentes farmacologicamente ativos e de 
adjuvantes farmacêuticos. 
 
4 
 
• SECAS 
 
A) Granulados – aglomeração de matérias-primas pulvéreas e de outros adjuvantes farmacêuticos através do emprego de 
aglutinantes. 
B) Cápsulas – dose individualizada de produtos secos (pós, granulados). Uso de extrato seco. 
C) Comprimidos – dose de componentes ativos individualizados na própria forma, pela compactação de matérias-primas 
sólidas (pós e granulados). Uso de extrato seco. 
 
• SEMI-SÓLIDAS 
 
A) Pomadas ou cremes de consistência elevada – aplicação sobre a pele. Abrange matéria-prima sólida, como os 
extratos secos e pós, até as líquidas, como soluções extrativas. 
B) Emulsões – contendo extratos vegetais são obtidas através das metodologias usuais de emulsificação (dissolução ou 
suspensão de extratos líquidos, concentrados ou secos na fase mais adequada). 
 
• LÍQUIDAS 
 
 * Os extratos líquidos podem ser adicionados a outras tinturas ou extratos fluídos gerando formas líquidas mistas, ou a 
xaropes, elixires, ou formas sólidas como pomadas, géis, fornecendo outros tipos de produtos. 
 
A) Elixires: preparações líquidas, límpidas, hidroalcoólicas, apresentando teor etanólico na faixa de 20 a 50%. São 
preparados por dissolução ou diluição simples de extratos secos ou concentrados. 
 B) Xaropes: soluções aquosas que apresentam alta concentração de sacarose, normalmente superiores a 40%. Podem ser 
obtidos pela dissolução de extratos líquidos ou concentrados ou através da extração de drogas vegetais (percolaçãoou 
maceração) a frio ou a quente. 
 
 
HETEROSÍDEOS FLAVÔNICOS (FLAVONÓIDES) 
 
• Conceito: são compostos vegetais que possuem um ou mais núcleos aromáticos contendo substituintes hidroxilados 
e/ou derivados funcionais (ésteres, éteres, glicosídeos e outros), biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides 
(classe de polifenóis) presentes em relativa abundância entre os metabólitos secundários de vegetais. A grande maioria 
é encontrada sob a forma de glicosídeos. Do latim: “Flavus” = amarelo; oide = forma → compostos de coloração 
amarelada (usados como corante). São conhecidos, até o presente, mais de 4200 flavonóides diferentes. Os flavonóides 
de origem natural apresentam-se, freqüentemente, oxigenados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NÚCLEO FUNDAMENTAL DOS FLAVONÓIDES 
 
• Ocorrência: 
- Órgãos vegetais: as Flores ocupam lugar de destaque com órgão produtor destas substâncias. Podem ocorrer em 
folhas, frutos, sementes e até raízes. 
- No tecido vegetal: em quase todos os órgãos estão localizados principalmente nas células epidérmicas, células do 
parênquima paliçádico, lacunoso dissolvidos no suco celular ou também sob forma cristalina. 
- No reino vegetal: os flavonóides são encontrados em diversas famílias, a maioria está presente: nas Poligonáceas, 
Leguminosas, Umbelíferas e Compostas (Asteraceae); estão presentes também em Gimnospermas. 
- Funções nas Plantas: proteção dos vegetais contra a incidência de raios ultravioleta e visível; proteção contra insetos, 
fungos, vírus e bactérias; atração de animais para polinização; antioxidantes; controle da ação de hormônios vegetais; 
agentes alelopáticos; inibidores de enzimas. 
 
 
O
O
1
2
3
45
6
7
8 1'
2'
3'
4'
5'
6'
5 
 
• Formas: podem ser encontrados sob a forma livre e combinada. Na forma combinada constituem os diversos 
glicosídeos flavanoídicos, que podem ser o-glicosídeos, que constitui a maioria e os C-glicosídeos. Por hidrólise originam 
a genina (aglicona) e o açúcar. 
 
• Classificação: é realizada de acordo com o grau de oxidação do núcleo pirânico central, podendo ser divididos em: 
flavonóis e antocianidinas. 
• Flavonóis e flavonas: a apigenina e luteolina, que podem ser encontradas na forma livre ou conjugadas com açúcares 
(glicosídeos) são as mais abundantes em plantas. Ex: galangina, canferol, quercetina e miricetina. Entre os glicosídeos 
flavonoídicos, as variações estruturais são consideráveis. Tipos de açúcares conjugados com flavonóides: pentoses – D-
apionose, L-arabinose, L-ramnose e hexoses – D-galactose e D-glicose. Os flavonóides podes estar associados a 
dissacarídeos e trissacarídeos. Glicosídeos flavonoídicos mais comuns: rutina e 7-glicosídeo luteolina. Geninas mais 
comuns que estão associadas a açúcares: epigenina e luteolina nas flavonas e quercetina, canferol e miricetina nos 
flavonóis. 
 
• Flavonoides C-heterosídeos: são diferenciados dos O-heterosídeos pela ligação açúcar-genina que nos C-heterosídeos é 
feita entre o carbono C-1 do açúcar e um ou dois carbonos do anel A do Flavonóide (sempre nos carbonos 6 e/ou 8). 
 
• Glicosídeos Antociânicos 
Antociano: termo empregado originalmente para descrever os pigmentos azuis de Centaurea cyanus L. → um dos grupos 
mais importantes de pigmentos de planta solúveis em água. 
Função: responsáveis em grande parte pelas cores laranja, rosa, escarlate, vermelho, violeta e azul das pétalas de flores e 
frutos de vegetais superiores. Também são encontrados em outros órgãos de plantas como as raízes e folhas. Atração de 
insetos e pássaros, com o objetivo de polinizar e dispersar as sementes. Pigmentos antociânicos são responsáveis pela cor 
vermelha de sucos de frutas, de vinhos e doces de confeitaria. São considerados como aditivos eficazes e seguros na 
indústria alimentar. Também possuem algum interesse farmacológico resultante de suas atividades antiinflamatórias e 
antiedematogênicas. 
 
 
• Chalconas: são compostos precursores da via de biossíntese dos flavonóides. Apresentam pigmentação amarela que 
passa a vermelha em meio alcalino. As cores atraem animais para a polinização das plantas que apresentam estas 
substâncias. Em algumas famílias como Asteraceae, Scrophulariaceae, Acanthaceae e Liliaceae, as chalconas dão uma 
contribuição significativa à pigmentação da corola (flor). 
 
 
• Hidroflavonoides: flavanonas, di-hidroflavonois e as di-hidrochalconas → Possuem uma ligação simples entre os 
carbonos 2 e 3 em seu núcleo fundamental (hidrogenado), ao contrário das outras classes de flavonóides. São protetores 
contra doenças causadas por microorganismos em plantas. Alguns representantes dessa classe podem reagir com enzimas 
e consequentemente interferir em processos biológicos. 
 
 
• Isoflavonoides: são caracterizados por uma cadeia arila-C3-arila, mas do tipo difenil-1,2-propano. Sua 
distribuição taxonômica é restrita. São de ocorrência exclusiva na família Fabaceae. Biogeneticamente são formados, 
como os demais flavonóides, via Chalconas. Nos vegetais, uma grande parte dos isoflavonóides comporta-se como 
fitoalexinas – substâncias produzidas pela planta em resposta a uma infecção por um agente patogênico. As três 
propriedades biológicas mais importantes dos isoflavonóides são: atividade estrogênica das isoflavonas e cumestanos, 
atividades antifúngicas e antibacterianas (fitoalexinas) e as propriedades inseticidas dos rotenóides. 
 
• Propriedades Físico-Químicas dos Flavonóides: em geral, as agliconas aparecem sob a forma de cristais amarelos. Os 
glicosídeos são geralmente solúveis em água e álcoois diluídos, mas insolúveis em solvente orgânicos. As respectivas 
agliconas são solúveis em solventes apolares e por possuírem caráter fenólico, em soluções aquosas alcalinas. A posição 
ocupada pela porção açúcar, o grau de insaturação e o grau de natureza dos substituintes influem na solubilidade da 
molécula e na sua capacidade de precipitação em presença de metais. O aquecimento, mesmo em soluções diluídas, 
pode levar à hidrólise dos O-heterosídeos e muitas vezes interferir na análise estrutural de flavonóides. As hidrólises 
alcalina e ácida facilitam a identificação dos núcleos flavônicos, já a hidrólise enzimática rompe pontos específicos das 
moléculas, facilitando a identificação dos constituintes da parte açúcar. 
 
• Caracterização dos Flavonoides: pode ser realizada diretamente no farmacógeno (histoquímica) ou em extratos 
vegetais (cromáticos, cromatográficos, espectroscópicos ou fotométricos). 
 
 
• Propriedades Farmacológicas dos Flavon
sendo encontrados com freqüência em frutas e em muitas outras espécies vegetais, no vinho, em cereais e 
ocasionalmente, em corantes alimentares.
- Atividade Antiviral: quercetina → aç
Flavonas → diosmina e hesperidina inibem a replicação do rotavírus (causador de 
diarréias). Em estudo baicaleína (triidróxi
- Atividade Antioxidante: atuam na captura e neutralização de es
hidroxila ou radical peróxido, atuando por sinergismos com outros antioxidantes como as vitaminas C e E.
- Atividade Anti-inflamatória: tem sido bastante investigada como os extratos aquosos e hidroetanólic
inflorescências de Achyrocline satureioides
hesperidina e diosmina apresentam atividade antiinflamatória devido a inibição das prostaglandinas e à atividade 
antioxidante. Apigenina inibe o crescimento de fibroblastos (granulação e processo de cicatrização). As antocianidinas 
foram testadas na prevenção do edema pós
- Atividade antitumoral: quimioterapia preventiva do câncer, e algum têm demonstrada capacidade
a gênese do câncer, bloqueando o estãgio de promoção, através da inibição da síntese de ornitina
(chalconas, flavanonas, flavanóis, flavonas e isoflavonas. As incidências de câncer de colo, de endométrio e de ovário 
são na Ásia e na Europa Oriental do que no Ocidente, o que tem sido atribuído à dieta rica em produtos de soja,espécie 
vegetal com importante teor de isoflavonas (consumida em grandes quantidades em países asiáticos).
 - Atividade sobre a permeabilidade capil
vitamina P), são empregadas no tratamento de enfermidades caracterizadas por hemorragias e fragilidade capilar. As 
especialidades farmacêuticas a base de flavonóides são comercializadas 
circulatórios. A hesperidina é benéfica no tratamento da púrpura hemorrágica e da fragilidade capilar, atuando no 
restabelecimento desta doença. Alguns estudos têm demonstrado que pessoas com baixo consumo de flavonói
apresentam maior risco de doenças coronarianas.
- Atividade hormonal – as isoflavonas previnem a fragilidade óssea (osteoporose).
 
• Farmacocinética: ainda não está esclarecida. Estudos sobre a biodisponibilidade e a metabolização de quercetina, em 
animais de experimentação, indicaram que, após administração oral, a absorção no intestino delgado ocorre, 
principalmente na forma de glicuronídeos e, apesar do emprego em altas doses, as concentrações plasmáticas 
encontradas são baixas. Foi observado em human
plasmáticas, principalmente à albumina, e somente 2% ou menos se apresenta na forma livre.
 
• Toxicidade dos Flavonoides: normalmente não são consideradas substâncias tóxicas. Embora os flavonóides 
constituam um dos grupos de metabólitos secundários com grande potencial terapêutico curativo e preventivo de 
várias enfermidades, ainda faltam estudos clínicos e toxicológicos para que estas substâncias possam ser empregadas 
sem maiores riscos. 
 
 
 Drogas Vegetais Clássicas 
 
a) Citrus (gênero) – família: Rutaceae 
frutos. São usados no tratamento de insuficiência venosa crônica, funcional e orgânica dos membros inferiores.
 HESPERIDINA PRESENTE NA CASCA DA LARANJA 
 
b) Ginkgo biloba L. – família Ginkgoaceae (Gimnosperma) 
grupos de flavonóides: heterosídeos flavanoídicos e biflvonóides, além de apre
hidroacetônico é padronizado em 24% de gllicosídeos flavônicos e 6% de ginkgolídeos. Os ginkgolídeos inibem o 
FAP (fator ativador de plaquetas) e os flavonóides diminuem a fragilidade capilar e captam os radicais livres. In
agregação plaquetária e eritrocitária; diminui a permeabilidade capilar e ativa o metabolismo celular. indicado para 
insuficiência cerebral em idosos (dificuldade de concentração e memória).
Propriedades Farmacológicas dos Flavonoides: os seres humanos ingerem muitas gramas de flavonóides diariamente, 
encontrados com freqüência em frutas e em muitas outras espécies vegetais, no vinho, em cereais e 
ocasionalmente, em corantes alimentares. 
→ ação contra o vírus da herpes simples tipo 1 e contra o vírus da poliomielite. 
diosmina e hesperidina inibem a replicação do rotavírus (causador de 
diarréias). Em estudo baicaleína (triidróxi-flavona) : capaz de inibir a transcriptase reversa do vírus HIV 
: atuam na captura e neutralização de espécies oxidantes como o ânion superóxido, radical 
hidroxila ou radical peróxido, atuando por sinergismos com outros antioxidantes como as vitaminas C e E.
: tem sido bastante investigada como os extratos aquosos e hidroetanólic
Achyrocline satureioides (Asteraceae). Flavonóides atuantes: carragenina, quercetina, luteolina. A 
hesperidina e diosmina apresentam atividade antiinflamatória devido a inibição das prostaglandinas e à atividade 
nina inibe o crescimento de fibroblastos (granulação e processo de cicatrização). As antocianidinas 
foram testadas na prevenção do edema pós-operatório da face. 
: quimioterapia preventiva do câncer, e algum têm demonstrada capacidade
a gênese do câncer, bloqueando o estãgio de promoção, através da inibição da síntese de ornitina
(chalconas, flavanonas, flavanóis, flavonas e isoflavonas. As incidências de câncer de colo, de endométrio e de ovário 
a Ásia e na Europa Oriental do que no Ocidente, o que tem sido atribuído à dieta rica em produtos de soja, espécie 
vegetal com importante teor de isoflavonas (consumida em grandes quantidades em países asiáticos).
Atividade sobre a permeabilidade capilar: propriedade protetora capilar ou ação tônico
vitamina P), são empregadas no tratamento de enfermidades caracterizadas por hemorragias e fragilidade capilar. As 
especialidades farmacêuticas a base de flavonóides são comercializadas para o tratamento de alguns distúrbios 
circulatórios. A hesperidina é benéfica no tratamento da púrpura hemorrágica e da fragilidade capilar, atuando no 
restabelecimento desta doença. Alguns estudos têm demonstrado que pessoas com baixo consumo de flavonói
apresentam maior risco de doenças coronarianas. 
as isoflavonas previnem a fragilidade óssea (osteoporose). 
ainda não está esclarecida. Estudos sobre a biodisponibilidade e a metabolização de quercetina, em 
is de experimentação, indicaram que, após administração oral, a absorção no intestino delgado ocorre, 
principalmente na forma de glicuronídeos e, apesar do emprego em altas doses, as concentrações plasmáticas 
encontradas são baixas. Foi observado em humanos, que a quercetina é extensivamente ligada às proteínas 
plasmáticas, principalmente à albumina, e somente 2% ou menos se apresenta na forma livre.
normalmente não são consideradas substâncias tóxicas. Embora os flavonóides 
nstituam um dos grupos de metabólitos secundários com grande potencial terapêutico curativo e preventivo de 
várias enfermidades, ainda faltam estudos clínicos e toxicológicos para que estas substâncias possam ser empregadas 
família: Rutaceae – (laranja, limão etc.). os flavonóides são encontrados principalmente nos 
frutos. São usados no tratamento de insuficiência venosa crônica, funcional e orgânica dos membros inferiores.
HESPERIDINA PRESENTE NA CASCA DA LARANJA 
família Ginkgoaceae (Gimnosperma) – a parte utilizada da planta são suas folhas. Contém dois 
grupos de flavonóides: heterosídeos flavanoídicos e biflvonóides, além de apresentarem diterpernos. O extrato 
hidroacetônico é padronizado em 24% de gllicosídeos flavônicos e 6% de ginkgolídeos. Os ginkgolídeos inibem o 
FAP (fator ativador de plaquetas) e os flavonóides diminuem a fragilidade capilar e captam os radicais livres. In
agregação plaquetária e eritrocitária; diminui a permeabilidade capilar e ativa o metabolismo celular. indicado para 
insuficiência cerebral em idosos (dificuldade de concentração e memória). 
 
6 
: os seres humanos ingerem muitas gramas de flavonóides diariamente, 
encontrados com freqüência em frutas e em muitas outras espécies vegetais, no vinho, em cereais e 
ão contra o vírus da herpes simples tipo 1 e contra o vírus da poliomielite. 
flavona) : capaz de inibir a transcriptase reversa do vírus HIV -1. 
pécies oxidantes como o ânion superóxido, radical 
hidroxila ou radical peróxido, atuando por sinergismos com outros antioxidantes como as vitaminas C e E. 
: tem sido bastante investigada como os extratos aquosos e hidroetanólico das 
(Asteraceae). Flavonóides atuantes: carragenina, quercetina, luteolina. A 
hesperidina e diosmina apresentam atividade antiinflamatória devido a inibição das prostaglandinas e à atividade 
nina inibe o crescimento de fibroblastos (granulação e processo de cicatrização). As antocianidinas 
: quimioterapia preventiva do câncer, e algum têm demonstrada capacidade de interagir sobre 
a gênese do câncer, bloqueando o estãgio de promoção, através da inibição da síntese de ornitina-descarboxilase 
(chalconas, flavanonas, flavanóis, flavonas e isoflavonas. As incidências de câncer de colo, de endométrio e de ovário 
a Ásia e na Europa Oriental do que no Ocidente, o que tem sido atribuído à dieta rica em produtos de soja, espécie 
vegetal com importante teor de isoflavonas (consumida em grandes quantidades em países asiáticos). 
: propriedade protetora capilar ou ação tônico-venosa (fatores P ou 
vitamina P), são empregadas no tratamento de enfermidades caracterizadas por hemorragias e fragilidade capilar. As 
para o tratamento de alguns distúrbios 
circulatórios. A hesperidina é benéfica no tratamento da púrpurahemorrágica e da fragilidade capilar, atuando no 
restabelecimento desta doença. Alguns estudos têm demonstrado que pessoas com baixo consumo de flavonóides 
ainda não está esclarecida. Estudos sobre a biodisponibilidade e a metabolização de quercetina, em 
is de experimentação, indicaram que, após administração oral, a absorção no intestino delgado ocorre, 
principalmente na forma de glicuronídeos e, apesar do emprego em altas doses, as concentrações plasmáticas 
os, que a quercetina é extensivamente ligada às proteínas 
plasmáticas, principalmente à albumina, e somente 2% ou menos se apresenta na forma livre. 
normalmente não são consideradas substâncias tóxicas. Embora os flavonóides 
nstituam um dos grupos de metabólitos secundários com grande potencial terapêutico curativo e preventivo de 
várias enfermidades, ainda faltam estudos clínicos e toxicológicos para que estas substâncias possam ser empregadas 
(laranja, limão etc.). os flavonóides são encontrados principalmente nos 
frutos. São usados no tratamento de insuficiência venosa crônica, funcional e orgânica dos membros inferiores. 
 
a parte utilizada da planta são suas folhas. Contém dois 
sentarem diterpernos. O extrato 
hidroacetônico é padronizado em 24% de gllicosídeos flavônicos e 6% de ginkgolídeos. Os ginkgolídeos inibem o 
FAP (fator ativador de plaquetas) e os flavonóides diminuem a fragilidade capilar e captam os radicais livres. Inibe a 
agregação plaquetária e eritrocitária; diminui a permeabilidade capilar e ativa o metabolismo celular. indicado para 
 
c) Maracujá (Passiflora alata e 
Apresenta C–heterosídeo flavônico
antiespasmódico e ansiolítico. 
 
d) Sabugueiro (Sambucus sp.) – família: Caprifoliaceae. Parte usada:
Apresenta ação sudoríferas, diuréticas, laxativas, antireumáticas e antinevrálgicas.
 
• Conceito: substâncias complexas que, em geral, ocorrem como misturas de polifenóis difíceis de separar por
cristalizarem. 
 
• Ocorrência: presente em quase todas as famílias botânicas, localizando
caule. 
 
 
• Classificação: 
A) Taninos hidrolisáveis: constituídos por ácido gálico e o ácido hexaidroxidifênico com seus
com glicose. Estes ésteres são facilmente hidrolisáveis, produzindo ácidos fenólicos e açúcar. Formam coloração azul 
com o cloreto férrico. Não precipitam com solução de bromo. São mais freqüentes que os condensados.
elágicos são mais frequentes que os gálicos. Estão presentes em casca de romãzeira, folhas de eucalipto, castanha, 
casca de carvalho etc. Os taninos gálicos estão presentes em ruibarbo, cravo, pétalas de rosa vermelha, hamamélis, 
castanheira, etc. 
 
e Passiflora edulis) – família: Passifloraceae. Parte usada: 
heterosídeo flavônico (vitexina). Indicado como sedativas (não totalmente comprovado), 
 
 
família: Caprifoliaceae. Parte usada: inflorescência. Apresenta rutina e isoquercetrina. 
Apresenta ação sudoríferas, diuréticas, laxativas, antireumáticas e antinevrálgicas. 
 
 
 
� TANINOS 
: substâncias complexas que, em geral, ocorrem como misturas de polifenóis difíceis de separar por
: presente em quase todas as famílias botânicas, localizando-se em determinados órgãos: folhas, frutos e 
: constituídos por ácido gálico e o ácido hexaidroxidifênico com seus
com glicose. Estes ésteres são facilmente hidrolisáveis, produzindo ácidos fenólicos e açúcar. Formam coloração azul 
com o cloreto férrico. Não precipitam com solução de bromo. São mais freqüentes que os condensados.
gicos são mais frequentes que os gálicos. Estão presentes em casca de romãzeira, folhas de eucalipto, castanha, 
casca de carvalho etc. Os taninos gálicos estão presentes em ruibarbo, cravo, pétalas de rosa vermelha, hamamélis, 
 
7 
a: Passifloraceae. Parte usada: folhas e partes aéreas. 
). Indicado como sedativas (não totalmente comprovado), 
 
inflorescência. Apresenta rutina e isoquercetrina. 
: substâncias complexas que, em geral, ocorrem como misturas de polifenóis difíceis de separar por não se 
se em determinados órgãos: folhas, frutos e 
: constituídos por ácido gálico e o ácido hexaidroxidifênico com seus derivados esterificados 
com glicose. Estes ésteres são facilmente hidrolisáveis, produzindo ácidos fenólicos e açúcar. Formam coloração azul 
com o cloreto férrico. Não precipitam com solução de bromo. São mais freqüentes que os condensados. Os taninos 
gicos são mais frequentes que os gálicos. Estão presentes em casca de romãzeira, folhas de eucalipto, castanha, 
casca de carvalho etc. Os taninos gálicos estão presentes em ruibarbo, cravo, pétalas de rosa vermelha, hamamélis, 
8 
 
 
B) Taninos não hidrolisáveis ou condensados: contêm apenas núcleos fenólicos e, muitas vezes, estão ligados a 
carboidratos ou a proteínas. Policondensação de 2 ou mais unidades = flavan -3-ol e flavan – 3,4 – diol. 
 Quando tratados com agentes hidrolíticos (ácidos como o HCl, por exemplo), os taninos tendem a polimerizar-se, 
resultando produtos insolúveis de coloração vermelha (flobafenos). Não são hidrolisáveis, dando cor verde com solução 
de cloreto férrico. Precipitam com solução de bromo. Amplamente distribuídos em plantas lenhosas: cascas de cereja, 
quina, acácia, salgueiro, carvalho, guaraná, chá (verde), folhas de hamamélis, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Propriedades Gerais dos taninos: 
� São solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos (éter, clorofórmio etc). 
� Têm sabor adstringente. 
� Dão reação de coloração (púrpura, violeta, verde, azul ou preta) e precipitação com sais de ferro . 
� São precipitados pelo dicromato de potássio, pelo acetato de cobre e acetato neutro de chumbo. 
� Combinam-se com as proteínas (pele, gelatina) formando compostos resistentes à protease. Ex: capacidade de 
curtir pele transformando-a em couro. 
� Se oxidam com facilidade, principalmente em meio ácido, podendo ser usados como agentes oxidantes. 
� São compostos não cristalizáveis que, em água, formam soluções coloidais que apresentam reação ácida e 
forte sabor adstringente. 
 
 
• Identificação laboratorial 
 
 - Precipitação com cloreto férrico (FeCl3): azul = taninos hidrolisáveis 
 verde = taninos condensados 
 - Precipitação em soluções de gelatina e de alcalóides (quinina) e/ou metais pesados. 
 - Precipitação com ferricianeto de potássio e NH3 = cor vermelha escura. 
 - Doseamento por precipitação de hemoglobina e/ou albumina (bovina sérica) 
 - Cromatografia. 
 - Nos tecidos vegetais (testes histoquímicos): cortes de órgãos vegetais e gotas de cloreto férrico (coloração azul 
violeta/verde escuro). Ex: corte transversal do caule, folha ou pecíolo da goiaba (Psidium guayava) = planta que apresenta uma 
grande quantidade de taninos. 
 
• Usos - Taninos 
 
a) Indústria de curtume (desde a antiguidade) - pela sua propriedade de precipitar as proteínas. Afeta a flexibilidade e 
resistência do couro e o preserva em suas propriedades anti-sépticas. 
b) Indústria de tintas corantes – pelas suas cores intensas obtidas com sais férricos. 
c) Laboratórios – para a determinação de gelatinas, proteínas e alcalóides, dadas suas propriedades precipitantes 
(funcionam como reativos). 
d) Produção de vinhos – os taninos contribuem significativamente no sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, 
chás e outras bebidas. 
 
 ácido gálico
HO
OH
OH
COOH
COOH
OHHO
HOOC
OH
OH
HO
 ácido hexahidroxidifênico
OH OH
 ácido elágico
HO
OH
O
OC
O OH
CO
OH
estrutura flavan-3,4-diol
OH
OH
OH
O
OH
HO
 
� Base da aplicação terapêutica dos taninos
a) Precipitação de proteínas – pode combinar
adstringente em tecidos vivos. Ex: Hamamelis e noz
escoriações cutâneas. 
b) Queimaduras – as proteínas dos tecidos expostos são precipitadase formam um revestimento protetor ligeiramente 
anti-séptico sob o qual pode ocorrer a regeneração dos tecidos.
c) Usos – antídotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides; adstringentes (externa: cicatrizantes, hemostáticos, 
protetores; interna: antidiarreicos); anti
 
���� Exemplos de Drogas Vegetais 
 
a) Cratego (Crataegus spp.) – Família
insuficiência cardíaca (atividade antirrítmica).
 
 
b) Barbatimão (Stryphnodendron adstringens
possuem em torno de 20% de taninos totais. Usos (medicina popular): leucorréias e diarréias (atividade adstringente).
 
c) Hamamelis (Hamamelis virginiana 
uma mistura complexa de taninos condensados e hidrolisáveis. Usos: cosméticos (propriedades adstringentes); herpes 
simples; protetor solar (ainda em estudo).
HAMAMHAMAM
HAMAMELIDACEAE
 
d) Espinheira- Santa (Maytenus ilicifolia
Além dos taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros. Apresenta atividade 
antiulcerogênica (úlcera gástrica). Externamente é usada como cicatrizante e anti
Base da aplicação terapêutica dos taninos 
pode combinar-se com elas, tornando-as resistentes às enzimas proteolíticas = ação 
adstringente em tecidos vivos. Ex: Hamamelis e noz-de-galha são usadas como adstringente do tubo digestivo e 
as proteínas dos tecidos expostos são precipitadas e formam um revestimento protetor ligeiramente 
séptico sob o qual pode ocorrer a regeneração dos tecidos. 
dotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides; adstringentes (externa: cicatrizantes, hemostáticos, 
protetores; interna: antidiarreicos); anti-sépticos; antioxidantes. 
Exemplos de Drogas Vegetais com Taninos 
Família: Rosaceae. Parte usada: flores e folhas. Usos: emprego em produtos para 
insuficiência cardíaca (atividade antirrítmica). 
 
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) – família: Leguminosae. Parte utilizada: cascas. As cascas 
no de 20% de taninos totais. Usos (medicina popular): leucorréias e diarréias (atividade adstringente).
 
 
 L.) – Família: Hamamelidaceae; parte usada: folhas. As cascas e as folhas contêm 
taninos condensados e hidrolisáveis. Usos: cosméticos (propriedades adstringentes); herpes 
simples; protetor solar (ainda em estudo). 
HAMAMHAMAM ÉÉLISLIS - folhas de Hamamelis virginiana L., 
HAMAMELIDACEAE
 
Maytenus ilicifolia Mart./ Maytenus aquifolium Mart.) – família: Celastraceae. Parte usada: folha
Além dos taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros. Apresenta atividade 
antiulcerogênica (úlcera gástrica). Externamente é usada como cicatrizante e anti-séptica. 
9 
as resistentes às enzimas proteolíticas = ação 
o usadas como adstringente do tubo digestivo e 
as proteínas dos tecidos expostos são precipitadas e formam um revestimento protetor ligeiramente 
dotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides; adstringentes (externa: cicatrizantes, hemostáticos, 
: Rosaceae. Parte usada: flores e folhas. Usos: emprego em produtos para 
família: Leguminosae. Parte utilizada: cascas. As cascas 
no de 20% de taninos totais. Usos (medicina popular): leucorréias e diarréias (atividade adstringente). 
Família: Hamamelidaceae; parte usada: folhas. As cascas e as folhas contêm 
taninos condensados e hidrolisáveis. Usos: cosméticos (propriedades adstringentes); herpes 
família: Celastraceae. Parte usada: folhas. 
Além dos taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros. Apresenta atividade 
10 
 
 
 
 ESPINHEIRA-SANTA - folhas de Maytenus ilicifolia Reissek e Maytenus aquifolium Mart., CELASTRACEAE 
 
 
� ANTRADERIVADOS 
 
• CONCEITO: compostos naturais encontrados sob a forma glicosídica ou livres derivados do núcleo antracênico. 
Relacionam-se diretamente com a antraquinona, uma dicetona insaturada (produtos da oxidação de fenóis). São 
compostos que apresentam ação laxativa ou catártica, dependendo da dose. Atuam, como purgativas irritando e 
conseqüentemente facilitando o trânsito do conteúdo intestinal. A maioria dos derivados antraquinônicos possuem, em 
sua molécula, um grupo –CH3 na posição 3. 
 
• PROPRIEDADES QUÍMICAS: Grupos funcionais encontrados nas posições 1 e 8 que dão características e propriedades 
distintas aos derivados antraquinônicos: -OH, -CH3, -CH2OH, -COOH e –OCH3. O Carbono da posição 11 pode estar sob a 
forma de –CH3 ou apresentar-se oxidado sob a forma de –CH2OH, -COOH e –CHO (este último, menos 
freqüentemente). Grande parte destes derivados apresenta grupos hidroxilas na posição 1 e 2 e, em geral, nestas 
posições ocorre a ligação com os açúcares. 
 
 
 
 
 
 
 
• FORMAS REDUZIDAS E OXIDADAS DE ANTRAQUINONAS (ANTRANÓIDES, DERIVADOS ANTRACÊNICOS OU 
DERIVADOS HIDROXIANTRACÊNICOS): os derivados contidos nas drogas vegetais secas apresentam-se geralmente 
num estado mais oxidado do que as substâncias desse grupo presentes originalmente na planta fresca. As 
antraquinonas propriamente ditas são mais estáveis e são geralmente formadas a partir das antronas livres por 
auto-oxidação ou pela ação de enzimas próprias das plantas (peroxidases ou oxidases). 
 
• DERIVADOS ANTRACÊNICOS: apresentam hidroxilas nos C1 e C8 e presença do grupo cetônico em C9 e C10. 
Grupamentos metila, metoxila e carboxila podem estar presentes em C3 e um grupo hidroxila ou metoxila em C6. A 
maioria das substâncias deste grupo apresenta-se originalmente como O-glicosídeos, ocorrendo esta ligação glicosídica, 
sobretudo nos grupamentos hidroxila presentes nos carbonos C1, C8 ou C6. Os C-glicosídeos são derivados das 
antronas, sendo a ligação C-C sempre em C10. Tanto O- como C-glicosídeos podem ser formados a partir de glicose, 
ramnose ou apiose. Hidrólise: os O-Glicosídeos estão sujeitos à hidrólise quando submetidos à ação de enzimas ou 
fazendo-se reagir com ácido ou bases fortes (HCl e KOH). Os C-Glicosídeos não sofrem hidrólise, porém pode ocorrer a 
oxidação das cadeias glicídicas com cloreto férrico. Regem com sais férricos (composto fenólico) dando produtos 
coloridos. 
 
Exemplos: 
 
a) Barbaloina (Babosa – Aloe sp.) – antrona, com a parte glicídica ligada ao carbono da posição 9 (ligação –C-C-: C- 
glicosídico). 
 
OH O OH
O
R
1
3
8
11 
 
 
 
 
b) Frangulina (Rhamnus frangula L.) – o tipo de ligação é: -C-O- (tipo O- glicósido). 
 
 
 
• PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: os glicosídeos apresentam sob a forma de compostos cristalinos de coloração 
amarelada. São solúveis em água e álcool. Insolúveis em solventes apolares. As geninas (agliconas) são cristais de 
coloração amarela ou avermelhada. São pouco solúveis em álcool e solúveis em benzeno, clorofórmio, éter de petróleo. 
São insolúveis em água fria, sendo mais solúveis em água quente. Entre os derivados atracênicos, as antraquinonas são 
as mais estáveis. Em meio alcalino, as quinonas hidroxiladas apresentam intensa coloração púrpura a violeta. Os grupos 
hidroxilas localizados nos carbonos C1 e C8 das antraquinonas têm uma acidez comparável àquela dos ácidos orgânicos. 
A alcalinização necessária para essa reação pode ser obtida inclusive com soluções de bases fracas (ex: hirdróxido de 
amônio). Essa reação é denominada de reação de Bornträger (detecção e identificação de compostos quinônicos. 
 
• AÇÚCARES MAIS COMUNS, ENCONTRADOS EM DIFERENTES POSIÇÕES: D-ramnose, D-Xilose, D-Glicose, D-apiose, 
Rutinose (Dissacarídeo), Primaverose (Dissacarídeo). 
 
• OCORRÊNCIA: entre as Monocotiledôneas encontramos os antraderivados em algumas famílias, como a Liliaceae (Aloe 
sp. – babosas); entre as Dicotiledôneas, são encontradas espécies entre as Poligonáceas, Rubiáceas, Leguminosas, 
Ramnáceas, Ericáceas etc. 
 
• LOCALIZAÇÃO NO VEGETAL: estão presentes no suco celular sob a forma de massas amareladas ou amarelo-
alaranjadas. Exs: raios medulares de Ruibarbo, Cáscara-sagrada e Frangula; células parenquimáticas de Sene. 
 
• IDENTIFICAÇÃO HISTOQUÍMICA (NO TECIDO VEGETAL) 
Cortes histológicos tratadoscom solução aquosa de hidróxido de potássio e observados ao microscópio, mostram 
células coradas em vermelho quando as antraquinonas estão presentes e amarelo-alaranjada quando em presença de 
formas reduzidas (antranóis e antronas). 
 
• ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS E BIOLÓGICAS 
 
- BIOLÓGICA: aceita-se a teoria de que certas quinonas tenham um papel na defesa da planta contra insetos e outros 
patógenos. Atividade alelopática (produção e excreção para o ambiente de substâncias capazes de inibir a germinação 
de outras espécies nas proximidades). 
 
12 
 
- FARMACOLÓGICA: a atividade laxante é responsável pela utilização terapêutica da maioria dos vegetais que contêm 
quinonas. 
 
Relação estrutura-atividade: 
• os heterosídeos constituem as formas de transporte e de maior potência farmacológica, porém com reduzida 
lipossolubilidade; tem menor biodisponibilidade (menor absorção) que as antraquinonas livres. 
• As antronas e diantronas: são até 10 vezes mais ativas que as formas oxidadas e constituem as formas 
realmente ativas dos compostos antracênicos (formadas e liberadas no intestino grosso pela flora bacteriana após 
hidrólise dos glicosídeos). Os glicosídeos de antraquinonas só têm ação laxante em doses bem maiores (os glicosídeos 
de antronas são mais potentes). 
FARMACOLÓGICA: a atividade laxante é responsável pela utilização terapêutica da maioria dos vegetais que contêm 
quinonas. 
 
Relação estrutura-atividade: 
• os glicosídeos constituem as formas de transporte e de maior potência farmacológica, porém com reduzida 
lipossolubilidade; tem menor biodisponibilidade (menor absorção) que as antraquinonas livres. 
• As antronas e diantronas: são até 10 vezes mais ativas que as formas oxidadas e constituem as formas 
realmente ativas dos compostos antracênicos (formadas e liberadas no intestino grosso pela flora bacteriana após 
hidrólise dos glicosídeos). Os glicosídeos de antraquinonas só têm ação laxante em doses bem maiores (os glicosídeos 
de antronas são mais potentes). 
• Mecanismo de ação conhecidos: 
 - estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino, aumentando a motilidade intestinal 
(possivelmente relacionado com a liberação ou com o aumento da síntese de histamina ou outros 
mediadores); 
 - inibição da reabsorção de água, sódio e cloro através da inativação da bomba de Na+/K+ - ATPase, 
(aumentando a secreção de potássio); 
 - inibição dos canais de Cl-, comprovada para inúmeros 1,8-hidróxi-antranóides (antraquinonas e 
antronas). 
 
• Consumo Regular: o consumo regular (pelo menos, um ano) leva, freqüentemente ao escurecimento da 
mucosa do reto e cólon, reversível com a interrupção do uso. Efeitos adversos: alterações morfológicas no reto 
e cólon (fissuras anais, prolapsos hemorroidais etc.). Podem ocorrer processos inflamatórios e degenerativos 
(redução do peristaltismo = atonia). Elevado risco de carcinoma colorretal. Perda de eletrólitos (perda de 
potássio pode levar à redução do tônus intestinal, distúrbios renais, sintomas neuromusculares e distúrbios da 
formação e condução dos estímulos no miocárdio. Evitar o uso concomitante com cardiotônicos digitálicos e 
diuréticos hipocalemiantes; não utilizar mais de duas substâncias antraquinônicas na mesma formulação; não 
utilizar em crianças e durante a gravidez e lactação (passa para o leite materno). 
 
• CUIDADOS: Não utilizar por períodos prolongados (mais de 10 dias): poderá ocorrer dependência, 
diarréias, cólicas, náuseas, vômitos, melanose reto-cólica (escurecimento da mucosa), alterações da 
mucosa e morfologia do reto e cólon (fissuras anais, prolapsos hemorroidais), atonia, carcinoma colorretal, 
transtornos hidroeletrolíticos com hipocalemia; potencial mutagênico (ainda em estudo). 
 
 
 DROGAS VEGETAIS CLÁSSICAS 
 
a) CÁSCARA SAGRADA (Rhamnus purshiana D.C.) – família: Rhamnaceae 
Parte usada: casca 
 - Devem ser aquecidos a 100oC por 1 a 2 hs ou estocados por no mínimo, 1 ano antes do uso; 
- Espécie arbustiva ou arbórea de pequeno porte, que cresce desde o norte dos Estados Unidos até a 
Califórnia. 
- Composição química: 6 a 9% (antraderivados): cascarósidos; aloinas; o-glicosídeos 
- Ação farmacológica: laxativa em pequenas doses; purgativas em doses elevadas. Não apresenta o 
inconveniente de criar o hábito de uso para combate da prisão de ventre. 
 
 
 
 
b) FRÂNGULA (Rhamnus frangula
como amieiro negro. É um arbusto que cresce nos bosques da Europa.
 Composição química: 3 a 4% de antraderivados : frangulina, frângula emodina etc.
 Ação farmacológica: semelhante ao da Cáscara Sagrada
 
 
 c) SENE (Cassia angustifolia 
Teor de antraderivados: 1 a 3% (livres 
Ação farmacológica: em pequenas doses são usadas como laxativas e purgativas suaves. Doses elevadas
ocasionar cólicas abdominais e serem abortivas em gestantes. Apresentam ação bacteriostática.
• De acordo com a Farmacopéia Brasileira IV edição: 
derivados hidroxiantracênicos, calculados em senosídeo
de glicosídeos, calculados em senosídeo B
 
d) Babosa (Aloe sp.) – Liliaceae 
Antraderivados: aloína (5 a 25%). Ação farmacológ
colagogas ou laxativas. Os princípios ativos presentes nas várias espécies de babosa são altamente irritantes, 
podendo, de acordo com dose, provocar congestão dos órgãos localizados na região pélvic
 
Rhamnus frangula L.) – família: Rhamnaceae. Parte usada: casca. É conhecida popularmen
como amieiro negro. É um arbusto que cresce nos bosques da Europa. 
: 3 a 4% de antraderivados : frangulina, frângula emodina etc.
semelhante ao da Cáscara Sagrada 
 Vahl.) – família: Leguminosae (Caesalpinaceae). Parte usada:
: 1 a 3% (livres – geninas) ou combinados (glicosídeos) 
: em pequenas doses são usadas como laxativas e purgativas suaves. Doses elevadas
ocasionar cólicas abdominais e serem abortivas em gestantes. Apresentam ação bacteriostática.
De acordo com a Farmacopéia Brasileira IV edição: os frutos dessecados devem conter no mínimo, 4% de 
derivados hidroxiantracênicos, calculados em senosídeo A; folíolos dessecados devem conter, no mínimo, 2,5% 
glicosídeos, calculados em senosídeo B. 
Liliaceae – a parte usada é o suco concentrado (desidratado) obtido das folhas. 
Antraderivados: aloína (5 a 25%). Ação farmacológica: doses fracas são dotadas de propriedades digestivas, 
colagogas ou laxativas. Os princípios ativos presentes nas várias espécies de babosa são altamente irritantes, 
podendo, de acordo com dose, provocar congestão dos órgãos localizados na região pélvic
13 
 
família: Rhamnaceae. Parte usada: casca. É conhecida popularmente 
: 3 a 4% de antraderivados : frangulina, frângula emodina etc. 
 
Parte usada: folíolos e frutos 
: em pequenas doses são usadas como laxativas e purgativas suaves. Doses elevadas podem 
ocasionar cólicas abdominais e serem abortivas em gestantes. Apresentam ação bacteriostática. 
frutos dessecados devem conter no mínimo, 4% de 
A; folíolos dessecados devem conter, no mínimo, 2,5% 
 
a parte usada é o suco concentrado (desidratado) obtido das folhas. 
ica: doses fracas são dotadas de propriedades digestivas, 
colagogas ou laxativas. Os princípios ativos presentes nas várias espécies de babosa são altamente irritantes, 
podendo, de acordo com dose, provocar congestão dos órgãos localizados na região pélvica. 
14 
 
 
 
 
� HETEROSÍDEOS SAPONÍNICOS 
 
� Conceito: são glicosídeos de esteróides ou de terpenos policíclicos. Possui em sua estrutura, uma parte com 
característica lipofílica (triterpeno ou esteróide) e outra parte hidrofílica (açúcares). 
 
� Propriedades Gerais: em solução aquosa formam espuma persistente e abundante. Isto se deve ao fato de 
apresentarem uma parte lipofílica, denominada aglicona ou sapogenina (não açúcar) e uma parte hidrofílica constituída 
por um ou mais açúcares. A espuma formada é resistente à ação de ácidos minerais diluídos (diferença dos sabões 
comuns). Sapone (do latim) = sabão. Existem outras propriedades físico-químicase biológicas encontradas em algumas 
saponinas, como: elevada solubilidade em água; ação hemolítica (ação sobre membranas); ação ictiotóxica (veneno 
para peixes); complexação com esteróides (ação hipocolesterolemiante). 
 
� Classificação: podem ser classificadas de acordo com o núcleo fundamental da aglicona ou pelo seu caráter ácido, 
básico ou neutro. Em função da aglicona, podem ser classificadas em: Saponinas esteroidais e Saponinas triterpênicas. 
Outra classificação ocorre em função do número de cadeias de açúcares ligadas na aglicona. Exs: Saponinas 
monodesmosídicas, apresentam uma cadeia de açúcares, enquanto que as Saponinas bidesmosídicas possuem duas 
cadeias de açúcares, a maioria com ligação éter na hidroxila em C-3 e a outra com ligação éster (diferenciação 
importante, pois as saponinas bidesmosídicas não apresentam as atividades biológicas relatadas para as saponinas 
monodesmosídicas). Monossacarídeos encontrados, em geral, constituindo as saponinas: D-glicose, D-galactose, L-
ramnose, L-arabinose, D-xilose. 
 
A) Saponinas Esteroidais Neutras: a aglicona é formada por um esqueleto de 27 carbonos dispostos num sistema 
tetracíclico. Origina-se da via Pirofosfato de Isopentenila produzindo óxido de esqualeno. Essas saponinas apresentam 
duas estruturas básicas comuns: o Espirostano (cetal 16,26-di-hidroxi-22-colestanona) e o Furostano (hemiacetal 
furostano-22,26-diol). As saponinas de núcleo furostano são menos freqüentes. 
 
 
B) Saponinas Esteroidais Básicas: pertencem ao grupo dos alcalóides esteroidais, característicos do gênero Solanum 
(família Solanaceae). Possuem nitrogênio no anel F e apresentam dois tipos de estruturas: espirosolano (nitrogênio 
secundário) e solanidano (nitrogênio terciário). 
 
• Diferentes substituintes, geralmente hidroxilas, caracterizam os diversos compostos desses dois grupos de 
esteróides. As ligações osídicas normalmente ocorrem na hidroxila em C-3. 
 
C) Saponinas Triterpênicas: as encontradas mais freqüentemente na natureza possuem 30 carbonos e núcleo 
terpênico. Esse núcleo tem a mesma origem do esqueleto esteroidal. Presença de triterpenos tetracíclicos que 
podem ser: saponinas do tipo Beta-amirina (oleananos) com duas metilas em C-20; as do tipo Alfa-amirina 
(ursanos) apresentam uma metila em C-20 e outra em C-19; lupeol (diferem pela estereoquímica entre os anéis 
D/E (é trans; o quinto anel (E) apresenta 5 carbonos). Exemplo de planta que apresenta saponinas tetracíclicas: 
Ginseng (Panax ginseng) C.A.Mey. 
 
• Ocorrência: saponinas esteroidais neutras – são encontradas quase que exclusivamente nas famílias Liliaceae, 
Dioscoreaceae e Agavaceae. As saponinas esteroidais básicas ou alcaloídicas são encontradas principalmente no 
gênero Solanum (família Solanaceae). As saponinas triterpênicas são encontradas nas famílias Sapindaceae, 
Polygalaceae, Caryophyllaceae., Primulaceae e Araliaceae. 
 
• Identificação e obtenção: a detecção é feita pela reação com ácidos minerais, aldeídos aromáticos ou sais de metais 
produzindo compostos corados, pela diminuição da tensão superficial e/ou pela ação hemolítica. 
Teste de ação superficial: obtém-se um extrato aquoso do vegetal a partir de decocção e após agitação enérgica do 
extrato filtrado em tubo de ensaio, observa-se a formação de espuma, que não desaparece com a adição de um ácido 
mineral diluído, indicando assim, a presença de saponinas. 
 
Ação hemolítica: pode ser determinada em tubo de ensaio contendo 
(presença de solução avermelhada, após centrifugação, caracteriza a liberação de hemoglobina das células) como em 
placa cromatográfica (cromatografia em camada delgada), após migração dos diferentes extratos vege
(aparecimento de halos esbranquiçados sobre fundo avermelhado homogêneo caracteriza hemólise).
 
• Propriedades biológicas: Por terem ação sobre membranas, alterando sua permea
relacionadas com atividades hemolíticas, ictiotóxica (veneno para peixes) e molusquicida (veneno para moluscos). 
Complexação com colesterol: pode ser explicado através do aumento da excreção do colesterol, por formação de 
complexo com as saponinas administradas por via oral, ou ainda, através do aumento da eliminação fecal de ácidos 
biliares, conduzindo a uma maior utilização do colesterol para a síntese dessas substâncias. Uma outra possibilidade, 
seria a de que as saponinas por formarem complexos com o colesterol e apresentarem propriedades irritantes, 
provocaria uma esfoliação da mucosa intestinal, com perda de função e redução da área de absorção deste (colesterol).
Ação antiinflamatória: conhecida a longo tempo. Ex: saponin
saponinas do alcaçuz (Glycyrrhiza glabra 
 
• Emprego Farmacêutico: são componentes importantes para a ação de muitas drogas vegetais, sobretudo as usadas 
como expectorantes e diuréticas. 
 
� Ação expectorante – provavelmente, causada pela irritação que provocam no trato respiratório, aumentando 
o volume do fluido respiratório, hidratando a secreção brônquica. Outra possibilidade, seria a facilidade de expulsão 
do muco. 
� Ação diurética – as saponinas pro
flavonóides, geralmente também presentes nessas drogas, ou mesmo pela presença de teores elevados de potássio.
 
OBSERVAÇÃO: Podem ser usadas como adjuvantes para aumentar a absorção de ou
aumento da solubilidade ou interferência no mecanismo de absorção. Ou para aumentar a resposta imunológica.
 
a) Alcaçuz – Glycyrrhiza glabra L. Fabaceae. A parte utilizada são suas raízes e rizomas. P
edulcorantes em bebidas, expectorante e para o tratamento de úlceras. É utilizada no tratamento de doenças alérgicas, 
distúrbios inflamatórios e úlceras gástricas (medicina chinesa tradicional). O alcaçuz pode provocar ret
perda de potássio, aumentando a pressão sangüínea. Além de ser usado como adoçante em confeitaria e produtos 
alimentares: chocolates, cervejas, licores, gomas de mascar etc., os extratos de alcaçuz são empregados como edulcoranes 
em preparações farmacêuticas. No Brasil, está presente nos expectorantes. As pessoas como problemas cardíacos e 
hipertensão devem evitar o consumo excessivo de preparações contendo alcaçuz. Existe um tipo de “alcaçuz brasileiro” 
denominado de Periandra mediterranea 
 
 
 
b) Ginseng – Panax ginseng C.A. Mey. 
originário da Coréia do Norte e utilizado na China
de vitalidade (elixir da longa vida). Apresentam as saponinas triterpênicas tetracíclicas e pentacíclicas. Os extratos de gin
apresenta os ginsenosídeos são os considerados respons
mecanismo de ação do ginseng não está esclarecido. No mercado brasileiro estão presentes dezenas de especialidades 
farmacêuticas com indicação para aumentar a resistência natural do organismo a
: pode ser determinada em tubo de ensaio contendo uma solução tamponada de células sangüíneas 
(presença de solução avermelhada, após centrifugação, caracteriza a liberação de hemoglobina das células) como em 
placa cromatográfica (cromatografia em camada delgada), após migração dos diferentes extratos vege
(aparecimento de halos esbranquiçados sobre fundo avermelhado homogêneo caracteriza hemólise).
: Por terem ação sobre membranas, alterando sua permea
relacionadas com atividades hemolíticas, ictiotóxica (veneno para peixes) e molusquicida (veneno para moluscos). 
: pode ser explicado através do aumento da excreção do colesterol, por formação de 
lexo com as saponinas administradas por via oral, ou ainda, através do aumento da eliminação fecal de ácidos 
biliares, conduzindo a uma maior utilização do colesterol para a síntese dessas substâncias. Uma outra possibilidade, 
or formarem complexos com o colesterol e apresentarem propriedades irritantes, 
provocaria uma esfoliação da mucosa intestinal, com perda de função e redução da área de absorção deste (colesterol).
: conhecida a longo tempo. Ex: saponinas da castanheira-da-índia (
Glycyrrhiza glabra L.). 
são componentes importantes para a ação de muitas drogas vegetais, sobretudo as usadas 
provavelmente, causada pela irritação que provocam no trato respiratório,aumentando 
o volume do fluido respiratório, hidratando a secreção brônquica. Outra possibilidade, seria a facilidade de expulsão 
as saponinas provocam a irritação do epitélio renal, ou ainda, devido a presença dos 
flavonóides, geralmente também presentes nessas drogas, ou mesmo pela presença de teores elevados de potássio.
Podem ser usadas como adjuvantes para aumentar a absorção de outros medicamentos, pelo fato do 
aumento da solubilidade ou interferência no mecanismo de absorção. Ou para aumentar a resposta imunológica.
DROGAS VEGETAIS CLÁSSICAS 
 
L. Fabaceae. A parte utilizada são suas raízes e rizomas. Planta utilizada pelos gregos como 
edulcorantes em bebidas, expectorante e para o tratamento de úlceras. É utilizada no tratamento de doenças alérgicas, 
distúrbios inflamatórios e úlceras gástricas (medicina chinesa tradicional). O alcaçuz pode provocar ret
perda de potássio, aumentando a pressão sangüínea. Além de ser usado como adoçante em confeitaria e produtos 
alimentares: chocolates, cervejas, licores, gomas de mascar etc., os extratos de alcaçuz são empregados como edulcoranes 
ações farmacêuticas. No Brasil, está presente nos expectorantes. As pessoas como problemas cardíacos e 
hipertensão devem evitar o consumo excessivo de preparações contendo alcaçuz. Existe um tipo de “alcaçuz brasileiro” 
 (Vell.) Taub. – apresenta teor elevado de saponinas e sabor doce.
 
C.A. Mey. – Araliaceae. A parte utilizada da planta são seus rizomas e raízes dessecadas. É 
originário da Coréia do Norte e utilizado na China há mais de 3000 anos como planta estimulante, reconstituinte, geradora 
de vitalidade (elixir da longa vida). Apresentam as saponinas triterpênicas tetracíclicas e pentacíclicas. Os extratos de gin
apresenta os ginsenosídeos são os considerados responsáveis pela maioria das atividades farmacológicas do ginseng. O 
mecanismo de ação do ginseng não está esclarecido. No mercado brasileiro estão presentes dezenas de especialidades 
farmacêuticas com indicação para aumentar a resistência natural do organismo ao estresse e infecções e para reduzir a 
15 
uma solução tamponada de células sangüíneas 
(presença de solução avermelhada, após centrifugação, caracteriza a liberação de hemoglobina das células) como em 
placa cromatográfica (cromatografia em camada delgada), após migração dos diferentes extratos vegetais em teste 
(aparecimento de halos esbranquiçados sobre fundo avermelhado homogêneo caracteriza hemólise). 
: Por terem ação sobre membranas, alterando sua permeabilidade, as saponinas estão 
relacionadas com atividades hemolíticas, ictiotóxica (veneno para peixes) e molusquicida (veneno para moluscos). 
: pode ser explicado através do aumento da excreção do colesterol, por formação de 
lexo com as saponinas administradas por via oral, ou ainda, através do aumento da eliminação fecal de ácidos 
biliares, conduzindo a uma maior utilização do colesterol para a síntese dessas substâncias. Uma outra possibilidade, 
or formarem complexos com o colesterol e apresentarem propriedades irritantes, 
provocaria uma esfoliação da mucosa intestinal, com perda de função e redução da área de absorção deste (colesterol). 
índia (Aesculus hippocastanum L.) e 
são componentes importantes para a ação de muitas drogas vegetais, sobretudo as usadas 
provavelmente, causada pela irritação que provocam no trato respiratório, aumentando 
o volume do fluido respiratório, hidratando a secreção brônquica. Outra possibilidade, seria a facilidade de expulsão 
vocam a irritação do epitélio renal, ou ainda, devido a presença dos 
flavonóides, geralmente também presentes nessas drogas, ou mesmo pela presença de teores elevados de potássio. 
tros medicamentos, pelo fato do 
aumento da solubilidade ou interferência no mecanismo de absorção. Ou para aumentar a resposta imunológica. 
lanta utilizada pelos gregos como 
edulcorantes em bebidas, expectorante e para o tratamento de úlceras. É utilizada no tratamento de doenças alérgicas, 
distúrbios inflamatórios e úlceras gástricas (medicina chinesa tradicional). O alcaçuz pode provocar retenção de sódio e 
perda de potássio, aumentando a pressão sangüínea. Além de ser usado como adoçante em confeitaria e produtos 
alimentares: chocolates, cervejas, licores, gomas de mascar etc., os extratos de alcaçuz são empregados como edulcoranes 
ações farmacêuticas. No Brasil, está presente nos expectorantes. As pessoas como problemas cardíacos e 
hipertensão devem evitar o consumo excessivo de preparações contendo alcaçuz. Existe um tipo de “alcaçuz brasileiro” 
apresenta teor elevado de saponinas e sabor doce. 
 
A parte utilizada da planta são seus rizomas e raízes dessecadas. É 
há mais de 3000 anos como planta estimulante, reconstituinte, geradora 
de vitalidade (elixir da longa vida). Apresentam as saponinas triterpênicas tetracíclicas e pentacíclicas. Os extratos de ginseng 
áveis pela maioria das atividades farmacológicas do ginseng. O 
mecanismo de ação do ginseng não está esclarecido. No mercado brasileiro estão presentes dezenas de especialidades 
o estresse e infecções e para reduzir a 
 
fadiga. Síndrome do abuso do uso do ginseng: insônia, nervosismo, euforia, diarréia matinal e erupções cutâneas. Mulheres 
grávidas, lactentes, diabéticos e hipertensos não devem fazer uso do ginseng. Interações são r
hormonais, estimulantes, hipoglicemiantes e anticoagulantes. No Brasil, existe a 
glomerata (Spreng.) Pedersen, são conhecidas como ginseng brasileiro. As saponinas do gênero 
caracterizadas do ponto de vista da atividade biológica.
 
 
c) Centela – Centela asiatica (L.) Urb. 
é a raiz.Atualmente, vem sendo utilizada em preparações magistrais 
queimadura e quelóides e para o tratamento de insuficiência venosa crônica, com base na ação benéfica verificada sobre o 
metabolismo do tecido conectivo das paredes vasculares e na microcirculação. 
 
d) Quiláia - Quillaja saponaria Molina 
cascas. Foram relatadas, através de pesquisas in vitro e in vivo, ação hipocolesterêmica, imunopotenciadora para vacinas 
anti-rábicas orais, imuestimuladoras pelas vias oral e intradérmica.
 
 
 e) Polígala (Polygala senega L.) 
• possui 5 a 10% de saponosídeos; 
• o xarope de polígala aumenta o volume da secreção bronquial;
• o xarope é utilizado no tratamento de tosse não produtiva, normalment
(codeína, bálsamo de Tolú, tinturas vegetais etc.). Na Alemanha é indicada para o tratamento de catarro das vias 
respiratórias; 
• há uma possibilidade de irritação gastrointestinal com o uso prolongado.
 
fadiga. Síndrome do abuso do uso do ginseng: insônia, nervosismo, euforia, diarréia matinal e erupções cutâneas. Mulheres 
grávidas, lactentes, diabéticos e hipertensos não devem fazer uso do ginseng. Interações são r
hormonais, estimulantes, hipoglicemiantes e anticoagulantes. No Brasil, existe a Pfaffia paniculata
(Spreng.) Pedersen, são conhecidas como ginseng brasileiro. As saponinas do gênero 
caracterizadas do ponto de vista da atividade biológica. 
 
L.) Urb. – Apiaceae. Cresce espontaneamente em vários terrenos do Brasil. A parte utilizada 
é a raiz.Atualmente, vem sendo utilizada em preparações magistrais e em cosméticos, preconizada como cicatrizante, em 
queimadura e quelóides e para o tratamento de insuficiência venosa crônica, com base na ação benéfica verificada sobre o 
metabolismo do tecido conectivo das paredes vasculares e na microcirculação. 
 
 
Molina – Rosaceae. Árvore encontrada no Chile, Bolívia e Peru. A parte usada são suas 
cascas. Foram relatadas, através de pesquisas in vitro e in vivo, ação hipocolesterêmica, imunopotenciadora para vacinas 
imuestimuladoras pelas vias oral e intradérmica. 
 
o xarope de polígala aumenta o volume da secreção bronquial; 
o xarope é utilizado no tratamento de tosse não produtiva, normalmente em associação com outros componentes 
(codeína, bálsamo de Tolú, tinturas vegetais etc.). Na Alemanha é indicada para o tratamento de catarro das vias 
há uma possibilidadede irritação gastrointestinal com o uso prolongado. 
16 
fadiga. Síndrome do abuso do uso do ginseng: insônia, nervosismo, euforia, diarréia matinal e erupções cutâneas. Mulheres 
grávidas, lactentes, diabéticos e hipertensos não devem fazer uso do ginseng. Interações são relatadas com fármacos 
Pfaffia paniculata (Mart.) Kuntze e Pfaffia 
(Spreng.) Pedersen, são conhecidas como ginseng brasileiro. As saponinas do gênero Pfaffia não estão 
 
Apiaceae. Cresce espontaneamente em vários terrenos do Brasil. A parte utilizada 
e em cosméticos, preconizada como cicatrizante, em 
queimadura e quelóides e para o tratamento de insuficiência venosa crônica, com base na ação benéfica verificada sobre o 
Rosaceae. Árvore encontrada no Chile, Bolívia e Peru. A parte usada são suas 
cascas. Foram relatadas, através de pesquisas in vitro e in vivo, ação hipocolesterêmica, imunopotenciadora para vacinas 
e em associação com outros componentes 
(codeína, bálsamo de Tolú, tinturas vegetais etc.). Na Alemanha é indicada para o tratamento de catarro das vias 
 
 
 
f) Castanha-da-Índia (Aesculus hippocastanum
• 10% da massa da droga corresponde às saponinas;
• possui uma mistura de saponosídeos totais denominados “escina”;
• o extrato apresenta propriedades antiinflamatórias, antiedematosas e antiexudati
aumenta a resistência e diminui a permeabilidade;
• indicada para insuficiência venolinfática dos membros inferiores (pernas pesadas, dores, edemas), principalmente 
em preparações tópicas; 
• também é indicada em formulações antii
bucais. 
 
 
 
 
1) Conceito: misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas, diferindo dos óleos fixos 
por sua volatilidade. 
 
2) Principais características: 
• Em geral, apresentam aroma agradável (essência)
• Solúveis em solventes orgânicos apolares como éter. Em água apresentam solubilidade limitada, mas suficiente p/ 
aromatizar as soluções aquosas. 
• Sabor: acre (ácido) e picante 
• Cor: em geral, são incolores ou ligeiramente amarelados. O óleo de camomila apresenta coloração azulada devido ao alto 
teor de azulenos. 
• Estabilidade: não são muito estáveis, principalmente na presença de ar, calor, umidade e metais.
• A maioria possui índice de refração e são opticamente ativos (propriedades usadas na identificação e controle de 
qualidade). 
 
 
3) Biogênese e Classificação química 
 
 A maioria do óleos voláteis são derivados fenilpropanóides ou de terpenos (maio
secundário dos vegetais. 
• Terpenóides: origem biossintética do isopreno, originado da 
esquema – via biossintética).
 
EXEMPLOS DE COMPOSTO
 
 Propriedades físicas dos Óleos Essenciais
Aesculus hippocastanum L.) - HIPPOCASTANACEAE. 
10% da massa da droga corresponde às saponinas; 
possui uma mistura de saponosídeos totais denominados “escina”; 
o extrato apresenta propriedades antiinflamatórias, antiedematosas e antiexudati
aumenta a resistência e diminui a permeabilidade; 
indicada para insuficiência venolinfática dos membros inferiores (pernas pesadas, dores, edemas), principalmente 
também é indicada em formulações antiinflamatórias e anestésicas locais no tratamento de aftas e ulcerações 
 
� ÓLEOS ESSENCIAIS 
misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas, diferindo dos óleos fixos 
Em geral, apresentam aroma agradável (essência) 
Solúveis em solventes orgânicos apolares como éter. Em água apresentam solubilidade limitada, mas suficiente p/ 
Cor: em geral, são incolores ou ligeiramente amarelados. O óleo de camomila apresenta coloração azulada devido ao alto 
Estabilidade: não são muito estáveis, principalmente na presença de ar, calor, umidade e metais.
maioria possui índice de refração e são opticamente ativos (propriedades usadas na identificação e controle de 
A maioria do óleos voláteis são derivados fenilpropanóides ou de terpenos (maioria). São resultantes do metabolismo 
Terpenóides: origem biossintética do isopreno, originado da via do acetato 
via biossintética). 
 
EXEMPLOS DE COMPOSTOS MONOTERPÊNICOS 
Propriedades físicas dos Óleos Essenciais 
17 
 
o extrato apresenta propriedades antiinflamatórias, antiedematosas e antiexudativas: aumenta o tônus venoso, 
indicada para insuficiência venolinfática dos membros inferiores (pernas pesadas, dores, edemas), principalmente 
nflamatórias e anestésicas locais no tratamento de aftas e ulcerações 
misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas, diferindo dos óleos fixos 
Solúveis em solventes orgânicos apolares como éter. Em água apresentam solubilidade limitada, mas suficiente p/ 
Cor: em geral, são incolores ou ligeiramente amarelados. O óleo de camomila apresenta coloração azulada devido ao alto 
Estabilidade: não são muito estáveis, principalmente na presença de ar, calor, umidade e metais. 
maioria possui índice de refração e são opticamente ativos (propriedades usadas na identificação e controle de 
ria). São resultantes do metabolismo 
via do acetato → ácido mevalônico (ver 
18 
 
• Densidade: na quase totalidade, a densidade é menor que 1,0 (menos densos que a água). O óleo essencial de cravo da 
Índia apresenta densidade maior que 1,0. 
• Solubilidade: depende da estrutura e da polaridade dos constituintes do óleo → em geral são: pouco solúveis em água, 
mais solúveis em etanol e muito solúveis em éter, clorofórmio, óleos fixos e éter de petróleo. 
• Ponto de ebulição: 100º.C – 280º.C 
 
Propriedades químicas dos óleos – consideradas a partir da composição química de cada óleo essencial: importantes 
na análise e caracterização de alguns compostos ou mesmo de suas frações. São usados índices químicos: 
• Índice de hidroxila – óleo de menta 
• Índice de esterificação – óleo de alfazema 
• Índice de saponificação ou de iodo 
 
4) Extração de Óleos Essenciais 
 Os métodos de extração variam conforme a localização do óleo volátil na planta e com a proposta de utilização do mesmo. 
 
 Métodos usados mais comumente: 
• Arraste por vapor d’água – Hidrodestilação 
 Método usado regularmente em laboratório onde se faz a determinação quantitativa do teor de óleo em plantas 
medicinais e aromáticas. Preferencialmente, esse método é utilizado para extrair óleos de plantas frescas. A Farmacopéia 
Brasileira IV preconiza o uso do aparelho tipo Clevenger modificado. O arraste por vapor d’água ou destilação a vapor é o 
método mais difundido para a extração de óleos essenciais. Neste processo, a água é aquecida em um recipiente e o vapor 
resultante desse processo é bombeado sob pressão para um outro recipiente, onde se encontra o material vegetal. O calor 
do vapor faz com que as paredes celulares se abram. Dessa forma, o óleo que está entre as células evapora junto com a água 
e vai para o tubo de resfriamento. A fase oleosa não se mistura com a fase aquosa. Por serem mais leves, os óleos essenciais 
ficam concentrados sobre a camada de água, podendo ser facilmente separados. 
 
• Extração com solvente orgânicos 
Sobretudo com solventes apolares (éter, éter de petróleo ou diclorometano). Estes compostos extraem outros 
compostos lipofílicos, além dos óleos voláteis, por isso, os produtos assim obtidos possuem raro valor comercial. 
 
• Enfleurage (Enfloração) 
Técnica para extrair aroma delicados de flores que não fornecem óleo mediante a destilação, aprisionando as flores em 
gordura. As pétalas esgotadas são substituídas por novas até a saturação total. Essa gordura é tratada com álcool, que é 
destilado a baixa temperatura. O produto obtido apresenta alto valor comercial. 
 
 
 
 
• Prensagem 
Método usado para extração de óleos voláteis de frutos cítricos. Os pericarpos são prensados e a camada que contém o 
óleo volátil é separada. O óleo é separado da emulsão por decantação, centrifugação

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