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MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS Análise de sistemas de 2ª Ordem Muitos sistemas podem ser representados por um modelo de 2ª ordem, como por exemplo a determinação da posição angular de um motor CC em relação a tensão aplicada na entrada. A análise desse tipo de sistema permite obter conhecimento sobre seu desempenho em determinadas situações. Análise de Sistemas de 2ª Ordem Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Definição de um sistema de 2ª ordem 𝐻 𝑠 = 𝐾𝜔𝑁 𝑠2 + 2𝜉𝜔𝑁𝑠 + 𝜔𝑁 2 Onde: K → Ganho do sistema → Fator de amortecimento ( ≥ 0) wN → Frequência natural não amortecida (wN ≥ 0) Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Classificação de sistemas de 2ª ordem e determinação de polos 𝑠2 + 2𝜉𝜔𝑁𝑠 + 𝜔𝑁 2 = 0 𝑠 = −2𝜉𝜔𝑁 ± 2𝜉𝜔𝑁 2 − 4𝜔𝑁 2 2 𝑠 = −2𝜉𝜔𝑁 ± 2𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 2 s= −𝜉𝜔𝑁 ±𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Classificação de sistemas de 2ª ordem e determinação de polos s= −𝜉𝜔𝑁 ±𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 1º caso: 𝜉 > 1՜∆> 0՜ duas raízes reais e diferentes x Re Im x s1 s2 𝑠1 = −𝜉𝜔𝑁 − 𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 𝑠2 = −𝜉𝜔𝑁 +𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 Sistema superamortecido Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Classificação de sistemas de 2ª ordem e determinação de polos s= −𝜉𝜔𝑁 ±𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 2º caso: 𝜉 = 1 ՜∆= 0՜ duas raízes reais e iguais 𝑠1 = −𝜔𝑁 = 𝑠2 Sistema criticamente amortecido x Re Im + s1=s2 "duas raízes complexas e conjugadas" Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Classificação de sistemas de 2ª ordem e determinação de polos s= −𝜉𝜔𝑁 ±𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 𝑠1 = −𝜉𝜔𝑁 + 𝑗𝜔𝑁 1 − 𝜉 2 Sistema subamortecido 3º caso: 0 < 𝜉 < 1 ՜∆ < 0՜ duas raízes complexas e conjugadas 𝑠2 = −𝜉𝜔𝑁 − 𝑗𝜔𝑁 1 − 𝜉 2 x Re Im x −𝜉𝜔𝑁 - 𝑗𝜔𝐷 𝑗𝜔𝐷 Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Classificação de sistemas de 2ª ordem e determinação de polos s= −𝜉𝜔𝑁 ±𝜔𝑁 𝜉 2 − 1 𝑠1 = +𝑗𝜔𝑁 Sistema criticamente estável 4º caso: 𝜉 = 0 ՜∆ = −1՜ duas raízes imaginárias e conjugadas 𝑠2 = −𝑗𝜔𝑁 x Re Im x - 𝑗𝜔𝑁 𝑗𝜔𝑁 "duas raízes complexas e conjugadas" Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Resposta ao Degrau Unitário (para K=1) "duas raízes complexas e conjugadas" Análise de Sistemas de 2ª Ordem • Resposta ao Degrau Unitário (para K=1) (1) Sistema subamortecido (2) Sistema crit. amortecido (3) Sistema superamortecido "duas raízes complexas e conjugadas" Resposta ao Degrau Unitário (sistema superamortecido K=1) Regime PermanenteRegime transitório Resposta ao Degrau Unitário (sistema superamortecido) tR = Tempo de subida (rise time) tp = Tempo de pico (peak time) tS = Tempo de acomodação (settling time) MP = Sobressinal (valor percentual que excede o valor final) 𝑀𝑝 = 𝑒 −𝜋𝜉 1−𝜉2 𝑡𝑠 2% ≅ 4 𝜉𝜔𝑁 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC • Considere o circuito RLC abaixo + – vout (t) Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Já vimos que ... Modelo genérico ou Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 1: R = 10L e LC = 1/9 Sistema superamortecido Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 1: R = 10L e LC = 1/9 Sistema superamortecido x Re Im x -9 -1 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Resposta ao Degrau Unitário Exemplo 1: R = 10L e LC = 1/9 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 2: R = 10L e LC = 1/25 Sistema criticamente amortecido 25 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 2: R = 10L e LC = 1/25 Sistema criticamente amortecido x Re Im x -5 25 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 2: R = 10L e LC = 1/25 Resposta ao Degrau Unitário 25 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 3: R = 10L e LC = 1/50 Sistema subamortecido Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 3: R = 10L e LC = 1/50 Sistema subamortecido x Re Im x -5 -5 5 Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 3: R = 10L e LC = 1/50 Resposta ao Degrau Unitário Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 3: Resposta ao Degrau Unitário Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Exemplo 3: Resposta ao Degrau Unitário Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC t Análise de Sistemas de 2ª Ordem – Circuito RLC Em resumo ... TIPO DE SISTEMA FATOR DE AMORTECIMENTO LOCALIZAÇÃO DOS POLOS Superamortecido DOIS POLOS REAIS E DISTINTOS Criticamente amortecido DOIS POLOS REAIS E IGUAIS Subamortecido DOIS POLOS COMPLEXO- CONJUGADOS Um engenheiro necessitou encontrar, para fins de controle, a função de transferência para um sistema o qual não possui modelagem, em uma parte antiga da indústria onde trabalha. Ele conseguiu inserir na planta uma entrada de referência em degrau unitário e analisar a resposta graficamente por meio de um instrumento eletrônico. O engenheiro percebeu algumas coisas com o gráfico: a curva se parece com a resposta de sistemas de segunda ordem sob a mesma entrada de referência; conseguiu medir o máximo de sobressinal, e encontrou um acréscimo de 17% acima da entrada de referência; e notou que a curva começou a entrar em regime permanente, visualmente próximo de 98% do valor final, em 30 segundos. De posse desses dados técnicos da planta, qual foi a função de transferência em forma genérica que ele encontrou? Gabarito comentado: Mp = 𝑒 −𝜋 𝜉 1−𝜉2 ; Tss= 4 𝜁𝜔𝑛 Como o máximo de sobressinal informado foi de 17%, substituindo na fórmula, temos: 0,17 = 𝑒 −𝜋 𝜁 1−𝜁2; 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑛𝑑𝑜 "ln" dos dois lados da equação temos: − 1,772 = −𝜋 𝜁 1 − 𝜁2 ; 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟 𝑎 𝑟𝑎í𝑧: 1,772 . 1 − 𝜁2 2 = 𝜋𝜁 2 3,14 − 3,14𝜁2 = 𝜋2𝜁2; 9,86𝜁2 + 3,14𝜁2 = 3,14; 13𝜁2 = 3,14; 𝜁 = 3,14 13 ≅ 0,5 Como o valor do tempo de acomodação para o critério de 2% é igual a 30 segundos, temos: 30 = 4 𝜁𝜔𝑛 ; 𝜔𝑛 = 4 15 = 0,26ത6 Com os dois parâmetros obtidos, podemos escrever a função de transferência de malha fechada de segunda ordem em sua forma padrão como segue: 𝐶 𝑠 𝑅 𝑠 = ωn 2 𝑠2 + 2ζ𝜔𝑛𝑠 + 𝜔𝑛 2 Substituindo os valores do coeficiente de amortecimento e da frequência natural não amortecida, temos a resposta da atividade: 𝐶 𝑠 𝑅 𝑠 = 0,07 𝑠2 + 0,26𝑠 + 0,07
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