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UNIVERSIDADE POLITECNICA-APOLITECNICA Instituto Superior de Humanidade, Ciência e Tecnologia Engenharia civil Materiais cerâmicos Muhamad Ruheid M. Carim Quelimane 2020 2 UNIVERSIDADE POLITECNICA-APOLITECNICA Instituto Superior de Humanidade, Ciência e Tecnologia Engenharia civil Materiais cerâmicos Trabalho recomendado na cadeira de Materiais de Cons., pelo docente, Huguito Mourão Quelimane 2020 3 Índice 1. Introdução ............................................................................................................................... 5 1.1 Objetivos .......................................................................................................................... 5 2. Materiais cerâmicos ................................................................................................................ 6 2.1 A argila como material de construção .............................................................................. 7 2.1.1 Classificação das argilas ........................................................................................... 7 2.1.2 Características da argila ............................................................................................ 9 2.2 Fabricação de materiais cerâmicos ................................................................................. 10 2.2.1 Classificação dos materiais cerâmicos .................................................................... 14 2.3 Tipos de materiais cerâmicos ......................................................................................... 16 2.3.1 Blocos e tijolos cerâmicos ...................................................................................... 16 2.3.2 Telhas Cerâmicas .................................................................................................... 17 2.3.3 Revestimentos Cerâmicos ....................................................................................... 18 2.3.4 Louças sanitárias ..................................................................................................... 19 2.3.5 Materiais cerâmicos especiais ................................................................................. 20 3. Conclusão .............................................................................................................................. 22 4. Referência Bibliográfica ....................................................................................................... 23 4 Lista de Ilustrações Lista de figura Figura 1: Materiais cerâmicos ………………………………………………………………..…6 Figura 2: Argila …………………………………………………………………...…………….7 Figura 3: Pedra de micáceas………………………………………………..…………….……...8 Figura 4: Formação …………………………………………………………..………….……...8 Figura 5: Fabricação de um material cerâmico ………………………………………………..10 Figura 6: Extração da argila …………………………………………………………….….….11 Figura 7: Preparo da argila …………………………………………………………………….11 Figura 8: Moldagem ………………………………………………………………….…….….12 Figura 9: Secagem ………………………………………………...……………………….......13 Figura 10: Cozimento ………………………………….……..………………………….…….14 Figura 11: Esfriamento …………………………………….………..........................................14 Figura 12: Cerâmica vermelha …………………………………………………….………...…15 Figura 13: Cerâmica branca ………………………………………………………….….……..15 Figura 14: Cerâmica refrataria. ………………………………………….….………..……..….16 Figura 15: Cerâmica cristalina ……………………………………………………………..…..16 Figura 16: Bloco e tijolos cerâmicos ………………………………………..........……………16 Figura 17: Telhas ………………………………………...………..…………………….….….17 Figura 18: Azulejo …………………………………………………….………………………..18 Figura 19: Louças sanitárias ………………………………………………………….…...……19 Figura 20: Manilhas ………………………………………….….……………………………...20 5 1. Introdução No presente trabalho fasear-se-á uma abordagem sobre a matérias cerâmicos, permitindo assim, definir e quantificar, de uma forma objetiva, a sua estrutura. Será aqui apresentado a argila como material de construção, o fabrico das matérias cerâmicos provenientes da argila, os tipos de matérias cerâmicos, e por fim as suas características, de modo a criar condições de satisfazer o trabalho. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Abordar acerca dos matérias cerâmicos 1.1.2 Objetivos específicos Descrever o fabrico das matérias cerâmicos provenientes da argila; Explicar sobre a argila como material de construção; Debruçar acerca dos tipos de matérias cerâmicos; 6 2. Materiais cerâmicos Segundo Borges (2009), os materiais cerâmicos são polifásicos, contendo elementos metálicos e não metálicos, e suas propriedades dependem de suas estruturas, tendo alta resistência ao cisalhamento e baixa resistência a tração. Ilustrado na imagem abaixo. Figura 1: Materiais cerâmicos (Borges, 2009) Chama-se de cerâmica à pedra artificial obtida pela moldagem, secagem e cozimento de argilas ou misturas argilosas. Em alguns casos pode ser suprimida alguma das etapas citadas, mas a matéria prima essencial de uma cerâmica é a argila. Nos materiais cerâmicos a argila fica aglutinada por uma pequena quantidade de vidro, que aparece pela ação do calor de cozimento sobre os componentes da argila. Segundo Borges, (2009) os materiais cerâmicos com a argila são divididos em cerâmicas tradicionais e normalmente são feitos de argila, sílica e feldspato. Como o próprio nome sugere as cerâmicas tradicionais não devem satisfazer propriedades específicas rígidas após sua produção, de modo que as tecnologias baratas são utilizadas para a maioria dos processos de produção. As cerâmicas avançadas são tipos especiais de cerâmica utilizados principalmente para aplicações elétricas, eletrônicas, ópticas e magnéticas. Este setor é diferente da cerâmica tradicional devido ao fato de que a preparação do pó cerâmico. 7 2.1 A argila como material de construção De acordo Silva (1985), a argila como material de construção começou a ser utilizada pela sua abundância, pelo custo reduzido e por ser um material que, na presença de água, pode ser moldado facilmente, secando e endurecendo na presença de calor., conforme ilustra a figura abaixo. Além disso, o uso dos produtos cerâmicos produzidos a partir do cozimento das argilas surgiu da necessidade de um material similar às rochas, nos locais onde havia escassez das mesmas. Figura 2: Argila (Silva, 1985) A argila é um material composto principalmente por compostos de silicatos e alumina hidratados. De acordo com Petrucci (1975) as diferentes espécies de argilas, consideradas como puras, são na verdade misturas de diferentes hidrossilicatos de alumínio, denominados de materiais argilosos. Os materiais argilosos se diferenciam entre si pelas diferentes proporções de sílica, alumina e água em sua composição, além da estrutura molecular diferenciada. Os principais materiais argilosos que têm importância como material de construção são a caulinita, a montmorilonita e a ilita. 2.1.1 Classificação das argilas Silva (1985) e Petrucci (1975) apresentam as principais formas de classificação das argilas, segundo os critérios de estrutura dos minerais e emprego do material. Ilustrado na figura abaixo. De acordo com a estrutura do material, as argilas podem ser classificadas em: estrutura laminar e estrutura foliácela. 8 As argilas de estrutura laminar têm seus minerais arranjados em lâminas e são as argilas utilizadas na fabricação dos produtos cerâmicos. Entre as argilas de estrutura laminar podemos destacar: Caolinita: são as argilas consideradas mais puras.Utilizadas na fabricação de porcelanas, materiais refratários e em cerâmicas sanitárias. Montmorilonita: Por ser um material muito absorvente é pouco utilizada sozinha. É aplicada em misturas às caolinitas para corrigir a plasticidade. Micáceas: utilizadas na fabricação de tijolos. Figura 3: Pedra de micáceas (Petrucci 1975) Quanto a formação: A figura abaixo ilustra a formação da argila. Residuais, quando se encontram no lugar em que foram formadas. Sedimentares ou transportadas, quando removidas depositando-se em locais distantes do local de sua formação. Figura 4: Formação (Petrucci 1975) 9 Quanto a plasticidade: A plasticidade depende da maior ou menor quantidade de substâncias argilosas coloidais. Gordas ou graxas, plásticas devido à alumina, untuosas ao tato, deformam-se exageradamente no cozimento, rica em materiais argilosos e pobres em areia. Magras, contém excesso de sílica, resulta em produtos porosos e frágeis, é pouco plástica, porém tem baixa contração. 2.12. Características da argila A argila apresenta algumas características que explicam o seu comportamento como material de construção. Entre as principais podemos destacar as citadas por Silva (1985) e Petrucci (1975): Plasticidade: um material possui plasticidade quando se deforma sob a ação de uma força e mantém essa deformação após cessada a força que a originou. A plasticidade das argilas é função da quantidade de água presente no material. De acordo com Silva (1985), quanto mais água, até certo ponto, maior a plasticidade da argila e a partir desse ponto, se for adicionada mais água, a argila se torna um líquido viscoso. Quanto mais pura a argila, mais plástica é a sua mistura com água e quanto maior a temperatura, menor a plasticidade, porque a quantidade de água é reduzida. Ação do calor: nas argilas, a ação do calor pode ocasionar variação na densidade, porosidade, dureza, resistência, plasticidade, textura, condutibilidade térmica, desidratação e formação de novos compostos. As argilas cauliníticas perdem pouca água em temperaturas inferiores a 400°C, mas acima desta temperatura perdem água de constituição (água combinada quimicamente), modificando sua estrutura. As argilas em que predomina a montmorilonita perdem quase toda a água a 150°C e as micáceas a 100ºC, sendo que ambas começam a perder água de constituição a partir de 400°C. Retração e dilatação: de acordo com Silva (1985) a caolinita se dilata de modo regular, perdendo água de amassamento de 0°C a 500°C e contrai-se em 10 temperaturas de 500°C a 1.100°C. As argilas micáceas dilatam-se progressivamente até 870°C, contraindo-se em seguida. Porosidade: é a relação entre o volume de poros e o volume total de material. Quanto maior a porosidade maior a absorção de água e menor a massa específica, a condutibilidade térmica, a resistência mecânica e a resistência à abrasão. Quanto maior a comuniação entre os poros, maior é a permeabilidade, ou seja, a facilidade de líquidos e gases de circularem pelo material. A porosidade das argilas depende dos seus constituintes, da forma, tamanho e posição das partículas (argilas de grãos grossos são mais permeáveis que as de grãos finos) e dos processos de fabricação. Composição e Impurezas: alguns constituintes presentes nas argilas podem melhorar suas propriedades, enquanto alguns podem ocasionar defeitos aos produtos. Compostos de sílica e de aluminio fazem parte da constituição principal das argilas. A sílica pode estar presente de maneira livre ou combinada. Quando livre, segundo Silva (1985) aumenta a brancura do produto cozido, diminui a plasticidade, reduz a retração, diminui a resistência à tração e à variação de temperatura e causa variações na refratariedade. 2.2 Fabricação de materiais cerâmicos De acordo Yazigi (2009), uma maneira geral a fabricação de um material cerâmico segue as seguintes etapas, ilustrado na figura abaixo. Figura 5: Fabricação de um material cerâmico (Yazigi, 2009) 11 Extração do barro Cada tipo de cerâmica requer um tipo apropriado de barro. Deve ser analisada a composição granulométrica, o teor de argila, a umidade e a pureza entre outras. (Yazigi, 2009) Figura 6: Extração da argila (Yazigi, 2009) Preparo do barro Extraída a argila, feita a seleção, segue-se o que se chama de “apodrecimento” da argila. Ela é depositada ao ar livre, revolvida e passa por um período de descanso. Esta etapa tem por finalidade fermentar ao ar as partículas orgânicas existentes no barro, tornandoas coloidais e aumentando a plasticidade da massa. Então Yazigi (2009), diz que a etapa seguinte é a de maceração (desagregar torrões), correção e amassamento. Na correção usam-se misturas. A fase final é do amassamento, que serve para se obter a uniformidade entre os componentes. A argila então é preparada para a moldagem. Figura 7: Preparo da argila (Yazigi, 2009) 12 Moldagem: A figura abaixo ilustra a moldagem. Figura 8: Moldagem (Yazigi, 2009) Moldagem a seco ou semi-seco A moldagem pode ser feita a seco ou semi- seco o que demanda uma grande pressão e consequentemente grande energia. Este processo também leva o nome de prensagem. Os produtos são de excelente qualidade, mais uniformes e sem bolhas, tendo superfíces lisas e impermeáveis. Se sabe que as propriedades mecânicas da cerâmica são inversamente proporcionais à quantidade de água usada na moldagem. Este processo é normalmente usado para ladrilhos, azulejos, isoladores elétricos e também para tijolos e telhas de melhor qualidade. (Yazigi, 2009) Moldagem com pasta plástica consistente Nestes casos a pasta é forçada a passar sob pressão sob um bocal apropriado, formando uma fita contínua e uniforme. Depois esta fita é cortada ns segmentos desejados. Este processo não pode ter massa com muita água devido a porosidade no cosimento assim como deformação excessiva. O ar também é prejudicial pois além de dilatar a peça na cozedura pode também causar o fendilhamento e a desagregação. Nestes casos uma camara de vácuo muitas vezes é incorporada ao sistema. A porosidade é boa na formação de aderência com argamassas por isto este processo é nuito usado na fabricação de tijolos comuns ou elemetos vazados. No caso das telhas a moldagem é feita por prensagem em formas. (Yazigi, 2009) 13 Moldagem com pasta plástica mole É o processo mais antigo pois é feito até sem equipamentos. A massa é moldada à mão, em tornos ou moldes de madeira. É o processo usado em vasos, tijolos brutos, estatuetas pratos e chícaras de barro e eventualmente em telhas rústicas coloniais. (Yazigi, 2009) Moldagem da pasta fluida Yazigi, 2009Neste caso a pasta tem grande adição de água, formando um líquido semelhante ao xarope. A moldagem é feita com contra-molde de metal, molde de gesso e a pasta é vertida em camadas até atingir a espessura desejada. Neste momento o gesso absorve a água da pasta, ficando só a camada de argila. Normalmente para o disforme o molde precisa ser partido, o que encarece a fabricação. É usado em peças de espessura pequena como louças domésticas, louças sanitárias e peças de alta precisão. Secagem A secagem é a fase obrigatória entre a moldagem e o cozimeto. Feita para que a pasta perca o excesso de água antes de ir ao forno. Esta secagem é lenta e bem distribuída evitando o fissuramento, deformações e porosidade das cerâmicas. Esta secagem pode ser feita ao natural (vento), mas é demorada e exige grandes superfícies de armazenamento, normalmente em telheiros extensos para a proteção do sol. (Yazigi, 2009) Figura 9: Secagem (Yazigi, 2009) Cozimento É a fase da fabricação em que o barro é colocado em fornos de alta temperatura para que ocorram as reações químicas de endurecimento e vitrificação. Yazigi, 2009No resultado influemas temperaturas alcançadas, a velocidade de aquecimento, atmosfera ambiente, pressão e umidade. O cozimento pode ser contínuo ou intermitente. Os combustíveis usados são leha, 14 carvão, óleo ou energia elétrica. Alguns tipos de cerâmica precisam ir duas vezes ao forno para o recozimento. Isto é comum nas peças esmaltadas. A aplicação do vidrado pode ocorrer antes, durante ou depois do cozimento Figura 10: Cozimento (Yazigi, 2009) Esfriamento Nesta fase o único cuidado é evitar um resfriamento muito brusco, que pode fendilhar a peça pela rápida retração. (Yazigi, 2009) Na imagem abaixo ilustra os modelos finais de tipos de materiais cerâmicos. Figura 11: Esfriamento (Yazigi, 2009) 2.2.1 Classificação dos materiais cerâmicos Cerâmica Vermelha: Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, 15 tubos cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de adorno. A figura abaixo ilustra o material feito com a cerâmica vermelha. (Callister, 2010) Figura 12: Cerâmica vermelha (Callister, 2010) Cerâmica Branca: Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor. Podem ser louça sanitária, louça de mesa e, isoladores elétricos pares baixa e alta tensão. A figura abaixo ilustra o material feito com a cerâmica branca. (Callister, 2010) Figura 13: Cerâmica branca (Callister, 2010) 16 Refratárias: não deformam a temperaturas da ordem de 1500°C e possuem baixa condutibilidade térmica, sendo utilizadas para aplicações onde o material deva resistir ao calor, como na construção e revestimentos de fornos. A figura abaixo ilustra o material feito com a cerâmica refrataria. (Callister, 2010) Figura 14: Cerâmica refrataria (Callister, 2010) Cerâmicas Cristalinas: em geral, a estrutura cristalina dos materiais cerâmicos é mais complexa que a dos metais, uma vez que eles são compostos pelo menos por dois elementos, em que cada tipo de átomo ocupa posições determinadas no reticulado cristalino. A figura abaixo ilustra o material feito com a cerâmica cristalina. (Callister, 2010) Figura 15: Cerâmica cristalina (Callister, 2010) 2.3 Tipos de materiais cerâmicos 2.3.1 Blocos e tijolos cerâmicos Segundo Shackelford (2008), os blocos ou tijolos cerâmicos podem ser divididos em basicamente dois tipos: maciços ou vazados. Ilustrada na figura abaixo. 17 Figura 16: Bloco e tijolos cerâmicos (Shackelford, 2008) Tijolo maciço O tijolo maciço é mais utilizado na execução de muros, alvenarias portantes e nas primeiras fiadas de alvenarias comuns. Embora seja utilizado em alguns locais para a execução de fundações, esse uso não é recomendado pois a umidade presente no solo pode deteriorar o material. Normalmente é fabricado por processos de prensagem, secado e queimado a fim de adquirir as propriedades compatíveis com seu uso. (Shackelford, 2008) Blocos cerâmicos vazados Os blocos vazados também são fabricados com argila. Normalmente são moldados por extrusão e possuem furos ao longo do seu comprimento que podem ser prismáticos ou cilindricos. Os blocos vazados são classificados num primeiro momento como blocos de vedação ou estruturais. O bloco de vedação é utilizado para fechamento de vãos e a única carga que suporta é seu peso próprio. São utilizados em paredes internas e externas dos mais diferentes tipos de edificações. (Shackelford, 2008) 2.3.2 Telhas Cerâmicas De acordo com Shackelford (2008), além de serem empregados na elevação das paredes, os materiais cerâmicos também podem estar presentes nas coberturas das edificações. Figura 17: Telhas (Shackelford, 2008) 18 As telhas cerâmicas se apresentam sob diferentes formatos e tamanhos, mas segundo Petrucci (1975), independente do tipo, as telhas cerâmicas devem apresentar as seguintes características: Regularidade de forma e dimensões. Arestas finas e superfícies sem rugosidades (para facilitar o escoamento das águas). Homogeneidade de massa, com ausência de trincas, fendas, etc. Cozimento parelho. Fraca absorção de água e elevada impermeabilidade. Peso reduzido. Resistência mecânica à flexão adequada, mesmo em condições saturada de água. O processo de fabricação das telhas cerâmicas é semelhante ao dos tijolos. Segundo Yazigi (2009), a moldagem das telhas varia, podendo ser feita por extrusão seguida de prensagem ou diretamente por prensagem. A argila deve ser mais fina e homogênea e a secagem tem de ser mais lenta que a dos tijolos, para diminuir a deformação e possíveis fissuras que possam comprometer a impermeabilidade de material, visto que as telhas têm a função de proteger a edificação onde serão empregadas, principalmente da ação da água. Podem ser: Telhas planas de encaixe Telhas compostas de encaixe Telhas simples de sobreposição Telhas planas de sobreposição 2.3.3 Revestimentos Cerâmicos Existem vários tipos e formatos de revestimentos cerâmicos, porém. num primeiro momento vamos dividi-los em duas classes principais: os ladrilhos e pisos cerâmicos e os azulejos. 19 Figura 18: Azulejo (Shackelford, 2008) Ladrilhos e Pisos Cerâmicos Assim como os materiais já estudados, os produtos cerâmicos destinados ao revestimento de pisos podem ser obtidos por processos de extrusão ou prensagem. Esses produtos podem apresentar uma face esmaltada, que é revestida com uma camada vítrea conferindo um aspecto brilhoso ao material e uma face porosa, também chamada de tardoz ou face de assentamento. Algumas peças possuem as duas faces não-esmaltadas, sendo que uma fica exposta e outra é destinada ao assentamento. Azulejos São materiais cerâmicos empregados normalmente no revestimento de áreas molhadas e fabricados a partir de uma argila quase isenta de óxido de ferro, o que confere ao material a coloração branca. Assim como alguns dos revestimentos cerâmicos já estudados, possui uma face vidrada e outra não vidrada, que corresponde à face de assentamento ou tardoz. (Shackelford, 2008) 2.3.4 Louças sanitárias Figura 19: Louças sanitárias (Shackelford, 2008) 20 Formação da massa cerâmica A barbotina, massa cerâmica que será moldada e transformada nas louças, é composta por caulim, argila, feldspato e quartzo. Primeiro, a argila e o caulim são dispersos em água e peneirados. Depois, adicionam-se o feldspato e o quartzo, que passaram por um processo de moagem a seco. Moldagem da peça São dois os tipos de molde: gesso e resina acrílica. No gesso, a água da massa é puxada por capilaridade. Com molde de resina, a massa é aplicada com bastante pressão (até 7 kgf/cm²), o que força a passagem da água. As peças ficam na área de produção por dois dias, em média, até seguirem para os secadores. Secagem A peça ainda contém cerca de 12% de umidade e vai para uma estufa que a seca totalmente. Elas ficam por oito horas nesse tipo de secador, à temperatura de 100oC. Inspeção Se alguma peça apresenta defeito, é retirada do processo de produção e reaproveitada. O material é redispersado em água e vira barbotina de novo. Forno O forno, de 100 m de comprimento, é contínuo, ou seja, as peças passam por ele sem parar, no tempo total de 15 horas. No início e no final do forno a temperatura é ambiente, e, no meio, chega a 1.220 oC. Inspeção e expedição Todas as bacias fazem teste de sifonagem: as esferas de plástico simulam resíduos e devem ser eliminadas. Também é feita inspeção visual. Se aprovadas, as peças vão para a expedição. 2.3.5 Materiais cerâmicos especiais Existem outros materiais cerâmicos de construção, cujo emprego é menos frequente ousão utilizados em situações mais específicas e merecem ser abordados, mesmo de maneira resumida. Como exemplo destes materiais podemos citar as manilhas ou tubos cerâmicos, as louças sanitárias e os produtos de cerâmica refratária. 21 Figura 20: Manilhas (Shackelford, 2008) Manilhas Manilha é o nome dado aos tubos cerâmicos cilíndricos utilizados principalmente na condução de águas residuárias, esgotos sanitários e águas pluviais. Alguns tipos de manilhas também podem ser utilizados para revestimentos de chaminés e para condução de tubulação subterrânea de rede elétrica e telefônica. Aparelhos sanitários Também chamados de louças sanitárias, são constituídos de lavatórios, bacias sanitárias, mictórios. De acordo com o material utilizado na fabricação, Petrucci (1975) apresenta a seguinte classificação para as louças sanitárias: Aparelhos de pó de pedra: também chamados de faiança podem ter corpo branco ou colorido artificialmente. O material é vitrificado, com textura fina e porosa, podendo a absorção chegar entre 15 e 20%. Aparelhos de grés branco: também chamados de porcelana sanitária ou grés cerâmico, podem ter corpo branco ou colorido artificialmente. O material possui vitrificação mais avançada que o anterior, resultando num produto com textura fina e não porosa, cuja absorção varia entre 1 e 2%. 22 3. Conclusão De uma maneira geral, aquilo que se esperava agregar de conhecimento por meio da elaboração deste trabalho foi atingido. Dentre os objetivos propostos, os resultados foram alcançados. O objetivo era que os aspetos práticos do tema prevalecessem perante a teoria, dando ênfase aos procedimentos como são na prática. 23 4. Referência Bibliográfica Associação Brasileira De Cerâmica. Processo De Produção. Disponível Em: < Http://Www.Abceram.Org.Br/Asp/Abc_55. Asp>. Acesso Em: 10 Jun. 2011. Petrucci, E. G. R. Materiais De Construção. Porto Alegre: Globo, 1975. Silva, Moema Ribas. Materiais De Construção. São Paulo: Pini, 1985.Tijolos Cerâmicos Maciços. Revista Equipe De Obra. Rio De Janeiro: Pini, V.19, Set. 2008. Yazigi, W. A Técnica De Edificar. 10 Ed. São Paulo: Pini, 2009 Revista Construção E Mercado. Telhas Cerâmicas. Ed 27. Rio De Janeiro: Pini, 2003. Disponível Em: < Http://Www. Piniweb.Com.Br/Construcao/Noticias/Telhas-Ceramicas-80046-1.Asp>. Acesso Em: 29 Jun. 2011. Borges, A.C. Práticas Das Pequenas Construções. 9 Ed. Vol 1. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. Mussi, Susan (S / F). Cozinhar Recuperado De: Ceramicdictionary.Comrevista Arqhys (2012). Propriedades Cerâmicas. Recuperado De: Arqhys.Com Universidade Tecnológica Nacional (2010). Classificação De Materiais Cerâmicos. Recuperado De: Cienciamateriales.Argentina-Foro.Com Universidade Tecnológica Nacional (S / F). Materiais Cerâmicos. Recuperado De: Frm.Utn.Edu.Ar Callister, 5 Ed. Cap. 13:13.1a A 13.3; 13.5; 13.7 A 13.10; Resumo; Cap 14: 14.1 A 14.9; 14.15; 14.18; Resumo; Cap23: 23.9 A 23.11 (Aplicação Do Ônibus Espacial).2010. Shackelford, Ciência Dos Materiais, 6ª Ed., 2008, Cap.12; Cap.6: 6.1; 6.5 A 6.6.2008.
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