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SINTAXE 2020 a NGB - Ensino Médio-2020

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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
GRAMÁTICA 
 
SINTAXE 
 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira - NGB 
 
Por Natalia Dias Boechat 
 
 
Objetivo: Possibilitar a associação entre: 
 Classe gramatical; 
 Termos da oração; 
 Classificação das orações. 
 
 
 
Orientações e apoio: 
Matérias consideradas pré-requisito para os estudos; 
Critérios para classificação dos termos da oração e da classificação das Orações. 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
ESTRUTURA ORACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
I - FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO.............................................................................................1 
II - CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS .................................................. 6 
1. ORAÇÕES COORDENADAS..................................................................................................6 
2. COORDENAÇÃO ENTRE OS TERMOS DAS ORAÇÕES COORDENADAS................7 
III – CLASSIFICAÇÃO DOS TERMOS E DAS ORAÇÕES DESENVOLVIDA..................8 
1. Análise e classificação dos Termos das orações e das Orações subordinadas.................................9 
IV – TERMOS DAS ORAÇÕES...................................................................................................9 
Quadro: Classificação e associações dos termos das orações subordinadas e das orações 
subordinadas (desenvolvidas) exercendo a mesma função sintática do termo. 
IV.1 – TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO............................................................................9 
1. 1. SUJEITO – TERMO ESSENCIAL DA ORAÇÃO...................................................................10 
1.6 - SUJEITO ORACIONAL ...............................................................................................12 
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA.......................................................13 
2. PREDICADO – TERMO ESSENCIAL DA ORAÇÃO............................................................14 
Não haverá estudo de oração a seguir: O termo não se desenvolve em oração. 
 TIPOS DE PREDICADO..............................................................................................................14 
IV.2 - TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO......................................................................16 
OBJETO DIRETO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO....................................................19 
 Objeto direto preposicionado, pleonástico e interno. 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA...............................20 
4. OBJETO INDIRETO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO........................................... 21 
e objeto indireto pleonástico 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA...........................22 
4 5. COMPLEMENTO NOMINAL – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO .......................... 22 
 REGÊNCIA NOMINAL..........................................................................................................25 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL 
5 6. PREDICATIVO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO.....................................................25 
 VERBOS DE LIGAÇÃO.........................................................................................................26 
6.1 – PREDICATIVO DO SUJEITO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO..........................27 
 OUTRO TIPO DE PREDICATIVO 
 
6.2 - PREDICATIVO DO OBJETO -Não se desenvolve como oração subordinada......................27 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA.......................................27 
6 7. AGENTE DA PASSIVA – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO......................................28 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA AGENTE DA PASSIVA........................28 
IV.3 - TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO.........................................................................29 
7 8. APOSTO – TERMO ACESSÓRIO DA ORAÇÃO....................................................................29 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA............................................30 
8 9. VOCATIVO - TERMO ACESSÓRIO DA ORAÇÃO...............................................................30 
Não haverá estudo de oração a seguir: O TERMO NÃO SE DESENVOLVE EM ORAÇÃO 
9 10. ADJUNTO ADNOMINAL – TERMO ACESSÓRIO DA ORAÇÃO....................................31 
 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ADJETIVAS.....................................31 
 PRONOMES RELATIVOS..............................................................................................32 
 1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA..............................................33 
 2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA...........................................33 
11. 11. ADJUNTO ADVERBIAL – TERMO ACESSÓRIO DA ORAÇÃO.....................................34 
 CONJUNÇÕES SUBORDINADAS E ADVÉRBIOS 
 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS.................................................................35 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL .....................................................35 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA.........................................36 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA CONDICIONAL......................................36 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA..........................................37 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA......................................37 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA.............................................37 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL.......................................38 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL..........................................................38 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL MODAL.......................................................38 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL................................................39 
 ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL LUGAR OU LOCATIVA............................39 
V - ORAÇÕES REDUZIDAS......................................................................................................40 
V.1 - FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS ............................................................................42 
V.2 - FORMAS IRREGULARES DO PARTICÍPIO.................................................................42 
V.3 - INFORMAÇÕES IMPORTANTES....................................................................................42 
COMPLEMENTOS RELATIVOS...................................................................................................43 
PRONOMES RELATIVOS............................................................................................................. 44 
 
1 
ESTRUTURA ORACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira – NGB 
por NataliaDias Boechat 
 
I - FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO 
Discurso ou Mensagem é um conjunto de ideias e pensamentos expressos por alguém, oralmente ou 
por escrito, por um indivíduo ou mais no diálogo ou “reprodução que se faz de um enunciado atribuído à 
outra pessoa.” (Nascentes 1946, Apud Mattoso). 
 
1. FRASE 
É a unidade mínima do discurso. A frase pode ou não ter verbo. 
Frase sem verbo – é de relevante importância na comunicação, mas não de interesse para a 
análise. Pode ser nominal ou de situação (ou contexto). 
Frase com verbo – Frase Verbal: 
Exemplo: [Joana foi à festa.] 
Frase nominal ou sem verbo: 
Exemplos: Silêncio! / Socorro! 
Casa de ferreiro, espeto de pau. 
 
 
 Uma frase nominal, conota muita coisa: 
Cada macaco no seu galho. 
Casa de ferreiro, espeto de pau. 
Frase nominal, são válidas somente dentro de um contexto: 
Ex.: Socorro! 
 
 O Sujeito não é a ideia do princípio para a formulação da frase e sim o acontecimento. 
Marcus chegou. 
A chegada que o envolve é importante. 
O barulho da maçaneta, o abrir da porta, a entrada dele. 
A frase indica uma sucessão de fatos. 
 O verbo tem um campo de significação dele que se amplia de acordo com seu valor 
semântico. Ex.: comprar.....(o quê?) Vai....(a que lugar?) 
 
O verbo não informa tudo, é uma mensagem (às vezes) incompleta. 
Comprar, fazer, obedecer, subjugar são verbos transitivos, logo incompletos. 
Morrer, pular, cantar, sonhar, dormir são verbos intransitivos, logo são mensagens completas. 
 
2 
2. ORAÇÃO 
Considerando a oração um mini texto e o verbo sua base, devemos ver todas as possibilidades 
de comunicação. Pergunta-se: a que seres se refere a ação verbal expressa na oração e não qual o 
sujeito da oração praticou a ação 
Se o sujeito é o termo do qual se declara alguma coisa, como explicar certas frases, quase 
sempre são os ditados populares: “Mais amores e menos confiança.” 
 Oração quanto ao significado e a constituição. 
 A oração é um conjunto de dois termos fundamentais para sua existência: 
 a) O termo que contém a informação. 
 b) O termo do qual se informa. 
 Daí, vê-se que a estrutura da oração bimembre. Exemplo.: O homem levou uma surra. 
 O homem – sujeito / levou uma surra - predicado 
NOTAS: 
a) Há casos em que a informação não é atribuída ou não se refere a nenhum elemento, pois a 
sua existência não está ao alcance do nosso conhecimento. É quando a informação, por exemplo, 
contém verbo indicando fenômeno da natureza; decorrência de tempo ou é verbo haver no sentido 
de existir. 
Exemplos: Choveu novamente. 
 Faz dois anos que você partiu. 
 Havia muitos carros na rua. 
Nos casos acima observa-se casos de orações unimembres, já que só contém a informação. 
b) Os termos em que se baseia estruturalmente a oração estão intimamente ligados. Nas 
orações bimembres, os termos fundamentais de sua estrutura chamamos de sujeito e predicado. 
 Sujeito: Termo destacado pela informação. Segundo Celso Cunha: “...é o ser sobre o qual 
se faz uma declaração.” (Nova Gramática do Português Contemporâneo, Nova Fronteira, 1985). 
 Nas orações unimembres, só há predicado, caracterizando-se a oração como ORAÇÃO 
SEM SUJEITO. 
 Nota: Para a determinação do sujeito, fazem-se as perguntas: “quem é que?” Ou “ou o 
que é quê?” antes do verbo. De acordo com a resposta, chega-se à seguinte conclusão: EXISTE ou 
NÃO EXISTE. Se existe, pode-se determina-lo ou não. Se não existe a oração é sem sujeito. 
Ex.: O cachorro latiu. Quem é que latiu? O cachorro – Sujeito. O sujeito existe e posso determiná-
lo. Ex.: Destruíram a praça da cidade. Quem é que destruiu a praça da cidade? Não se sabe, 
ninguém viu o ato. Sendo assim, o sujeito existe, porém não se pode determiná-lo. 
Ex.: Ventou na cidade. O que é que ventou na cidade? Não temos resposta. Neste caso não temos 
um sujeito, indicamos que a “oração é sem sujeito”, o sujeito é Indeterminado 
 
3 
2.1 - Oração Principal 
É principal a oração que tem ligada a ela outra(s) oração(ões). 
Ex.: [Este é o homem] [de quem te falei ontem.] 
Ex.: [Ele disse] [que todos se foram.] 
Há casos, em que, alguns gramáticos consideram uma oração, simultaneamente, subordinada 
e principal: subordinada em relação à anterior e principal em relação à posterior. 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
Ex.: [Eu lhe disse] [que temos um amigo] [que trouxe os livros.] 
1ª oração: [Eu lhe disse] Oração principal em relação a 2ª e 3ª orações. 
2ª oração: [que temos um amigo] Oração subordinada a 1ª (por funcionar como objeto direto do 
verbo “disse” da 1ª oração, e principal em relação a 3ª, por ser ela um adjunto adnominal no nome 
“amigo” da 2ª oração. 
3ª oração: [que trouxe os livros] Oração subordinada a 2ª oração por funcionar como adjunto 
adnominal do nome “amigo”. 
Atenção para o fato de que nem sempre a oração principal estará no início do período. 
Ex.: [Por mais leve que pisasse] [seus passos reboavam.] 
OP. posposta à subordinada 
Ex.: [As crianças [que amamentadas com leite maternos] [serão sempre mais fortes.] 
Oração intercalada dentro da OP. 
Um comentário à parte: Tal classificação tem o inconveniente de se basear em dois critérios; ou 
melhor, de fazer predominar o critério semântico sobre o sintático. 
Em verdade, a ORAÇÃO PRINCIPAL, ou de seus termos, serve sempre de suporte a uma 
ORAÇÃO SUBORDINADA. Mas não é esta a sua característica essencial; e sim, o fato de não 
exercer nenhuma função sintática em outra oração do período. 
Ora, no período composto por subordinação só há uma oração que preenche tal condição. A esta, 
pois, se deve reservar, com exclusividade, o nome de PRINCIPAL. 
Conclusão: “Na análise de um período composto, cumpre, pois, ter em mente que: 
a) a Oração principal não exerce nenhuma função sintática em outra oração do período; 
b) a oração subordinada desempenha sempre uma função sintática de sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
predicativo, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial ou aposto em 
outra oração, pois que dela é um termo ou parte de um terreno. 
c) a oração coordenada, como a principal, nunca é termo de outra oração nem a ela se refere; pode 
relacionar-se com outra coordenada, mas em sua integridade.” 
 (Celso Cunha, G. Portuguesa Contemporânea,580) 
 
2.2 - Considerações sobre os termos determinante e determinado que compõem as orações. 
Em língua portuguesa, caracteriza-se por ser uma estrutura bimembre, cujos elementos são o sujeito 
e o predicado. Mas se analiticamente, determino sujeito e predicado, a união deles só se torna possível graças 
a uma relação de dependência que se estabelece entre eles, tornando-os um significante devidamente 
estruturado sintaticamente. 
 Dessa relação de dependência - a conexão - (*) - o determinante éo elemento central: o 
PREDICADO, em torno do qual está o elemento marginal, O SUJEITO, cuja existência só é admissível 
considerando-se a existência do central. Dessa forma, torna-se inconsciente a afirmativa de que o sujeito é o 
4 
termo do qual se dá uma informação, como se todas as mensagens, todos os enunciados linguísticos 
partissem de uma ideia solta ou de ideias paralelas ou ainda ligados por um elo qualquer. 
 Acredito que o enunciado linguístico tenha, como ponto de partida, um fato que, normalmente, 
apresenta como elemento central do verbo, elemento de maior importância do predicado. 
 O fato é a ação, é o movimento, o sentimento, o estado ou qualidade atribuídos (ou não) a um ou 
mais seres, elemento(s) dependente(s) dos primeiros, pois sua existência pressupõe a existência do outro. 
 Se digo “as crianças surgiram”, não posso admitir que o ponto de partida tenha sido o aparecimento 
isolado do elemento criança, sobre o qual poderia tecer milhares de informações. A informação é 
inconfundível, sem paralelos, porque é única, ou seja, refere-se ao SURGIMENTO, nesse caso, das crianças, 
elemento DETERMINADO, ou MARGINAL, em relação ao CENTRAL, ou DETERMINANTE. – 
Surgiram. 
 (*) – NOTA – CONEXÃO é a relação de dependência que se estabelece entre dois elementos; 
desses um é o central ou DETERMINANTE e o outro é o marginal ou DETERMINADO. (Flávia de Barros 
Carone, Morfossintaxe, pag. 52.Ed. Ática, 1986). 
 
 
3. PERÍODO 
 
3.1 - PERÍODO SIMPLES 
Período Simples é também chamado de ORAÇÃO ABSOLUTA - são aqueles constituídos por uma 
oração, ou seja, um enunciado com apenas um verbo e com sentido completo. 
Exemplos: O céu azul enriquece a beleza do dia. 
 O encanto da primavera está na diversidade das flores. 
 
3.2 - PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
É composto por duas ou mais orações, sendo cada uma delas é autônoma, regem-se por si mesma, 
ou seja, possuem sentido completo. 
Orações coordenadas não desempenha nenhuma função sintática em relação a outra, logo não 
possuem dependência sintática, todavia possuem dependência semântica. 
Exemplos.: [Ao amanhecer fizemos as orações,] [mas não alcançamos todas as realizações.] 
 [Guardamos todas as moedinhas,] [logo enchemos o grande cofre.] 
 
3.3 - PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
São assim denominadas por desempenharem em relação à principal, todas as funções sintáticas que 
podem ser desempenhadas por um substantivo, podendo ser, o que lhes dá a condição de exercerem 
a função de termos outra oração. 
Exemplos.: a) [Era necessário] [que fizéssemos todas as tarefas do dia.] 
 A oração grifada exerce a função sintática de sujeito da principal. 
 b) [O garoto só obedecia] [quem o criou.] 
 A oração grifada exerce a função de objeto indireto da principal 
5 
3.4 – PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. 
Sua estrutura é distinta das duas anteriores que examinamos, ou melhor, é uma espécie de 
combinação delas, pois há neste tipo orações coordenadas e subordinadas. 
 
 Vejamos: 
Ex.: [O moleque mudou o semblante] [e eu percebi] [que se realizou com sua traquinagem.] 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 
1ª oração: [O moleque mudou o semblante.] Oração principal 
2ª oração: [e eu percebi] Oração coordenada sindética aditiva – coordenada a 1ª 
3ª oração: [que se realizou com sua traquinagem.] Oração subordinada substantiva objetiva direta) 
– subordinada a 2ª. 
 
Ex.: [Todos se esforçaram] [para realizar a tarefa,][porém não conseguiram a tempo.] 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 
1ª oração: [Todos se esforçaram] Oração principal 
2ª oração: [para realizar a tarefa,] Oração subordinada adverbial final – subordinada a 1ª. 
3ª oração: [porém não conseguiram a tempo.] Oração coordenada sindética adversativa – 
coordenada a 2ª. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
I - CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS 
 São introduzidas pelas conjunções coordenadas com significado semântico característico de 
cada uma. 
São orações autônomas, independentes sintaticamente, porém possuem dependência semântica. 
 
Matéria pré-requisito para classificar as orações coordenadas é preciso reconhecer o significado 
semântico das conjunções coordenadas. 
 
 São cinco as Conjunções Coordenadas: 
a) Aditivas – (e, nem, mas também, mas ainda etc). Significa a soma de ideias. Ex.: Viajou de 
trem até à fronteira e caminhou até seu destino. 
b) Adversativas – (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, etc). Significa ideias 
contrárias. Ex.: Estudou bastante, mas não alcançou sucesso no concurso. 
c) Alternativas – (ou...ou; ora...ora; quer...quer... etc.) Significa escolha/opção. Ex.: Ou atende 
as minhas ordens, ou será dispensado do trabalho. 
d) Conclusivas – (logo, portanto, então, pois) posposto ao verbo. Uma oração não será 
conclusiva, se o fato ainda não aconteceu. Significa a conclusão de um fato. Ex.: Comemos todo o 
bolo, logo não sobrou para amanhã. 
e) Explicativas – pois (anteposto ao verbo) porque, que etc.) Significa explicação para um fato. 
Ex.: Façam silêncio, pois a criança doente dorme. 
 
1. ORAÇÕES COORDENADAS 
As Orações Coordenadas podem ser classificadas como Sindéticas ou Assindéticas. 
1.1 – Coordenada Assindética 
 As orações aparecem justapostas, ou seja, uma ao lado da outra, sem qualquer conectivo que as 
una: Ex.: [Tudo será renovado,] [o espaço terá grande beleza.] 
1.2 – Coordenada Sindética: 
 As orações aparecem ligadas por uma conjunção coordenativa. Neste caso, dizemos que ela é 
sindética, e a esta denominação acrescentamos a da espécie de conjunção coordenativa que a inicia. 
Ex.: [A vida parecia nova,] [todavia a cultura era a mesma.] 
1.2 - a) Aditivas 
 Ex.: [Saiu ontem] [e voltou hoje.] 
 Ex.: [Não sabia tabuada] [nem as quatros operações.] 
1.2 - b) Adversativas 
Ex.: [Juçara fuma] [e não traga.] (e = mas) 
 Ex.: [Veio de carro,] [quando devia vir a pé.] (quando = mas) 
 Ex.: [Reguei as plantas] [mas elas não floriram.] 
7 
1.2 - c) Alternativas 
 Ex.: [Quer chova,] [quer faça sol sairei de casa.] 
1.2 - d) Conclusivas 
Ex.: [Não veio à escola,] [logo não teve aproveitamento.] 
1.2 - e) Explicativas 
Ex.: [Saia cedo,] [pois o trânsito está intenso.] 
Observação: As orações explicativas podem vir com o verbo no imperativo ou com o verbo em 
outro modo, neste caso, a oração será considerada uma explicação lógica. 
Ex.: O trabalho é árduo, porque exige o suor do homem. 
 A morte causa sofrimento, porque nos separa de entes queridos. 
Não confunda a coordenada explicativa com a oração subordinada adverbial causal. Reveja pág.35. 
 
 
 
2. COORDENAÇÃO ENTRE OS TERMOS DAS ORAÇÕES COORDENADAS 
As orações coordenadas são, normalmente, compostas pelos termos das oraçãoes como sujeito, 
predicado, objeto direto e indireto, complemento nominal, adjuntos adnominal e adverbial. etc. 
a) Exemplo: Jonas comprou livros e chocolates. 
Livros e chocolates exercem a função sintática de objeto direto do verbo comprou e são termos 
coordenados entre si pelo conectivo “e”. 
Livros e chocolates estão relacionados ao único termo comprou - predicado 
 
b) Exemplo: Eva estava triste e preocupada com a situação da família 
Triste e preocupada exercem a função sintática de predicativo do sujeito “Eva” e são termos 
coordenados entre si pelo conetivo “e”. 
Triste e preocupada estão relacionados a um único termo:Eva – sujeito da oração 
 
c) Sairemos juntos amanhã, bem cedinho. 
Amanhã e cedinho exercem a função sintática de adjunto adverbial de tempo e são termos 
coordenados entre si mesmo sem conectivo. 
Amanhã e cedinho estão relacionados ao único termo sairemos: sairemos - predicado 
 
Observação: Fica claro, então, que nas orações coordenadas, como qualquer outra, dois ou mais 
termos só são considerados coordenados se exercerem a mesma função sintática, estando ambos 
relacionados a um outro único termo. 
 
8 
III – CLASSIFICAÇÃO DOS TERMOS DAS ORAÇÕES 
 
Cada parte que compõe uma a oração é denominada termo, cada termo exerce uma função 
sintática na oração, ou seja, pode ser classificado como sujeito, predicado, objeto direto, objeto 
indireto, Complemento Nominal, Predicativo do sujeito ou do objeto, Agente da Passiva, Aposto e 
Vocativo, Adjunto Adnominal e Adjunto Adverbial. 
 
2. Análise dos seus termos quanto: 
A classificação morfológica, ou seja, uma classe gramatical; 
A classificação sintática, ou seja, a função sintática que exerce na oração. 
Veja os exemplos nas orações abaixo: 
Oração A construção da estrada de ferro promoveu progresso no passado 
Morfológic
a/Classe da 
palavra 
Substantivo 
abstrato 
Substantivo 
concreto 
Substantivo 
concreto 
Verbo Substantivo 
abstrato 
Locução 
Advérbial 
Função 
sintática 
Sujeito Complemento 
nominal 
Adjunto 
adnominal 
Predicado Objeto direto Adjunto 
adverbial 
 
Oração Ó Deus, nós somos perseguidos pelos inimigos 
Classe das 
palavras 
Substantivo Pronome pessoal 
do caso reto 
Verbo Verbo particípio Substantivo 
Função 
sintática 
Vocativo Sujeito Predicado 
Locução verbal 
 
 
 
3. Análise e classificação: 
Dos termos das orações subordinadas e 
Das orações subordinadas. 
Importa saber que o mesmo critério usado para identificar cada termo da oração é o mesmo 
usado para classificar cada oração subordinada, tendo em vista que uma oração subordinada é um 
termo desenvolvido. Veja exemplos nas orações abaixo: 
a) Faremos a admissão dos concursados. Termo “concursados” - Complemento nominal 
[Faremos a admissão] [de quem passou no concurso.] O termo “concursados” foi 
desenvolvido em oração subordinada substantiva completiva nominal. 
 
b) O filho confia no pai. Termo: “pai” - Objeto indireto 
[O filho confia] [ em quem o criou.] O termo “o pai” foi desenvolvido em oração 
subordinada substantiva objetiva indireta 
 
c) Encontrei a casa de minha origem. Termo: “origem” - Adjunto adnominal 
[Encontrei a casa] [onde nasci.] O termo “origem” foi desenvolvido em oração subordinada 
adjetiva restritiva. 
Informação: O aprendizado acima, sobre classe gramatical ou morfológica x termos das orações 
será necessário para AP2, nas últimas aulas do volume II - Curso Letras UFF. 
9 
IV – TERMOS DAS ORAÇÕES 
Quadro: 
Classificação e associações dos termos das orações subordinadas e 
das orações subordinadas (desenvolvidas) exercendo a mesma função sintática do termo. 
Divisão dos 
termos 
 
Função sintática dos termos das 
orações subordinadas 
Função sintática 
das orações subordinadas 
Termos 
Essenciais 
da oração 
1. SUJEITO Or. Subordinada substantiva subjetiva 
2. PREDICADO  Não se desenvolve em oração 
 
Termos 
Integrantes 
da oração 
3. OBJETO DIRETO Or. Subordinada substantiva objetiva direta 
4. OBJETO INDIRETO Or. Subordinada substantiva objetiva indireta 
5. COMPLEMENTO NOMINAL Oração subordinada substantiva completiva 
nominal 
6. PREDICATIVO Or. Subordinada substantiva predicativa 
7. AGENTE DA PASSIVA Oração subordinada substantiva agente da passiva 
 
Termos 
Acessórios 
da oração 
8. APOSTO Or. Subordinada substantiva apositiva 
9. VOCATIVO  Não se desenvolve em oração 
10. ADJUNTO ADNOMINAL Or. Subordinada adjetiva restritiva/explicativa 
11. ADJUNTO ADVERBIAL 
Obs.: Este termo não se desenvolve 
em oração subordinada, é apenas 
uma informação/realce ligada à OP. 
Or. Subordinada substantiva adverbial causal, 
comparativa, consecutiva, concessiva, 
condicional, proporcional, modal, temporal, de 
lugar. 
 
INFOPRMAÇÃO IMPORTANTE: 
A partir deste momento, estudaremos a matéria com as seguintes informações em destaque: 
 Cada termo da oração (se necessário a matéria de pré-requisito para seu domínio); 
 O critério para classificar sua função sintática e 
 A classificação da oração subordinada baseada no mesmo critério. 
 
 
IV.1 - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
Quadro das associações dos termos das orações e das orações subordinadas desenvolvidas, 
exercendo a mesma função sintática. 
Divisão dos 
termos 
Função sintática dos 
termos das orações 
Função sintática 
das orações subordinadas 
Termos 
Essenciais 
da oração 
1. SUJEITO Oração subordinada substantiva subjetiva 
2. PREDICADO  Não se desenvolve em oração 
 
Informação: Estudaremos num formato diferente do que se estuda normalmente, ou seja, todos 
os termos que compõem uma oração e separadamente da classificação das orações. 
Estudaremos num formato de associação direta: A função sintática de cada termo e em seguida a 
oração desenvolvida referente ao mesmo. 
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1. SUJEITO – TERMO ESSENCIAL DA ORAÇÃO 
 Seguindo a orientação acima, para a determinação do sujeito, chega-se à seguinte conclusão: 
a) É possível determinar, então o sujeito existe, logo é possível classificá-lo. 
b) Não é possível determinar, então o sujeito não existe = Oração sem sujeito. 
 
TIPOS DE SUJEITO 
 
 1.1 - Sujeito Simples: Meu carro enguiçou. – Apenas um núcleo: carro. 
Sujeito é a palavra ou expressão que ocupa o espaço a ele determinado na estrutura oracional. 
Por isso, ALGUÉM é o sujeito simples, no exemplo abaixo: 
Ex.: Alguém falou mal de você. 
 
1.2 - Sujeito Composto: A má sinalização e as estradas esburacadas dão-nos prejuízos. 
Mais de um núcleo: sinalização e estado. 
Ex.: Flores e borboletas encantam a primavera. Sujeito com dois núcleos: flores e borboletas. 
O sujeito composto pode ter o verbo no singular (caso especial de concordância): 
Ex.: “Habita-me o espaço e a desolação”. (Apud Celso Cunha em nova Gramática de Português 
Contemporâneo). 
 
1.3 - Sujeito Indeterminado: Quebraram a minha vidraça. – Existe quem praticou a ação, 
mas não há um ser a quem se possa atribuir a informação. 
Ex.: Se a oração é sem sujeito, basta indicar esse fato. 
Reconhecendo as estruturas do sujeito indeterminado: 
a) Com predicado com verbo na 3ª pessoa do plural, não atribuindo a informação a quem quer que 
seja: Ex.: Roubaram minha carteira. 
b) Com verbo intransitivo + “SE” (ou verbo intransitivo): 
Ex.: Aqui não se fala sobre política. Fala-se, aqui sobre política. Não se fala aqui sobre política. 
c) Com verbo intransitivo (3ª pessoa do singular) + SE + PREPOSIÇÃO: Ama-se aos pais. 
 (VT + SE = PREP.) Ex.: Respeita-se aos pais // Precisa-se de alunos. 
Nota – Este “SE” é chamado de índice de indeterminação do sujeito. 
Observação: Não se encaixa como sujeito indeterminado quando o verbo é transitivo direto 
seguido de “SE” e do paciente da ação verbal encontra-se na voz passiva, sendo o seu sujeito o 
paciente da ação. Neste caso, o verbo fica no singular ou no plural de acordo com o sujeito no 
singular, no plural ou composto: 
 Recomenda-se paciência (= Paciência é recomendada) 
 (V.T. D.) + “SE” – paciente da ação) - “SE” é chamado pronome apassivador. 
11 
 1.4 - Sujeito Desinencial - Nem sempre o SUJEITO é um segmento estrutural representado 
por uma palavra. Muitas vezes está em oração anterior ou pode ser verificado na desinência verbal: 
Ex.: Falamos muito – Sujeito(nós) é DESINENCIAL. Nós falamos muito. 
Marcado pela desinência número pessoal da 1ª pessoa do plural do verbo “”mos”. 
Observação: A N. G B. não classifica sujeito desinencial como sujeito oculto. 
Fique atento: Verbo no Imperativo desacompanhado do pronome é um sujeito desinencial. A 
pessoa ou coisa a que nos referimos é um termo chamado VOCATIVO, e não SUJEITO. 
Ana, leve o agasalho, pois fará muito frio mais tarde. 
Ana, leve (tu) o agasalho... 
O sujeito está indicado pela desinência verbal da pessoa do verbo leve (tu), logo (tu) é sujeito 
desinencial e Ana é um Vocativo. 
 1.5 - Oração Sem Sujeito. 
a) Com verbos que exprimem fenômenos meteorológicos. 
Ex.: Choveu esta noite. 
b) Com verbo haver, no sentido de existir. 
Ex.: Nas locuções verbais o verbo haver transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar. 
Ex.: Deve haver muita gente lá fora. 
c) Com os verbos, haver, fazer e ser nas indicações de tempo decorrido. 
Ex.: Faz algum tempo que não nos vemos. 
Ex.: Há dois dias estamos estudando. 
Ex.: Era à tardinha quando a criançada chegou. 
d) Com os verbos bastar e chegar, acompanhados da preposição “de”. 
Exemplos: Chega de reclamações. / Basta de compromissos. / Cessa de tanto falatório. 
e) Com verbo ir nas indicações de tempo decorrido, seguido de preposição “para”, se houver 
necessidade. 
Ex.: Vai para dois meses que eles partiram. /Ex.: Irá completar uma semana de chuva amanhã. 
f) Com o verbo doer em frases do tipo: 
Ex.: Dói-me à altura do joelho. 
g) Introduzindo narrativas, (verbo ser) 
Ex. Era uma vez uma boneca de pano que desapareceu. 
h) Indicando distância (verbo ser) 
Ex.: Era um quilômetro até a praia. 
i) Com o verbo ser, indicando datas ou horas. 
Exemplos: É uma hora. / É primeiro de maio. / São nove horas / São cinco de setembro. 
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OBSERVAÇÃO: Este último caso é mostrado com incoerência pelos gramáticos. 
Dizem haver nas indicações de horas ou datas um predicativo relacionado a nenhum sujeito 
Primeiro de maio e cinco de setembro são predicativos devido o predicado (é e são) serem 
verbos de ligação. 
 Ora, sabendo-se que o predicativo com o verbo ser é uma palavra ou expressão que indica 
um estado ou qualidade do sujeito, NÃO HAVENDO SUJEITO, como poderá haver predicativo. 
 
 
1.6 – SUJEITO ORACIONAL 
Estude a seguir: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA 
Atenção! 
 Este é o ÚNICO TIPO DE SUJEITO considerado UMA ORAÇÃO, 
daí seu nome: Sujeito Oracional. 
Logo o único tipo que será estudado como ORAÇÃO desenvolvida, exercendo a função sintática de 
sujeito. 
É denominado de Sujeito oracional por ser sujeito da Oração Principal (OP). 
 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: 
Para saber se o sujeito é oracional, faz-se a pergunta de sujeito, ou seja: 
o que é quê + o verbo da oração = sujeito ) 
Ex.: [Urge] [que viajemos o quanto antes.] 
O que é que urge? Que viajemos o quanto antes = (isto) 
A oração subjetiva pode ser pode ser substituída “ISTO” 
Ex.: [Comenta-se] [que eles não pagarão as dívidas.] 
O que é que se comenta? Isto = [que eles não pagarão as dívidas.] 
 
Matéria pré-requisito para classificação de sujeito oracional e sua respectiva oração subjetiva 
 
 
SUJEITO ORACIONAL 
 
Importante: Em todos os casos, caracteriza-se por ter na ORAÇÃO PRINCIPAL, o VERBO NA 
3ª PESSOA DO SINGULAR, e num desses casos abaixo: 
 
a) Com verbo na voz passiva sintética --- constituída por um verbo que possa ter objeto 
direto, acompanhado do pronome “SE” (partícula apassivadora). 
Fazendo a pergunta para encontrar o sujeito: 
O que é que se comenta? Resposta/sujeito: que ele viajou. 
O que é que ficou estabelecido? Resposta/sujeito: que ninguém reclamaria. 
A esta pergunta, pode-se responder “isto”, ou seja, O que é que se comenta? Isto. 
Ex.: [Comenta-se] [que ele viajou.] 
Ex.: [Não se sabe] [quando ele voltará.] 
Ex.: [Pediu-se] [a quem ali estava um guarda-chuva.] 
13 
b) Constituída pelo verbo ser, estar ou ficar, seguidos de particípio.] 
Ex.: [Ficou estabelecido] [que ninguém reclamaria. 
Ex.: [Foi comentado] [que ele viajaria amanhã.] 
Passiva ------ estabeleceu-se, comentou-se, decidiu-se. 
c) Verbos ser, estar, ficar, seguidos de substantivos ou adjetivos. 
 Ex.: [É verdade] [que ele viajou.] 
Ex.: [Estava claro] [que ninguém concordaria.] 
d) Verbos Impessoais como parecer, constar, ocorrer, urgir, importar, convir, cumprir, 
acontecer, doer, etc. 
Ex.: [Urge] [que façamos o trabalho.] 
Ex.: [Dói-me] [que você esteja ausente.] 
Ex.: [Cumpre] [que estejamos juntos nas horas difíceis.] 
e) Os verbos esquecer e lembrar, significando cair no esquecimento e vir a lembrança, 
respectivamente, deixam de funcionar como objeto direto e passam a funcionar como 
sujeito. 
Ex.: [Esqueceu-me] [o ocorrido no ano passado.] 
 Ex.: [Lembrou-me] [os dias felizes que tivemos.] 
Observação: Estes verbos são pronominais: Eu me lembro/ Eu me esqueço. 
Verbos pronominais são aqueles que precisam de pronome pessoal do caso reto e do 
pronome pessoal do caso oblíquo para serem conjugados para serem conjugados em todas as 
pessoas. Isto se dá por serem verbos reflexivos, ou seja, uma ação que sujeito aplica em si mesmo 
(pentear, envergonhar, angustiar etc) 
Exemplo: eu me sento, tu te sentas, ele se senta, nós nos sentamos, vós vos sentais, eles se 
sentam. Outros verbos: deitar, preocupar etc. 
Podendo ocorrer em ação de troca, ou seja, ação recíproca. 
Ex.: Eles se abraçaram no final do jogo para comemorar a vitória. 
É comum ouvirmos verbos como estes conjugados sem os dois pronomes, porém fogem à norma 
padrão da língua. 
Assim é com o verbo custar, no sentido de ”ser difícil”. 
 Ex.: [Custou-me] [aceitar esta decisão.] 
 
 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA. 
 
 São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” cujo significado semântico é não 
nocional, ou seja, sem significado. 
 Exerce a função sintática de SUJEITO. 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: 
A Oração subordinada substantiva subjetiva possui as mesmas características do sujeito 
Oracional, ou seja, o sujeito oracional é a oração. 
Para classificá-la, faz-se a pergunta de sujeito, ou seja: 
o que é quê + o verbo da oração = sujeito 
Ex.: [Urge] [que viajemos o quanto antes.] 
O que é que urge? Que viajemos o quanto antes = ISTO 
A oração subjetiva pode ser pode ser substituída “ISTO” 
Ex.: [Comenta-se] [que eles não pagarão as dívidas.] 
Ex.: O que é que se comenta? Isto = [que eles não pagarão as dívidas.] 
IMPORTANTE: Em todos os casos, caracteriza-se por ter na ORAÇÃO PRINCIPAL, o 
VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR, e num desses casos acima: Reveja acima Estudo 
sobre sujeito oracional. 
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2. PREDICADO – TERMO ESSENCIAL DA ORAÇÃO 
Não haverá estudo de oração a seguir: O TERMO NÃO SE DESENVOLVE EM ORAÇÃO. 
 
ATENÇÃO! O Predicado é um termo que não se desenvolve em oração subordinada por ser o 
termo central de todas as orações. É o termo, da oração que contém a informação. 
 
Matéria pré-requisito para classificação do termo Predicado. 
Importa saber sobre “Transitividade dos Verbos”, para classificar os predicados e seus 
complementos (objeto direto e objeto indireto). Vejamos a seguir. 
 
 
 TIPOS DE PREDICADO 
a) Predicado Verbal – quando o verbo pede objeto direto e/ou indireto (termos grifados) ou 
quando o verbo é intransitivo: 
Ex.: Os bichos buscam seu alimento. (objeto direto – predicado verbal); 
Ex.: Os grandes favorecem aos grandes. (objeto indireto – predicado verbal) 
Ex.: A chuva traz alimento para os seres terrestres. (alimento – objeto direto, seres terrestres – 
objeto indireto – predicado verbal) 
Ex.: Jotinha chora. (chora é um verbo intransitivo que dispensa complementodireto ou indireto – 
predicado verbal) 
b) Predicado nominal 
Constituído pelos verbos de ligação são não-nocionais, ou seja, não possuem nenhum significado de 
ação como os transitivos ou intransitivos. 
 
São verbos de ligação: ser, estar, ficar, continuar, permanecer, parecer, andar, continuar, quedar-se 
e outros verbos postos no lugar deles, perdendo seu significado de ação. 
 
 Indica o estado de ser do sujeito: 
Ex.: Joaquim ficou atordoado. Joaquim – sujeito / atordoado – predicativo do sujeito 
O verbo ficar serve apenas para ligar o predicativo ao seu sujeito. Não possui significado de ação 
 
Em algumas construções, alguns verbos transitivos podem ser considerados de ligação, se não 
indicarem semanticamente a sua real ação. 
Exemplos: 
Em: Jonas continua o seu trabalho. O verbo é transitivo (continua o quê? o trabalho - objeto direto. 
Em: Jonas continua aborrecido. O verbo é de ligação (liga o predicativo ao sujeito, sem indicar a 
ação real do verbo “continuar”). Aborrecido é estado de ser do sujeito. 
 
 
Observação: Quando o verbo é de ligação, a oração é considerada nominal porque o sujeito - um 
substantivo e o predicativo - um adjetivo são os NOMES que trazem em si o valor significativo da 
oração. 
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Analisando orações constituídas por verbos de ligação: 
a) A menina é baixinha. Estado permanente (contínuo) 
b) A menina permanece doente. Permanência de estado. (pode ser alterado) 
c) A menina parece doente. Aparência de estado (parece ser) 
c) A menina ficou doente. Estado passageiro. (mudança de estado) 
O verbo de ligação, então, só adquire significado, no predicado; isolado, nada significa. Por 
isso, seu conteúdo nocional (significativo) é zero, ou seja, é desprovido de significação 
 Observe o verbo continuar nos exemplos a seguir: 
Ex.: Ele continua irritado. (o verbo continuar está no lugar do verbo “estar” seguido de um 
adjetivo, logo nesta oração ele funciona como verbo de ligação e “irritado” é um predicativo do 
sujeito) 
Ex.: Ele continua sua tarefa. (continuar alguma coisa caracteriza objeto direto, logo, “a tarefa” não 
é um predicativo do sujeito e sim um objeto direto. 
 
c) Predicado verbo-nominal 
Caracteriza-se por ter como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo além de um nome 
predicativo do sujeito ou do objeto. 
Tem, portanto, dois núcleos: 
 Um verbo nocional (núcleo do predicado verbal) 
 e um predicativo (núcleo do predicado nominal). 
 Daí seu nome, verbo nominal. 
Analisando orações com verbo de ação (transitividade) + predicativo (nominalidade) = Predicado 
verbo-nominal. 
Ex.: O menino chegou feliz. Verbo de ação – (predicado verbal) 
Estado de ser do menino (predicado nominal) 
Em: Pedro dorme tranquilamente. Ele dorme de modo tranquilo) 
Dorme – predicado com verbo intransitivo 
Tranquilamente - advérbio de modo. predicado verbal 
Em: Pedro dorme tranquilo. (Pedro está tranquilo, e não o sono.) 
Dorme – predicado com verbo intransitivo 
Tranquilo - Predicativo do sujeito - predicado nominal. 
Em: Pedro dorme “um sono” tranquilo. (O sono é tranquilo, e não Pedro.) 
 Dorme – predicado constituído de verbo intransitivo 
 “Um sono” - possui “objeto direto interno”, o predicado é verbal. 
 Tranquilo - possui o adjetivo indicando o estado do sono, o predicado é nominal. 
 Logo, o predicado verbo-nominal. 
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IV.2 - TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
 
Quadro das associações dos termos e das orações às orações subordinadas desenvolvidas exercendo 
a mesma função sintática. 
Divisão dos 
termos 
 
Função sintática dos termos 
das orações 
Função sintática 
das orações subordinadas 
 
Termos 
Integrantes 
da oração 
3. OBJETO DIRETO Oração subordinada substantiva objetiva direta 
4. OBJETO INDIRETO Oração subordinada substantiva objetiva indireta 
5. COMPLEMENTO 
NOMINAL 
Oração subordinada substantiva completiva 
nominal 
6. PREDICATIVO Oração subordinada substantiva predicativa 
7. AGENTE DA PASSIVA Oração subordinada substantiva agente da passiva 
 
Matéria pré-requisito para identificar a transitividade dos verbos e classificar o objeto direto e o 
objeto indireto: Regência Verbal. 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
Conceituando verbos transitivos e intransitivos. 
 
Transitivos – são os verbos de significação limitada, que traduz apenas a ação, necessitando 
portanto, de um complemento para explicar qual o resultado da ação por ela expressa. 
Exemplos: 
O gato pegou o rato. “rato” - complemento do verbo transitivo direto pegou. 
O amigo favoreceu o outro. “outro” - complemento do verbo transitivo indireto favoreceu. 
 
Intransitivos – são os verbos de significação ampla capaz de transmitir ao mesmo tempo a ação e 
seu resultado. 
Exemplos: 
Joaquim morreu. “morrer” é verbo transitivo direto que não exige complemento. 
A criança nasceu. “nascer” é verbo transitivo direto que não exige complemento. 
Os pássaros voaram. “voar” é verbo transitivo direto que não exige complemento. 
Diferente dos Verbos de Ligação, os Verbos transitivos e intransitivos são considerados 
nocionais, ou seja, possuem significado semântico, podendo pertencer a vários grupos, como por 
exemplo: 
Movimento: comer, beber, bater, pentear, escrever etc. Ele chutou a bola. 
Deslocamento: correr, andar, ir, subir, descer etc. Tarzan e Jane subiram na árvore. 
Expressão: olhar, explicar, informar etc. Ana não fala, só grita. 
Gestual: acenar, gesticular, imitar etc. Mariana acenou para a amiga. 
Reflexivo: Refletir, pensar, imaginar etc Passou a madrugada a cismar o que perdeu. 
Lúdico: construir, organizar etc. Ele montou o trenzinho sem ajuda. 
Cognitivo: compreender, dominar, alcançar. A criança nada aprende sem orientação. 
Sugestão: Pesquise sobre este assunto. 
 
17 
Informe: Alguns verbos só possuem um tipo de transitividade, ou seja, é transitivo direto ou 
indireto; alguns pedem dois complementos: direto e indireto e alguns são intransitivos e não 
necessitam de complemento obrigatório. 
 
 Lista de alguns verbos que apresentam mais de uma regência: 
1. ASPIRAR 
No sentido de cheirar, sorver, é transitivo direto. 
No sentido de almejar, pretender, é transitivo indireto. 
Ex.: Aspire o perfume da mata. 
Aspiramos a uma boa formação; (c/preposição) 
2. ASSISTIR 
No sentido de prestar assistência, dar ajuda, é transitivo direto. 
No sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto. 
Ex.: O médico assiste o doente. 
Assistiremos a uma decisão de campeonato. ( c/preposição) 
No sentido de caber, pertencer, é transitivo indireto e pede a preposição A. 
No sentido de morar, residir, pede complemento adverbial e vem regido de preposição em. 
Ex.: Viver em liberdade é um direito que assiste a todos. 
O Papa assiste no Vaticano. (em +o = no) 
O presidente assiste em Brasília. 
3. ESQUECER / LEMBRAR 
Quando não pronominais exigem complemento sem preposição. 
Ex.: Esqueci o estojo em casa. 
Lembrei do dia do seu aniversário. 
Quando forem pronominais exigem complemento regido por preposição. 
Ex.: Esqueci-me de tudo que me fez sofrer. 
Ex.: Lembrei-me de você e do dia do teu aniversário. 
Observação: Há um caso em que os verbos esquecer e lembrar sofrem uma pequena mudança de sentido, 
passando a significar cair no esquecimento e vir à lembrança respectivamente. Nesse caso, a coisa 
esquecida ou lembrada, que era o objeto nas construções anteriores, passa a funcionar como sujeito. 
Ex.: Esqueceu-me aquele fato. / Lembram-me os dias felizes. 
 sujeito sujeito 
4. INFORMAR 
Pede duas construções possíveis, por isso terá dois complementos. 
Ex.: Informamos ao diretor sobre (ou do) fato. 
Essa regência, se aplica, também, aos verbos avisar, certificar, cientificar, prevenir, notificar. 
5. PAGAR / PERDOAR 
Quando têmpor complemento palavra que denote coisa, são transitivos diretos. Quando têm por 
complemento palavra que denote pessoa, exigem a preposição a. 
Ex.: Peguei a roupa sem te pedir. 
Os credores não perdoaram as dívidas. 
Pagamos a conta a um credor. 
Perdoamos ao colega que nos ofendeu. 
6. PROCEDER 
No sentido de ter fundamento, é intransitivo. 
Ex.: Sua argumentação não procede. 
As reclamações dos alunos procediam. 
No sentido de originar-se, vir de algum lugar, pede a preposição de. 
Ex.: Mariana procede de Alagoas. 
Muitos males procedem da inveja. 
Neste caso, pede complemento adverbial. 
No sentido de dar início, executar -------- pede preposição a. 
Ex.: Procederemos a uma investigação rigorosa. 
Terminado o jogo, procedeu-se à distribuição de medalhas. 
7. QUERER 
No sentido de desejar, pede complemento sem preposição. 
Ex.: Eu quero uma casa na montanha 18 
 
No sentido de estimar, ter afeto, pede complemento com preposição a. 
Ex.: Quero a meus amigos. 
8. VISAR 
No sentido de mirar, exige complemento sem preposição. 
Ex.: O atirador visou a cabeça do animal. 
No sentido de ter em vista, objetivar, pede complemento com a preposição a. 
Ex.: Os alunos visam a uma boa faculdade. 
Verbos em desacordo com a norma culta 
9. CHEGAR E IR - Ex.: com preposição “a” (ao) 
10. CUSTAR - no sentido de ser difícil. Preposição a (ao) 
Quando representado por pronome oblíquo, a preposição estará implícita no pronome. 
Ex.: Custou-me aceitar este dia. 
Observe que neste caso, o sujeito do verbo custar dera a oração infinitiva. 
11. NAMORAR - é transitivo direto. José namora Luciana. 
12. OBEDECER - é transitivo indireto regido pela preposição a. 
13. PREFERIR - exige dois complementos. Ex.: Prefiro cinema a teatro. 
No verbo preferir, aparece o sufixo “pré” que denota anterioridade. 
Assim é errado construções onde aparecem a palavra antes. (muito mais) 
Ex.: Prefiro antes um bom livro do que um filme ruim. (Errado) 
Prefiro um bom livro a um filme ruim. (Certo) 
14. SIMPATIZAR - Não é pronominal. Ex.: Simpatizo – com Luciana. 
 
Observações Finais 
Não se pode formar oração na voz passiva com verbos transitivos indiretos, exceto com o verbo obedecer. 
Ex.: Uma boa faculdade era aspirada por todos. ERRADO 
O filme foi assistido pelos alunos. 
Todos aspiravam a uma boa faculdade. CERTO 
Os alunos assistiram ao filme. 
É considerado errado dar um único complemento a palavras de regências diferentes. 
Ex.: Entrou e saiu da sala. ERRADO 
Assistiu e gostou do filme. 
Entrou na sala e dela saiu. CERTO 
Assistiu ao filme e gostou dele. 
Observe a estrutura dos pronomes o, a, os, as como complementos de verbos transitivos diretos, enquanto 
os pronomes oblíquos lhe, lhes são utilizados como complementos de verbos transitivos indiretos. 
Exemplos: 
 – Você cumprimentou o professor? 
– Sim, eu o cumprimentei. (O. D.) 
– Você obedece ao professor? 
– Sim, obedeço-lhe. (O. I.) 
Alguns verbos, embora transitivos indiretos, não admitem complemento Nas formas oblíquas lhe e lhes. 
Ex.: assistir (no sentido de ver) 
aspirar (no sentido de almejar) 
visar (no sentido de ter em vista) 
recorrer (no sentido de pedir auxílio) 
Com esses verbos, utilizam-se as formas tônicas a ele, a ela. 
Portanto, para responder às perguntas: 
– Você assistiu aí filme? 
– Você recorreu ao diretor? 
Não se deve dizer: – Sim, assisti-lhe. – Sim, recorri-lhe 
O CORRETO é: – Sim, assisti a ele. – Sim, recorri a ele. 
Para finalizar, é importante que você saiba que, havendo pronome relativo antes do verbo, ou nome, que 
exige preposição, está se desloca para antes do pronome relativo. Observe: 
Ex.: O filme a que assisti foi muito bom. 
Este é o autor por cuja obra tenho simpatia. 
 (Ernani Terra e José de Nicola – Gramática e Literatura para o 2º grau – vol. Único. Pág.210). 
19 
3. OBJETO DIRETO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
Estude a seguir: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA 
 
Objeto Direto é o Complemento dos verbos transitivos diretos, sem preposição obrigatória. 
 Ex.: [O homem ganhou o pão.] 
 É o complemento que um verbo transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente 
vem ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal. 
 Pode ser representado por: substantivo, pronome(substantivo), numeral, palavra ou 
expressão substantivada e oração substantiva. 
 Salienta-se ainda, que na constituição do objeto direto podem entrar mais de um substantivo 
ou mais de um dos seus equivalentes. 
 Ex: Tomaram-lhe a mulher e a terra. 
 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: 
É um termo que complementa um verbo transitivo direto. Não é obrigatoriamente antecedido 
por preposição. 
O protótipo do objeto direto é o pronome oblíquo “o/a”, ou seja o objeto direto é o termo que 
pode ser substituído por “o/a” e suas variações: no, lo. 
Pegaram-no(a) no ato do crime. Pegaram ele(a) no ato do crime. Ele(a) -Objeto direto 
Pronomes oblíquos: me, mim, comigo / te, ti, contigo / o, a, lhe / nos, conosco / vos, convosco / 
se, si, consigo / os, as, lhes. 
 
 OUTROS TIPOS DE OBJETO DIRETO 
3.1 - OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
a) Costuma vir regido da preposição a com verbos que exprimem sentimentos. 
Ex.: Não odeio a ninguém. 
Para evitar ambiguidade. 
Ex.: Sabeis, que ao Mestre vai matá-lo. (M.Mesquita) 
Quando vem antecipado como nos provérbios seguintes: 
Ex.: A homem pobre ninguém roube. 
Ex.: A médico, confessor e letrado, nunca enganes. 
b) É obrigatoriamente preposicionado quando expresso por pronome pessoal oblíquo tônico: 
Ex.: Odeio ao meu inimigo, não a ti. 
Ex.: Esqueceu os amigos e a si. 
 
 
20 
3.2 - OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
a) Quando se quer chamar a atenção para o objeto direto que precede o verbo, costuma-se repeti-
lo, através de um pronome pessoal átono. 
Ex.: Palavras, domina-as os poetas. 
Ex.: Amigos, queira-os bem. 
b) Pode também ser constituído de um pronome átono e de uma forma pronominal tônica 
preposicionada. 
Ex.: A mim, ninguém me aguarda. 
Ex.: Não te ofereceu a ti a bebida. 
Ex.: Não viu ninguém, viu-nos a nós. 
 
3.3 - OBJETO DIRETO INTERNO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
Ocorre com verbos intransitivos: correr, voar, dormir, morrer, pular etc. 
Tais verbos possuem apenas um objeto direto, considerado interno: corrida, voo, sono, morte, pulo. 
Exige-se, que para serem complementos de tais verbos que venham seguidos de uma característica, 
ou seja um predicativo: incrível, rasante, tranquilo. 
O verbo que exprime ação de resultado único tem dupla carga semântica, pois exprime ao 
mesmo tempo a ação e o seu resultado. Já overbo que exprime uma ação de vários resultados 
possíveis é semanticamente incompleto. É claro que se quisermos explicitar o único resultado 
possível da ação do 1º tipo, podemos fazê-lo, desde que a nossa intenção seja atribuir uma 
qualidade ao resultado. 
Ex.: Aurora correu uma corrida incrível. 
Ex.: A águia voou um voo rasante. 
Ex.: O bebê dormiu um sono tranquilo. 
 
 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA 
 
 São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” cujo significado semântico é não 
nocional, ou seja, sem significado. 
 Exerce a função sintática de OBJETO DIRETO 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: Identificar o verbo transitivo direto na 
oração principal. É uma oração que não exige uma preposição antes do conectivo. 
Funciona como argumento do verbo da oração principal. 
 Ex.: [Ninguém quer] [que voltemos.] Ninguém quer o quê? 
Ex.: [Ele visitou] [quem estava doente.] Visitou quem? 
 
Não confunda Orações objetivas diretas com as adverbiais, apenas considerando o conector que a 
introduz. Os exemplos abaixo parecem ser orações adverbiais, porém por terem verbo transitivo 
direto na da oração principal, são Orações substantivas objetivas diretas. 
Ex.: [Eu desconheço] [ porque ele não veio.] Desconheço o quê? -Não é adverbial causal. 
Ex.: [Não perguntei] [quando ele voltará. ] Não perguntei o quê?) - Não é adverbial temporal 
Ex.: [Eu não sei] [como vamos ao curso hoje.] Não sei o quê? - Não é adverbial de modo. 
Ex.: [Ainda não descobri] [onde ela mora] Não descobri o quê? -Não é adverbial de lugar. 
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4. OBJETO INDIRETO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
Estude a seguir: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA 
 
É um termo que complementa um verbo transitivo indireto, obrigatoriamente antecedido 
por uma preposição. 
Pode ser representado por: substantivo, pronome (substantivo, numeral palavra ou expressão 
substantivada, oração substantiva (objetiva indireta). 
Ex.: Entregou-se à cultura e ao crescimento de si mesmo. 
Ex.: Ele favoreceu ao amigo. 
Observação: Não vem precedido de preposição, o objeto indireto representado pelos nomes 
pessoais oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes. 
Ex.: Os dias quentes de verão deram-lhe um ar tropical. 
Ex.: Pensou nas coisas tristes ao ouvir o badalar dos sinos. 
 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: 
É um termo que complementa um verbo transitivo indireto. 
É obrigatoriamente antecedido por preposição. 
O protótipo do objeto direto é o pronome oblíquo “LHE”, ou seja, o objeto direto é o termo que 
pode ser substituído por “lhe(s)” e suas variações: lho(a). 
Passei por Nira e pedi-lhe um copo com água. Objeto indireto = ...a pedi a ela um copo com... 
Pronomes oblíquos: me, mim, comigo / te, ti, contigo / o, a, lhe / nos, conosco / vos, convosco / 
se, si, consigo / os, as, lhes. 
 
 
 
 OUTRO TIPO DE OBJETO INDIRETO 
4.1 - OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO. 
Com a finalidade de realçá-lo, costuma se repetir o objeto indireto. Neste caso uma das 
formas é obrigatoriamente um pronome pessoal átono. A outra pode ser um substantivo ou um 
pronome oblíquo tônico antecedido de preposição. 
Ex.: Eu lhe disse a você que estava difícil. / Ex.: A mim disse-me tudo. 
Ex.: Aos meus tios, dava-lhes toda importância do mundo. 
 
Não confunda: As preposições que encabeçam o adjunto adverbial possui claro valor significativo, 
enquanto a que introduz objeto indireto é vazia de sentido: 
Ex.: Viajou para São Paulo. / Não saiu de casa. Adjunto Adverbial 
As preposições para e de, indicam respectivamente, o lugar para onde e o lugar donde. 
Ex.: Cantava para os amigos. / Não duvides de mim. Objeto indireto 
No caso de Objeto Indireto, as preposições são simples elos sintáticos. 
22 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA 
 
 São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” cujo significado semântico é não 
nocional, ou seja, sem significado. 
 Exerce a função sintática de OBJETO INDIRETO. 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: Identificar o verbo transitivo indireto 
na oração principal. É uma oração obrigatoriamente iniciada por preposição antes do conectivo. 
Funciona como argumento do verbo da oração principal. 
 
 Quando exerce a função de objeto indireto. 
Ex.: [Necessito] [de que me ajude.] (Necessito de quê?) 
Ex.: [Dei o recado] [a quem ali estava.] Dei o recado a quem? 
Ex.: [Penso sempre] [em quem me ajuda.] Penso em quem? 
5. COMPLEMENTO NOMINAL – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
Estude a seguir: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL 
 
Matéria pré-requisito para classificação do Complemento Nominal e sua respectiva oração. 
 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
 Complemento de nomes abstratos: substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. 
Ex.: Terminamos a construção da casa. 
 A transitividade dos nomes - um comentário a parte. 
 
Para compreender o Complemento do nome é preciso entender os nomes transitivos. 
 Toda palavra é um sinal sonoro que corresponde a um conceito (signo linguístico). Mas as 
palavras não sinais de coisas apenas. Da mesma forma que existem sinais para a realidade 
objetiva, existem sinais que representam a realidade subjetiva ou abstrata, como por exemplo as 
ações. Isto significa que posso dar nomes a (conceitos abstratos --- sentimentos, qualidades etc.) 
seres, posso fazê-lo por ações. 
Ex.: José constrói a casa. 
 ser ação ser 
 A palavra que “por excelência exprime ação é o verbo, mas não exclusivamente. Há 
palavras que não são verbos, e que, entretanto, denotam ação. 
Ex.: Demorou um ano para a construção da casa. 
 substantivo 
 ação. 
 O substantivo pode, pois, denotar ação. 
Ex.: José faz favores a seus primos. 
 substantivos 
 ação. 
 Mas não são apenas os verbos e os substantivos que podem exprimir ação. Certos adjetivos 
também. Geralmente tais adjetivos impregnados da ideia de ação do verbo se relacionam com 
substantivos ou verbos de situações idêntica. E mais: Há adjetivos que podem dar origem a 
 23 
advérbios que por sua vez vão detonar ação. 
Ex: José foi favorável a seus primos. (adjetivo de ação) 
 José agiu favoravelmente a seus primos; (advérbio de ação) 
Verbo----------- favoreceu 
Substantivo--- fez ou faz favores (todos denotam ação e estão ligados diretamente ao verbo). 
Adjetivo-------- foi favorávelAdvérbio------- agiu favoravelmente 
 
Isso ocorre com outros verbos: ansiar, favorecer, obedecer etc. 
Do que até aqui se disse, pode-se inferir a primeira afirmação: 
 O problema da transitividade só existe para as palavras que exprimem ação. 
 O substantivo “casa” não tem problema de transitividade, já que é nome de ser e não. O 
mesmo ocorre com o adjetivo “branco”. 
Já o substantivo “invasão” e o adjetivo “obediente”, assim como o advérbio “obedientemente”, 
estes sim, tem problemas de transitividade, pois são impregnados da ideia de ação. 
 Como se vê, tal perspectiva resolve em grande parte o problema do Complemento 
Nominal, ou seja, Substantivo concreto jamais terá complemento nominal. 
 Vejamos, por exemplo, o significado do substantivo AMOR. Não será difícil concluir 
que alguém poderá ser a fonte do amor ou o recebedor do mesmo. 
 Era grande o amor de Pedro. (Pedro é quem ama). 
 Era grande o amor de Pedro por sua namorada. (A namorada recebe o amor de Pedro). 
 No caso analisado, vemos que a palavra amor, por ter força verbal, nos traz a idéia de 
que possa haver um agente e um paciente ou um recebedor do significado verbal. Ao termo que 
representa ao paciente (recebedor) da ação é que classificamos como complemento nominal. 
 Outros exemplos: 
a) Foi feita a entrega da encomenda. 
 Entrega da encomenda --- sujeito 
 Complemento Nominal ------------- da encomenda 
b) Minha crença em vocês é enorme. 
 Complemento Nominal ------------- em vocês 
 
Complemento Nominal - É a palavra ou expressão que por meio de uma preposição necessária 
integra (inteira /inteyra/ o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio. 
 Quando se trata de adjetivo ou de advérbio, não há dúvida; palavra ou expressão a eles 
ligados por preposição e complemento nominal. 
 Útil a mim desejoso de carinho 
 Contrário às leis favoravelmente à Revolução 
 
 O problema existe quando se trata de substantivo seguido de palavras ou expressão 
preposicionadas. 
a) copo de vinho adjunto adnominal 
 rosa com espinho 
b) invasão da cidade complemento nominal 
 conversa com os pais 
 Copo e rosa – são substantivos concretos. 
 Invasão e conversa – são substantivos abstratos e palavra que traduzem ação. 
 Isso ocorre: 
a) com substantivos abstratos de ação, ligados com preposição a verbos transitivos (Proc. De 
formação de palavras por regressão). 
 Obs.: Quando o substantivo deriva do verbo por regressão, ele indica ação; 
 a caça -------- caçar 
 a dança ------ dançar 
 24 
 O contrário acontece quando o substantivo se refere a um objeto ou coisa; o verbo é que 
deriva do substantivo por sufixação. 
 
 a âncora ------ ancorar 
 a planta ------- plantar 
 Neste caso, caça e dança pedem complemento nominal. 
 Ex.: Ficou caro o combate aos mosquitos. 
 Abstrato complemento. De ação nominal 
 
Nota: Ex.: A morte do pedreiro. 
 É abstrato e indica ação, mas está ligado ao verbo MORRER (que é intransitivo). 
 Logo, do pedreiro ----- é adjunto adnominal. 
 
b) Com substantivo de qualidade, derivados de adjetivos que podem ter complemento nominal. 
Ex.: Ele tinha certeza da vitória certeza ----------- de certo 
fidelidade ------- de fiel utilidade ---------- de útil 
 
c) Substantivos que fazem partes de certas expressões com valores de verbo, (denotam ação) do 
tipo: ter medo de... ter noção de... 
 ter aversão a... ter razão para... 
 ter ojeriza a... ter receio... 
 
Observação: 
 É preciso ter cuidado com certas palavras que podem ser usadas como concretas e abstratas, 
dependendo da frase. 
 Se usada abstratamente terão complemento nominal, se usadas concretamente terão adjunto 
adnominal. 
 Saudade de papai Adjunto Adnominal 
Não tem ação verbal como amor e ódio (eu amo, eu odeio) 
 
a) A invenção de palavras caracterizou o estilo de Guimarães Rosa. 
 Complemento Nominal 
 A invenção --- ato de inventar (abstrato) 
 de palavras --- paciente (complemento nominal) 
b) A invenção de S. Dumont trouxe progresso ao homem. 
 Adjunto Adnominal 
 A invenção --- substantivo --- (concreto = avião) 
 De Santos Dumont ---- agente ------(adjunto adnominal) 
 
Conclui-se que, o complemento nominal nunca será o termo AGENTE, mas o termo PACIENTE 
Ex.: Palavras foram inventadas /// Santos Dumont inventou e não foi inventado. 
A plantação de cana trouxe progresso ao Brasil. 
 Complemento Nominal 
Ex.: O fogo destruiu a plantação de cana. 
 Adjunto Adnominal 
Nota: Há substantivos concretos que, empregados com sentido relativo, ou seja, figuradamente, 
podem também exigir complemento nominal: 
Pelé é rei do futebol. (Pelé é rei em relação a quê?); Mariana foi eleita a rainha da primavera. 
Futebol e, da primavera são complementos nominais. 
 
Obs.: O Complemento Nominal exige preposição porque o nome que o rege é abstrato. 
 
25 
REGÊNCIA NOMINAL 
Nomes abstratos e suas preposições que exigem Complemento nominal 
acessível a 
afável com, para com 
agradável a 
alheio a 
amante de 
análogo a 
ansioso de, para, por 
apto a, para 
aversão a, para, por 
ávido de 
benéfico a 
capaz de, para 
certo de 
compatível com 
compreensível a 
comum a, de 
constante em 
contemporâneo a, de 
contíguo a 
contrário a 
cuidadoso com 
curioso de 
 
desatento a 
descontente com 
desejoso de 
desfavorável a 
diferente dedifícil de 
digno de 
entendido em 
equivalente a 
erudito em 
escasso de 
essencial para 
estranho a 
fácil de 
favorável a 
fiel a 
firme em 
generoso com 
grato a 
hábil em 
habituado a 
horror a 
hostil a 
 
idêntico a 
impossível de 
impróprio para 
incompatível com 
inconsequente com 
indeciso em 
independente de, em 
indiferente 
a indigno de 
inerente a 
inexorável a 
leal a 
lento em 
liberal com 
medo a, de 
natural de 
necessário a 
negligente em 
nocivo a 
ojeriza a, por 
paralelo a 
parco em, de 
passível de 
perito em 
permissivo a 
perpendicular a 
pertinaz em 
possível de 
possuído de 
posterior a 
preferível a 
prejudicial a 
prestes a, para 
propício a 
próximo a, de 
relacionado com, por 
responsável por 
rico de, em 
seguro de, em 
semelhante a 
sensível a 
sítio em 
suspeito de 
útil a, para 
 
 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL 
 
 São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” cujo significado semântico é não 
nocional, ou seja, sem significado. Obrigatoriamente antecedidas de uma preposição. 
Exemplos.: Tenho horror] [a quem faz fofoca.] / [Ele é cuidadoso][com quem está doente.] 
 Exerce a função sintática de COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: 
Como o Complemento Nominal ela é sempre preposicionada e se liga a um NOME ABSTRATO, 
podendo ser um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio da Oração Principal. 
Ex.: [Tinha vontade] [de que você voltasse. ] 
Ex.: [Recebeu a notícia] [de que poderia viajar. ] 
Ex.: [Estava ciente] [de que passaria de ano. ] 
 
 
6. PREDICATIVO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
Estude a seguir: OPRAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATICA 
 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: reconhecer o verbo de ligação 
Matéria pré-requisito para reconhecer o Predicativo do sujeito: Verbos de Ligação. 
 
26 
 
VERBOS DE LIGAÇÃO 
 
São não-nocionais, ou seja, não possuem nenhum significado de ação como os transitivos ou 
intransitivos. 
São verbos de ligação: ser, estar, ficar, continuar, permanecer, parecer, andar, continuar, quedar-
se e outros verbos postos no lugar dos de ligação. 
 
O estado de ser do sujeito pode ser: 
Permanente – Quando o verbo de ligação, somado ao contexto, indica que o quadro em que o 
sujeito se encontra não mudará: 
Exemplos: Ana é professora. Sempre será, uma vez que colou grau. 
 
Passageiro – Quando o verbo de ligação somado ao contexto, indica que o quadro em que o 
sujeito se encontra pode ser alterado. 
Exemplo: Ariano ficou doente. O sujeito pode se recuperar após tratamentos. 
 
Quando o verbo é de ligação, a oração é considerada nominal porque o sujeito (um substantivo) e 
o predicativo (um adjetivo) são os NOMES que trazem em si o valor significativo da oração. 
 
 Analisando outros estados dos verbos de ligação: 
a) A menina é baixinha. Estado permanente (contínuo) 
b) A menina permanece doente. Permanência de estado. (pode ser alterado) 
c) A menina parece doente. Aparência de estado. (aspecto visível aos olhos) 
c) A menina ficou doente. Mudança de estado (estado transitório) 
 
O verbo de ligação, então, só adquire significado, no predicado; isolado, nada significa. Por isso, 
seu conteúdo nocional (significativo) é zero, ou seja, é desprovido de significação. 
 Observe o verbo continuar nos exemplos a seguir: 
Ex.: Ele continua irritado. (o verbo continuar está no lugar do verbo “estar” seguido de um 
adjetivo, logo nesta oração ele funciona como verbo de ligação e “irritado” é um predicativo do 
sujeito) 
Ex.: Ele continua sua tarefa. (continuar alguma coisa caracteriza objeto direto, logo, “a tarefa” 
não é um predicativo do sujeito e sim um objeto direto. 
Predicativo do Sujeito antecedido de preposição “de” e de conectivo “como”: 
Ex.: O ato foi causado de ilegal. (preposição) 
Ex.: Carlos saiu estudante e voltou como doutor. (preposição) 
Ex.: O boato é um vício detestável / A rua estava deserta. (adjetivo) 
Ex.: Esta linha é de morte. (locução adjetiva) 
 
Adjetivo, locução adjetiva, substantivo, numeral, pronome, oração pode ser predicativo: 
Ex.: ... e fingir que [eu sou eu]. (pronome) 
Ex.: O boato é um vício detestável. (adjetivo) 
Ex.: Nós éramos cinco. (numeral) 
Ex.: Esta sua piada é de morte. (locução adjetiva) 
Ex.: A verdade é que não me importo] ... oração 
27 
6.1 – PREDICATIVO DO SUJEITO – TERMO INTEGRANTE DA ORAÇÃO 
 
Estude a seguir: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA 
 
O predicativo do sujeito caracteriza o sujeito, e tal caracterização liga-se ao sujeito pelo verbo de 
ligação por ser ele vazio de significado, apenas indica o estado de ser do sujeito: 
Ex.: Pedro está feliz. 
Ex.: Joaquim ficou atordoado. Joaquim – sujeito / atordoado – predicativo do sujeito 
O verbo ficar serve apenas para ligar o predicativo ao seu sujeito. Não possui significado de ação. 
Em algumas construções, alguns verbos transitivos podem ser considerados de ligação, se não 
indicarem semanticamente a sua real ação. 
Exemplos: 
Em: Jonas continua o seu trabalho. O verbo é transitivo (continua o quê? o trabalho - objeto direto) 
Em: Jonas continua aborrecido. O verbo é de ligação (liga o predicativo ao sujeito, sem indicar a 
ação real do verbo “continuar”). Aborrecido é estado de ser do sujeito. 
 
 
6.2 - PREDICATIVO DO OBJETO - Não se desenvolve como oração subordinada 
 Tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser modificados por um predicativo, que só é 
possível em predicado verbal-nominal. 
Como o predicativo do sujeito, o do objeto pode vir antecedido de preposição, ou de conectivo 
“como”. 
Ex.: Uns a chama princesa. (a = ela – objeto direto / princesa – predicativo do objeto direto) 
Ex.: Eu lhe chamo rainha. (lhe = ela a = – objeto direto / rainha – predicativo do objeto direto) 
 
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA 
 
 São introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” cujo significado semântico é não 
nocional, ou seja, sem significado. 
 Exerce a função sintática de PREDICATIVO. 
Critério utilizado para classificar sua função sintática: Identificar o verbo de 
ligação no final da oração principal 
 
Não confunda: Importante rever o tipo de Oração Subjetiva iniciada com verbos ser, estar, ficar + 
substantivo, por exemplo: [É + verdade] [que somos amigos] e observar que a oração Predicativa 
termina com o verbo de ligação: [Verdade + é] [que somos amigos.] 
Ex.: [Certo + ficou] [que viajariam juntos naquele dia.] 
Observação: A Oração predicativa está sempre ligada à oração principal, cujo verbo é de ligação.

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