Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE ESTÁCIO – VILA DOS REMÉDIOS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROF.: FERNANDO FELICE - DISCIPLINA: CONTROLE E SERVOMECANISMOS II INTRODUÇÃO AO CONTROLE DIGITAL ALUNOS: RODRIGO DA SILVA ABREU PATRICK SUEHIRO NISHIYAMA São Paulo 2020 Introdução O controle de sistemas físicos utilizando um computador digital está ficando cada vez mais comum. Pilotos automáticos de aeronaves, refinarias de óleo, máquinas de papéis, etc., estão entre os exemplos. Os controladores digitais são mais versáteis que os controladores analógicos. O programa que caracteriza um controlador digital pode ser modificado para acomodar mudanças de projetos, sem qualquer modificação de hardware. Componentes digitais na forma de componentes eletrônicos, transdutores e encoders, são mais confiáveis do que seus equivalentes analógicos. Entre outras vantagens, pode-se citar: Maior flexibilidade na programação Menor custo Mais compacto e mais leve Sofre menos efeito devido à ruído e distúrbios Mais confiável Sensibilidade melhorada. VANTAGENS DO CONTROLE DIGITAL a) Exatidão: sinais digitais são representados com exatidão usando bits 0 e 1. O erro obtido é pequeno quando comparado a sinais analógicos, onde ruído e variações da tensão de alimentação estão sempre presentes. b) Não há erros devido à variação dos componentes: processamento digital de sinais de controle envolve adição e multiplicação de números digitais. Erros devido à representação digital e cálculos aritméticos podem vir a ser desprezíveis, dependendo das características do controlador. Em contraste, o processamento de sinais analógicos é executado usando componentes como resistores e capacitores cujos valores reais variam de forma significativa do valor nominal de projeto. c) Flexibilidade: um controlador analógico é difícil de modificar ou reprojetar uma vez que foi implementado em hardware. Um controlador digital, implementado em firmware ou software, é facilmente modificado sem a substituição do controlador original. d) Velocidade: computadores velozes permitem amostrar e processar sinais de controle à altíssimas velocidades e reduzidos períodos de amostragens. Pequenos períodos de amostragens significam que o controlador digital monitora a variável controlada quase continuamente. e) Custo: avanços na tecnologia de construção de CIs, possibilitou a obtenção de circuitos integrados melhores e mais rápidos, a preços mais baixos. DESVANTAGENS DO CONTROLE DIGITAL a) Projeto do sistema: a análise matemática e o projeto dos sistemas de controle amostrados são, muitas vezes, mais complexos e mais tediosos quando comparado com um sistema de controle contínuo. b) Estabilidade do sistema: em geral, discretizar um sistema, sem mudanças em nenhum parâmetro, exceto pela adição do segurador de ordem zero, degrada a margem de estabilidade do sistema. CEFET-PR Controle Digital Prof. Brero I - 2 c) Informação do sinal: o objetivo do segurador de ordem zero é reconstruir o sinal contínuo a partir do sinal discreto. O sinal reconstruído, na melhor das situações, é uma aproximação do sinal contínuo, então há perda de informações. d) Erros de software: podem ocorrer erros de programação devido à complexidade do algoritmo implementado. Ideia básica de um sistema de Controle Um sistema de controle é uma interconexão de vários componentes resultando numa configuração que fornece um desempenho desejado. A descrição do sistema se refere à relação causal entre a entrada e a saída do sistema, em geral, descrita matematicamente através de equações diferenciais, equações de diferença, funções de transferência, etc. Modelando o Computador Digital Considere os modelos de amostragem apresentados na Fig. 13.5. 0 modelo na Fig. 13.5(a) é uma chave ligando e desligando segundo uma taxa de amostragem uniforme. Na Fig. 13.5(b) a amostragem também pode ser considerada como o produto da forma de onda no domínio do tempo a ser amostrada. f(t), por uma função de amostragem, s(t). Se s(t) for uma sequência de pulsos de largura Tw, amplitude constante e taxa uniforme, como mostrado, a saída amostrada, f* Tw (t), consistirá numa sequência de segmentos de f(t) nos intervalos regulares. Esta visão é equivalente ao modelo de chave da Fig. 13.5(a). Fig. 13.5 Duas vistas da amostragem com taxa uniforme: a. abertura e fechamento da chave; b. produto do sinal no domínio tempo pelo sinal de amostragem; Usando o modelo mostrado na Fig. 13.5(b), temos onde k é um número inteiro entre - e +. T é o período do trem de pulsos, e Tw é a largura de cada pulso. Como a Eq. (13.1) é o produto de duas funções do tempo, aplicar a transformada de Laplace para obter urna função de transferência não é simples. Uma simplificação pode ser feita se admitirmos que a largura uniforme dos pulsos, Tw, é pequena em comparação como período, T, de modo que f(t) possa ser considerada constante durante o intervalo de amostragem. Durante o intervalo de amostragem. Então, f(t) = f(kT). Portanto, para Tw pequeno. A Eq. (13.2) pode ser mais simplificada através da visão fornecida pela transformada de Laplace. Aplicando a transformada de Laplace à Eq. (13. 2), temos Finalmente, retomando ao domínio de tempo, temos Por conseguinte, o resultado da amostragem com pulsos retangulares pode ser vista como uma série de funções delta das quais a área é o produto da largura do pulso retangular pela amplitude da forma de onda amostrada, ou seja, Tw.f(kT). A Eq. (13.6) é retratada na Fig. 13.6. 0 amostrador é dividido em duas partes: (1) um amostrador ideal descrito pela parte da Eq. (13.6) que não é dependente das características da forma de onda de amostragem e (2) a parte dependente das características da forma de onda de amostragem, Tw Fig. 13.6 Modelo de amostragem com trem de pulsos retangulares uniformes Sistema de controle em malha aberta (Open loop) Um sistema de controle em malha aberta utiliza um dispositivo atuador para controlar o processo diretamente sem a utilização de realimentação negativa (negative feedback). Dessa forma, o sistema de controle não sabe qual o valor do sinal de saída y(t) (variável controlada). Exemplo Máquina de lavar roupas: Numa máquina de lavar roupas todos os ciclos do processo (lavar, enxaguar, etc.) são controlados através do tempo da duração de cada tarefa. Nenhuma variável é medida para controlar a qualidade do processo. Sistema de controle em malha fechada Utilização do conceito de realimentação negativa (Negative feedback) Um sistema de controle em malha fechada usa uma medida da saída do sistema y(t) e uma realimentação deste sinal para uma comparação com um sinal de referência r(t). O sinal de erro e(t) = r(t) − y(t) é utilizado pelo controlador H(s) para o cálculo do sinal de atuação e(t). A Figura 4 ilustra um diagrama de blocos para um sistema de controle em malha fechada. Exemplo: robô industrial - Kuka Titan Exemplo: Controle manual - sistema simples Estado da arte Estudos de “Estado da arte”, conforme aponta Ferreira (2002), parecem trazer em comum o desafio de mapear e discutir certa produção acadêmica em diferentes campos do saber, com vistas a responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares. Tais estudos, de natureza principalmente bibliográfica, visam responder “de que formas e em que condições têm sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressose de seminários” (Ferreira, 2002, p.258). Segundo Ferreira (2002), é válido destacar que investigações de ‘estado da arte’ devem considerar aspectos importantes, como os exemplos de limitações que seguem: (1) um pesquisador jamais terá controle total sobre seu objeto de investigação ao tentar delimitar seu corpus para escrever a história de determinado tema ou produção. O pesquisador estará, quando muito, escrevendo uma das possíveis histórias/leituras, construída a partir da leitura do corpus solucionado; (2) a ‘história’ visualizada a partir da leitura do estado da arte identificado é proposta pelo pesquisador que lê. Haverá tantas histórias quanto houver leitores dispostos a lê- las. Evidentemente, estas limitações de pesquisas de estado da arte, quando consideradas e superadas, não põem em xeque a contribuição dos resultados obtidos. Conforme apontam Romanowski e Ens (2006): Estados da arte podem significar uma contribuição importante na constituição do campo teórico de uma área de conhecimento, pois procuram identificar os aportes significativos da construção da teoria e prática pedagógica, apontar as restrições sobre o campo em que se move a pesquisa, as suas lacunas de disseminação, identificar experiências inovadores investigadas que apontem alternativas de solução para os problemas da prática e reconhecer contribuições da pesquisa na constituição de propostas na área focalizada (Romanowski e Ens, 2006, p.39) Designadamente no caso da LA e dos variados temas que esta abarca, direta e indiretamente, estudos de estado da arte tem obtido destaque. Isso porque, a partir do estabelecimento de agendas de investigações científicas, mapeamentos e panoramas gerais de estudos acadêmicos, o pesquisador tem a seu alcance os resultados obtidos em anos de estudos do passado, e, dessa maneira, por conseguinte, subsídios para explorar mais pesquisas no futuro (Gomes et. al., 2012). Alguns exemplos de temas já delineados em estudos de estado da arte e seus devidos pesquisadores: • Estado da arte sobre pesquisas em leitura: Ferreira (1999). • Estado da arte sobre estudos de crenças no ensino de línguas: Barcelos (2001). • Estado da arte sobre CALL: Felix (2005), Reis (2008). • Estado da arte sobre letramento digital: Lima e Lima-Neto (2009). • Estado da arte sobre LA: Schmitz (1992), Paiva, Silva e Gomes (2009). No caso dos OAs, a investigação do estado da arte apresenta-se não só como frutífera e rica em resultados novos, mas também como necessária. É notável, pois, que ainda paira sobre a academia a necessidade de vislumbrar melhor a totalidade de estudos e pesquisas sobre o tema, para um maior detalhamento de ‘onde estamos’ e ‘para onde podemos ir’ no que se refere aos OAs e OALs, sobretudo para o ensino e a aprendizagem de línguas. Diferente do que acontece com a questão do conceito nebuloso de OA (Leffa, 2006), já relativamente solucionada pela proposta de OAL de Vetromille-Castro et. al. (2012), a questão da ainda latente necessidade de aumentar o uso e a produção dos objetos aparenta permanecer. Em suma, a popularidade (ou impopularidade) dos OAs e sua produção e uso por parte de docentes precisa ser melhor vista e discutida, por meio do estabelecimento do estado da arte do tema. Nessa linha, em trabalho publicado anteriormente, Gomes et. al. (2012) mapearam e versaram sobre a ocorrência de estudos sobre OAs em teses e dissertações disponíveis no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (CAPES)4. Na referida pesquisa, o resultado apontou para um baixo índice de publicações nessa área. Em apresentação dos resultados de tal estudo na II Jornada de Elaboração de Materiais, Tecnologia e Aprendizagem de Línguas (JETAL)5, surgiram questionamentos sobre como seria esse mapeamento em outros gêneros da esfera acadêmica. Referências https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4521411/mod_resource/content/1/Aula1V2017.pdf file:///C:/Users/m207324/Downloads/1_INTRODUCaO.pdf file:///C:/Users/m207324/Downloads/ADL24.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4521411/mod_resource/content/1/Aula1V2017.pdf http://www.entremeios.inf.br/published/172.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4521411/mod_resource/content/1/Aula1V2017.pdf file:///C:/Users/m207324/Downloads/1_INTRODUCaO.pdf file:///C:/Users/m207324/Downloads/ADL24.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4521411/mod_resource/content/1/Aula1V2017.pdf http://www.entremeios.inf.br/published/172.pdf
Compartilhar