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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA Respiração: característica básica dos seres vivos. Consiste na absorção do oxigênio e na eliminação do gás carbônico resultante das oxidações celulares. Anatomia Pode ser dividido em 2 partes: porção de condução: órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória. porção de respiração: pulmões Funções: Passagem de ar para dentro e para fora do sistema respiratório; Aquecimento do ar; Umidificação do ar; Limpeza do ar. CAVIDADE NASAL Faringe ● Tubo muscular associado a dois sistemas, respiratório e digestivo, canal comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado. Laringe Pequeno canal com cerca de 4 cm, de natureza cartilaginosa e que liga a faringe à traqueia; Localizado a epiglote. Traqueia Estrutura cilíndrica constituída por uma série de anéis cartilagíneos incompletos, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior é desprovida de cartilagem, apresentando musculatura lisa (traqueal). Função: condução de ar até os brônquios. Brônquios A traqueia divide-se nos 2 brônquios principais, direito e esquerdo: brônquios principais (primeira ordem) brônquios lobares (segunda ordem) brônquios segmentares (terceira ordem) segmentos broncopulmorares alvéolos pulmonares Alvéolos pulmonares: → Os alvéolos totalizam-se em um total de 350 milhões e são estruturas saculares (semelhantes a sacos) que se formam no final de cada bronquíolo e têm em sua volta os chamados capilares pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar. É a chamada zona respiratória. palato duro da tuba auditiva Pulmões: dois órgãos de forma piramidal, de consistência esponjosa medindo mais ou menos 25 cm de comprimento. Localizados na caixa torácica e entre eles há uma região mediana (mediastino). Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos . O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. São revestidos externamente por uma membrana chamada pleura Pleuras: Sacos serosos e completamente fechados que envolvem os pulmões, chamados de pleuras: pleura visceral: reveste a superfície do pulmão. pleura parietal: recobre a face interna da parede do tórax. cavidade pleural: contém líquido que permite o deslizamento dos folhetos e a mecânica respiratória Estruturas vasculares: artérias veias Estruturas Musculares: Diafragma Intercostais Abdominais Acessórios Sistema Respiratório Função: possibilitar que o oxigênio e o gás carbônico se movimentem a partir do ar. FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Interface sangue-gás O oxigênio e o gás carbônico se movem entre o ar e o sangue por difusão simples Área de alta pressão para uma área de baixa pressão Vias aéreas são tubos ramificados Tornando-se mais curtos, estreitos, numerosos a medida que penetram no pulmão. traqueia divide-se em brônquio principal direito e esquerdo Brônquios lobares Brônquios segmentares Bronquíolos terminais ZONA DE CONDUÇÃO (espaço morto anatômico) Bronquíolos respiratórios Ducto alveolar Saco alveolar ZONA DE TRANSIÇÃO E RESPIRAÇÃO Teoria de Weibel Zona de condução Zona de respiração Vasos sanguíneos e fluxo Os vasos sanguíneos pulmonares iniciam a partir da artéria pulmonar (recebe o débito total do coração direito) Capilares Retornando através das veias pulmonares Estabilidade do alvéolo: estrutura instável. Ocorre uma tensão superficial no alvéolo desenvolvem que desencadeiam forças relativamente grandes ➔ capazes de colapsar os alvéolos. Células que revestem os alvéolos ➔secretam surfactante para reduzir a tensão superficial. Surfactante: alvéolo Ventilação A cada inspiração ➔ 500 ml de ar entram no pulmão. Volume corrente Volume total por minuto: 15 rpm x 500 ml = 7500 ml/minuto. Volumes e Capacidade pulmonares Volume/ capacidade pulmonar Definição Valores médios Homens Mulheres Volume corrente (VC) Volume inspirado ou expirado por incursão respiratória 600 500 Volume reserva inspiratório (VRI) Inspiração máxima no final da expiração corrente 3000 1900 Volume reserva expiratório (VRE) Expiração máxima no final da expiração corrente 1200 800 Capacidade pulmonar total (CPT) Volume dos pulmões após uma inspiração máxima 6000 4200 Volume pulmonar residual (VPR) Volume dos pulmões após uma expiração máxima 1200 1000 Capacidade vital forçada (CVF) Volume máximo expirado após uma inspiração máxima 4800 3200 Capacidade inspiratória (CI) Volume máximo após uma expiração corrente 3600 2400 Capacidade residual funcional (CRF) Volume dos pulmões após uma expiração corrente 2400 1800 Espaço morto anatômico Corresponde ao volume de ar contido nas vias aéreas de condução ➔ 150 ml. Não elimina gás carbônico Espaço morto fisiológico: Soma do espaço morto anatômico com demais volumes pulmonares que não realizaram troca. Diferenças regionais na ventilação: Regiões inferiores dos pulmões: ventilam melhor que as regiões superiores. A pressão intrapleural é menos negativa na região inferior, com relação ao ápice do pulmão. A região que precisa ser suportada: necessita de uma pressão maior (peso do pulmão) (Pressão mais alta: pressão menos negativa) ✔ BASE PULMONAR: pressão de expansão é pequena (repouso) ✔ ÁPICE PULMONAR: pressão de expansão grande (repouso) ✔ Diferenças de pressão BASE PULMONAR: grande alteração de volume durante a inspiração (melhor ventilação). Melhor mobilidade de volume. ÁPICE PULMONAR: melhor expansão. Diferenças regionais do pulmão: Posicionamento dos pacientes. Difusão Travessia do gás a barreira sangue-gás. Leis de Difusão: Descrito pela Lei de Fick: a velocidade de transferência de um gás através de uma lâmina de tecido é proporcional: ✔ A área do tecido; ✔ A diferença de pressão parcial dos dois lados. Inversamente proporcional: ✔ a espessura do tecido. Espessura Travessia do gás Fluxo sanguíneo e transporte de gás a periferia a) Transporte de oxigênio no sangue: ocorre de duas maneiras ✔ Em solução física dissolvido na porção líquida do sangue: baixa concentração nos líquidos corporais. ✔ Em combinação frouxa com a hemoglobina: carreado pelas hemácias. Carreia cerca de 65-70 vezes mais oxigênio que dissolvido no plasma. A hemoglobina é composta por: ✔ Heme: ferro ✔ Globina: proteína Transporta cerca de 20 ml de oxigênio em cada 100 ml de sangue (20ml de O2/100 ml de sangue) b) Transporte do CO2 no sangue: ocorre de três maneiras. ✓ Em solução física no plasma (pequena quantidade) ✓ Combinado com Hb da hemácia ✓ Como bicarbonato no plasma (80%) altera o equilíbrio ácido-básico. Redução dos níveis de PCO2: com eliminação de CO2 do sangue através dos pulmões Reduz a PCO2 plasmática Alteração pH (equilíbrio ácido-básico) Transporte de CO2 exerce influência direta no equilíbrio ácido-básico. Algumas alterações: Doenças respiratórias ➔ interferem na eliminação de CO2 ✔ pH: acidose / alcalose ✔ pH = BIC/CO2 Curva de dissociação do O2 O2 em combinação reversível com a Hb Gera a oxiemoglobina O2 + Hb ➔HbO2 A quantidade máxima de O2 que pode ser combinada a Hb ➔ Capacidade de O2 ✔ Dissociação da oxiemoglobina ✔ Saturação de O2 Relações de ventilação-perfusão✔ A permuta gasosa ente os alvéolos e sangue requer uma equivalência efetiva da ventilação alveolar para o sangue que perfunde os capilares pulmonares. ✔ A relação V/Q (ventilação/perfusão) é a relação da ventilação alveolar e o fluxo sanguíneo pulmonar ✔ Em média: V: 4,2 litros Q: 5 litros 4,2/5,0 = 0,84 Índice V/Q ALTO - neste caso a ventilação é alta e o fluxo sanguíneo é baixo, isso produz aumento de espaço morto, produzindo hipoxemia e hipercapnia. Índice V/Q BAIXO - neste caso a ventilação é baixa e o fluxo sanguíneo é alto, pode ser chamado de shunt intrapulmonar, pode produzir uma hipoxemia com ou sem hipercapnia. * Shunt Pulmonar: redução ou ausência de ventilação com perfusão preservada. - Alterações da relação V/Q a) TEP: bloqueio da circulação pulmonar ➔ perfusão inadequada b) DPOC: inadequada ventilação alveolar Perfusão Pulmonar Refere-se ao fluxo sanguíneo da circulação pulmonar disponível para a troca gasosa ➔ Fluxo Sanguíneo. Ventilação Pulmonar Movimento de entrada e saída de ar dos pulmões. A perfusão encontra-se reduzida nos ápices (força da gravidade), que permite os alvéolos serem plenamente expandidos. Esta expansão pode comprimir os vasos sanguíneos diminuindo a perfusão sanguínea. A perfusão é aumentada nas bases pulmonares devido a gravidade. Os vasos sanguíneos com maior diâmetro evitam a completa expansão dos alvéolos. Mecânica da Respiração Músculos da respiração: a) Inspiratórios Diafragma: ✗ inervação (C3-C5: se unem para formar o frênico) ✗ Aumenta a dimensão da cavidade torácica. Intercostais externos: inervados pelos nervos intercostais ➔ saem da medula espinhal ao mesmo nível. Inclinados para baixo e para frente. Com a contração: costelas são tracionadas para cima e para frente. Intercostais Músculos acessórios: escalenos ➔ eleva as duas primeiras costela Esternocleidomatoide ➔ eleva o esterno. b) Expiratórios: Movimento passivo (respiração tranquila) Pulmão e parede torácica são elásticos ➔ retornando a posição de equilíbrio (após inspiração) Parede abdominal: reto abdominal, músculos oblíquos interno e externo, transverso do abdomem. Se contraem na expiração e na tosse. Controle da Respiração A fr e a profundidade da respiração são ajustados em respostas a necessidades metabólicas. a) Controlador central A inspiração/expiração (processo automatizado) é controlado por neurônios localizados na ponte e no bulbo Centros respiratórios 1. Centro respiratório bulbar: compreende duas áreas: ✔ Grupo respiratório dorsal: associado a inspiração ✔ Grupo respiratório ventral: associado a expiração Ritmo básico da ventilação 2. Centro apnêustico: na parte inferior da ponte Respiração normal 3. Centro Pneumotáxico: na ponte superior Regula o volume inspiratório Frequência respiratória Centro respiratório b) Córtex: quando ocorre o controle voluntário ➔ o córtex é capaz de controlar estes centros. c) Fatores humorais Em repouso o estado químico do sangue exerce controle na ventilação pulmonar Alterações dos níveis de PaO2, PaCO2, pH e Temperatura. Ativam unidades neurais no bulbo e sistema arterial Ajustar a ventilação Manter a bioquímica do sangue arterial a) Quimiorreceptores periféricos: detectam hipoxemia Corpúsculos carotídeos e Corpúsculos aórticos Quando ocorre hipoxemia Ativação dos quimiorreceptores periféricos Aumentando a ventilação alveolar Alterações de PCO2 e pH Induzem a alterações do estímulo respiratório PCO2 Ventilação minuto pH Formação de ácido carbônico / acúmulo de íons H+ atividade inspiratória Receptores pulmonares: ✔ Receptores J: localizados nas paredes alveolares junto dos capilares Respondem a substâncias químicas (na circulação pulmonar) Resposta rápida e superficial Ingurgitamento capilar pulmonar Aumenta o líquido intersticial na parede alveolar Respiração rápida, superficial e dispneia (IC) ✔ Receptores Irritantes: localizados entre as células epiteliais das vias aéreas ➔ estimulados com gases nocivos (fumaça, poeira) ➔ bronconstrição. AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Avaliação é o processo da entrevista e do exame do paciente em busca de sinais e sintomas da doença e dos efeitos do tratamento.. Objetivos: Estabelecer relação terapeuta-paciente Fornecer informações essenciais ao diagnóstico Selecionar a melhor abordagem terapêutica Auxiliar na monitorização dos sinais e sintomas do paciente Monitorizar as respostas à terapia realizada. Avaliação Visa identificar e definir os problemas do paciente. Divide-se: 1. Anamnese 2. Sinais vitais 3. Ausculta pulmonar 4. Inspeção estática 5. Inspeção dinâmica 6. Palpação Anamnese Consiste em conjunto de perguntas relacionados a aspectos relevantes, doença 1. História da doença atual (HDA) 2. História da doença pregressa (HDP) 3. Medicamentos 4. História familiar e social 5. Exames complementares Avaliação dos sinais e sintomas: 1. Tosse: caracteriza a disfunção ou doença respiratória Classificada de acordo com a sua eficácia (qualidade): a) Produtiva (produz secreção – ruido de secreção) b) Improdutiva (sem secreção, não consegue expectorar) 2. Expectoração: diagnóstico e acompanhamento de doenças respiratórias. Caracterisiticas: viscosidade, quantidade e odor (solicitar ao paciente que mostre a secreção) Carcterísticas: viscosidade, quantidade, cor e odor. 3.Dispneia: percepção subjetiva do trabalho ventilatório. Ventilação Perfusão 4. Cianose: central e periférica. Queda dos níveis de O2 Relacionados a processos de ventilação e perfusão Mensurado pela Oximetria - Saturação Periférica de O2 5. Dor torácica: pode caracterizar enfermidades relacionadas a pleura, região esternal ou parede torácica. Sinais Vitais Dados referentes a hemodinâmica e estado fisiológico do paciente Ambulatorial Hospitalar 1. Frequência Cardíaca (FC): ausculta no ápice cardíaco ou palpação de artérias periféricas - FC normal: 60-100 bpm - Taquicardia: FC acima de 100 bpm (febre, anemia). - Bradicardia: FC abaixo 60 bpm (drogas). Verificação da FC 2. Pressão Arterial (PA): método não-invasivo. PA normal: <130/85 mmHg. Hipertensão: 130/85 mmHg Hipotensão: 90/60 mmHg Alterações: medicamentos, descompensão. Frequência Respiratória (f): movimento respiratório. f Normal: 12 – 16 rpm Taquipneia: 20 rpm (disfunção respiratória, exercício). Bradipneia: 10 rpm (drogas, SNC). NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: Alerta/orientado: está orientado, atende instruções e coopera na realização de tarefas propostas. Contactuante: cumpre ordens. Confuso: desorientado, ilógico e/ou responde apenas a comandos simples. Delirante: irracional, agitado, hostil e não cooperativo. Torporoso:inconsciente, mas responde a estímulos dolorosos. Comatoso: inconsciente e não responde a nenhum estímulo. Ausculta Pulmonar Recurso semiológico destinado a detectar os sons normais e patológicos produzidos nos pulmões e vias aéreas. Estetoscópio Posicionamento Respiração Ausculta ✔Simétrico ✔Alternado “SEMPRE ANTECIPAR O PACIENTE DAS AÇOES REALIZADAS DURANTE O ATENDIMENTO” Recomendações: Regiões: anterior, lateral, posterior. Evitar: estruturas ósseas. Não realizar ausculta sobre artefatos: roupas, eletrodos. a) Murmúrio vesicular (MV): ✓ Som produzido pela passagem do ar inspirado dos bronquíolos para os alvéolos e vice-versa. ✓ Mais audível na inspiração. Classificação dos sons: Corresponde a passagem de ar por um meio líquido ou por redução da luz do brônquio. Dividem-se: Estertores Secos: RONCOS E SIBILOS Estertores Úmidos: BOLHOSO E CREPTANTE ✔ Estertores Secos: a) Roncos: som grave b) Sibilos: som agudo. Carcterizam-se pela presença de secreção ou estreitamento da luz. ✔ Estertores Úmidos: a) Estertores bolhosos b)Estertores crepitantes - Caracterizam-se por um som descontínuo. c) Atrito pleural: caracteriza lesão pleural. d) Som laringotraqueal (LT): audível na região periesternal superior e pericervical. Correlacionado com a traqueia e laringe. Ruídos Som Fase do ciclo Característica Causas Roncos Grave Inspiração Ronco do sono Redução da luz brônquica / secreção espessa aderida Sibilos Agudo Expiração Miar do gato/ chiado Secreção espessa. Edema da parede bronquiolar. Espasmo músculo liso. Compressão dinâmica expiratória Estertore s creptante s Estalido pouco intenso Inspiração Atrito de medida de cabelo entre os dedos Edema incipiente do parênquima. Vias aeres colabadas . fibrose intersticial. Decúbito prolongado (fisiológico) ICC(início da inspiração Estertore s bolhosos Descontínuos Inspiração Expiração Assoprar canudinho VC causa turbilhonamen to (ruido depende do diâmetro). Mobilização de conteúdo liquido presente na arvore brônquica, alvéolos, cavidades preexistentes quantidade de liquido. Modificações da tensão superficial cornagem Grande intensidade inspiração Ouve-se à distancia Estenose das VAS, lesões traumáticas, tumorações cerviocais. edemaVAS, aspiração corpo estranho. ◼ MV - atelectasia, derrames pleurais, obstáculos vvaa, tumor; ◼ MV - pós-exercícios, recém- nascidos. ➢ Inspeção estática: - Pele - Baqueteamento digital - Cicatriz - Hematomas e petéquias - Edema - Estado Nutricional - Simetria - Saliências - Depressões - Massa muscular - Malformação ➢ Inspeção dinâmica: - Tipo respiratório - Expansibilidade torácica - Padrão respiratório - Frequência respiratória - Ritmo respiratório - Esforço respiratório - ADM e FM Linhas de Referência Vista Anterior ✔ Linha esternal ✔ Clavicular média ✔ Axilar anterior Vista Posterior ✔ Linha vertebral ✔ Linha escapular Vista Lateral • Linha Axilar Anterior • Linha Axilar Média • Linha Axilar Posterior Inspeção Ventilação: espontânea, necessidade de O2, VM Tipos de respiração: a) Respiração normal: ✔Costal: predomínio de expansão torácica (inspiração). ✔Diafragmática: predomínio de expansão abdominal. ✔Mista: sem predominância. b) Respiração patológica: ✔Paradoxal: descoordenação. ✔Apical: ação intensa dos músculos acessórios da respiração. Tipos de tórax: a) Brevelíneo, longelíneo e normolíneo: não há correlação com doenças. b) Tonel: eixo ântero-posterior é igual ou superior ao eixo transversal. c) Pectus Escavatum: parte do esterno deprimida. d) Pectus Carinatum: esterno projetado anteriormente. e) Cifose: aumento da curvatura da coluna torácica d) Cifoescoliose: abrange curvatura lateral com rotação de vértebra. Face Posterior do Tórax • Vértebras • Escápulas • Angulo inferior da escápula • Costelas Avaliação das Condições do Tórax Imóvel: ✔ Alterações no formato ✔ Condições da pele ✔ Simetria ✔ Espaços ✔ Músculos Padrão respiratório: a) Normal: 12 – 16 rpm Relação inspiração/expiração (I:E) = 1:1,5 ou 1:2. b) Expiração prolongada: I:E = 1:3 ou 1:4. c) Apneia: ausência de ventilação por mais de 15 segundos. d) Cheyne-Stokes: respiração irregular. e) Respiração Apnêustica: inspiração prolongada. Causas trabalho respiratório: - Estreitamento das vias aéreas BE - Alterações parenquimatosas pneumonia Trabalho respiratório tiragens Tiragens Retrações intermitentes da pele durante a inspiração. - Classificadas intercostais, supraclaviculares. Recomendações: ✔Observar presenças de cicatrizes no tórax ✔Presença de edema ✔Presença de baqueteamento digital. Mobilidade toracoabdominal. a) Cirtometria: grau de expansibilidade e retração dos movimentos toracoabdominais. ✔ Método: Fita métrica Regiões: axilar e xifoidiana Cirtometria Musculatura acessória ativada Contração muscular Grande queda da P. intratorácica Força muscular respiratória Indireta: manualmemente Direta: Manovacuometria Mensura a força muscular através da Pimáxima. CLASSIFICAÇÃO DO TESTE DE DIAFRAGMA BOM: Quando o abdome do paciente expulsa a mão do examinador REGULAR: Quando ocorre uma tentativa de expulsão da mão do examinador e o paciente passa a expandir o tórax em vez do abdome RUIM: Quando se percebe a contração, mas não há expulsão da mão do examinador ZERO: Quando não há expulsão da mão do examinador, nem sente contração alguma Palpação Inclui: ✔ Estruturas ósseas ✔Partes moles ✔Frêmito vocal (vibrações criadas pelas cordas vocais durante a fala) ✔Expansão torácica Palpação Posterior ✔Frêmito: nl, ou e roncos. ✔Expansibilidade ✔Últimas Costelas ✔Escápulas Percussão Produz vibração que permite captar sons de estruturas localizadas até 5 cm do ponto de impacto do dedo percussor. ✓ Abafado e Maciço Condensações ✓ Timpanismo Pneumotórax → Obesidade, músculos hipertrofiados, edema. MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA Terapia manual que visa a remoção de secreção brônquica através da mobilização e expectoração. Apresenta inúmeras manobras. Conjunto de medidas usadas para manter a permeabilidade das vias aéreas, ou seja, promover o descolamento e a retirada das secreções das vias aéreas. A terapia de higiene brônquica utiliza-se de técnicas que visam auxiliar a mobilização e a eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas e evitando as complicações de um quadro de pneumopatia previamente instalado. Tradicionalmente, a terapia de higiene brônquica só abrangia a vibratoterapia, a percussão manual e a drenagem postural, porém, atualmente, outros métodos estão sendo utilizados com o intuito de ampliar ou até mesmo substituir a abordagem tradicional. Essas técnicas não são utilizadas de maneira isolada, mas sim associadas não só entre si, como também a outras modalidades dentro da fisioterapia respiratória. Indicações ✔ Bronquite crônica; ✔ Fibrose cística; ✔ Além do emprego preventivo em pacientes acamados no período de pós-operatório ou ainda nos portadores de doenças neuromusculares; Uma tosse ineficaz, uma produção excessiva de muco, diminuição do murmúrio vesicularou o surgimento de roncos ou crepitações, taquipneia, febre ou padrão respiratório exaustivo podem indicar um quadro de retenção de secreção e necessidade do emprego das técnicas de higiene brônquica. Propriedades do muco 1. Viscosidade: capacidade do muco de ser deslocado. Determinada pela presença de proteínas. 2. Tixotropia: é a propriedade do muco de se fluidificar progressivamente quando é agitado durante um período de tempo (vibração). 3. Elasticidade: é a propriedade expressa pela capacidade de deformação do muco, retornando a uma posição diferente da anterior. Sistema mucociliar ✔ Em todas as vias aéreas, desde o nariz até os bronquíolos terminais, a umidade é mantida por uma camada de muco que recobre a superfície; ✔ O muco bronquial cumpre a função principal de hidratar as vias aéreas; ✔ Diariamente é produzido aproximadamente cerca de 100 a 150 ml, quantidade esta que se reabsorve e não se expectora. Constituição do muco (aproximado): • 95% de água; • 2% de glicoproteínas; • 1% de hidrato de carbono; • 1% de lipídeos; • 0,03% de DNA. Funções: • filtração e diluição de substâncias voláteis, irritantes ou tóxicas; • captação e transporte de partículas inaladas; • depuração biológica de bactérias e vírus; • hidratação das vias aéreas; • manutenção do tônus bronquial. Fatores que alteram as propriedades do muco: ✔ Processos inflamatórios; ✔ Alterações de pH; ✔ Hipertermia; ✔ Doenças pulmonares; ✔ Tabagismo; ✔ Anestésicos. Representa a mais notável função de defesa pulmonar; A depuração das vias aéreas é realizada pelo movimento dos cílios; Os cílios situam-se sobre as células cilíndricas e diminuem progressivamente de distal para proximal; Em média 270 cílios para cada célula, que possuem de 300 a 500 batimentos por minuto. A ”limpeza das vias aéreas” depende do bom funcionamento dos cílios e das características do muco produzido pelo epitélio mucociliar; Esse mecanismo de defesa pode ser afetado por alterações ambientais, infecciosas ou hereditárias ou se ainda o indivíduo consome de modo crônico álcool, drogas ou cigarro, podendo levar à retenção frequente de secreção, o que provoca tosse e infecção repetitiva; A inalação de ar frio, por exemplo, diminui a velocidade dos batimentos ciliares nas vias respiratórias, com prejuízo para a remoção de partículas sólidas, aumentando a chance de aparecimento de infecções respiratórias. Manobras A aplicação da manobra de higiene brônquica deve: atingir diretamente as propriedades do muco. 1. Fluidificando ou deslocando a secreção. (Flutter/Shaker, Percussão, Vibratoterapia); 2. Interagindo com o muco por meio de uma ação do fluxo expiratório: deslocando ou deformando a secreção. (TEF: técnica de expiração forçada, AFE: aumento do fluxo expiratório, variações da tosse). Choque mecânico: vibração e percussão. Alteração do fluxo: Tosse, AFE, PE, Flutter, DA. Ação da gravidade: drenagem postural. Vibratoterapia Realizado manualmente pela tetanização dos músculos agonistas e antagonistas do antebraço Produzem vibração na parede torácica Atingindo a propriedade de tixotropismo (fluidificação) do muco brônquico Deixando o muco mais fluido e com baixa viscoelasticidade. (proveniente da agitação mecânica) E também objetiva deslocar as secreções pulmonares conduzindo-as para vias aéreas de maior calibre para que, posteriormente, sejam eliminadas pela tosse ou aspiração. Acredita-se que a vibração deve ser realizada numa frequência adequada Para que a remoção de muco seja facilitada ➔ a frequência vibratória adequada deve se aproximar do batimento ciliar ➔ 13 Hz. Para aumentar a motilidade ciliar. MÉTODO DE APLICAÇÃO: http://elmundosalud.elmundo.es/elmundosalud/especiales/2005/03/galeria_cuerpo/21.html É aplicada na fase expiratória, sendo as mãos colocadas na região selecionada através da ausculta pulmonar As mãos executam leve pressão na região torácica Potencializando o efeito vibratório Sempre acompanhando o movimento do gradil costal durante a expiração. Decúbito dorsal Contra-indicações: ✔ Não apresenta. Cuidados: ✔ Sinais clínicos; ✔ Presença de dor; ✔ Desconforto do paciente. Vibração mecânica Percussões torácicas São ondas de choques mecânicos sobre a parede torácica Pertinente a região correspondente a ausculta pulmonar Pretende-se atingir na frequência de deformação do muco e sua remoção (através do deslocamento). As percussões pulmonares abrangem qualquer manobra realizada com as mãos sobre a superfície externa do tórax do paciente proporcionando vibrações mecânicas, as quais serão transmitidas aos pulmões, gerando mobilização de secreções pulmonares; Estas manobras podem ser consideradas como um procedimento mucocinético, pois promove a remoção de secreção da árvore brônquica e as mobilizam das regiões periféricas para as centrais, onde será expelida pela tosse ou aspiração. Frequências ideais para o transporte do muco seria acima de 13 Hz (capacidades manuais que atingem 1 a 8 Hz); Percussões torácicas = tapotagem e punho percussão; Propriedades do muco que atuam = tixotropismo (fluidificar) e viscosidade (deslocar); Indicação = secreções espessas (ausculta – roncos, sibilos inspiratórios e sibilos expiratórios que se modificam com a tosse) Técnicas utilizadas: 1. Tapotagem (mais estudada) 2. Punho-percussão 3. Dígito-percussão Tapotagem Percussão com as mãos em forma de concha Produzindo uma onda de energia que é transmitido através da parede torácica para as vias aéreas. Método de aplicação: Percutir nas regiões torácicas direcionadas pela ausculta pulmonar. Tórax envolto com uma toalha. Orientar um padrão ventilatório (PVD). Pode-se realizar tanto na inspiração quanto na expiração ➔ efeito da técnica é mais intensificado pela ritmicidade e efeito vibratório. Cuidar com estruturas ósseas proeminentes Ritmo: 240-260 percussões por minuto. Contra-indicações: ✔ Osteoporose ✔ Fratura de costelas ✔ Broncoespasmo ✔ Dispneia Punho-percussão ✔ Semelhante a tapotagem (mesmo método de aplicação). ✔ As mãos são cerradas durante a manobra de percussão. Dígito-percussão ✔ Crianças Pressão expiratória Trata-se de uma compressão passiva do gradil costal, objetivando remover as secreções em brônquios de menor calibre para brônquios de maior calibre. Deve-se associar a demais técnicas. Método de aplicação: O movimento deve ser sincronizado e realizado no período expiratório. Acompanhando o movimento respiratório (não avançar a fase inspiratória). A pressão exercida no tórax deve facilitar a desinsuflação Deve-se associar um padrão ventilatório. Qualquer posicionamento (DD, DL). TOSSE Reflexo protetor das vias aéreas e árvore traquebrônquica. Função: remover secreção retida e substâncias estranhas. Está presente em doenças hipersecretivas, com comprometimento do transporte mucociliar. A eficiência da tosse pode estar comprometida nas seguintes situações: 1. Alteração do nível de consciência (medicamentos); 2. Doenças neurológicas; 3. Alteração da força dos músculos respiratórios. Classificação: Expectoração ativa: tosse voluntária tosse assistida tosse induzida Expectoração passiva: aspiração EXPECTORAÇÃO ATIVA – TOSSE VOLUNTÁRIA É uma manobra intencional ensinada ao paciente e supervisionada pelo terapeuta; É o principal mecanismo fisiológico de eliminação de secreções pulmonares, pois a maioria das terapias de higiene brônquica somente ajudam a moveras secreções para as vias aéreas centrais; Fases da tosse: inspiração profunda, fechamento da glote, abertura da glote, expulsão do ar; Falhas no mecanismo da tosse: paciente não realiza inspiração profunda adequada, dor, déficit da musculatura expiratória, inatividade ciliar e intubação traqueal, traqueostomia; Classificação: tosse cinética e huffing HUFFING Nomes = huff, “baforada” É diferente da tosse cinética apenas na fase expiratória, que deve ser profunda, com a boca e a glote abertas; Indicada em pacientes com pequena capacidade inspiratória; EXPECTORAÇÃO ATIVA – TOSSE ASSISTIDA Pode ser realizada das seguintes formas: Utilização de pressão manual torácica pelo fisioterapeuta ou pelo paciente; Podemos, ainda, utilizar lençois, faixas ou outros materiais que facilitem a pressão sobre o tórax; Travesseiros. Tosse assistida Aplicado nos casos em que os pacientes são incapazes de expulsar forçadamente o ar e remover secreções. Indicações: ✔ comprometimento neuromuscular ✔ po de cx torácica e abdominal Método: O paciente deve realizar uma inspiração profunda Ao finalizar a inspiração, o fisioterapeuta deve aplicar uma rápida pressão manual durante a fase expiratória. ✔ Posicionamento: paciente sentado EXPECTORAÇÃO ATIVA – TOSSE INDUZIDA Indicada para pacientes não cooperantes, com rebaixamento do nível de consciência, idosos, astênicos, crianças, portadores de vias aéreas artificiais ou com diminuição de força muscular. A tosse pode ser estimulada através da excitação dos receptores da tosse localizados na região da traqueia. Maneiras de realização: ✔ tic-traqueal; ✔ compressão da fúrcula esternal; ✔ induzida por PPI (ambú); ✔ suspiros ou aumento do fluxo inspiratório no ventilador mecânico; ✔ instilação de solução fisiológica nas vias aéreas artificiais; ✔ induzida por vibração ou percussão manual. AFE (aumento do fluxo expiratório) Aceleração do fluxo expiratório: consiste numa expiração ativa ou passiva associada a um movimento toracoabdominal , gerado pela compressão manual do fisioterapeuta, durante a fase expiratória. ✔Ezvaziamento passivo do ar ✔Facilita o deslocamento de secreções (especialmente de vvaa proximais). Seu objetivo principal é expulsar o ar dos pulmões a uma velocidade semelhante a da tosse, sendo capaz de favorecer a progressão da expulsão das secreções, otimizar as trocas gasosas pelo aumento do volume corrente e promover a mobilização da mecânica torácica. Técnica consiste na compressão realizada na parede torácica durante a fase expiratória de forma relativamente brusca objetivando a formação de fluxo turbulento por aceleração do fluxo expiratório, objetivando a mobilização de secreções; Para aplicação da técnica, as mãos do fisioterapeuta devem estar dispostas no sentido anatômico dos arcos costais, com os dedos colocados entre os mesmos (forma direta). Método: Durante a fase expiratória o fisioterapeuta deve realizar a compressão manual: ✔ Com uma das mãos no tórax (compressão de cima para baixo) ✔Outra mão no abdomem (compressão de baixo para cima). ✔Posicionamento: em DD com a cabeceira elevada. ✔A força compressiva deve ser distribuída igualmente entre a palma da mão e os dedos; ✔Deve-se respeitar a biomecânica do tórax; ✔Cuidado = fratura de costela, osteoporose. DA Drenagem autógena: técnica que utiliza a inspiração e a expiração lentas de forma ativa e controlada pelo paciente. É uma forma de auto drenagem onde é utilizado uma sequência de técnicas respiratórias, alterando a velocidade e a profundidade da ventilação, promovendo oscilações dos calibres dos brônquios; Objetivo é obter um fluxo expiratório máximo nas diferentes gerações dos brônquios e com isso deslocar a secreção das regiões mais distais do pulmão para as mais centrais, onde poderá ser expectorada; Possui a desvantagem de ser limitada pela idade e pela capacidade de compreensão do paciente, pois é de difícil aprendizado e requer tempo e treinamento por um profissional experiente. Método: (3 etapas) 1. Descolar: caracterizada com respirações com volumes pulmonares baixos (mobilização do muco periférico). 2. Coletar: realizada com respirações à volume corrente (coletando o muco das vvaa proximais). 3. Eliminar: realizada com respirações com volumes pulmonares altos (eliminando a secreção das vvaa centrais). A tosse é desencorajada até que a última fase do ciclo se complete. ✔ Sessões: 30-45 minutos / 2 vezes ao dia Flutter/Shaker Dispositivos semelhantes que facilitam a remoção da secreção, garantindo independência ao paciente. Composição: ✔ Peça bucal (corpo do aparelho) ✔ Esfera de aço ✔ Capuz perfurado ✔ Cone Método: O paciente realiza expiração Gerando um movimento oscilatório da esfera de aço a cada expiração Transmitido a árvore brônquica Este efeito determina variações do calibre das vvaa que ➔ a aderência das secreções da parede brônquica Gerando e clearence das vvaa. Quando o paciente expira, o movimento da esfera cria uma pressão expiratória positiva de 5 a 35 cmH20 e uma oscilação vibratória do ar dentro das vias aéreas com frequência aproximada de 8 a 26 Hz; A mudança da frequência de oscilação depende do fluxo aéreo expiratório e da angulação que o instrumento é utilizado; Ou seja, quanto maior o fluxo expiratório = maior as oscilações = maior a frequência; O paciente deve estar sentado, inclinado para frente e com os cotovelos apoiados sobre uma superfície estável. Tempo de aplicação variável; período inicial de 3min e evoluindo gradativamente ao limite máximo de 15 à 20 minutos. O aparelho deve ser segurado horizontalmente e inclinado levemente para baixo até que o máximo de efeitos oscilatórios sejam obtidos; Após 4 a 8 respirações, o "huffing" pode ser utilizado para eliminar as secreções mobilizadas, sendo que é necessária uma pausa entre uma série e outra de exercícios para controle respiratório e relaxamento. Shaker Mesmo mecanismo e efeitos do flutter; Diferença está na possibilidade de trabalhar com o paciente em decúbito lateral, já que podemos modificar o posicionamento do bucal. DP Drenagem postural: trata-se de uma técnica que utiliza a ação da gravidade para exercer influência sobre a áreas lesadas do pulmão ✔ Através de posições que aceleram a velocidade do muco e aumentam a sua eliminação Indicações: pacientes que apresentam expectoração superior a 25-30 ml/dia (Normal: 10- 20 ml/dia) ✔ Pode ser associada a demais técnicas. Indicações: Proporciona a mobilização de secreções, abertura de brônquios e alvéolos e evita a formação de atelectasias. CONTRA-INDICAÇÕES: Instabilidade cardiovascular Risco de aspiração Afecções respiratórias Afecçoes neurologicas Edema agudo de pulmão Refluxo gastroesofagico Embolia pulmonar Hipertensão intracraniana Insuficiencia cardíaca congestiva Fistula traqueoesofagica Derrame pleural extenso Aneurisma cerebral Infarto agudo do miocárdio recente Após refeição Pneumotórax não tratado Neurocirurgia Arritmia cardíaca Ausência de reflexo protetor das vias aéreas inferiores Hemorragia pulmonar Hidrocefalia não tratada Hipotensão e hipertensão graves CUIDADOS: Certificar-se que o paciente realizou a última refeição a pelo menos duas horas antes do início da técnica para evitar refluxo gastroesofágico e a parte hemodinâmica do paciente deve estar sendo monitorizada regularmente.TEMPO DE APLICAÇÃO: Existem controvérsias sobre o tempo de aplicação do método, mas muitos autores defendem a permanência por 15 a 30 minutos em cada posição com o limite de 60 minutos no total. ASPIRAÇÃO Aspiração endotraqueal: trata-se e um procedimento invasivo utilizado para a remoção de secreções. Utilizada quando o reflexo de tosse está comprometido. Faz necessário a retirada de secreção devido: ✔A oclusão da vvaa artificial ✔Aumento do trabalho respiratório ✔Atelectasias e infecções respiratórias Consiste na aspiração mecânica por vácuo de secreções pulmonares e de vias aéreas superioras; material necessário: • oxímetro de pulso; • vácuo de rede ou aspirador portátil; • rede de oxigênio com umidificador; • conexão de látex para vácuo e O2; • ressuscitador manual (AMBU); • estetoscópio; • sonda de aspiração (número 12 ou 14); • 1 par de luvas de procedimento; • 1 luva estéril plástica; • 2 flaconetes de soro fisiológico 0,9% Preparação do paciente: Na preparação para aspiração traqueal o paciente deve ser hiperoxigenado por oferta de oxigênio a 100% por mais que 30 segundos antes de ser aspirado. Isto pode ser realizado por: - ajustando a FIO2 a 100% no ventilador mecânico; - ventilando manualmente o paciente usando um ressuscitador manual (AMBU) com uma FIO2 100%. Adaptar um oxímetro do pulso para avaliar a saturação (SpO2) durante e depois do procedimento; Pode usar solução salina normal (SF 0,9%) para instilação através da via aérea artificial para diluir e mobilizar secreções pulmonares. Aspiração: - verificar oximetria de pulso; - separar material; - testar equipamentos; - a colocação da sonda de aspiração através da via aérea artificial na traquéia deve ser feita de forma delicada mas rápida; - somente liberar a pressão negativa (abrir o vácuo) quando a sonda estiver sendo retirada; - usar técnica estéril; - cada passagem da sonda de aspiração na via aérea artificial é considerada uma aspiração; - a duração de cada aspiração deve durar 10 a 15 segundos; - a pressão negativa do vácuo deve ser ajustada entre 10 e 15 cmH2O. DEPOIS DE CADA ASPIRAÇÃO: o paciente deve ser hiperoxigenado por (AMBU) com oferta de oxigênio 100% por tempo > ou = 1 minuto; verificar a saturação (SpO2) no oxímetro de pulso; o paciente deve ser monitorado para reações adversas. DEPOIS DE CONCLUÍDA A ASPIRAÇÃO: aspirar as narinas; aspirar cavidade oral. Indicações: - Presença visível de secreção - Alterações de ausculta respiratória - Alterações radiológicas compatíveis com retenção de secreção - Obtenção de amostras de secreção pulmonar - Aumento do trabalho respiratório - Hipoxemia, queda de SatO2, alteração de gases arteriais. Causas e consequências da Hipoxemia durante aspiração Principais causas: • interrupção da ventilação mecânica- perda da PEEp e da oxigenação • aspiração doas gases do trato respiratório – redução do volume pulmonar • redução da complacência pulmonar •formação de atelectasia - Principais consequências • arritmias cardíacas • parada cardíaca • Lesões no SNC Monitorização durante a aspiração: - Padrão respiratório - Oximetria de pulso - Frequência respiratória - Ausculta pulmonar - Parâmetros ventilatórios (relacionados ao VM) - Parâmetros hemodinâmicos (FC, PA) - Perfusão periférica - Pressão intracraniana (PIC) Aspiração nasal e oral Para pacientes sem via aérea artificial com tosse ineficaz (doenças neurológicas, não colaborativos, uso de medicamentos: anestésicos, fraqueza muscular respiratória). Método: ✔ Sonda ✔ EPIs ✔ Posicionamento ✔ Hiperoxigenação ✔ Anestésico Sistema de aspiração fechado Trata-se de um dispositivo acoplado entre o tubo endotraqueal e o circuito do VM. O cateter/sonda de aspiração está envolto com uma capa flexível dispensa o uso de luva estéril Vantagens: ✔ Continuidade da ventilação ✔ Previne a contaminação do paciente e profissional ✔ Uso de uma única sonda (72 hs) ✔ Reduz o risco de infecções Aspiração nasotraqueal / cânula nasofaríngea CONCLUSÃO FATORES QUE AUXILIAM PARA A SELEÇÃO DA TÉCNICA: ✔ Condições clínicas do paciente (antes e durante a realização das técnicas) ✔ Ausculta pulmonar ✔ Grau de compreensão e colaboração do paciente ✔ Condições da musculatura respiratória ✔ Objetivos do tratamento ✔ Indicações e contra-indicações da técnica ✔ Habilidade e conhecimento do fisioterapeuta em realizar a técnica ✔ Evidências clínicas, práticas e científicas. GASOMETRIA ARTERIAL A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra com os padrões internos do gasômetro. Indicações • Avaliação: - Ventilação (PaCO2) - Oxigenação (PaO2) - Condição ácido-básica (pH, PaCO2, HCO3) • Resposta do paciente à terapia • Diagnóstico • Evolução clínica VALORES DE REFÊRANCIA GASOMETRIA Os principais dados laboratoriais para a determinação do estado ácido-básico são pCO2, pH e concentração de bicarbonato. Estes dados são obtidos a partir de uma gasometria arterial. PCO2: é a pressão parcial de dióxido de carbono. Pressão parcial significa a pressão que um gás exerce isoladamente num conjunto de vários gases. A PCO2 representa a concentração de CO2 no sangue, podendo variar entre 35 e 45 mmHg e ser considerada normal. CO2 alto – meio ácido CO2 baixo – meio alcalino pH: é o logaritmo do inverso da concentração de hidrogênios, portanto, quando a concentração de H+ diminui, o pH aumenta e vice-versa. Íons H+ diminuem, pH aumenta (mais básico) Íons H+ aumentam , pH diminui (mais ácido) O pH é um indicador de concentração de H+ no sangue. É considerado normal de 7,35 a 7,45. AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO EXPECTORA- ÇÃO percussões torácicas (tapotagem e punho percussão); vibrações torácicas vibração manual, Vibração mecânica, vibrocompressão e shaking); flutter, shaker. AFE; - drenagem autogênica; - ELTGOL. Tipos de tosse; Expectoração passiva (aspiração) ONDAS DE VIBRAÇÃO Exemplo: pH= 7,2 (acidose – mais íons H+) pCO2 = 50 mmHg (acidose – aumento dos íons H+) HCO3- = 15 mEq/l (excesso de ácido) O pH diminuído significa acidose; a pCO2 aumentada significa excesso de ácidos pela via respiratória e o HCO3- diminuído significa excesso de ácidos pela via metabólica. PORTANTO, TEM-SE UMA ACIDOSE MISTA (ACIDOSE RESPIRATÓRIA E METABÓLICA). Paciente de 65 anos, fumante, procura o ambulatório queixando-se de dispneia, cansaço e tosse acompanhada por secreção purulenta. O exame clínico revela aumento do diâmetro ântero- posterior do tórax, baqueteamento digital e sibilos esparsos. Gasometria arterial: pH= 7,40; PaCO2= 58 mmHg; BIC= 34 mM/L; BE= +7,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? ✔ A PaCO2 está elevada indicando acidose respiratória. ✔ BIC também está elevado indicando alcalose metabólica. ✔ Em função da história e do exame físico o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. ✔ Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção de CO2 pela doença pulmonar. ✔ Devido a doença crônica os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de normalizar o pH. ✔ A causa dos distúrbios é a DPOC, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões que ativam alterações renais. ✔ A conduta, neste caso, é dirigida à causa e não ao distúrbio ácido-básico. Paciente de 55 anos com infarto agudo do miocárdio está na Unidade Coronariana em choque cardiogênico. Apesar de suporte farmacológico com dobutamina, dopamina e adrenalina,a perfusão é inadequada, apresentando extremidades frias, cianose periférica, anúria e sonolência. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 35 mmHg; BR= 12 mM/L; BE= -15. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? ✔ O pH baixo sugere acidose grave. ✔ A PaCO2 está normal não havendo alteração respiratória. ✔ O BIC está baixo indicando distúrbio metabólico. ✔ O distúrbio trata-se de uma acidose metabólica sem tentativa de compensação. ✔ O mecanismo da acidose metabólica é o mesmo dos outros tipos de choque; metabolismo celular anaeróbico (hipóxia) com acúmulo de ácido láctico e dificuldade de eliminação de ácidos em decorrência da hipoperfusão renal. Equilíbrio Ácido-Base ↑ CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ ↑ H+ + HCO3 ↑ H+ = pH ↓ = acidose ↓ H+ = pH ↑ = alcalose ACIDOSE Ocorre acidose quando a concentração de íons hidrogênio livres nos líquidos do organismo está elevada; em consequência, o pH medido no sangue arterial, está abaixo de 7,35. CLASSIFICAÇÃO DAS ACIDOSES Metabólicas: ocorre em consequência do aumento da quantidade de ácidos fixos, não voláteis, no sangue, como o ácido lático, corpos cetônicos ou outros. O pH do sangue se reduz, devido ao acúmulo de íons hidrogênio livres; não há interferência respiratória na produção do distúrbio. Respiratória: ocorre em consequência da redução da eliminação do dióxido de carbono nos alvéolos pulmonares. A retenção do CO2 no sangue que atravessa os capilares pulmonares, produz aumento da quantidade de ácido carbônico no sangue, com consequente redução do pH, caracterizando a acidose de origem respiratória. ALCALOSE Ocorre alcalose quando a concentração de íons hidrogênio livres, nos líquidos do organismo está reduzida. Em consequência, o pH medido no sangue arterial está acima de 7,45. CLASSIFICAÇÃO DAS ALCALOSES Metabólica: ocorre em consequência do aumento da quantidade de bases no sangue, como o íon bicarbonato. O pH do sangue se eleva, devido à redução de íons hidrogênio livres; não há interferência respiratória na produção do distúrbio. Respiratória: ocorre em consequência do aumento da eliminação de dióxido de carbono nos alvéolos pulmonares. A eliminação excessiva do CO2 do sangue que atravessa os capilares pulmonares, produz redução da quantidade de ácido carbônico no sangue, com consequente elevação do pH, caracterizando a alcalose de origem respiratória. PaCO2 Eficácia da ventilação alveolar Valores normais: de 35 a 45 mmhg Reflete distúrbios respiratórios do pH ↓PaCO2 = hiperventilação = Alcalose respiratória ↑PaCO2 = hipoventilação = Acidose respiratória Bicarbonato - HCO3 Concentração depende da função renal Valores normais: de 22 a 28mMol/l Reflete distúrbios metabólicos ↓HCO3 = ↓ pH = acidose metabólica ↑HCO3 = ↑ pH = alcalose metabólica Base excess - BE Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo Valores normais: -2 a +2 BE↑ = alcalose BE↓ = acidose Distúrbios ácido base Acidose respiratória Alcalose respiratória Acidose metabólica Alcalose metabólica Acidose mista Alcalose mista Gasometria compensada Acidose Respiratória Acidose: pH ↓ 7,35 Respiratória: PaCO2 ↑ 45mmHg Hipoventilação ↑ PaCO2 ↓pH = Acidose Compensação: após 12 a 48h ↓ eliminação renal de HCO3 Causas: ↓ drive ventilatório (lesão SNC ou inibição por drogas) Obstrução VAs Dçs neuromusculares, SARA, TEP, edema pulmonar, atelectasia, fibrose VM inadequada Alcalose respiratória Alcalose: pH ↑ 7,45 Respiratória: PaCO2 ↓ 35mmHg Hiperventilação ↓PaCO2 ↑pH = Alcalose Compensação: ↑ eliminação renal de HCO3 Causas: Dor, ansiedade, febre, grandes altitudes Lesão SNC VM inadequada Acidose Metabólica Acidose: pH ↓ 7,35 Metabólica: HCO3 ↓ 22 mEq/L Causas: Insuficiência renal Cetoacidose diabética Febre, doenças infecciosas Compensação: Hiperventilação Alcalose Metabólica Alcalose: pH ↑7,45 Metabólica: HCO3 ↑ 28 mEq/L Causas: Insuficiência respiratória crônica (DPOC) Oferta excessiva de bicarbonato Perda excessiva de conteúdo gástrico Compensação: depressão respiratória é incomum Acidose mista Acidose: pH ↓ 7,35 Mista: PaCO2 ↑ 45mmHg e HCO3 ↓ 22 mEq/L Ex: IResp → PaCO2↑ → fadiga mm respirat.→ ↑ produção de ácido lático → tamponado pelo HCO3 ↓ = pH ↓ Alcalose mista Alcalose: pH ↑ 7,45 Mista: PaCO2 ↓ 35mmHg HCO3 ↑ 28 mEq/L Ex: hiperventilação em VMI → PaCO2 ↓ → perda de suco gástrico por vômito → HCO3 ↑ = pH ↑ Regra prática pH acidose ↓ 7,35 normal 7,45 ↑ alcalose PaCO2 alcalose ↓ 35 normal 45 ↑acidose HCO3 acidose ↓ 22 normal 28 ↑ alcalose Oxigenoterapia Indicações: Adultos, crianças e lactentes; Traumatismos graves; IAM; Angina instável; Recuperação pós-anestésica, Insuficiência respiratória aguda e crônica agudizada Corrigir: Hipoxemia: (PaO2< 60 mmHg ou SaO2 < 92%) Origem respiratória: Distúrbio de V/Q; Hipoventilação alveolar; Distúrbios de difusão. Origem não respiratória: Quantidade de O2 ofertada; Choque circulatório; Hipovolemia, Queda ou alteração química da hemoglobina. 1. Sistemas de baixo fluxo ou fluxo variável Quantidade de oxigênio (FiO2) variável e imprevisível Dependerá do padrão ventilatório do paciente Além do suporte de O2 → respira ar ambiente também a) Cânula nasal: ✔ Fácil aplicação ✔ Mais utilizado em adulto ✔ Permite o paciente falar e tossir ✔ Não permite a respiração bucal ✔ Fácil deslocamento do cateter ✔ Possibilidade de irritação tecidual da nasofaringe ✔ Fluxos: 1 – 6 l/minutos Catéter nasal b) Máscara simples Aumenta o reservatório artificial de oxigênio Permite uma maior inalação de gás na inspiração Fluxos: 5 - 8 l/min (fluxos inferiores a 5 litros aumentam o risco de reinalação de gás carbônico) devem ser evitados. Cuidado em fixar a máscara no paciente bem adaptada a face. c) Máscara com reservatório: São máscaras acopladas a uma bolsa inflável que armazena oxigênio a 100%. Permite alcançar fluxos de 7 – 10 l/min (60 - 80%). Máscaras sem reinalação utilizam uma válvula unidirecional e podem atingir uma FiO2 de 60 – 100% Obs.: com o fluxo atlo de oxigênio ocorre o escape de ar em torno do corpo da máscara. A cânula nasal de alto fluxo (CNAF) especial bi-nasal e um circuito inspiratório aquecido. Ela é utilizada para a aplicação de ar misto aquecido e umidificado e oxigênio a altas taxas de fluxo, tipicamente configuradas entre 30 e 50 l/min. Este alto fluxo pode fornecer concentrações de oxigênio inspiratório mais constantes do que a oxigenoterapia convencional. Até 60 litros por minuto e uma fração ofertada de O2 (FiO2) de 21% a 100%. Os níveis de fluxo são altos o suficiente para gerar pressão positiva nas vias aéreas, diminuindo o aprisionamento de ar ambiente e o trabalho da respiração. O alto fluxo é ofertado aquecido e umidificado, aumentando assim o conforto do paciente. O sistema consiste de um misturador de ar oxigênio com FiO2 ajustável, que fornece um fluxo de gás modificável, para uma câmara aquecida onde o gás é aquecido e umidificado. A mistura de gás é então encaminhada através de um circuito de alto desempenho para ser entregue a 37 graus. d) Tenda facial Ou máscara de macronebulizador Permite fluxos de: 6 – 15 l/min FiO2: 21 - 40% Indicado para pacientes com trauma facial e que não toleram a máscara facial. e) Colar de traqueostomia Ou máscara de traqueostomia Permite fluxos de: 6 – 15 litros FiO2: 35– 60% Posicionamento diretamente na cânula de traqueostomia. 2. Sistemas de alto fluxo a) Máscara de venturi Máscara de alto fluxo que utiliza o ar ambiente, arrastando em volta do paciente jato de oxigênio. Fluxos: 5 – 12 litros FiO2: 24 – 50% Permite oscilar a quantidade de oxigênio através das válvulas. b) VNI ✔ Por meio de uma máscara e VM ✔Possui um blender (mistura de oxigênio e ar comprimido) ✔ Permitindo uma FiO2 mais fidedigna Efeitos deletérios do oxigênio: 1. Atelectasia por absorção: →Aumenta a quantidade de oxigênio e diminui os níveis de N2 no gás alveolar →Oxigênio se difunde rapidamente para o sangue →Colapso alveolar (devido a perda da fonte estabilizadora do alvéolo) 2. Retinopatia de prematuridade: →Aumenta a quantidade de oxigênio, vasoconstrição → E diminui os fatores de crescimento vascular →Interrupção do desenvolvimento vascular →redução da perfusão→isquemia de retina → cegueira Indicações: ✔ Atenuação dos quadros de IRA ou crônica ✔ Redução dos sintomas causados pela apneia do sono ✔ Melhora da oxigenação arterial ✔ Redução da sobrecarga cardíaca (pois a hipoxemia dispara mecanismos de compensação adrenérgica que influenciam o trabalho do miocárdio) Oxigenoterapia a longo prazo Indicado para pacientes com distúrbio de ventilação Objetivo: evitar efeitos deletérios a hipoxemia crônica Indicação: ✔ Pa02 menor ou igual 55 mmHg. ✔ Pa02 entre 56 - 59 mmHg na presença sugestiva de cor pulmonale, IC ou eritrocitose (Hematócrito > 55%). A oxigenoterapia é de responsabilidade médica. Dose de oxigênio: Pa02 > 60 mmHg Sat02 > 90% (com paciente em repouso) Oxigenoterapia noturna: Recomenda-se agregar 1l/min de oxigênio a quantidade que recebe ao dia Oximetria de pulso TÉCNICAS DE EXPANSÃO PULMONAR EXPANSÃO PULMONAR Princípios fisiológicos das técnicas Objetivos: Profilaxia e resolução de enfermidades pulmonares (ex. Atelectasia) Através: 1. Pressão de distensão aplicada 2. Modificação de volume pulmonar Utilizando modelos mecânicos, a expansão pulmonar ocorre: 1. Pela redução da pressão pleural Contração dos mm inspiratórios, determina a expansão da parede torácica - Reduzindo a pressão pleural = Expansão pulmonar 2. Pelo aumento da pressão intrapulmonar: que poderá ser aumentada por alguns dispositivos Através de equipamentos com pressão positiva (VNI, EPAP) Gerando aumento na pressão de abertura das vvaas. Aumentando o volume intrapulmonar As técnicas de expansão pulmonar visam: Reduzir a pressão pleural (PVs ou incentivadores) Aumentar a pressão intrapulmonar/alveolar (técnicas de pressão positiva). Indicações: Situações que ocorrem redução dos volumes pulmonares; Presença de risco de colapso alveolar; Condições pulmonares restritivas (atelectasia); Acometimento da pleura; Deformidades torácicas (cifoescoliose); Obesidade; PO de cx torácica e abdominal. Objetivos: 1. Melhorar força e endurance muscular respiratório; 2. Aumentar SpO2; 3. Aumentar volumes pulmonares; 4. Distribuir homogeneamente a ventilação. As técnicas de expansão pulmonar atuam indiretamente na desobstrução pelo efeito do fluxo aéreo (deslocamento do muco). Técnicas: Padrões ventilatórios: tratam-se de exercícios respiratórios que visam minimizar alterações pulmonares, favorecendo a troca gasosa, a mecânica respiratória e a ventilação pulmonar. 1. Padrão Diafragmático: Corresponde a respiração basal (normal)– (inspiração nasal e expiração oral). Objetivo: promover a excursão diafragmática e maior ventilação nas bases pulmonares. Padrão ventilatório diafragmático (PVD) Utilização: diminuir ou eliminar a atividade mm desnecessária. Diminui o esforço respiratório e aumentar a eficiência da respiração (reduz a dispneia). 2. Inspiração profunda: Realização de uma inspiração até a CPT, seguida de uma expiração. Se possível: sustentar a inspiração no mínimo 3 segundos (antes da expiração). 3. Inspiração em tempos: Realização de inspirações nasais curtas, sucessivas e programadas Podem ocorrer de 2 a 6 tempos repetitivos Intercalados por pausa inspiratória Seguida de uma expiração oral (CRF) Promove: Aumento da difusão dos gases aumentando o tempo de contato entre o sangue do capilar pulmonar e o ar alveolar 4. Soluço ou Suspiro inspiratório: Realizado com respiração normal fracionada em 2 ou 3 tempos. Promove: uma distribuição mais homogênea da ventilação pulmonar (favorecendo a distribuição). Distribuição mais homogênea (uniforme) 5. Padrão intercostais: Realizado através da inspiração e expiração nasais. Relação da inspiração/expiração 1:1 Com Fr mais alta Direciona o fluxo de gás/ar para regiões não dependentes (pode se trabalhar em decúbito lateral O pulmão tratado deve ser posicionado em lado não dependente. 6. Padrão para broncoespasmo: Realizado através da inspiração nasal e expiração oral com os lábios entreabertos (com frenolabial) resistência Com VC baixo e Fr alta Reduzindo o BE e aumentando a ventilação pulmonar. Indicações: diminuir a turbulência do fluxo aéreo, ventilar zonas apicais, mediais e basais, diminuir a CRF (capacidade residual funcional) e favorecer a difusão dos gases. 7. PV com expiração abreviada 1ª fase: insp nasal, suave em seguida exp peq quantidade de ar; 2ª fase: volta a insp. (nasal), suave em seguida exp. pequena quantidade de ar; 3ª fase: volta a insp. (nasal), em seguida expira totalmente. Ti:TE: 3:1 – Pode ser associado o freno labial Indicações: reexpansão, aumenta a CRF, VRI E CPT. TÉCNICAS MANUAIS 1. Compressão e descompressão: Consiste em comprimir manualmente a parede torácica durante a expiração, liberando abruptamente no início da inspiração O tórax apenas retorna a posição inicial antes da compressão. A descompressão do tórax deverá ser realizada na metade final da fase expiratória; Essa descompressão acarreta grande negatividade da pressão intra-pleural e intra-pulmonar, promovendo um direcionamento de fluxo ventilatório para região correspondente; 2. Bloqueio torácico: Trata-se do bloqueio torácico na qual se proporciona um direcionamento do fluxo de ar Em comprimir um hemitórax para que aquele que se deseja trabalhar seja expandido de forma compensatória. Essa técnica pode ser utilizada quando pretende-se atingir regiões pulmonares comprometidas pela deficiência ventilatória; A técnica de bloqueio da caixa torácica é a aplicação de uma força através das mãos do fisioterapeuta no final da expiração, em um dos hemitórax do paciente permitindo assim maior expansãodo hemitórax contralateral. Pouca comprovação científica para a sustentabilidade da aplicação e funcionamento da técnica. EVIDÊNCIAS: O hemitórax comprimido está sujeito a diminuição da pressão transpulmonar, predispondo ao colapso pulmonar O efeito de compressão do tórax diminui o VC e aumenta a Fr. Pouco compatível com expansão pulmonar compensatória em hemitórax contralateral. ESPIROMETRIA DE INCENTIVO: Utilização de aparelhos projetados para encorajar o paciente pelo feedback visual Com o objetivo de realizar inspirações máximas sustentadas 1. Incentivadores a fluxo: São aparelhos que apresentam esferas dentro de cilindros São elevadas e sustentadas de acordo com o fluxo inspiratório gerado pelo paciente 2. Incentivadores a volume: São equipamentos que demarcam a capacidade inspiratória Apresentam uma escala graduada em ml Durante a inspiração, o pistão se movimentará de acordo com a CI do paciente É independente do fluxo gerado pelo paciente ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DOS INCENTIVADORES: Posicionamento adequado Supervisão do fisioterapeuta Monitorização do paciente Número derepetições/série (3 séries de 10 repetições) PEEP: pressão positiva ao final da expiração Trata-se de uma pressão superior a atmosférica presente nas vvaas ao final da expiração Objetivos: melhora na troca gasosa, estabiliza e recruta unidades alveolares, aumenta complacência pulmonar, melhora a SatO2 e a PaO2. Pode ser oferecida através: EPAP, CPAP, BIPAP 1. EPAP: Aplicação de PEEP sem auxílio da inspiração. Paciente realiza o esforço inspiratório. Equipamentos: máscara facial/bucal; válvula unidirecional; resistor expiratório; ou válvula de PEEP. Pressões: 5-20 cmH2O Cuidados: Pacientes com fraqueza muscular Trabalho/esforço ventilatório Nível de consciência Obs: a inspiração ocorre acima do VC (sem atingir a CPT), com expiração até a CRF. CPAP: pressão contínua nas vvaas A inspiração é realizada com a ajuda externa. O CPAP mantém uma pressão positiva constante em todo o ciclo respiratório Benefícios: diminui o trabalho respiratório, aumenta a CRF, melhora a oxigenação e expande alvéolos colapsados. Aplicação de CPAP Expansão pulmonar BIPAP X IC 1. Invasivo: TOT e traqueostomia 2. Não-invasivo: máscara facial, nasal e total VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA/DRIVE VENTILATÓRIO PRESERVADO Cuidados: Instabilidade hemodinâmica Hipoventilação Náuseas Traumatismos faciais Pntx não tratado Hipertensão craniana Expansão pulmonar Cuidados: Pressões superiores a 15 cmH2O e respiração oral Aerofagia/distensão gástrica (vômitos, aspirações) Sondas 3. BIPAP: aplicação de dois níveis pressóricos independentes. Indicações: Expansão pulmonar DPOC descompensado Evitar TOT Ira Doenças neuromusculares Pós operatório SUPORTE VENTILATÓRIO: Ambulatorial e Programas de Reabilitação Cuidados: (mesmos do CPAP) Instabilidade hemodinâmica Hipoventilação Náuseas Traumatismos faciais Pntx não tratado Hipertensão craniana Muito tempo de permanência com a interface Paciente pode desencadear lesões de pele e olhos. DOENÇAS DA PLEURA ANATOMIA: Pleura parietal: reveste a face interna da parede torácica Pleura visceral: reveste os pulmões Inervação: nervos intercostais Dinâmica das pleuras: os dois folhetos estão em estreito contato e deslizam sobre o outro, cavidade pleural, apresenta uma pequena qtde de líquido facilitando o deslizamento. Líquido ente as pleuras: Em torno de: 3 – 15 ml Constantemente renovado fluxo precedente da pleura parietal. DERRAME PLEURAL: Patogenia 1. Aumento da pressão nos capilares sanguíneos com escape de líquido para o espaço pleural IC. 2. Diminuição da pressão oncótica (proteínas) no sangue Hiponatremia, nefrose, cirrose, desnutrição. 3. Invasão pleural Infecção, neoplasias, traumatismos. AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA: saída de líquido para fora do vaso PRESSÃO ONCÓTICA DO CAPILAR É a pressão osmótica efetiva exercida pelas proeinas dentro do capilar Pelas suas dimensões, as proteínas não são filtradas, ficando retidas no interior dos capilares Classificação De acordo com o volume: 1. Pequenos: < 500 ml 2. Médios: 500 – 1000 ml 3. Grandes: > 1000 ml De acordo com o aspecto: Serofibrinoso, hemorrágico, purulento, leitoso. De acordo com a etiologia: 1. Transudatos: fluido de baixo conteúdo proteico (resultante de alteração da pressão hidrostática). IC Cirrose hepática Síndrome nefrótica Embolia pulmonar 2. Exsudatos: fluido com alta concentração de proteínas. Infecções: bactérias, vírus, tuberculose Neoplasias: primárias, secundárias (linfomas, mama) Doença do colágeno-vascular: LUPUS 3. Traumático Hemorrágico 4. Gasoso Pnemotórax Doenças da Pleura Causas mais frequentes: Pneumonias bacterianas, neoplasias, metástases, IC, traumatismos, cirrose. Clínica: Diagnóstico tardio (ocasião que o líquido atinge volume razoável) Dor (área lesada) Dispneia (DP mais volumoso) Redução da expansibilidade torácica (devido a dor) Frêmito tóraco-vocal diminuído ou ausente MV diminuído ou ausente Febre (em alguns casos) Fadiga Radiologia: Pleuras íntegras não visíveis no RX de tórax A presença de até cerca de 300 ml de líquido na cavidade pleural pode ou não ser identificada. Quando o derrame começa a se formar Abrange os locais de maior declive seios costofrênicos EXAME DO LÍQUIDO: Identificar a etiologia: Transudatos e exsudatos: a diferença permite identificar as doenças não-inflamatórias e inflamatórias a) Transudato: inodor, cor clara, ligeiramente amarelada, não viscosa. Com número de leucócitos baixos. Causas: IC, cirrose, síndrome nefrótica, hipoalbuminemia. b) Exsudato: aspecto seroso ou serofibrinoso, cor amarelo-citrino (ligeiramente turvo). Pode ser inodoro. Leucocitose. Com alta taxa de proteínas. TRATAMENTO Toracocentese: retirada do líquido pleural através de punção. Drenagem Pleural: grande quantidade de líquido. DERRAME PARAPNEUMÔNICO 50% das pneumonias causam DP (devido ao aumento da permeabilidade capilar originário do processo inflamatório) Ocorre nas pneumonias comunitárias e nosocomiais (Staphylococcus, psedomonas) Diagnóstico: identificação do microorganismo responsável. TTO: ATB, drenagem pleural e fisioterapia respiratória DERRAME NEOPLÁSICO Primário: Mesoteliomas (TU pleural) Maioria maligno - Desenvolvem-se na pleura visceral - Gerando o DP Metastático: perda de proteínas dos pacientes com CA geram aumento da permeabilidade pleural e alteração da pressão oncótica. Tratamento 1. Terapia esclerosante: com substâncias que promovem a pleurodese Ficando o espaço pleural lacrado, sem a possibilidade de acúmulo de líquido. Sucesso de 90% DERRAME LUPUS O acúmulo de líquido na cavidade pleural em função do comprometimento dos folhetos ou de doenças consequente a Insuficiência Renal. Além do DP pode ocorrer o derrame pericárdico (compressão do músculo cardíaco) DERRAME PÓS EMBOLIA PULMONAR A presença de líquido na cavidade pleural ocorre por da pressão hidrostática vascular – consequente a obstrução de ramos da aa pulmonar. Se a obstrução vascular for grande - ocasiona insuficiência ventricular direita ( da pressão na circulação venosa sistêmica) Com acúmulo de líquido em demais estruturas DERRAME PLEURAL POR DOENÇA CARDÍACA Acomete pacientes com IC e pós operatório de cx cardícaca. IC: devido ao aumento da pressão hidrostática Cx RM: devido ao uso da aa torácica interna (artéria mamária) abertura da pleura: cursa com DP. HEMOTÓRAX Presença de sangue na cavidade pleural Proveniente da parede do tórax, pulmão ou mediastino Classificação: Traumático: FAF, FAB, traumas indiretos (fratura de costelas), iatrogênicos (perfuração de uma veia/artéria durante passagem de cateter). Não traumático: distúrbios de coagulação, rompimento de aneurismas de vasos intratorácicos ou abdominais (dissecção). PNEUMOTÓRAX Presença de ar na cavidade pleural Gerando um espaço real separam os dois folhetos Classificação: 1. Espontâneo: em pacientes com doença pulmonar adjacente ou indivíduos longilíneos. Ocorre a presença de coleções de aéreas insufladas Bolhas ou Blebs As bolhas resultam da ruptura de vários alvéolos no tecido pulmonar/subpleural devido a fatores genéticos ou adquiridos. E podem se romper para a cavidade pleural (em virtude do da pressão em seu interior, ex. DPOC) Outro fator de surgimento das bolhas: menor irrigação sanguínea nos ápices pulmonares com relação a base (> distensão alveolar nos ápices). 2. Traumático (facada ou tiro): Originado por lesão pulmonar ou de parede torácica Aberto: FAF, FAB Fechado: fratura de costela 3. Iatrogênico: ocorre em virtude de VM,cateter, RCP, procedimentos invasivos (biópsias, toracocenteses). Clínica: Dispneia, fadiga, dor MV ou abolido, da mobilidade torácica Enfisema subcutâneo: resulta da passagem de ar da cavidade pleural para o tecido subcutâneo devido a fístula pleuropulmonar, dreno mal posicionado ou obstruído (sem maiores consequências). RADIOLOGIA Presença de área de hipertransparência Deslocamento de mediastino Aumento dos espaços intercostais Rebaixamento das hemicúpulas diafragmáticas Tratamento: Medicamentoso: antitussígenos, analgesia Oxigenoterapia Fisioterapia Respiratória Pleurodese química Toracocentese: aspiração com agulha (segundo – terceiro espaço intercostal) descompressão pulmonar. Drenagen do tórax: anestesia local para a colocação de um dreno (ausência de borbulhamento no frasco). EMPIEMA Coleção de pus na cavidade pleural em função da contaminação deste espaço, resultante da complicação de outro processo previamente existente. Causas: Pneumonia, cx torácica, trauma de tx (drenagem de tx, toracocentese), osteomielite de costelas e esterno. Patogenia A partir da contaminação da cavidade pleural Gera um processo inflamatório local Fase 1: Exsudativa quando não há comprometimento do parênquima pulmonar Coleção líquida é drenada (reexpansão pulmonar imediata) Fase 2: Fibrinopurulenta Com formação de secreção purulenta e espessa com presença de fibrina Recobre as superfícies pleurais Formação de membrana espessa Fase 3: Organização Proliferação de fibroblastos Membrana mais espessa Restringe a expansão pulmonar (líquido denso e cremoso) Limitado entre as neomembranas que formam as paredes do empiema Clínica: Dispneia Redução de expansibilidade torácica Dor Febre Mal estado geral Leucocitose RADIOLOGIA Dependerá da fase do processo infeccioso. Tratamento: ATB Fisioterapia Respiratória Cirurgia (toracoscopia) EXAMES DO TÓRAX Radiografia do tórax Principal forma de investigação. As imagens de RX podem ser: 1. Póstero-anteriores (PA): que descrevem a direção na qual o feixe de raios atravessam o paciente. Paciente contra o chassi e as costas voltadas ao tubo de RX. Braços abduzidos: escápulas afastadas. Inspiração máxima. 2. Ântero-posterior (AP) ✔ A região dorsal do paciente é posicionadas contra o chassi e o aparelho de RX voltado à região anterior do tórax Comum: pacientes acamados, UTIs. 3. Perfil • Paciente apoia um dos hemitórax no chassi, elevando verticalmente os braços. • O perfil habitualmente realizado é o esquerdo. • Avalia-se: cúpulas diafragmáticas, mediastino, forma do tórax, segmentos broncopulmonares. INDICAÇÕES DO ESTUDO RADIOLÓGICO: Sinais e sintomas relacionados a distúrbios pulmonares. Acompanhamento evolutivo de doença torácica/respiratória Avaliação pré-operatória Monitorização de pacientes em uso de equipamentos ventilatórios (VM), procedimentos intervencionistas, cirurgias torácicas e cardíacas. Critérios de análise: Identificar a penetração do feixe de RX RX penetra de maneiras diferentes nas várias estruturas do tórax AR: a radiação passa diretamente pelos pulmões , a radiação provoca um escurecimento, Hipertransparência MATERIAIS MAIS DENSOS: a radiação é bloqueada em grande quantidade produzindo imagens brancas Hipotransparência ESTRUTURAS VISUALIZADAS Propedêutica da radiografia de tórax: A avaliação segue uma ordem específica região periférica região central. 1. Partes moles: - Enfisema subcutâneo, massas tumorais, músculo, mamas. 2. Partes ósseas: arcabouço ósseo - Costelas, clavículas, esterno, escápulas, coluna torácica. - Fraturas, luxações, deformidades coluna (escoliose), osteoporose. 3. Pleura: - Derrame pleural (acima de 100 ml). - Seio costofrênico. 4. Diafragma: - Forma os ângulos costofrênico e cardiofrênico. - O diafragma direito é cerca de 2 cm mais elevado que o esquerdo (90%). RX 5. Parênquima: corresponde conjunto de estruturas que formam o pulmão (estruturas alveolares – tecido conjuntivo). - Terço superior, médio e inferior. 6. Hilos: estruturas opacas situadas ao lado do mediastino (terço médio) – opaciddae não homogênea. - Formado por vasos sanguíneos, brônquios, nervos. Devem ser analisados quanto a sua densidade e posição. 7. Mediastino: situado entre os pulmões. Analisado quanto: posição, contorno, tamanho. Predominância quase total do coração e grandes vasos. - Possíveis deslocamentos: atelectasias, DP, TU. 8. Posição do TOT: ventilação seletiva 9. Alterações radiológicas: atelectasia, derrame pleural. SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO - Presença de ar no interior de uma condensação. - Ocorre a partir da superfície de oposição de estruturas de densidades diferentes: alvéolos cheios de secreção e brônquios contendo ar.Particularidades: Imagens infiltrativas: Imagem pulmonar de limites imprecisos, podendo ser único ou múltiplo e de densidade uniforme ou não. Em geral mal definidos na periferia (pode-se verificar a presença de broncograma aéreo). PARTICULARIDADES 1.Criança: as costelas apresentam-se horizontalizadas, angulando-se com o crescimento. Hemicúpulas diafragmáticas mais horizontalizadas Cúpula diafragmática esquerda mais elevada. Coração mais centralizado. 2. Idoso: aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax - devido aumento da curva cifótica dorsal. Presença de osteoporose senil. Hiperdistensão dos alvéolos (pulmões mais transparentes). Dilatação, calcificação, alongamentos aórticos. X DPOC Definição: doença caracterizada por limitação da passagem de ar pela vias aéreas, principalmente durante a expiração. O aprisionamento do ar decorre de: Destruição do tecido pulmonar Perda da elasticidade dos bronquíolos e alvéolos DOENÇA RESPIRATÓRIA PREVENÍVEL E TRATÁVEL, CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO CRÔNICA AO FLUXO AÉREO, APRISIONAMENTO DE AR E HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR ✔ Retenção de gás carbônico ( PACO2) ✔ Redução de oxigênio ( PAO2) 1. BRONQUITE CRÔNICA: Inflamação crônica dos brônquios e bronquíolos. Quando as vias aéreas estão inflamadas menos ar é capaz de fluir para dentro e para fora dos pulmões. A irritação dos brônquios resulta em produção crônica de muco. Caracterizada quando o indivíduo tosse na maioria dos dias do mês, por pelo menos três meses por dois anos sucessivos, na ausência de outra causa para a tosse. 2. ENFISEMA PULMONAR: Inicia com destruição dos alvéolos - que é irreversível e resulta na formação de “buracos” permanentes no tecido pulmonar. À medida que os alvéolos são destruídos os pulmões perdem a capacidade de difusão. O pulmão perde elasticidade - que resulta em colapso dos brônquios. BRÔNQUITE CRÔNICA: “inflamação dos brônquios” definida pela presença de tosse e secreções brônquicas, suficientes para cursarem com expectoração por um período de 3 meses a 2 ano. ENFISEMA PULMONAR: alargamento anormal e persistente dos espaços aéreos distais ao brônquio terminal. Acompanhado de destruição de suas paredes. FATORES DE RISCO: Desenvolvimento de DPOC depende de vários fatores A relação entre fatores externos e as respostas individuais que poderão desencadear uma resposta inflamatória. Que conduzirá à alterações patológicas responsáveis pelo quadro clínico e evolução da doença. ✔ Ambiente tabaco, pó/poeira, substâncias químicas. ✔ Hospedeiro deficiência de alfa-1 antitripsina. 1. Tabagismo ✔ Associado a 90% dos casos de DPOC. Alterações das estruturas pulmonares O tabagismo causa: Diminuição da motilidade ciliar Aumento do número de células caliciformes Provoca hipertrofia de células caliciformes
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