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Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → Histologicamente, o fígado é organizado em vários lóbulos, que lembram hexágonos em que, em cada vértice, ira possui um espaço porta; dessa forma, um lóbulo tem seis espaços portas. → Cada lóbulo é formado por hepatócitos agrupados em forma de placas que são interconectados formando uma massa poligonal de tecidos → Cada placa pode contar em torne de 1 ou mais células de espessura, formando os cordões de células que são circundados pelos sinusoides hepáticos (imagem 2) → o espaço porta (ou tríade portal) é formado o ramo do ducto biliar + um ramo da veia porta hepática + um ramo da artéria hepática; sendo que essas duas ultimas se ramificam em todo o lóbulo, desembocando nos capilares sinusoides, que vão em direção a veia central (ordem de fluxo no fígado) MICROSCOPIA DO LÓBULO HEPÁTICO → em alguns mamíferos não humanos, na microscopia do fígado é possível enxergar as delimitações do lóbulo hepático através da demarcação de tecido conjuntivo (que também passa as ramificações da artéria e da veia da tríade portal); contudo, nos humanos, esse tecido conjuntivo de delimitação é extremamente delicado e incompleto; isso proporciona o contato entre os lóbulos. → o ramo da veia porta tem a parede fina, formado por células endoteliais pavimentosas e ela é bem mais dilatada do que a artéria, contendo uma quantidade considerável de sangue; a artéria hepática é formada por uma camada muscular mais espessa, túnica interna prequeada que não é tão visível; já o ducto biliar é formando por células cuboides com um núcleo bem delimitado e redondo, bastante visível. Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → na segunda imagem é possível observar os apilares sinusoides emergindo da tríade portal → sinuoides: são capilares dilatados, ramificados e irregulares; além disso (n possível visualizar na imagem), os capilares possuem poros ou fenestras e isso é importante para o metabolismo hepático. Possui células epiteliais descontinuas, possibilitando que o fluxo sanguíneo seja lento. Dessa forma, o sangue e os nutrientes poderão estar em contato com os hepatócitos e realizar sua atividade de maneira bem sucedida. → os sinusoides ainda apresentam as células de Kupffer, que são macrófagos, células nucleadas que participam da nossa resposta imune e encontram-se nos capilares sinusoides – estão em 15% do conteúdo do fígado e são responsáveis por fagocitar corpos estranhos (bactérias e vírus) → Veia central – as células endoteliais são sustentadas por fibras de colágeno que dão resistência a parede da veia; além disso, é possível identificar (seta), os sinusoides desembocando na veia central Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → hepatócito: são células poliédricas que, uma vez coradas por H&E, possuem um aspecto eosinófilo (pois possui muita quantidade de mitocôndrias e alguns retículos endoplasmáticos lisos que possuem afinidade com esse corante). Possui núcleo bem arredondado e nucléolos. Possui microvilosidades em sua superfície (mas não visíveis). → sua superfície fica em contato com o capilar sinusoide; contudo, esse contato ocorre através de um espaço chamado de “espaço de Disse” em que são encontradas células de Ito, responsáveis por armazenar vitamina A e produção de matriz extracelular, fibra colágeno, reticular (importantes no suporte do fígado) → contato entre dois hepatócitos: formação de um espaço tubular conhecido como canalículo biliar → é no canalículo biliar que a célula vai excretar o conteúdo produzido: a bile → junção de oclusão: interação muito firme entre as membranas, formando a barreira hematobiliar que isola o lumem do canalículo e impedindo que ocorra o escoamento do bile esperando ser drenada para o ducto biliar FLUXO DA BILE → o canalículo biliar, que se encontra na junção de cada hepatócito, vai formando uma rede de ligações que irão formar ductos biliares (ou canais de Hering); esses canais de Hering irão desembocar no ducto biliar, que ira levar a bile para a vesícula biliar Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → a bile flui progressivamente da região mais próxima da veia central até a periferia do lóbulo; ou seja, todos os hepatócitos vão produzir bile, porém a produção vai iniciar naqueles mais próximos da veia central e, posteriormente, naqueles mais próximos da tríade portal. Além disso, o fluxo segue esse caminho – fluxo centrifugo → esses ductos biliares vão aumentos e se fundindo ate que formem um ducto hepático direito e esquerdo, que coletam a bili de todos os segmentos hepáticos do fígado. Estes dois ductos, então, irão se unir e formar o ducto hepático comum, que se unirá ao ducto cístico e, enfim, a bile vai chegar ao ducto biliar. SUPRIMENTO SANGUÍNEO → ele recebe o sangue de duas fontes diferentes: 75 a 85% do sangue derivam da veia porta, que transporta o sangue pouco oxigenado, rico em nutrientes, provenientes do intestino, do pâncreas e do baço. Enquanto 25 a 20% derivam da artéria hepática que fornece sangue rico em O2. → os vasos da tríade (veia e artéria) se ramificam e circundam todo o lóbulo hepático, se unindo a outros espaços porta. Além disso, essas vênulas e arteríolas desembocam nos capilares sinusoides, que mistura o conteúdo dos dois vasos e leva ate a veia central, passando por todo o lóbulo do fígado → conforme vai recebendo a mistura do sinusoide, a veia central vai aumentando de tamanho e, ao final do lóbulo, ela se funde com a veia sublobular que vão se unindo e formando 2 ou mais veias hepáticas, que desembocam na veia cava inferior → diferente do fluxo da bile, a mistura de sangue tem o fluxo da periferia para o centro do lóbulo (fluxo centrípeto). → através desse fluxo centrípeto, a mistura de sangue contendo nutrientes e O2 atinge primeiro a periferia do lóbulo e, com isso, essas células possuem comportamentos diferentes (visível em patológicas e como essas células reagem) → para que essa divisão funcional ocorresse melhor e mais bem explicitada, o fígado foi divido em ácinos hepáticos que reflete a posição que os hepatócitos ocupam em relação ao suprimento sanguíneo: ▪ Os hepatócitos mais próximos ao espaço porta estão em contato com o sangue mais oxigenado e com mais nutrientes – região ácino zona 1 ▪ Os hepatócitos mais distantes do espaço porta e que estão mais próximos da veia central, recebem um sangue com menor concentração de O2 e nutrientes – região ácino zona 3 – essa região também possui mais dejetos metabólitos despejados pelos hepatócitos da zona 1 e 2, dessa forma, por vezes, esses hepatócitos sofrem mais por estarem em contato com esses dejetos ▪ Zona intermediaria é a zona 2