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Sedação, analgesia, BNM - Resumo

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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
ANALGESIA, SEDAÇÃO, BNM 
ALUNA: ISABELLE A. RICARTE REIS 
- ansiólise: sedação leve – deixar o paciente calmo, 
sem sedá-lo profundamente 
- dor: “uma experiência sensorial e emocional 
desagradável que é associada inicialmente à lesão 
tecidual ou descrita em termos desta lesão, ou 
ambos” 
 70% dos pacientes atendidos na emergência 
apresentam dor 
 30-60% recebem tratamento para dor 
 dor entra como 5º sinal vital 
 muitas vezes negligenciada na emergência e 
enfermaria – a busca de dor diz muito sobre 
qualidade de assistência 
o medo de sedação excessiva 
o falta de prática no uso das 
medicações 
o preocupação com alterações 
cardiorrespiratórias 
 
- escala comportamental da dor – usado em 
pacientes sedados, em CTI, por exemplo 
 
ANALGESIA 
- pode ocorrer associação de analgésicos. Mas não 
ocorre associação de opioides, apenas de opioides 
e não opioides 
- cuidado em pacientes idosos: exacerbação dos 
efeitos colaterais 
- pacientes graves: via IM e subcutânea, porque o 
estado de má perfusão pode resultar em uma 
absorção ruim do medicamento 
Dor leve (Primeiro grau) 
- não opioides 
 AINES 
o cetoprofeno (tilatil) e tenoxican – 
apresentação injetável IV 
encontrada no PS) 
o cuidado: nefrotóxicos 
 dipirona 
o dose máxima diária de 6g 
o 1 ampola de dipirona: 1g 
o buscopan composto na emergência: 
2,5g de dipirona (dor espasmódica) 
– deve ser feito de forma lenta, se 
não o paciente pode ter queda de 
pressão, por exemplo 
 paracetamol 
o dose máxima diária de 4g 
Dor moderada (Segundo grau) 
- opioides fracos 
 codeína (paco e tilex) 
 tramadol (injetável) 
o dose máxima diária de 300mg 
o 1 ampola de tramadol: 100mg 
o efeitos colaterais: náusea, vômito 
o administração em dose lenta para 
diminuir efeitos colaterias 
 morfina em dose baixa 
Dor forte (Terceiro grau) 
- opioides fortes 
 morfina e oxicodona 
 fentanil 
 metadona (em casos de dependência) 
Equivalência de opioides 
- tramadol (10x) morfina (100x) fentanil 
SEDAÇÃO 
- receio: depressão cardiorrespiratória 
 droga com maior risco de PCR – fentanil 
 quetamina e etomidato – sedativos mais 
estáveis, primeira escolha na emergência 
 propofol e midazolam – sedação eletiva 
 
 
- fentanil 
 dose: 50-150mcg / 3mcg/kg 
 inicio: imediato 
 duração: 0,5-1h 
 vantagens: induz certa ansiólise e não induz 
broncoespasmo (comparado a morfina por 
liberação de histamina) 
 antídoto: naloxone 
 desvantagens: rigidez muscular, hipotensão, 
bradicardia, depressão respiratória (em 
doses altas) 
 adm. total num adulto: 210 = 4mL 
- etomidato 
 dose: 0,3mg/kg 
 inicio: 15-45 segundos 
 duração: até 15 minutos 
 vantagens: não causa instabilidade 
hemodinâmica 
 antídoto: não há 
 desvantagens: não proporciona analgesia e 
diminui limiar convulsivo 
 1 ampola = 2mg/mL 
 adm. total num adulto: 21mg = 10mL 
(equivalente a uma ampola) 
- cetamina 
 dose: 1,5-2mg/kg 
 inicio: 60s 
 duração: 10-20min 
 vantagens: não causa instabilidade 
hemodinâmica, analgesia e broncodilatação 
o ponto positivo para pacientes 
asmáticos 
 antídoto: não há 
 desvantagens: tende a taquicardia, podendo 
aumentar a PA, risco em SCA, dissecção de 
aorta e convulsões 
o aumento da PA pode ser positivo em 
pacientes hipotensos 
o não é escolha para pacientes 
cardiopatas, sendo o etomidato a 
escolha 
 1 ampola = 50mg/mLne 
 adm. total num adulto: 140mg = 3mL 
- benzodiazepínico (midazolam*) 
 mais usado em pacientes eletivos, no centro 
cirúrgico, do que na emergência 
 dose: 0,1-0,3mg/kg 
 inicio: 30-60s 
 duração: 15-30min 
 vantagens: amnésia, efeito 
anticonvulsivantes 
 antídoto: flumazenil 
 desvantagens: não proporciona analgesia, 
hipotensão 
 adm. total num adulto: 21mg = 4mL 
- propofol 
 dose: 2mg/mL 
 inicio: 15-45s 
 duração: até 10min 
 vantagens: diminui resistência de toda via 
aérea 
 antídoto: não há 
 desvantagens: não proporciona analgesia, 
hipotensão, instabilidade hemodinâmica, 
apnéia 
 1 ampola: 10mg/mL 
 adm. total num adulto: 140mg = 14mL 
 paciente neurológico – proporciona o 
despertar mais rápido 
 infusão prolongada – síndrome de infusão 
do propofol, podendo causar acidose 
metabólica grave (num período acima de 3 
a 4 dias) 
o optar pelo midazolam, caso precise de 
vários dias de sedação 
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
- bloqueio neuromuscular é conveniente no 
processo cirúrgico 
- na emergência, aumentam o sucesso da IOT 
- succinilcolina 
 dose: 1-1,5mg/kg 
 início: 30-60seg 
 duração: 5-10min 
 vantagens: aumenta o sucesso na IOT e 
tem rápida duração 
 antídoto: não há 
 desvantagens: despolariza as células, 
podendo causar lesão celular, levando a 
rabdomiólise. Essa lesão celular pode, 
ainda, aumentar o nível de cálcio, e levar a 
um quadro de hipercalemia 
o evitar em pacientes 
politraumatizados muito graves 
o evitar em pacientes com potássio 
muito alto 
 adm. total num adulto: 100mg = 10mL 
 ampolas de 100 e 500mg (forma 
farmacêutica em pó) 
- rocurônio 
 dose: 1,5mg/kg 
 início: 30-60seg 
 duração: 30min 
 vantagens: aumenta sucesso na IOT 
 antídoto: neostigmina 
ANTÍDOTOS 
- naloxona: 0,4mg (1mL) IV de 3/3 minutos – 
máximo 2mg (5mL) 
 para opioides 
- flumazenil: 0,2mg (2mL) IV de 3/3 minutos – 
máximo 1mg (10mL) 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL 
1º - analgésico (fentanil) 
 lidocaína pode ser empregada, mas na 
maioria dos protocolos de assistência rápida 
o fentanil é a escolha 
2º - sedativo 
 emergência – etomidato, cetamina 
 eletiva – midazolam 
3º - bloqueador neuromuscular 
 a recomendação é sempre usar um BNM, 
pois aumenta a taxa de sucesso 
CARDIOVERSÃO 
- arritmias e marcapasso transcutâneo 
- marcapasso transcutâneo – normalmente, 
pacientes com bloqueio AV, com FC baixa (30/40), 
insuficiente para manter o DC 
- antes da cardioversão analgesia com fentanil 
- na sedação, optar por drogas que não induzam 
instabilidade hemodinâmica – optar pelo etomidato 
ENDOSCOPIA 
- preferência pelo midazolam – procedimento 
eletivo 
- na emergência, usa-se etomidato ou cetamina. 
Analgesia também pode ser importante em alguns 
casos – usar uma dose pequena de fentanil 
 a ideia é evitar o desconforto. Em geral, o 
procedimento não é doloroso 
ACESSO VENOSO CENTRAL, PARACENTESE, 
TORACOCENTESE 
- pode ser feito com anestésico com local 
- dependendo do paciente, opta-se pela sedação 
leve – pacientes ansiosos 
PACIENTES PSIQUIÁTRICOS 
- contenção do paciente em surto 
- haloperidol 
 dose: 5-10mg a cada 15min (3 doses IM) 
 início: 5-20 minutos 
 duração: 4-6 horas 
 vantagens: aumento sucesso na IOT 
 antídoto: não há 
 desvantagens: intervalo Qt e sintomas 
extrapiramidais 
- paciente com abuso de drogas pode desenvolver 
surto psiquiátrico associado – abordagem com 
sedativos (benzodiazepínicos, como midazolam*, 
podendo associar com haloperidol) 
 o paciente com abuso de drogas, por 
exemplo, álcool, não tem indicação de uso 
de haldol. Em caso de agitação e 
agressividade, a sedação é induzida com 
midazolam (com atenção para dose)

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