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25/09/2020 1 GERENCIAMENTO ORÇAMENTÁRIO GST1231 – 2020.2 Prof. Marcelo Pereira Arquivo VII SEPARAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS SEPARAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS No momento de calcular os custos de sua empresa, é de extrema importância saber diferenciar o que são custos e o que são despesas, pois isto afeta diretamente a composição da Margem de Contribuição dos produtos e serviços que sua empresa comercializa. RELEMBRANDO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Margem de contribuição é o quanto sobra da receita obtida com as vendas dos produtos e serviços para pagar os custos fixos (e ter lucro), após o pagamento dos custos e despesas variáveis (impostos, matérias-primas, fornecedores, salários do pessoal e outros gastos resultantes dessas vendas). 1 2 3 4 25/09/2020 2 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Através da margem de contribuição é possível definir o índice de margem de contribuição (IMC) que é a relação entre a margem de contribuição e a receita operacional bruta. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Genericamente, os custos estão diretamente ligados aos bens e serviços vendidos, ou seja, se não houver venda, não há custo (se não houver venda, “teoricamente” não há produção e não haverá a necessidade de compra dos itens produtivos). Claro que existe a possibilidade de produção mesmo sem venda para composição de estoques, mas este é um caso particular que não vamos entrar aqui. SEPARAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS As despesas acontecem havendo ou não havendo vendas. Independente do volume de vendas da empresa no período, a empresa continuará tendo as despesas operacionais como aluguel e salários do pessoal administrativo. Por isto este tipo de despesa é classificado como uma despesa fixa, que não varia com o volume de vendas. SEPARAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS 5 6 7 8 25/09/2020 3 LISTANDO AS MATÉRIAS-PRIMAS E INSUMOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO O primeiro passo na projeção de custos variáveis é fazer uma lista de tudo que sua empresa precisa comprar para produzir dos itens que comercializa (ou os próprios produtos que revende no caso do comércio). Estes itens podem ser matérias-primas, insumos e até mesmo a mão de obra utilizada na produção, seja ela própria ou terceirizada. Uma dica interessante é realizar essa separação entre matérias-primas, insumos e mão de obra, para que sua empresa possa analisar quais grupos representam seus maiores custos produtivos. LISTANDO AS MATÉRIAS-PRIMAS E INSUMOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO O próximo passo também é bastante simples. Basta informar o preço de compra para cada um dos itens utilizados na confecção dos produtos de sua empresa. Na hora de planejar, cuidado com itens sujeitos a variações de preço causados, por exemplo, pela sazonalidade (estação do ano ou clima) ou por flutuações de cambio (matérias- primas importadas). ESTABELECIMENTO DOS PREÇOS DE COMPRA DAS MATÉRIAS-PRIMAS MONTANDO A COMPOSIÇÃO DE CADA PRODUTO Agora que já se tem uma estimativa do preço unitário cada matéria-prima, é hora de saber o quanto vai precisar de cada uma delas, para que a empresa possa se preparar para comprar antecipadamente, evitando problemas e claro, negociando melhores condições. 9 10 11 12 25/09/2020 4 Para isto, é necessário que se monte a composição de cada produto. Essa composição, também chamada de ficha técnica, receita de fabricação ou engenharia do produto, é basicamente a uma lista de tudo que é necessário para fabricar aquele item. MONTANDO A COMPOSIÇÃO DE CADA PRODUTO INFORMANDO A QUANTIDADE DE MATÉRIA-PRIMA NECESSÁRIA PARA CADA PRODUTO Além de o que vai, é preciso dizer também o quanto da matéria-prima ou insumo é necessário para fabricação de uma unidade do produto a ser vendido. Em geral se recebe a ajuda dos gerentes industriais para realizar esta parte do processo. Como eles tem “na ponta da língua” o que é necessário para fabricar cada produto, poderão ajudar na criação das engenharias e dar bastante velocidade a criação da projeção de custos. ANALISANDO OS RESULTADOS Finalmente, é só analisar os resultados gerados e seguir em frente com a produção ou realizar os ajustes necessários para melhorar a rentabilidade. São inúmeras as decisões que podem ser tomadas com base na projeção gerada. São listadas três que são consideradas bem importantes: 1 - CPV (Custo do Produto Vendido) O CPV calculado com base na engenharia dos produtos, quando comparado ao preço de venda, gera uma Margem de Contribuição positiva o suficiente para que sua empresa possa pagar as despesas operacionais e acumular lucro. ANALISANDO OS RESULTADOS 13 14 15 16 25/09/2020 5 2 - Volume de Produção A área de vendas pode vender, mas será que a área industrial está preparada para produzir todo o volume de produtos que está sendo demandada? Além disto, as vendas estão bem distribuídas ao longo do ano aproveitando a capacidade produtiva da empresa ou acumulada em períodos específicos, sobrecarregando a produção em alguns períodos e deixando ociosa em outros? Pode ser o momento de avaliar a implantação de um PCP (Planejamento e Controle de Produção). ANALISANDO OS RESULTADOS 3 - Volume de Compras Também baseado nas vendas e na capacidade produtiva, a empresa agora sabe os insumos e matérias-primas que precisará comprar para produzir tudo que será vendido. Mas há capital de giro suficiente para a compra? E espaço para estocagem? Quais são os fornecedores? E quais são os fornecedores backup? Pode parecer simples, mas são perguntas que a empresa precisa responder para evitar problemas e até mesmo deixar de entregar o que está planejando vender, comprometendo o resultado financeiro e também a imagem da empresa. ANALISANDO OS RESULTADOS ORÇAMENTOS DE DESPESAS OPERACIONAIS O Orçamento de Despesas Operacionais é constituído por todos os gastos necessários para manter a organização em funcionamento e que irão incorrer no período que está sendo projetado, exceto os custos de produção. Ou seja, o orçamento de despesas administrativas trata todos os gastos necessários para administrar e vender os produtos ou serviços aos clientes da empresa e geralmente compreende: ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS 17 18 19 20 25/09/2020 6 ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS • Os gastos de administração pertinentes ao pró-labore da diretoria, salário do pessoal administrativo e materiais de expediente; • As despesas comerciais de tudo que é necessário antes, durante e depois do evento de venda, incluindo marketing e propagandas; • As despesas financeiras oriundas de operações de crédito de curto e longo prazo, como juros e taxas pagas aos bancos e instituições financeiras; • Além das despesas tributárias representadas pelas taxas e tributos a recolher pela empresa no período orçado (não confundir com impostos, que já vimos no tópico Deduções de Vendas ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS O ODE geralmente estará relacionado a itens classificados como gastos fixos, ou seja, que acontecerão independente da empresa vender ou não, como alugueis, salários, etc., e por isto geralmente a análise dos dados históricos da própria empresa constitui-se em boa fonte para sua estimativa. ORÇAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS LISTANDO AS FILIAIS E UNIDADES DE NEGÓCIOS DA EMPRESA As Unidades de Negócios podem ser definidas como subdivisões da empresa por área de negócio, linha de produto, localização geográfica, segmento de atuação de mercado, ou qualquer outro fator que seja importante para a gestão da organização. 21 22 23 24 25/09/2020 7 Geralmente, a estrutura de unidades de negócios será composta por: • Unidades fabris (sejam plantas físicas separadas ou até mesmo na mesma planta); • Lojas físicas (PDV ou ponto de venda); • Lojas virtuais (site, e-commerce, Mercado Livre, Facebook, etc.). • Segmentos de Negócios (quando uma empresa atua em negócios muito distintos, como, por exemplo, a Yamaha que vende motos e instrumentos musicais é interessante criar segmentações porUnidades para que se possa analisar os resultados dos negócios separadamente); LISTANDO AS FILIAIS E UNIDADES DE NEGÓCIOS DA EMPRESA Então o que se precisa fazer é basicamente realizar um levantamento de quais são as unidades de negócio que a empresa possui e criar uma estrutura de filiais e unidades de negócios. Este primeiro passo é provavelmente o mais simples e rápido dentro do orçamento de gastos operacionais, a não ser que a empresa possua uma cadeia muito ramificada de filiais e unidades de negócios. Inicialmente é possível criar apenas uma unidade de negócio e depois se pode detalhar os negócios da empresa para medir os resultados por unidade. LISTANDO AS FILIAIS E UNIDADES DE NEGÓCIOS DA EMPRESA CRIANDO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE CENTROS DE RESULTADOS Os Centros de Resultado, amplamente conhecidos também como Centros de Custos ou ainda Centros de Responsabilidade, apesar do nome pomposo, nada mais são do que as subdivisões da empresa em setores, para que seja medir os resultados de cada área individualmente. Para aumentar ainda mais o nível de análise, é possível classificar os centros de resultados da empresa também em: • Produtivos: que são as áreas que impactam diretamente da produção e venda dos produtos e serviços da empresa, como por exemplo, a fabricação e o departamento comercial. • Não produtivos: que são os setores que não influenciam diretamente da produção dos produtos ou serviços da empresa, como o departamento administrativo e departamento de marketing. CRIANDO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE CENTROS DE RESULTADOS 25 26 27 28 25/09/2020 8 Além disto, se a empresa trabalha com projetos de longa duração, pode ser uma boa ideia listar cada um destes projetos como um centro de resultados para medir seu desempenho individualmente. Tome cuidado para não confundir centros de resultados (áreas e departamentos), com as Unidades de Negócios que acabamos de ver. São conceitos completamente diferentes. CRIANDO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE CENTROS DE RESULTADOS ESTRUTURANDO UM PLANO DE CONTAS CONSISTENTE Este é um dos pontos mais importantes para que a empresa tenha um bom nível de análise, portanto é essencial dedicar algum tempo para estruturar um plano de contas de acordo com as necessidades de detalhamento que precisará e que seja útil para tomar decisões. ESTRUTURANDO UM PLANO DE CONTAS CONSISTENTE O Plano de Contas, também conhecido como Modelo de Contas, Estrutura de Contas ou Elenco de Contas, é uma lista que apresenta as contas necessárias para que a empresa possa registrar todos os eventos e movimentações econômicas e financeiras que acontecem durante suas atividades e operações. Da mesma maneira que os centros de resultados são uma forma de dividir e organizar sua empresa em setores, o plano de contas é uma forma de dividir e organizar as despesas de sua empresa em uma hierarquia lógica e estruturada. ESTRUTURANDO UM PLANO DE CONTAS CONSISTENTE 29 30 31 32 25/09/2020 9 PLANOS DE CONTAS Exemplo de algumas contas comumente presentes em um plano de contas: Super Confecções Despesas Administrativas Aluguel Energia Elétrica Internet e Telefone Água Gastos com Pessoal Benefícios Encargos Salários Manutenção e Limpeza Serviços de Limpeza Serviços de Manutenção Materiais Material de Escritório Material de Limpeza ORÇAMENTO DOS GASTOS E DESPESAS É comum o desenvolvimento do Orçamento Colaborativo, também conhecido por Orçamento Descentralizado ou ainda Orçamento Participativo, uma das metodologias de planejamento que tem ganhado cada vez mais força no ambiente empresarial. E se é colaborativo é necessário envolver todas as pessoas. O gestor de cada área deve realizar o orçamento dos centros de resultado de sua responsabilidade, estimando os recursos que precisará para o ano e também as receitas que irá gerar (no caso da área comercial). Em alguns casos, como os gastos com pessoal, é comum também que a responsabilidade seja dividida com a equipe de RH, mas cada gestor pode e deve participar, repassando as necessidades de capital humano de sua área. Envolver as pessoas da empresa na elaboração do orçamento vai ajudar não somente a ganhar agilidade no processo de orçamentação, como também melhorar qualidade da informação, além de gerar muito mais envolvimento e engajamento com os resultados. ORÇAMENTO DOS GASTOS E DESPESAS ATÉ A PRÓXIMA! Encontre o Prof. Marcelo Pereira (prof_marcelo_pereira@yahoo.com.br) em: http://marcelopereiraprof.wix.com/marcelopereira 33 34 35 36
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