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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA__ VARA DO TRABALHO DE PARAUPEBAS - PA.
 TITO, brasileiro, estado civil, desempregado, inscrito no RG nº _______ CPF nº __________-__ e PIS nº _________, residente e domiciliada na rua _________ na cidade de Parauapebas/PA, vem por intermédio de seus procuradores e advogados in fine assinados (procuração em anexo), com escritório profissional situado na Rua ____________, CEP ______, Bairro ______, Parauapebas/PA, e, e-mail: advogada@gmail.com, onde recebem notificações e intimações de estilo, vem perante V. Exa., propor a seguinte
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
 Com fulcro ao art. 840 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, em desfavor de PIZZARIA GOURMET LTDA., Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ _________, com endereço para citação na Rua ____________ Parauapebas/PA, pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe:
I - PRELIMINARMENTE
DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
 Nos termos do art. 5º, incisos XXXIV e LXXIV, da Constituição Federal, cominados com as Leis 7.510/86, além da Lei 8.213/91, art. 99 do NCPC, o Autor requer desde já a concessão do benefício da justiça gratuita, posto que não tem condições de arcar com as custas processuais advindas da demanda em cinca. Calha destacar o que determina o art. 790, § 3º, da CLT.
 No caso em tela, o Obreiro percebia um salário mínimo, razão pela qual é perfeitamente cabível o deferimento da justiça gratuita, acrescentando-se que o mesmo não tem condições de arcar com ás custas processuais, bem como com os honorários advocatícios sem prejuízo próprio ou de sua família.
 Assim, requer sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita ao Reclamante.
II – DA SINTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
 O reclamante foi contratado pela reclamada em 15/12/2018, onde exercia a função de Motoboy recebendo mensalmente um salário mínimo e mais 260 R$ em média de gorjetas, o mesmo laborava na escala de 6x1 com folga às segundas-feiras, onde, uma vez por mês folgava no domingo, sua jornada de trabalho eram das 18h às 03:30h, com intervalo de 40min para refeição, sendo dispensado sem justo motivo em 20/09/2019 por iniciativa da empresa.
 
III – DO DIREITO
a) DA TUTELA ANTECIPADA COM PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO
Em agosto de 2019 o reclamante sofreu um acidente de trabalho ao fazer uma entrega, diante disso o reclamante teve que se afastar por 30 dias recebendo benefício previdenciário INSS, ao retornar para a empresa o reclamante foi surpreendido com uma demissão sem justo motivo em 20/09/2019. Diante do exposto o reclamante faz jus a estabilidade devido ao acidente ser caracterizado do trabalho com fulcro ao art. 21-A, caput da Lei nº 8.213/91 assim tendo direito a estabilidade de 12 meses após retorno as atividades, conforme art. 118 da Lei nº 8.213/91, e súmula 378, I, do TST. Sendo assim, requer-se a reintegração via tutela antecipada, conforme OJ 64 da SBDI-2, ou a indenização cabível pelo tempo de estabilidade devida, nos moldes artigo 496 da CLT. 
b) DO PEDIDO DE INTEGRAÇÃO SALARIAL DAS GORJETAS PERCEBIDAS. 
O Reclamante percebia mensalmente o valor de R$ 260,00 a título de bonificação espontânea recebida por seus clientes, sendo tal valor não compreendido em sua remuneração. Mediante fato é cabível a integração das gorjetas recebidas na remuneração do Reclamante, conforme artigo 457, caput da CLT e súmula 354 do TST, com a devida anotação em carteira, artigo 29, § 1º da CLT e aplicação dos reflexos nas férias e 13º salário percebidos
c) DO PEDIDO DE HORAS EXTRAS
O Reclamante laborava seis dias na semana, das 18h às 3h30, sendo seu intervalo para refeição de apenas 40 minutos, perfazendo assim, mais de 8 horas diárias trabalhadas, sem receber hora extra. A lei regulamenta a jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias, conforme artigo 7º, inciso XIII da Constituição Federal e artigo 58, caput, da CLT. Sendo assim, é cabível o pagamento da hora extrapolada, ocorrida no decorrer de seu contrato de trabalho, aplicando-se a remuneração de 50% à hora normal, nos moldes artigo 59, caput, e § 1º da CLT, bem como a aplicação dos devidos reflexos nas verbas rescisórias.
d) DO PEDIDO DE IDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL
 Em agosto de 2019 o reclamante sofreu um acidente enquanto laborava sendo atacado e gravemente lesionado por cachorros do cliente, o qual entrega a pizza. Tal acidente violou sua integridade física, bem como sofreu gastos em ter comprado uma vacina antirrábica no valor de 30,00 R$ recomendado pelo médico. Verifica-se no caso em tela, clara violação moral conforme art. 233-C da CLT, sendo cabível indenização pela reclamada conforme artigo 223-E da CLT e artigo 186 e artigo 927 do Código Civil, bem como o ressarcimento dos valores gastos com medicação, artigo 223-F, pelo nexo da necessidade da medicação com o acidente suportado. Importante se faz mencionar a clara responsabilidade da Reclamada pelos danos suportados pelo Reclamante, conforme preceitua a Lei nº 12.009/09, artigo 6º.
e) DO PEDIDO DE ADICIONAL NOTURNO
O Reclamante laborava no horário das 18h às 3h30, assim, sua jornada contemplava o horário noturno, sem receber por isso o devido adicional. É regulado o trabalho noturno a todos os trabalhadores urbanos que tenham a sua jornada entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, conforme artigo 73, § 2º da CLT, sendo devida sua remuneração com o acréscimo de 20%, conforme artigo 7º, inciso IX, da CF e artigo 73, caput da CLT. Sendo assim, requer-se o pagamento do adicional noturno com o devido acréscimo de 20% sobre a hora noturna, bem como aplicação dos devidos reflexos nas verbas rescisórias.
f) DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O Reclamante foi contratado para trabalhar na função de motoboy, realizando entregas de pizzas aos clientes do empregador. A atividade do trabalhador que utiliza motocicleta é caracterizada com condições de periculosidade, conforme artigo 193, § 4º da CLT, sendo assim, é devido o respectivo adicional de 30% sobre o salário, conforme artigo 193, § 1º, sua integração no salário conforme súmula 191, inciso I, do TST, e os devidos reflexos nas verbas rescisórias, súmula 132, inciso I, do TST.
g) DO INTERVALO INTRAJORNADA 
O Reclamante usufruía apenas de 40 minutos diários para realizar as suas refeições, assim, sendo inferior a 1 hora. O Reclamante laborava mais de 6 horas por dia, sendo obrigatória a concessão de um intervalo para alimentação ou repouso de uma hora, conforme artigo 71, caput da CLT. Mediante a supressão de 20 minutos diários, na concessão do intervalo intrajornada, nos moldes do artigo 71, § 4º da CLT, o Reclamante faz jus ao pagamento do período suprimido com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração.
h) DO PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DO DESCONTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
O Reclamante teve descontado em seu salário o valor de R$ 31,80 à título de contribuição sindical, sendo que não autorizou o desconto. Conforme regula a lei, artigo 578 da CLT, é cabível desde que, previamente e expressamente, seja autorizado pelo empregado. Sendo assim, requer-se a devolução do valor descontado à título de contribuição sindical.
i) DO PEDIDO DA JUSTIÇA GRATUITA
O Reclamante continua desempregado, após dispensa pela Reclamada, assim nos moldes do artigo 790, § 3º e § 4º, da CLT, a fim de proporcionar o acesso à justiça, sendo que a oneração em custasse despesas processuais prejudicariam economicamente o sustento do Reclamante e seus familiares, requer-se a concessão da justiça gratuita, tendo o Reclamante preenchido os requisitos legais, sendo aplicado supletivamente o que preceitua o artigo 98 do CPC.
j) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O Reclamante encontra-se amparado por advogado particular, sendo devido a fixação dos honorários de sucumbência, conforme artigo 791-A da CLT, fixando os honorários na observância do § 2º, artigo791-A, da CLT. 
Segundo o STF, a Reclamante também merece o pagamento dos
honorários advocatícios: “STF Súmula nº 450 - Honorários de Advogado Devidos ao
Vencedor Beneficiário de Justiça Gratuita. São devidos honorários de advogado sempre
que vencedor o beneficiário de justiça gratuita.” Eis que, portanto, devidos os honorários advocatícios sucumbenciais, no percentual de 15%.
L) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Verificada a verossimilhança das alegações, a hipossuficiência da Reclamante, e baseado na aplicação análoga do art. 6°, VIII, do CDC e pela autorização contida no art. 852-D da CLT, requer que seja determinada a inversão do ônus da prova, passando este a ser de responsabilidade da parte Demandada. 
M) DA APLICAÇÃO DA MULTA DO ART. 467 DA CLT
Restando as verbas incontroversas, o Reclamante requer o pagamento
destas em primeira audiência, sob pena de multa prevista no art. 467, da CLT:
N) DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
O autor requer a incidência de juros a partir da data do ajuizamento da ação, nos
termos do artigo 883 da CLT e correção monetária na forma da lei.
IV- DOS PEDIDOS
Mediante o exposto requer-se a procedência da presente ação, condenando a Reclamada nos pedidos a seguir:
a) A reintegração do Reclamante ou, entendendo Vossa Excelência tal ato desaconselhável, o pagamento da indenização pelo tempo da estabilidade, no importe de R$ .........
b) A indenização pelo dano moral e material, no importe de R$ ..........
c) O pagamento das horas extras a 50% da hora normal, à partir da 8ª hora da jornada, no importe de R$ ......
d) O pagamento do adicional noturno com acréscimo de 20% sobre a hora noturna, bem como aplicação dos devidos reflexos nas verbas rescisórias, no importe de R$ .....
e) O pagamento do adicional de periculosidade de 30%, com a devida integração salarial e aplicação dos reflexos nas verbas rescisórias, no importe de R$ ...........
f) A indenização do intervalo intrajornada suprimido, no importe de R$ ............
g) A integração salarial das gorjetas, com a devida anotação em carteira e aplicação dos reflexos nas férias e 13º salário, no importe de R$ .......
h) A devolução do valor descontado à título de contribuição sindical, no importe de R$ ..........
i) Da concessão do pedido da justiça gratuita .........
j) Da condenação da Reclamada aos honorários advocatícios de sucumbência, fixados em 15% sobre o valor da liquidação da sentença......
l) Da inversão do ônus da prova.......
m) Determinar que sejam pagas as verbas incontroversas na primeira audiência, sob pena de pagamento da multa do art. 467 da CLT......
n) Retificação de sua carteira profissional para que conste a média das gorjetas recebidas, conforme prevê o Art. 29, § 1º, da CLT:
o) Determinar a notificação da empresa reclamada para, querendo, responder aos termos da presente exordial, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria fática (súmula nº 74 do TST).
p) Dos juros e correção monetária....
DA CONCLUSÃO
Requer, ainda, a notificação do Reclamado para acompanhar presente demanda em todos os seus termos e atos, onde ao final deverá ser julgada totalmente procedente. 
 Protesta por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente depoimento das partes, oitiva testemunhal, perícias e juntada posterior de documentos caso seja necessário, dando à causa o valor de R$ _________________ 
Nestes termos,
Pede e Espera Deferimento.
 Teresina, __ de Março de 2020
Camila Rodrigues da Silva
OAB/PI nº XXXXXX
FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA 
CAMILA RODRIGUES DA SILVA 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO II
PROFESSORA: NAYARA FIGUEIREDO DE NEGREIROS
TURNO: NOITE SALA: A-306
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
TERESINA – PI
10 DE MARÇO DE 2020
CONTESTAÇÃO
___ VARA DO TRABALHO DE PARAUPEBAS/PA - TRT DA 08ª REGIÃO
Autos n.º 0000000-00.0000.000.0000
(Reclamatória Trabalhista - DEFESA)
 PIZZARIA GOURMET LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ..., com endereço na Rua...,n....,Município de Parauapebas, Estado do Pará, CEP......por seu advogado, infra-assinado e devidamente constituído, instrumento procuratório anexo (documento n...), com endereço profissional na Avenida Raul Lopes, n 1905, Bairro Fátima, Cidade Teresina, Estado do Piauí, CEP 64080-048, onde recebe intimações, nos autos da AÇÃO TRABALHISTA proposta por TITO brasileiro, (estado civil), desempregado, portador da Carteira de Trabalho e Previdência Social n....., série n..., inscrito no CPF n....., com endereço na Rua......, n...., Município de Parauapebas, Estado do Pará, CEP..., vem respeitosamente, a presença de V.Ex.ª, apresentar sua DEFESA, com fulcro os artigos 847 da CLT e 300 do CPC, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:
I - DOS FATOS
Aduz a reclamante que teria sido contratado 15/12/2018, exercendo a função de Motoboy recebendo mensalmente um salário mínimo e mais 260 R$ em média de gorjetas, onde laborava na escala de 6x1 com folga às segundas-feiras, onde, uma vez por mês folgava no domingo, sua jornada de trabalho eram das 18h às 03:30h, com intervalo de 40min para refeição, afirma ter sido dispensado sem justo motivo em 20/09/2019 por iniciativa da empresa.
Por fim, pugna pela concessão dos benefícios da justiça gratuita, bem como o pagamento de honorários advocatícios.
Assim sendo, em que pesem os fatos narrados e levados a termo pela parte Reclamante, estes são inverídicos e não merecem prosperar.
II – PRELIMINARMENTE
Da inépcia da inicial
A teor do $ 1º do art. 330 do Código de Processo Civil, a petição inicial deverá ser indeferida, visto que mostra inepta, uma vez que o Reclamante postula todos seus pedidos sem expressa indicação de valor, conforme estabelecido pelo $ 1º do art. 840 da CLT. Como se trata de um pedido genérico incompatível com a causa de pedir, visto que não foi indicado um valor sequer, requer o reclamado a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do inciso I do art. 485 do CPC. 
III – DO MÉRITO 
NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
À Justiça Especializada do Trabalho foi concedida a competência de solucionar os conflitos no âmbito trabalhista. Ocorre, entretanto, que para utilizar-se da jurisdição como forma de solução de conflitos, as partes envolvidas devem custear o processo em todas as fases.
Além disso, o mesmo dispositivo determina que o benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
Assim sendo, por simples análise das condições expostas, que são imprescindíveis para obtenção da gratuidade jurídica, constantes no supracitado artigo da CLT, afere-se que a pare reclamante não possui prova que lastreie o preenchimento de nenhum destes, o que não legitima a concessão do dito benefício processual à sua pessoa.
 
Ainda que seja concedido o benefício, caso haja a necessidade de realização de perícia técnica, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia. Sendo assim, a reclamante deverá ser condenado ao pagamento dos honorários periciais, se for o caso. 
 Desta forma, caso o procurador da reclamante tenha firmado a declaração de hipossuficiência econômica em nome da parte sem que tenha poderes para tal, impõe-se a não concessão dos benefícios da justiça gratuita ao postulante também pode este motivo.
Imperioso arguir, ainda, o recente entendimento sumular que trata da assistência judiciária para se adequar às mudanças advindas do artigo 105 do Código de Processo Civil, bem como àquelas trazidas pela Reforma Trabalhista.
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
A Reclamada anexa, junto com sua defesa, os recibos de pagamento de salário e rescisão, bem como outros documentos pertinentes para a elucidação da total improcedência da presente reclamatória, não havendo se falar em aplicação dapenalidade dos artigos 355 e 400 do NCPC.
Em obediência ao artigo 830, da CLT, os procuradores da Ré declaram que todos os documentos em cópia anexos à presente defesa são autênticos, inclusive atos constitutivos e instrumento de Procuração.
DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÃO
Requer a Ré, desde já, que em caso de absurda condenação, o que não espera nem crê, sejam compensados e deduzidos os valores pagos à idêntico título. 
DOS JUROS E DA CORREÇÃO MONETÁRIA
Na oportunidade, e no caso de uma eventual condenação ad cautelam, pede à defendente que os juros de mora sejam contados apenas a partir da data do ajuizamento da ação, como prescrito em Lei, e a correção monetária seja calculada da forma determinada no artigo 39 da Lei 8.177/91, isto é, a partir do o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido, já que é este o prazo previsto pelo Art. 459 da CLT para o pagamento das parcelas salariais.
 DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO.
Dos termos esposados pelo artigo 791-A da CLT, ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Importante ressaltar ainda que na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. Ou seja, caso algum pedido seja julgado improcedente, o Juiz deverá arbitrar honorários advocatícios em favor dos patronos da Reclamada.
DA DEFESA DOS FATOS NARRADOS NA EXORDIAL
Sustenta o Reclamante a condenação da Reclamada, ora contestante, a reintegração ou indenização alegando que o estabilidade que não faz jus, integração das gorjetas, retificação de sua carteira profissional para que conste a média das gorjetas recebidas, devolução do desconto de contribuição sindical, pagamento de horas extras, pagamento do adicional noturno, reintegração no emprego, pagamento do adicional de periculosidade. 
	Data vênia, não assiste razão alguma o reclamante, sendo suas alegações totalmente INVERÍDICAS e INFUNDADAS, conforme adiante se DEMONSTRARÁ e se COMPROVARÁ, devendo, por isso, serem JULGADOS TOTALMENTE IMPROCEDENTES os pedidos formulados na presente reclamatória trabalhista.
Sendo assim, tendo em vista a total improcedência, ou ao menos sucumbência parcial do Reclamante, a Reclamada requer que seja determinado o pagamento de honorários advocatícios em razão da sucumbência autoral.
DA INVERSÃO DO ONUS DA PROVA 
Ressalta-se que a inversão do ônus da prova é incabível no caso dos autos, haja vista que não existe a verossimilhança das alegações da parte Autora e, muito menos, foi constatada a hipossuficiência real à produção de determinada prova.
 oncomitantemente a estes fatos deve-se salientar que os requisitos supracitados são indispensáveis ao deferimento da inversão do ônus probatório contido no Art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, nos seguintes termos:
Art. 6º: São direitos básicos do consumidor:
VIII- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficente, segundo as regras ordinárias de experiência. (grifo nosso).
 
Da análise desta peça de defesa, percebe-se claramente que não há como prosperar as pretensões Autorais. Assim, incabível é a inversão do ônus da prova vez que o deferimento de tal pedido deve basear-se na verossimilhança das alegações do Autor, o que não se pode admitir exatamente porque os argumentos expendidos na exordial carecem de amparo fático e jurídico, NÃO TENDO O AUTOR COMPROVADO, SEQUER MINIMAMENTE, SUAS ALEGAÇÕES.
Cumpre ser dito ainda que uma eventual inversão do ônus da prova, in casu, certamente configuraria na obrigação do réu em ter que produzir prova diabólica, assim denominada pela doutrina por ser prova impossível ou excessivamente difícil de ser produzida.
Diante do exposto, tendo em vista a inexistência de comprovação da hipossuficiência da parte Autora na produção de provas necessárias para sustentar suas alegações, não há que se falar em inversão do ônus da prova.
Integração das gorjetas e Retificação de sua carteira profissional
DA REINTEGRAÇÃO OU INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DO TRABALHO
 Alega o reclamante que fora dispensado após retorno do auxilio INSS e que fazia jus a estabilidade por se tratar de acidente do trabalho, o que, no entanto, é totalmente inverídico pois o reclamante em nenhum momento sofreu qualquer dando enquanto exercia sua função, os fatos alegados chegam a serem absurdos, o reclamante realmente ficou afasto com auxilio doença, mas por um acidente doméstico em sua própria casa como se pode comprovar pelo documento por ele apresentado a empresa com afastamento pelo INSS por B-31 onde não houve nenhum nexo de causalidade com a o ambiente de trabalho.
DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
A reclamada não fez qualquer desconto em sua folha de pagamento referente à contribuição, conforme demonstra o holerite do mês 09/2019, sendo assim tal pedido deve ser julgado improcedente.
DAS HORAS EXTRAS
Em que pese as alegações feitas na peça inaugural, não deve ser reconhecido e julgado procedente os pedidos aqui elencados, pois totalmente descabidos.
O reclamante alega ter feito jornada extraordinária na reclamada, durante todo o pacto laborativo, requerendo desta feita, o pagamento de horas extras pelo excesso das 8 horas diárias ou 44 horas semanais, além pagamento de 20 minutos de horas extras diárias pela pausa alimentar concedida parcialmente.
Primeiramente, a jornada extraordinária eventualmente cumprida pelo entregador foi regularmente paga, consoante se denota pelos comprovantes de pagamento em anexo.
Da mesma forma, a alegação que o intervalo intrajornada não era usufruído se resta totalmente descabida. O empregado sempre teve intervalo de 1 hora para descanso e refeição, sendo que sempre cumpriu integralmente este período. Cabe, por conseguinte, ao reclamante o ônus de demonstrar a supressão de tal intervalo, eis que sempre fora gozado nas dependências da empresa reclamada.
Nesse Sentido:
“HORAS EXTRAS. INTERVALO INTRAJORNADA. Não demonstrada pelas provas a usufruição de intervalo intrajornada em período inferior ao legal, não merece reforma a r. sentença de 1º grau. TRT/SP - 01570200405002004 - RO - Ac. 2ªT 20080840170 - Rel. LUIZ CARLOS GOMES GODOI - DOE 30/09/2008”.
DO ADICIONAL NOTURNO E DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
A reclamante alega que cumpria jornada de trabalho de 18h00min às 03h30min da manhã, perfazendo 5,5 horas noturnas diárias de trabalho, totalizando 132horas noturnas mensais, considerando a escala de 12 x 36. Requer, com isso, o pagamento da diferença de adicional noturno.
Não faz jus a reclamante à verba requerida, eis que a empresa sempre pagou o adicional noturno da reclamante, no período em que laborou no período da noite, conforme comprovam os contracheques anexos. Em razão disso, requer a total improcedência do pedido de pagamento de adicional noturno.
Não que diz respeito ao Adicional de Periculosidade, requer a improcedência do pedido, em virtude de que a prova da periculosidade requer perícia, nos termos do art. 195 da CLT, o que não consta no referido processo.
DOS DANOS MORAIS POR ACIDENTE DE TRABALHO
Alude o Reclamante que, após um erro do cozinheiro da pizzaria, entregou uma pizza com sabor diferente da que foi pedido, e que após o fato o cliente foi tomado de fúria incontrolável, e começou a xingar e a ameaçar o reclamado, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem para atacá-lo.
No entanto Excelência, o Reclamante falta com a verdade, pois o acidente que menciona não ocorreu no ambiente de trabalho como demonstra o documento colacionado a exordial, sem nenhum nexo com o trabalho.
A pretensão indenizatória em caso de acidentede trabalho lastreia-se no artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal e é devida quando o empregador incorrer em DOLO ou CULPA.
Vale dizer que é necessária prova inequívoca do dolo ou da culpa do empregador. Na hipótese em apreço, como ficou demonstrado, o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, circunstância impediente da indenizatória pleiteada.
Por fim, entende a Reclamada não ser devido, o pagamento de indenização por dano moral pelo acidente do trabalho, eis que demanda pelo reconhecimento da culpa exclusiva da vítima e a consequente excludente responsabilização da Reclamada.
DOS DANOS MATERIAIS
Não há o que se falar em danos materiais já que o acidente mencionado foi ocasionado por culpa exclusiva do reclamante e sem nenhum nexo de causalidade com o ambiente de trabalho.
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
 
Cumpre realçar que a presente ação nada mais é que uma das muitas aventuras com que Reclamantes abalançam-se a tentar inutilmente, sob o pálio da Justiça obreira, receber aquilo a que não tem direito, dando desnecessário trabalho a todos e, o que é pior, alimentando pleitos sem fundamento fático e jurídico, obrigando as Secretarias a uma injustificável perda de tempo e acúmulo de serviço. Portanto, requer esta Contestante seja considerada a reclamante litigante de má-fé, com as consequências previstas em Lei.
Em que pesem infundados argumentos da reclamante, os termos relatados na inicial, não merece acolhimento, visto que o mesmo tenta incumbir a esta Contestante uma obrigação que não lhe incumbe.
Ora, outra decisão que não a improcedência total dos pedidos, resultaria em flagrante enriquecimento ilícito em desfavor da Reclamada.
 
Destarte, pede a Ré que a reclamante seja condenado em litigância de má-fé e compelido ao pagamento do valor de 20% sobre o valor da causa, conforme art. 81 do NCPC.
DA RETIFICAÇÃO DA CTPS
Diante do exposto, fica claro que a empresa não deve fazer nenhuma alteração na CTPS do reclamante visto que todos os pedido são improcedentes, conforme já citado em toda a exordial.
DOS PEDIDOS
Ex positis, requer, a Reclamada, que sejam julgados inteiramente improcedentes todos pedidos formulados na inicial, conforme todo o exposto em mérito, tendo em vista as razões de fato e de direito acima aduzidas.
 
Entretanto, caso V. Ex.a entenda que seja devida alguma parcela pleiteada pela reclamante - o que se admite apenas a título de argumentação -, em atendimento ao princípio da eventualidade, a Reclamada REQUER sejam COMPENSADAS/DEDUZIDAS aquelas quantias que a reclamante já tenha recebido sob o mesmo título e natureza econômica.
Seja o reclamante condenado em litigância de má-fé, sendo compelido ao pagamento do valor de 20% sobre o valor da causa.
Protesta por todos os meios de prova em direito permitidos, inclusive DEPOIMENTO PESSOAL da reclamante, sob pena de confesso, prova TESTEMUNHAL e prova DOCUMENTAL, e INSPEÇÃO JUDICIAL o que desde já se requer.
 
 
Paraupebas/PA xx abril 2020
 
CAMILA RODRIGUES DA SILVA
OAB/XXXXXXX

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