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Fitoterapia na obesidade (parte I)

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@nutri.natallia 
Fitoterapia 
Obesidade – parte I 
 
 
Doença Crônica Não 
Transmissível (DCNT) 
→ OBESIDADE 
∘ Considerada uma doença crônica 
não transmissível (DCNT) 
 
∘ No tratamento, é necessário 
utilizar várias estratégias: 
⦁ Dieta hipocalórica 
⦁ Aumento da atividade física 
⦁ Acompanhamento psicológico 
⦁ Uso de medicamentos 
supressores do apetite 
⦁ Cirurgias em casos de obesidade 
grau III 
 
→ PLANTAS MEDICINAIS 
∘ Algumas drogas vegetais usadas 
no tratamento da obesidade não 
agem diretamente sobre o SNC 
∘ A ação dessas plantas decorre do 
alto teor de mucilagem que, ao 
chegar ao estômago, é hidratada, 
aumenta o seu volume e cria uma 
sensação de saciedade 
↳ E secundariamente, produz um 
efeito laxativo 
∘ Outras agem como termogênicas 
acelerando o metabolismo 
∘ Existem as que atuam de modo 
ainda pouco claro no metabolismo 
das gorduras e açúcares 
 
Gimnema (Gymnema 
sylvestre) 
∘ Nome farmacêutico: Folium 
Gymnemae Sylvestreae 
∘ Partes utilizadas: folhas 
∘ Propriedades organolépticas: 
adstringente, picante, levemente 
amornante e amargadocicada, 
picante, levemente amarga e 
refrescante 
↳ Essas propriedades são mais 
voltadas ao uso dos fitoterápicos 
 
@nutri.natallia 
∘ Uso etnomedicinal: 
⦁ Diabetes tipo 2 
⦁ Obesidade 
⦁ Redutor do apetite 
 
→ CARACTERÍSTICAS 
∘ Em hindi, as folhas são 
denominadas gudmãr, que significa 
“destruidor de açúcar” 
∘ Quando suas folhas são 
mastigadas, a língua fica insensível 
ao sabor doce por algumas horas, e 
por isso ela é associada, na medicina 
ayurvédica, ao controle do açúcar 
no corpo 
∘ Diminui a absorção de glicose 
 
∘ A G. sylvestre auxilia na perda de 
peso, possivelmente pela sua 
capacidade em reduzir o desejo por 
doces e por controlar os níveis de 
açúcar no sangue 
 
→ COMPOSTOS ATIVOS 
∘ Glucomarim – presente nas folhas 
↳ Bloqueia o estímulo ao sabor 
doce da glicose e da sacarose, 
ligando-se temporariemente aos 
receptores linguais que sinalizam o 
sabor doce amargo, inibindo o 
desejo de ingerir doces 
 
∘ Ácido gimnêmico 
↳ Aumenta a liberação de insulina 
pelas células β do pâncreas 
⦁ Aumenta a sensibilidade dos 
tecidos à insulina 
 
∘ Saponinas triterpenoídicasdos 
tipos oleanano (ácidos gimnêmicos I, 
IV, V, VIII e IX e gimnessaponinas) 
↳ Reduzem a absorção intestinal de 
glicose 
 
∘ Todos estes acima proporcionam 
um controle maior na hiperglicemia 
 
→ POSOLOGIA 
∘ Extrato seco padronizado de 400 
a 600 mg/dia, administrado junto às 
refeições 
∘ Recomendação: 250-500mg, 3 
vezes ao dia em cápsulas com o 
extrato seco padronizado, como 
descrito acima 
 
→ PRECAUÇÕES 
∘ Os níveis da glicemia devem ser 
monitorados com rigor e mais 
 
@nutri.natallia 
frequentemente se houver uso 
concomitante com medicamentos 
hipoglicemiantes ou insulina 
 
→ CONTRAINDICAÇÕES 
∘ Contraindicada na gestação e 
lactação 
 
→ TOXICIDADE 
∘ Sem referências 
 
Garcínia (Garcinia 
comboja) 
∘ Nome farmacêutico: Fructus 
Garciniae 
∘ Partes utilizadas: frutos 
∘ Propriedades organolépticas: 
azeda, amornante e ácida 
 
∘ Uso etnomedicinal: 
⦁ Diabetes tipo 2 
⦁ Obesidade 
⦁ Redutor do apetite 
 
→ COMPOSTOS ATIVOS 
∘ Ácido hidroxicítrico (HCA) 
↳ Inibe a ação da enzima ATP 
citrato liase, impedindo a clivagem 
do citrato em oxalato e Acetil-CoA, 
essencial para a síntese de lipídios 
através de carboidratos 
⦁ Com isso o carboidrato é 
direcionado para a síntese de 
glicogênio, que atua como 
sinalizador de estoque de energia 
 
⋆ HCA causa inibição da formação 
de acetil-CoA → ocorre um 
aumento da oxidação de AG → 
resultando em formação de 
cetonas → atuam como 
supressores de apetite 
↳ Ocasionando redução da 
deposição de gordura a partir da 
lipogênese, durante o ganho de 
peso 
 
→ POSOLOGIA 
∘ 1 colher de chá do (pó Garcínia) 
em um copo de água 
∘ Extrato seco padronizado 60% 
HCA (ácido hidroxicítrico): 415mg, 3 
vezes/dia – 1 h antes das refeições 
∘ Há recomendação para que as 
doses sejam fracionadas ao longo 
do dia, e com tempo de 
administração de 30min a 60min 
antes das refeições, favorecendo 
melhor resultado 
 
 
@nutri.natallia 
→ PRECAUÇÕES 
∘ Pode causar diarreia 
 
→ TOXICIDADE 
∘ Em altas doses causa atrofia 
testicular em ratos – pode não se 
confirmar em humanos 
∘ Estudos em seres humanos 
demonstraram segurança e os 
efeitos adversos observados foram 
sintomas nos tratos digestório e 
respiratório e dor de cabeça 
 
Erva-mate (Ilex 
paraguariensis A. St. Hil.) 
∘ Nome farmacêutico: Folium Mate 
∘ Partes utilizadas: folhas e ramos 
∘ Propriedades organolépticas: 
amarga 
 
∘ Uso etnomedicinal: 
⦁ Estimulante 
⦁ Antioxidantes 
⦁ Hepatoprotetor 
⦁ Diurético 
⦁ Digestivo 
⦁ Hipolipemiante 
⦁ Em regimes de emagrecimento 
→ COMPONENTES QUÍMICOS 
∘ Alcaloides xantínicos – cafeína 0,2 
a 2,0%, teobromina 0,1 a 0,2%, 
teofilina 0,05% 
∘ Flavonoides – campferol, 
quercetina e rutina 
↳ Quercetina (antioxidante e anti-
inflamatória) e rutina se destacam 
∘ Taninos – 4 a 16% 
∘ Vitaminas – A, C, B1, B2 e B6 
∘ Minerais – magnésio, cálcio, 
potássio, ferro 
 
∘ Extrato alcóolico do L. 
paraguariensis 
⦁ Melhora a cognição, a memória e 
a aprendizagem de curto e longo 
prazos em ratos 
⦁ O mecanismo de ação parece ser 
o antagonismo para os receptores 
de adenosina no cérebro 
↳ A adenosina inibe a atividade do 
neurônio, causando a fadiga no 
receptor – o extrato ameniza essa 
fadiga 
 
⋆ A combinação dos componentes 
químicos presentes na infusão das 
folhas da planta age como digestivo, 
 
@nutri.natallia 
colerético (aumento do fluxo biliar) 
e na propulsão intestinal 
 
→ COMPOSTOS ATIVOS 
∘ Cafeína, ácidos fenólicos e 
saponinas 
⦁ Fornece a capacidade 
antioxidativa da planta contra os 
danos provocados pelos radicais 
livres 
↳ Esta ação antioxidativa é 
confirmada em inúmeros estudos 
realizados com a ingestão do 
extrato aquoso 
 
∘ Alcaloides xantínicos – cafeína 0,2 
a 2,0%, teobromina 0,1 a 0,2%, 
teofilina 0,05% 
↳ Atividades lipolíticas e 
estimulantes 
 
∘ Saponinas – propriedade 
emulsificante 
↳ Ação sobre o metabolismo de 
colesterol, e na absorção intestinal 
de gordura, via inibição da atividade 
da lipase pancreática 
 
∘ O efeito comprovadamente 
diurético da planta é o maior indício 
relacionado à redução de peso 
∘ Ressalta-se que as metilxantinas 
podem gerar efeito rebote sobre o 
apetite – num primeiro momento 
reduzir o apetite e posteriormente 
estimulá-lo descompensadamente 
 
→ POSOLOGIA 
∘ Folhas secas: 2 a 4 g de infusão 
em 10 a 15 min, 3 vezes/dia 
 
→ CONTRAINDICAÇÕES 
∘ Gestação e lactação 
 
→ PRECAUÇÕES 
∘ Usar com cautela em pessoas 
ansiosas, com tremores e sensíveis 
à cafeína e derivados 
∘ Na hipertensão arterial, na 
taquicardia e nos distúrbios do ritmo 
cardíaco 
∘ Colite, gastrite, na gravidez e 
durante o aleitamento 
 
→ TOXICIDADE 
∘ A associação da ingesta de 
chimarrão e fumo de tabaco parece 
aumentar a incidência de câncer no 
esôfago – relação não é totalmente 
estabelecida 
 
 
@nutri.natallia 
→ SOBRE AS INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS 
∘ Uso concomitante pode aumentar 
a ação do ácido acetilsalicílico, do 
paracetamol, dos agonistas 
adrenérgicos, dos diuréticos e da 
teofilina e diminuir o efeito dos 
benzodiazepínicos 
 
Chá verde (Thea sinensis 
Sims.; Camellia sinensis L.) 
∘ Nome farmacêutico: Folium 
Theae; Folium Cameliae Sinensis 
∘ Partes utilizadas: folhas 
∘ Propriedades organolépticas: 
amarga, tônica e adstringente 
 
∘ Uso etnomedicinal: 
⦁ Antimutagênico 
⦁ Antioxidante 
⦁ Anticancerígeno 
⦁ Dislipidemia 
⦁ Obesidade 
⦁ Antidiarreico – chá preto, mais 
rico em taninos 
 
→ TIPOS DE CHÁS 
∘ Chá preto 
⦁ Envolve 4 fases de 
beneficiamento – murchar (na 
sombra), enrolar, fermentar e secar 
(no forno ou fogo) 
⦁ As folhas são partidas em 
pequenas partículas 
 
∘ Chá oolong 
⦁ É considerado semifermentado 
⦁ As folhas são murchadas ao sol, 
sacudidas em grandes peneiras e 
espalhadas ao ar para secarem e 
fermentarem 
⦁ As folhassão comercializadas 
inteiras 
 
∘ Chá verde 
⦁ São chás não fermentados 
⦁ As folhas são passadas pelo calor 
(vapor d’água) para impossibilitar 
qualquer processo de fermentação 
e depois secas 
⦁ Retém a cor original de suas folhas 
 
∘ Chá branco 
⦁ Os brotos das folhas são colhidos 
antes de abrirem, postos para 
murchar ao ar e depois secos, 
ficando com um aspecto prateado 
 
@nutri.natallia 
⦁ Esse é o tipo que contém mais 
compostos fenólicos 
 
∘ Chá vermelho 
⦁ É preparado pela fermentação 
completa, e por longo tempo, das 
folhas 
⦁ Durante essa fermentação 
observa-se a presença do 
microrganismo Aspergillus niger 
⦁ O processo todo de produção do 
chá vermelho exige, no mínimo, 3 
anos 
⦁ É ao longo deste tempo que a 
bebida adquire a sua cor 
característica 
 
→ PRINCIPAIS COMPONENTES 
QUÍMICOS DO CHÁ VERDE 
∘ As folhas não fermentadas 
contêm: 
⦁ Proteínas (15 a 20%) 
⦁ Glicídeos (5%), 
⦁ Ácido ascórbico, vitaminas do 
complexo B e bases púricas – 
especialmente cafeína (2 a 4%) 
⦁ Polifenóis (30%) – monosídeos de 
flavonóis e flavonas, catecóis e 
epicatecóis livres e esterificados 
pelo ácido gálico 
⦁ Produtos de condensação e 
taninos (10 a 24%) 
 
∘ Epigalocatequina (EGCG) – 
catequina 
⦁ Atua na redução da absorção de 
lipídeos 
⦁ Melhora a atuação da leptina 
⦁ Atua na diminuição na 
concentração de colesterol total, 
LDL e triacilglicerol 
⦁ Ação antioxidante 
⦁ Modula o sistema de recaptação 
da glicose nos tecidos adiposo e 
muscular e suprime a expressão 
e/ou ativação de fatores de 
transcrição relacionados com a 
adipogênese 
⦁ Papel do sistema nervoso 
simpático e seu neurotransmissor 
norepinefrina no controle da 
termogênese e na oxidação de 
gorduras 
 
∘ Catequinas 
⦁ Inibição da COMT (catecol-o-
metiltransferase) 
↳ Resulta em um aumento do 
efeito da norepinefrina, 
potencializando a oxidação de 
 
@nutri.natallia 
gorduras pela ativação da 
termogênese 
 
→ AÇÕES DOS POLIFENÓIS DO 
CHÁ NO TGI 
⦁ Redução na digestão e absorção 
de nutrientes 
⦁ Enriquece população probiótica 
no intestino 
⦁ Possíveis ações no eixo intestino-
cérebro-fígado 
 
∘ Proteína quinase ativada por AMP 
(AMPK) 
↳ Desempenha um papel na 
homeostase energética celular 
 
∘ Uma típica bebida de chá verde, 
preparada em uma proporção de 1 
g de folhas para 100mL de água por 
3min de fervura, geralmente, 
contém cerca de 35-45mg/100mL 
de catequinas e 6mg/100mL de 
cafeína, dentre outros constituintes 
∘ Doses com efeito terapêutico – 3 
copos por dia, equivalente a 
aproximadamente 240 a 320mg de 
polifenóis 
 
→ POSOLOGIA 
∘ Infusão: colocar uma colher de 
chá cheia da planta em uma xícara 
de água 
↳ Acrescentar água fervente, 
abafar e deixar descansar por 3min 
∘ Tomar 2 xícaras ao dia 
∘ Planta seca: 5 a 10g/dia 
∘ Extrato seco padronizado (50% 
de polifenóis): 100 a 600mg/dia 
 
∘ Sugestão – deve ser consumido 
entre as refeições para não 
interferir na biodisponibilidade de 
nutrientes provenientes das 
grandes refeições 
 
→ CONTRAINDICAÇÕES 
∘ Leve constipação intestinal em 
consumidores habituais 
∘ Gestação e lactação 
∘ Evitar o uso noturno em 
indivíduos com tendência à insônia 
 
@nutri.natallia 
∘ Uso crônico pode elevar os 
períodos e duração de convulsões 
 
→ PRECAUÇÕES 
∘ Extrato aquoso de Theasinensis 
pode prolongar o tempo de 
coagulação, ↳ Ingestão deve ser 
evitada por hemofílicos, e em 
exagero por pacientes que serão 
submetidos a procedimentos 
cirúrgicos 
 
→ TOXICIDADE 
∘ Sem referências

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