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Antidepressivos: Ansiedade e Medo

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ANTIDEPRESSIVOS 
ANSIEDADE X MEDO 
Tanto a ansiedade quanto medo são sentimentos que se 
tornaram essenciais para a sobrevivência do ser humano 
ao longo do tempo, sendo adaptações fisiológicas muito 
essenciais para garantir a sobrevivência. No entanto, eles 
possuem diferenças entre si: a ansiedade é o sentimento 
de caráter antecipatório, ou seja, ocorre antes daquele 
determinado fato preocupante, é um risco em potencial 
como por exemplo, prova ou apresentar seminário, além 
disso, é um tipo de sentimento provocado por gatilhos 
internos, ou seja, algumas pessoas são mais ansiosas do 
que outras, ficam mais nervosas em épocas de prova ou 
de tutoria por exemplo. A ansiedade possui uma relação 
muito intima com a depressão. 
Já o medo é um sentimento de caráter imediato, associa-
se a uma ameaça iminente, um risco real que pode levar 
a problemas na integridade física ou emocional daquele 
indivíduo. É causado na maioria das vezes por gatilhos do 
tipo externos, ou seja, geralmente os indivíduos irão ter a 
mesma reação frente a situações de medo, como exemplo 
se um leão aparece na frente de um grupo de pessoas, a 
grande maioria teria a reação de sair correndo ou entrar 
em desespero. É por esse motivo, que o medo é um tanto 
mais genérico que a ansiedade. 
Tanto a ansiedade, quanto o medo são sentimentos de 
aspecto fisiológico. No entanto, quando começam a ter 
interferência na rotina e na produtividade do indivíduo no 
dia a dia passa a ter um caráter patológico e que leva ao 
descompasso entre a fisiologia da sobrevivência e a tal da 
patologia. Vale lembrar que a ansiedade principalmente e 
o medo, estão associados diretamente as condições social 
que o homem está sujeito, em outras palavras é como se 
todas as preocupações, as emoções, rotinas estressantes 
fossem um fator social que ultrapassou os limites até da 
biologia e do desenvolvimento biológico do ser humano 
levando a quadros de ansiedade e medo frequentes. 
MANIFESTAÇÕES DA ANSIEDADE 
As manifestações de ansiedade ou de crises de ansiedade 
são bastante clássicas e perceptíveis para quase todas as 
pessoas, que geralmente todos já sofreram de algum tipo 
de crise. Os principais sintomas estão associados ao SNA 
simpático especificamente, os sintomas somáticos inclui 
taquicardia, sudorese, tremores, distúrbios no TGI, além 
de agitação e insônia. 
Trazendo para situações reais, é muito comum que antes 
de apresentar algo, de algum jogo importante você fique 
ansioso, não consiga dormir à noite, tenha dores barriga 
e o coração fica disparado e começa a suar “frio”. Quando 
essa ansiedade passar a ocorrer rotineiramente e ganha 
um caráter cotidiano, problemas relacionados a perda ou 
falta de atenção, perda ou diminuição da concentração e 
fadiga levando a exaustão são sintomas frequentes e um 
tanto quanto perceptíveis nos indivíduos. 
Geralmente ansiedade e medo estão classificadas lados 
opostos, sendo a ansiedade situações mais suportáveis 
como a própria ansiedade generalizada, o transtorno do 
tipo obsessivo compulsivo (TOC) e a ansiedade social, já 
os outros sentimentos como fobias de baratas, palhaços 
ou insetos começam a evidenciar o medo, um perigo mais 
eminente. Casos extremos de medo como situações de 
pânico grave ou estresse pós-traumático são exemplos 
ideias do sentimento de medo, em que a pessoa torna-se 
incontrolável. 
É importante em casos de depressão saber se a doença 
associa-se mais a sintomas de ansiedade ou de medo, já 
que em casos de ansiedade usa-se fármacos relacionados 
a noradrenalina, enquanto em casos de maior relação 
com o medo, usa-se principalmente os farmacos ligados a 
serotonina. 
BASES NEUROQUÍMICAS DA DEPRESSÃO 
Assim como a maioria dos problemas relacionados ao SNC 
a ansiedade e consequentemente a depressão estão mais 
relacionados ao desbalanço entre as vias ansiolíticas e as 
vias ansiogênicas do SNC, especialmente as vias da NA e 
da serotonina. 
Um dos principais fatores de origem da depressão são o 
estresse e a ansiedade crônica, principalmente se ocorre 
de forma recorrente e cotidiana na vida das pessoas. O 
que nos leva novamente a questionar sobre a evolução 
social do homem em prol da sua evolução biológica e os 
problemas que isso causa devido esse desbalanço. 
Sobre a noradrenalina é um neurotransmissor essencial 
que possui como precursor a tirosina, que se converte em 
dopamina e posteriormente em noradrenalina na vesícula 
terminal do neurônio. A noradrenalina é liberada após o 
recebimento de um potencial de ação e apresenta alguns 
receptores pré-sinápticos com destaque para os receptor 
α2 adrenérgico (autorreceptor) e ainda receptores tipo 
pós-sinápticos que se encontram no outro neurônio. 
O principal destaque da transmissão noradrenérgica se dá 
em dois fatores e alvos de ação farmacológica: o primeiro 
deles é que a noradrenalina necessita ser recaptada para 
o interior do neurônio para que apenas lá seja degradada 
pela monoaminas oxidase também conhecida como MAO 
é nesses locais em que se encontram os principais alvos e 
mecanismos farmacológicos (receptação e degradação). 
 
Já a via serotoninérgica não apresenta grandes diferenças 
quanto a via noradrenérgica, com exceção do percursor 
de serotonina ser o triptofano e não a tirosina, a 5HT é um 
neurotransmissor que possui autorreceptores e também 
receptores pós-sinápticos. Os alvos farmacológicos são os 
mesmos que na noradrenalina, a receptação serotonina e 
a degradação pelas monoaminas oxidase (MAO) dentro 
dos neurônios. 
Ainda que ambos os neurotransmissores relacionam-se 
com a depressão, a serotonina é a principal molécula que 
está relacionada com essa doença. O maior problema da 
serotonina é que possui inúmeros receptores que atuam 
de maneira distinta e muitas vezes relacionados a outros 
tipos de neurotransmissores como a dopamina, levando a 
problemas adversos devido ao uso de farmacos que visam 
controlar, aumentar ou diminuir os níveis de serotonina 
no organismo. 
Alguns efeitos indesejados como comportamento sexual, 
náuseas, vômitos, sono, motilidade do TGI, apetite, além 
de ereção são funções fisiológicas afetadas pelo manejo 
dos níveis de serotonina no organismo. 
 
NEUROBIOLOGIA DA DEPRESSÃO 
Antes de iniciar a depressão em si, é necessário distinguir 
depressão de transtornos de humor. Os transtornos de 
humor incluem tanto os transtornos depressivos como os 
transtornos bipolar, sendo muito comum a presença de 
humor deprimido, anedonia e negatividade. Outros tipos 
de sintomas como sentimento de culpa e desvalia, além 
de perda de atenção, de memória e concentração, com 
fadiga, perda de energia e de libido. Muitas vezes podem 
aparecer sintomas como perda de peso, apetite e sono, 
além de pensamentos relacionados a morte. 
A depressão possui incidência maior em mulheres do que 
em homens (contexto de 2 para 1), geralmente doenças 
associadas a ansiedade são mais comuns em mulheres ou 
pessoas do sexo feminino. Os fatores podem ser de causa 
genética (endógeno) que compreende uma parcela muito 
pequena dos casos ou fatores externos ou reativos que 
são causados por fatores do ambiente. 
A depressão pode ser ainda uma manifestação secundaria 
ou em segundo plano, sendo consequência de algo como 
por exemplo do uso de drogas, tanto de abusos como de 
farmacos (antipsicóticos por exemplo) ou de condições 
medicas como uma doença terminal ou dores crônicas. 
A depressão é uma doença um tanto quanto complexa já 
que possui características únicas e exclusivas como por 
exemplo, em indivíduos que possuíram crises depressivas 
tendem a apresentar cada vez mais chances apresentar 
novamente essas crises, e assim por diante, piorando os 
prognósticos da doença. 
Outra peculiaridade da depressão está relacionado ao seu 
tratamento, que no primeiro momento, o paciente pode 
apresentar manutenção ou até piora dos sintomas que ele 
possui dentro do quadro de depressão. A partir de mais 
ou menos quatro meses de tratamento é que os efeitoscomeçam a surgir, sendo muito importante orientar o seu 
paciente quanto a isso já que a piora dos sintomas que 
ocorre no início do tratamento podem levar ao abandono 
do próprio tratamento. 
O abandono precoce ou quando inacabado do tratamento 
leva ao aumento da incidência de novos episódios do tipo 
recorrentes. Sendo essencial que o paciente faça esse 
tratamento a longo prazo e por um período prolongado e 
corretamente a fim de evitar episódios depressivos como 
relapsos ou recaídas e até mesmo episódios recorrentes. 
 
Observa-se nesse gráfico que no início do tratamento, na 
fase aguda, ocorre a melhora do quadro de síndrome, mas 
a piora no aparecimento dos sintomas, o que pode muitas 
das vezes levar ao abandono do tratamento e a presença 
de recaídas que levam o paciente novamente ao estado 
de síndrome depressiva. 
Portanto, a depressão é decorrente de inúmeros fatores 
sejam eles associados ao ambiente como problemas de 
condições sociais, problemas relacionados as fases vida e 
ao amadurecimento, episódios de tristeza, personalidade 
e experiências previas da vida. Condições médicas e o uso 
de drogas, tanto licitas quanto ilícitas também estão mais 
associadas aos quadros de depressão. 
BASES NEUROANATÔMICAS DA DEPRESSÃO 
As principais alterações anatômicas relacionam-se com a 
fisiopatologia da depressão, especificamente, é possível 
observar que ocorre uma atrofia de algumas regiões tanto 
do córtex quanto de outras estruturas principalmente o 
hipocampo (estrutura do sistema límbico responsável por 
memória, principalmente). Essa atrofia ocorre devido à 
perda de neurônios e também de células da glia, o que 
leva ao aumento dos ventrículos também, muito igual ao 
que ocorre na doença de Alzheimer. É possível observar 
todos esses achados clínicos em exames de imagem. 
Outra área anatomicamente afetada são amigdalas, uma 
área também do sistema límbico responsável por controle 
de reações iniciais de medo, ansiedade e outras emoções 
que se relacionam com o estresse. É por esse motivo que 
muito se diz sobre o estresse e problemas emocionais são 
associados a depressão, e no caso, as amigdalas estão em 
hiperativação, destacando ainda mais essa hipótese. 
Outras áreas do córtex geralmente encontram se mais em 
hipoativação, ou seja, estão em menores estados do que 
são normalmente encontradas. O que leva a problemas 
cognitivos, entre outros. 
 
BASES NEUROENDÓCRINAS DA DEPRESSÃO 
Como o próprio nome já diz, essa base leva consideração 
o caráter endócrino na depressão, centrada diretamente 
pelo aumento de cortisol em pacientes com depressão. 
Esse aumento do cortisol está relacionado com o estresse 
crônico que vem a provocar desbalanço no eixo HPA no 
sistema nervoso e endócrino. As amigdalas responsáveis 
por ativarem o hipotálamo, em casos de depressão, há o 
aumento demasiado da amigdala (hiperativação) que leva 
ao aumento da atividade do hipotálamo, que por sua vez 
faz com que as adrenais aumentem os níveis de cortisol 
que são liberados no organismo. 
Esse cortisol em excesso, apresenta a mesma função do 
glutamato, tendo uma neurotoxicidade importante que 
faz com que ocorre atrofia do hipocampo e do córtex, que 
são responsáveis pela inibição do eixo HPA. Em outras 
palavras, ocorre um “looping” de efeitos, que leva ainda a 
problemas nas zonas inibitórias do eixo HPA que são mais 
conhecidos como o hipocampo e o córtex pré-frontal. Isso 
explica ainda a atrofia encontrada nessas regiões também 
além da hiperativação da atividade da amigdala, o que 
mostra intima relação das bases anatômicas com a base 
endócrina. 
 
BASES NEUROFISIOLÓGICAS E SINÁPTICAS DEPRESSÃO 
A principal base neurofisiológica e sináptica relaciona-se 
com a “Teoria Monoaminérgica” da depressão, em que 
ocorre redução, ainda não sabe-se a causa dessa redução, 
das monoaminas nas fendas sinápticas, especialmente da 
noradrenalina, serotonina e um pouco menos dopamina. 
A serotonina (5HT) é um neurotransmissor como já foi 
dito que possui receptores pré-sinápticos com maiores 
afinidades, com função de inibir a liberação de serotonina 
caso os níveis estejam elevados ou já se encontre essas 
substancias na fenda. E possui ainda receptores do tipo 
pós-sinápticos que são aqueles localizados especialmente 
nos neurônios que irão prosseguir com a transmissão do 
potencial de ação. 
Na depressão ocorre diminuição na liberação de 5HT, e 
para piorar, a pouca serotonina presente se liga ainda nos 
receptores pré-sinápticos por possuir maior afinidade e 
faz com que o neurônio entenda que já existe um nível 
ideal de serotonina na fenda, inibindo a liberação e tendo 
causado uma piora maior ainda nos níveis de 5HT. 
Quando se tem diminuição dos neurotransmissores na 
fenda sináptica por um longo período de tempo, o próprio 
organismo adota um mecanismo de compensação que 
consiste em aumentar o número de receptores na fenda 
sináptica, provocando uma suprarregulação desses tipos 
de receptores. Quando inicia-se o tratamento com os 
antidepressivos, esses fármacos atuam aumentando os 
níveis de serotonina na fenda sináptica por diversos tipos 
de mecanismos, esse aumento de serotonina na fenda e 
o aumento de receptores provocados anteriormente faz 
com que o paciente apresente reações adversas no início 
do tratamento, mais especificamente, hipersensibilidade 
que provoca piora nos sintomas depressivos no início do 
tratamento. É por esse motivo que os efeitos dos fármaco 
não apresentam-se imediatos logo após o início do uso. 
Com o passar do tempo, ocorrer uma dessensibilizaçao do 
receptores, diminuindo de quantidade a partir de alguns 
mecanismos de neuroadaptação e os efeitos desejados do 
uso dos antidepressivos começam a aparecer. Por isso 
que é importante sempre explicar aos pacientes que no 
início do tratamento, os sintomas podem piorar, mas que 
a longo prazo esses efeitos desejados irão aparecer. Os 
psiquiatras costumas dizer que pacientes que possuem 
maior quantidade de sintomas paradoxais no início do 
tratamento tendem a responder melhor futuramente. 
Uma observação se diz relacionada a pacientes sintomas 
de intenção de suicídio ou idealização de morte. Nesses 
pacientes, uso de antidepressivos podem ser gatilho para 
que ocorra um evento ou tentativa de suicídio, sendo um 
fato extremamente complexo e de atenção máxima para 
que sejam evitados casos como esse. 
Em geral, essa teoria Monoaminérgica é comprovada por 
inúmeras provas cientificas e constitui a base principal do 
uso dos antidepressivos. É importante salientar que em 
quase todos os livros, apenas essa teoria é citada. 
BUSPIRONA COMO AGENTE ANSIOLÍTICO 
A buspirona é um fármaco sedativo hipnótico mas com 
um perfil muito diferente dos benzodiazepínicos e quiçá 
dos barbitúricos. Esse fármaco apresenta-se como tipo o 
antagonista ou agonista parcial de serotonina. 
Essa dinâmica farmacológica é essencial já que sempre o 
mantem os níveis de serotonina em padrão intermediário 
por exemplo: casos os níveis estejam elevados, o fármaco 
atua como antagonista, reduzindo os níveis e quando o 
nível encontra-se baixo, o fármaco atua aumentando de 
forma parcial os níveis de serotonina. 
Atualmente não é muito usado para ansiedade por causa 
do tempo de latência ser de 21 dias, assim como farmacos 
antidepressivos, o que leva os benzodiazepínicos serem 
mais usados para controle de ansiedade aguda e também 
não é usado em casos de depressão por ser substituída 
pelos antidepressivos. É utilizada mais em casos comuns 
de ansiedade generalizada e em ansiedade associada com 
a depressão. 
Como vantagens apresenta perfil desejado tolerável com 
pouca sedação, não prejudica a memória, possui pouco 
ou quase nenhum efeito motor e não provoca nenhum 
tipo de dependência ou tolerância. Sendo melhor que os 
benzodiazepínicos, apesar de menos utilizados. 
Como desvantagens provoca náuseas, vômitos, fome e 
diarreia ou constipação, além de tontura, cefaleia, fadiga 
e inquietação, principalmenteno início do tratamento 
assim como ocorre com os antidepressivos devido ainda 
ao período de latência. 
BASES NEUROTRÓFICAS DA DEPRESSÃO 
É uma teoria ainda muito recente mas que se baseia em 
níveis de BNDF (Fatores Neurotróficos Derivados Cérebro) 
responsável por garantir a plasticidade e a neurogenese 
do SNC. 
Na depressão ocorre diminuição dos níveis de BNDF que 
leva a uma diminuição da plasticidade, que corresponde a 
capacidade do sistema nervoso possui de se adaptar as 
modificações, em outras palavras, de se tornar de certa 
forma mais maleável e leva a diminuição da neurogenese 
que corresponde a capacidade de originar novas células 
nervosas. 
As principais causas e muito relacionadas as bases que já 
foram citadas anteriormente como o estresse que leva ao 
aumento de cortisol e também do glutamato, ambos são 
neurotóxicos e provocam atrofias corticais e inibição do 
hipocampo por exemplo. Todas as bases estão conectada 
entre si de alguma forma, sem necessariamente causa 
primária entre elas. As monoaminas reduzidas favorecem 
os efeitos neurotroficos que são causados, e os 
antidepressivos normalizam ainda as neurogenese 
deficiente. Talvez seja por isso que os efeito 
antidepressivos são latentes, já que pode ser que seja 
necessário uma restauração da neurogenese primeiro 
para que depois os efeitos desejados comecem surgir. 
 
TRATAMENTOS E INTERVENÇÕES DA DEPRESSÃO 
O tratamento da depressão não é algo determinado e 
certo pela medicina, ou seja, aquele tipo de tratamento 
em que a receita médica ou farmacos específicos podem 
resolver o problema imediatamente. Muito pelo contrário 
a farmacoterapia não é a primeira escolha de muitos dos 
médicos psiquiatras. 
Escolhas ou abordagens alternativas como acupuntura 
podem ser técnicas interessantes que visam melhorar os 
quadros de depressão, estresse e ansiedade. Abordagem 
psicoterápicas são bastante recomendadas, ainda mais 
em casos de depressão mais leve ou moderada, que pode 
ser resolvida sem necessariamente o uso de farmacos. 
ANTIDEPRESSIVOS 
Os antidepressivos são farmacos de primeira escolha para 
muitos transtornos associados ao sistema nervoso: obvio 
para tratamento de transtornos depressivos, são utilizado 
ainda para transtorno bipolar, transtorno de ansiedade 
como TOC e PTSD, além de transtornos alimentares e para 
dor crônica ou neuropática. 
É estudado ainda o uso de antidepressivos pós ocorrência 
de AVE já que esses farmacos elevam os níveis de todas 
as monoaminas e ainda, permitem uma melhora quadro 
da neurogenese deficiente, podendo ser útil após um caso 
de acidente vascular encefálico. E por fim, são usados em 
transtornos de sono, dependência e disfunções sexuais 
ainda que não sejam uma primeira escolha ideal. 
Alguns entraves levam a piora da adesão a terapêutica da 
depressão e prognostico como: o estigma social, aliado ao 
preconceito com as doenças relacionadas a psiquiatria e 
a rotulação de “loucos”, problemas religiosos, sociais e 
culturais prejudicam ainda mais a procura de ajuda, que 
leva a piora dos sintomas e piora no prognostico e chance 
de recuperação da doença. 
Problemas relacionados ao tratamento como o tempo do 
tratamento ter que ser realizado por um longo período 
cronicamente de cerca de 2 anos, a severidade e duração 
dos episódios diminuem a eficácia do tratamento, e ainda 
a própria latência dos efeitos desejados seguidos de uma 
piora inicial dos sintomas levam ao abandono em boa 
parte do tratamento. Cerca de 30% a 40% são refratários. 
Embora se tenha vários tipos de antidepressivos hoje no 
mercado, todos esses farmacos possuem eficácia muito 
similar entre si, o que restringe muito o uso, e ainda mais 
não permite que o paciente consiga utilizar outros tipos 
de farmacos da mesma classe com perfil muito menos 
agressivo do que outros já que são todos semelhantes. 
Devido a latência dos efeitos terapêuticos que farmacos 
antidepressivos possuem, geralmente se associa uso dos 
antidepressivos com benzodiazepínicos que são sedativos 
com caráter ansiolítico para controlar os sintomas que 
aparecem (sintomas paradoxais) no começo tratamento, 
em especial aumento da ansiedade e agitação que pode 
levar por exemplo, a idealização do suicídio. 
Outros problemas como o ajuste da dose for empírica e 
sutil, o que pode acarretar no desenvolvimento de vários 
sintomas adversos relacionados aumento da dose, além 
do aumento no risco de suicídio, 50% mantem sintomas 
depressivos e existe a síndrome de retirada tratamento a 
longo prazo devido uma neuroadaptação, é por isso que 
deve-se retirar os farmacos gradualmente a fim de evitar 
o rebote do organismo (existe uma tendência de que os 
antidepressivos podem provocar dependência, apesar de 
ser uma droga prescrita). 
RACIONAL TERAPÊUTICO DOS ANTIDEPRESSIVOS 
O racional terapêutico dos antidepressivos baseia-se no 
aumento da disponibilidade das monoaminas na fenda 
sináptica, principalmente de serotonina e noradrenalina 
que são fundamentais no desenvolvimento da depressão. 
Os mecanismos de controle está baseado em duas etapas 
da síntese e liberação desses neurotransmissores: sendo 
a primeira delas atuando nas monoaminas oxidase ou na 
MAO responsável pela degradação dessas catecolaminas 
no neurônio. Enquanto o segundo mecanismo que sofre a 
ação dos antidepressivos está relacionado com a parte de 
receptação das monoaminas da fenda sináptica pelos 
neurônios para serem degradadas posteriormente pelas 
MAO. 
Os antidepressivos vão atuar impedindo ou inibindo as 
moléculas da MAO (inibidores da monoaminas oxidase) 
ou atuando inibindo a receptação tanto de serotonina 
como é o caso dos inibidores da receptação de 5HT ou na 
inibição de ambas as monoaminas como é o caso fármaco 
da classe de antidepressivos tricíclicos. 
 
INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE (iMAO) 
A MAO ou monoaminas oxidase é uma enzima função de 
degradação das monoaminas, localizam-se especialmente 
nas mitocôndrias no terminal pré-sináptico e é principal 
alvo dos farmacos dessa classe. Ao inibir a MAO, ocorre 
uma diminuição na degradação dessas monoaminas, 
consequentemente maior disponibilidade delas na 
sinapse e maior é a liberação na fenda sináptica o que 
corresponde ao racional terapêutico da depressão já 
comentado. 
Alguns exemplos de farmacos como a Monclobemida e a 
Tranilcipromina são farmacos muito antigas e que não 
possuem genéricos no Brasil, principalmente devido ao 
pouco uso deles atualmente. Sendo o primeiro fármaco 
mais vantajoso por ser um inibidor reversível da MAO e 
evitando interações como a reação do queijo, já o outro 
fármaco é um inibidor irreversível da MAO e não seletivo 
o que aumenta e muito as chances de efeitos que são 
indesejados. 
Um dos efeitos adversos do uso desses antidepressivos da 
classe dos inibidores da MAO está relacionada interação 
com alimentos fermentados, principalmente vinhos e os 
queijos que liberam tiramina no organismo. A tiramina é 
uma molécula com ação simpatomimética indireta, ou 
seja, estimula o sistema nervoso simpático a partir de um 
mecanismo indireto: nesse caso, a tiramina é responsável 
por aumentar a liberação de noradrenalina nas fendas 
sinápticas, e consequentemente, aumentar a expressão 
do sistema nervoso simpático. Quando ocorre interação 
com farmacos inibidores da MAO, os níveis de NE passam 
a uma elevação exorbitante o que pode provocar efeitos 
colaterais como a “reação do queijo”, hipertensão, que 
pode levar ao aumento das chances de AVE, associada 
com aumento da pressão craniana e cefaleia. 
Entre os efeitos indesejados do uso desses farmacos estão 
agitação, tremores, insônia e convulsões, especialmente 
em indivíduos que já possuem hiperexitação neuronal e 
sofre de crises epilépticas. Possui ainda efeitos do tipos 
anticolinérgicos como boca seca e disfunção sexual, além 
de aumento do apetite e consequentemente do peso. 
Potencializa os efeitos simpatomiméticos indiretos como 
os anfetaminicos, tendo uma ação aumentadado sistema 
simpático. Provoca crise hipertensiva e hipertemia, além 
de inibição enzimática CYP450 e hepatotoxicidade. Porém 
é mais eficaz em pacientes refratários (cerca de 30% até 
40%). 
 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ADTs) 
São antidepressivos que recebem esse nome por terem 
em sua molécula três cadeias de carbono. Apresenta um 
custo mais baixo, e com disponibilidade de genéricos, mas 
não é tão utilizado devido ao perfil indesejado vasto. 
Alguns representantes dessa classe são a Amitriptilina, a 
Nortripitilina, Imipiramina, Desipiramina e Clomipramina 
todos possuem genéricos e estão disponíveis na rede de 
saúde pública. 
 
Esses farmacos são inibidores não seletivos da recaptação 
de serotonina e noradrenalina. Ou seja, atuam tanto na 
inibição da recaptação de serotonina como noradrenalina 
aumentando ambas as vias e as transmissões respectivas 
desses neurotransmissores. É utilizado ainda em casos em 
mais particulares como depressão psicótica já que esses 
farmacos antidepressivos tricíclicos possuem um efeito 
de caráter sedativo bastante elevado. 
Além disso é utilizado assim como os inibidores da MAO 
para pacientes refratários da depressão, uma parcela um 
tanto quanto elevada, cerca de 30% a 40%. E pode ser 
usado em casos de dor neuropática, por atuar tanto na via 
serotoninérgica como na via noradrenérgica da dor, em 
que se tem uma melhora dos sintomas, diferentemente 
dos opioides por exemplo, que só atuavam geralmente na 
via serotoninérgica da dor. 
Os efeitos indesejados estão associados ao caráter não 
seletivo dos antidepressivos tricíclicos que podem ainda 
se ligar a outros receptores provocando: efeito relativos 
anti-histamínicos causando sedação, aumento do apetite 
e aumento de peso, efeito anticolinérgico que pode levar 
a bradicardia, retenção urinaria e aparecimento até de 
arritmias devido a desregulação do parassimpático no 
musculo cardíaco, além de boca seca e disfunção sexual já 
que o parassimpático é fundamental para ereção, em 
especial nos homens. Pode promover ainda efeitos que se 
relacionam ao sistema cardiovascular pela ligação com os 
receptores α1 adrenérgicos atuando como antagonistas e 
promovendo hipotensão que pode levar a taquicardia do 
tipo reflexa, por exemplo. 
É importante que se tenha em mente problemas possíveis 
da interação entre os antidepressivos tricíclicos e outras 
drogas como inibidores da MAO (provoca hipertensão, 
convulsões e coma), álcool e outros depressões do SNC 
que podem levar sedação toxica e farmacos adrenérgicos 
bloqueando sua ação e impedindo os efeitos desejados da 
ação desses farmacos em específicos. 
Outros efeitos indesejados mais graves dos farmacos da 
classe dos antidepressivos tricíclicos são: diminuição do 
limiar convulsivo, já que ocorre uma hiperativação nas 
conduções nervosas por conta do aumento desses tipos 
de neurotransmissores, o que pode levar pacientes com 
epilepsias que já são hiperativados quadros de convulsão 
mais facilmente. 
Outra complicação e mais importante é o prolongamento 
da onda QT, que leva a consequente arritmia e quadros 
graves de “Torsade de Pointes”, podendo desregular todo 
o clico cardíaco e os batimentos síncronos do coração 
devido a problemas na transmissão. 
 
O rebote colinérgico é outro efeito que pode ocorrer em 
casos de parada do uso desses farmacos, já que devido ao 
longo período de efeito anticolinérgico, o organismo fez 
mecanismos compensatórios de aumento dos receptores 
de ACH. Quando se tem aumento novamente desses tipos 
de neurotransmissores, ocorre uma hipersensibilizarão 
semelhante ao que ocorre no início do tratamento agudo 
da depressão. 
Possui uma janela terapêutica bastante estreita que pode 
levar a complicações toxicas, principalmente sobredose 
que pode levar a delírio, mania, coma, além de arritmias 
e morte súbita. É muito comum que o uso antidepressivos 
tricíclicos estejam associados a tentativas de suicídio com 
uso em doses muito elevadas. 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 5HT (ISRS) 
Os ISRS são os farmacos mais novos para tratamento da 
depressão e que revolucionaram o mercado de farmacos 
para essa doença. Muito disso se deve ao mecanismo de 
ação de ser um seletivo para recaptação de serotonina e 
muito pouco para noradrenalina, garantindo um perfil do 
tipo mais seguro e tolerável. 
Os principais representantes são a Fluoxetina conhecido 
comercialmente como Prozac, Sertralina conhecida como 
Assert comercialmente e o Citalopram. Todos encontrado 
no Brasil e possuem medicamentos genéricos, o que leva 
a ser uma grande vantagem. O uso desses farmacos está 
sendo tão comum, não apenas tratamento depressão que 
a geração atual chega é denominada de “Geração Prozac” 
devido ao uso. Sendo inclusive primeira escolha para o 
tratamento de quadros de ansiedade, em prol sedativos e 
hipnóticos devido seu perfil extremamente seguro. 
Esses fármacos possuem ainda uma janela terapêutica um 
tanto mais segura e ampla, diminuindo as chances de tipo 
intoxicações medicamentosas, diferente dos outros. 
Além disso é utilizada para o tratamento de transtornos 
pós-traumático, transtornos obsessivos compulsivos e de 
transtornos alimentares, em especial, bulimias. Possui um 
mecanismo muito diferencial que é a inibição recaptação 
de dopamina (principalmente a Sertralina) podendo atuar 
na diminuição dos problemas relacionados a disfunção 
sexual já que a dopamina está associada intimamente 
com sensações de prazer e libido (sistema límbico e ainda 
via mesolímbica) e pode ser associada no tratamento de 
pacientes com esquizofrenia. 
Vale lembrar que os efeitos cardíacos são praticamente 
nulos com esses farmacos por não possuírem ação na NE 
no organismo. Possuem um pequeno aumento de peso e 
do apetite, mas em menores proporções que os outros 
farmacos já citados. 
Como efeito indesejado não contempla os pacientes que 
são refratários, como no caso dos outros antidepressivos 
e não é necessariamente mais efetivo, mas são bastante 
mais seguros. 
O perfil indesejado desses farmacos estão relacionados 
principalmente com dois alvos específicos: problemas no 
TGI e problemas sexuais. Dentre os problemas sexuais 
estão a diminuição do libido, frigidez e anorgasmia que é 
a incapacidade de atingir o orgasmo que pode explorado 
na clínica principalmente para o uso de pacientes que tem 
ejaculação precoce, retardando o tempo de atingir níveis 
do orgasmo. Vale lembrar que esses efeitos relacionados 
a disfunção sexual leva a problemas em aderir tratamento 
principalmente para a população masculina. 
Por um raciocínio básico, uso de farmacos com disfunção 
sexual são utilizados na clínica para diminuir a excitação 
sexual em casos de ejaculação precoce, tendo um efeito 
contrário. O principal fármaco utilizado no Brasil para esse 
fim é a Paroxetina, um inibidor da recaptação serotonina. 
OBS: Em excesso, a serotonina reduz a libido, quando em 
falta, o hormônio acarreta em um aumento significativo 
do apetite sexual. Ela é uma das responsáveis pela 
sensação de felicidade e bem-estar que sentimos ao 
estarmos próximos de quem amamos. 
Os efeitos relacionados ao TGI são comumente frequente 
com destaque para náuseas, vômitos, aumento da fome e 
do apetite, diarreia, constipação, e até anorexia. Outros 
efeitos relacionados a serotonina, que é também um tipo 
de neurotransmissor que provoca vasoconstrição região 
encefálica pode provocar tontura, cefaleia, fadiga e ainda 
agitação. Atuam assim como os outros farmacos na 
inibição enzima CYP2D6 que pode diminuir metabolismo 
dos farmacos tricíclicos (ADT). 
Síndrome da Interrupção: assim como outros farmacos da 
classe dos antidepressivos, os ISRS também possuem uns 
efeitos colaterais quando se é interrompido o tratamento 
como tontura e parestesias. Farmacos com aumento do 
tempo de meia vida reduzem os efeitos dessas síndromes 
já que continuam fazendo efeito no organismo por mais 
tempo. 
Síndrome serotoninérgica: essa síndrome ocorre quandose tem a interação entre os farmacos ISRS e os inibidores 
da MAO (iMAO), fazendo com que se tenha aumento dos 
níveis de serotonina exponencialmente gerando efeitos 
como hipertemia, tremor, problemas cardiovasculares e 
até em casos mais graves, morte. 
A sobredose desses medicamentos, ainda que muito rara 
quando usados exclusivamente, podem provocar quadros 
de arritmia e morte súbita (muito pouco comum). 
 
ANTIDEPRESSIVOS “ATÍPICOS” 
Esses antidepressivos denominados atípicos englobam 
uma série de farmacos com mecanismos de ação distintos 
e com perfis farmacológicos diferentes. Destaque para os 
inibidores seletivos na recaptação de serotonina e NE, 
inibidores da recaptação de NA, inibidores da recaptação 
de NA, inibidores da recaptação de DA, antagonistas de 
receptores monoaminérgicos e agentes melatoninérgicos 
também. 
Em geral, esses farmacos possuem um caráter mais sujo 
que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
ou ISRS, no entanto, alguns apresentam maiores efeitos 
terapêuticos ou maior efetividade. O uso ou não desses 
farmacos depende da escolha médica e do proposito do 
tratamento. 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE 5HT E NA 
Como o próprio nome diz, esses farmacos são inibidores 
da recaptação de serotonina e de noradrenalina. Ainda 
que possuam preferência por serotonina, atuam também 
na noradrenalina, muito mais que os ISRS. 
São farmacos com um caráter menos seletivo que os ISRS 
e também menos seguros, com um perfil mais sujo do que 
esses. Porém são mais seletivos que os ADT, já que não 
possuem ligação com receptores histamínicos, além de 
não provocar efeitos anticolinérgicos e em receptores do 
tipo alfa, especialmente alfa1 no sistema cardiovascular. 
Resumidamente, são farmacos semelhantes aos ADT mas 
com um perfil mais tolerável por serem seletivos relação 
aos receptores de serotonina e noradrenalina “apenas” e 
sendo os principais representantes a Duloxetina e ainda a 
Venlafaxina. 
A Duloxetina é utilizada casos de depressão, ansiedade 
generalizada, também em dor crônica por atuar nas vias 
noradrenérgica e em dor neuropática. Por possuir ação 
noradrenérgica provoca hipertensão e midríase como 
efeitos colaterais. 
A Venlafaxina é um fármaco que varia a ação devido uso 
de determinadas dose, por exemplo, em doses mais baixa 
os efeitos se assemelham aos ISRS, com seletividade para 
os receptores de serotonina, já em doses mais elevadas 
os efeitos atingem os receptores de NA. É usado para os 
tratamentos de depressão, pânico e ansiedade social e 
generalizada, além de ser utilizada em casos menopausa 
e para tratar os efeitos da TPM. Provoca hipertensão e em 
doses muito elevadas é toxico para o coração como já era 
de se esperar. 
MACETE: a serotonina é responsável por sensações tanto 
de alegria como de bem-estar, o que é ausente mulheres 
com TPM, então usa-se a Venlafaxina para alegrar o dia 
delas. 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE DA E NA 
Esses farmacos atuam inibindo a recaptação de dopamina 
e de noradrenalina, tendo pouco efeito na recaptação da 
serotonina, o que diminui os efeitos relacionados ao TGI 
e os efeitos de disfunção sexual. 
É aconselhável o tratamento para homens que não usam 
outros antidepressivos devido aos efeitos de disfunção 
sexual. Mas o principal uso clinico está relacionado ao uso 
para auxiliar pacientes na dependência nicotínica, ou seja 
para pararem de fumar. 
É usado ainda para controle de peso e em casos de TDAH 
no entanto, diminuem o limiar de convulsão, não sendo 
recomendado para pacientes com crises de abstinência 
de álcool e outros depressores já que as crises provocam 
uma excitação elevada, aumenta ansiedade e chances de 
convulsões. Provoca ainda alterações no sistema CV pela 
ação em receptores de noradrenalina. 
 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE NA 
Nenhum dos farmacos estão disponíveis no Brasil como a 
Reboxetina e a Atomoxetina. Estudos estão sendo feitos 
atualmente visando o uso desses farmacos no TDAH na 
diminuição dos efeitos antidepressivos. 
Por promoverem uma hiperativação do sistema simpático 
provoca efeitos relacionados ao sistema cardiovascular 
como aumento da frequência cardíaca e aumento pressão 
arterial (hipertensão). 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MONOAMINÉRGICOS 
São farmacos extremamente sujos, que se ligam vários 
tipos de receptores monoaminérgicos, gerando inúmeros 
efeitos indesejados. 
Atuam em receptores alfa1, alfa2 (de caráter inibitório) o 
que leva ao aumento indiretamente dos níveis de NA por 
exemplo, atua ainda em receptores serotoninérgicos mais 
variados e principalmente em receptores histamínicos, 
todos como antagonistas. 
A atuação principalmente em receptores histamínicos faz 
com que se tenha atuação semelhante aos efeitos que são 
encontrados nos ADTs como aumento do apetite e ainda 
sedação, principalmente em idosos, controlando efeitos 
como agitação e perda de fome, sendo benéfico. 
AGONISTAS DE RECEPTORES DE MELATONINA 
Esses farmacos atuam como antagonistas de receptores 
serotoninérgicos, o que parece em um primeiro momento 
algo antagônico. No entanto, ao atuar como antagonista 
dos receptores, esses farmacos promovem desequilíbrio 
nos mecanismos de autocontrole e o organismo passa a 
entender que existe pouca serotonina sendo liberada e 
começa a liberar níveis maiores de serotonina. 
Provoca efeitos como tontura, cefaleia e hiperidrose (suor 
em excesso), além de hepatotoxicidade e não é indicada 
em casos de consumo de etanol. Sendo o principal tipo de 
fármaco dessa classe é a Agomelatina. 
 
FARMACOCINÉTICA E SEGURANÇA

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