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ESPORTES AQUATICOS

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Prévia do material em texto

1 
2 
3 
Stela Lopes Soares 
ESPORTES AQUÁTICOS 
1ª Edição 
Sobral/2017 
 
4 
 
Sumário 
Palavra da professora autora 
Sobre a autora 
Ambientação à disciplina 
Trocando ideias com os autores 
Problematizando 
 
UNIDADE I- INTRODUÇÃO AOS ESPORTES AQUÁTICOS 
Conceptualizações sobre esportes aquáticos 
A organização dos esportes aquáticos no mundo e no Brasil. 
 
UNIDADE II- MODALIDADES DE ESPORTES AQUÁTICOS 
Divisão das modalidades dos esportes aquáticos 
Nado sincronizado. 
Salto ornamental. 
Polo aquático. 
Maratona aquática. 
Natação 
 
UNIDADE III: APLICAÇÃO DOS ESPORTES AQUÁTICOS NO ÂMBITO 
ESCOLAR 
O lúdico nos esportes aquáticos no âmbito escolar 
Orientações didáticas, pedagógicas e metodológicas para o ensino dos esportes 
aquáticos. 
Possibilidades de exercícios para o desenvolvimento dos esportes aquáticos nas 
diferentes faixas etárias. 
Sugestão de atividades para o âmbito escolar. 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Leitura obrigatória 
Pesquisando na internet 
Saiba mais 
Vendo com os olhos de ver 
 
5 
 
Revisando 
Autoavaliação 
Bibliografia 
Bibliografia Web 
Referência bibliográfica de imagem Web 
Vídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
7 
 
Palavra da professora autora 
 
Olá estudantes, bem vindos (as) a disciplina de Esportes Aquáticos! 
 
Quando se fala sobre Esportes Aquáticos, algumas pessoas podem ter receio 
em praticá-los devido ao ambiente em que estas atividades são realizadas, 
entretanto, por meio destas atividades, é possível educar o cidadão, vencer seus 
medos, descobrir novos meios da prática esportiva, ressignificando sua concepção 
sobre o Esporte Aquático. 
 
Espera-se com este material, proporcionar a você estudante uma visão geral 
sobre os Esportes Aquáticos no Brasil e no Mundo, pois suas características, tipos, 
competições podem ser também, um poderoso instrumento educacional. 
 
Então, para facilitar sua compreensão, este material forneceu elementos 
fundamentais para subsidiar o estudo sobre essa temática. Além disso, a disciplina 
se propõe auxiliá-los na busca mais aprofundada sobre os Esportes Aquáticos, por 
intermédio da indicação de livros, associados às leituras complementares através de 
artigos e vídeos sugeridos no decorrer das unidades de estudo do material. 
 
Excelentes estudos! 
 
 
 
A autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Sobre a autora 
 
Stela Lopes Soares é Mestranda em Ensino na Saúde pela 
Universidade Estadual do Ceará – UECE. Especialista em Fisiologia 
do Exercício e Biomecânica do Movimento e Gerontologia pelo 
Centro Universitário – UNINTA. Docência no Ensino na Saúde pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e ainda em 
Saúde da Família pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. 
Graduada em Educação Física pela UVA e em Fisioterapia pelo UNINTA. Membro do 
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar - GEPEFE pela UECE e 
do Laboratório de Pesquisa Social, Educação Transformadora e Saúde Coletiva – 
LABSUS pela UVA. Professora do curso de Educação Física na modalidade à 
Distância do UNINTA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Ambientação à disciplina 
 
Olá caros estudantes! 
 
A disciplina de Esportes Aquáticos aborda os principais parâmetros que a 
literatura pontua sobre essa modalidade específica sendo elaborada de maneira 
objetiva e sistemática. 
 
O objetivo central da disciplina é fornecer uma visão geral sobre os Esportes 
Aquáticos, preparando o estudante para compreender o Histórico, as 
particularidades, características, avaliação, curiosidades, assim como suas 
modalidades esportivas, que além de necessários para sua formação irão 
consolidar a sua prática enquanto futuro Professor de Educação Física no âmbito 
escolar. 
 
Portanto, o que está esperando para iniciar os estudos sobre os Esportes 
Aquáticos? Aproveite com atenção cada leitura, pois este Material Didático servirá 
de base para sua futura prática profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bons estudos! 
 
 
 
 
10 
 
Trocando ideias com os autores 
 
Recomenda-se a leitura do livro Natação 4 nados: 
aprendizado e aprimoramento. O livro fala sobre a 
História e a Organização da Natação no mundo e no 
Brasil. O autor analisa a natação técnica e 
cientificamente, destacando seus benefícios para a 
saúde. A partir daí, apresenta educativos para os 4 
nados, corrigindo os principais erros dos alunos em 
diferentes fases. Cada nado é esmiuçado, desde a saída 
até as chegadas, nas provas individuais e por equipes. Ao final dos 4 nados, o 
autor ainda apresenta um capítulo dedicado ao medley. O vídeo ilustra a teoria 
do livro, com educativos para os 4 estilos, nas fases de aprendizado e 
treinamento. Uma obra completa para os profissionais de natação que 
ministram aulas em academias, clubes, condomínios e escolas. 
 
 
MASSAUD, Marcelo Garcia. Natação 4 nados: aprendizado e aprimoramento. 
Sprint, 2004. 
 
 
Leia também a obra Natação na Pré-escola, o livro 
aborda desde: fases e idades, individualidades dos 2 aos 
6 anos, evolução da motricidade, desenvolvimento físico 
e psicomotor, desenvolvimento físico e progressos no 
autocontrole, estabelecimento da preferência lateral, o 
esquema corporal e seus componentes, em direção ao 
domínio psicomotor, organização funcional do cérebro 
humano. Uma obra voltada para profissionais que 
buscam trabalho de Natação diferenciado. 
 
 
 
11 
 
CORRÊA, Célia Regina Fernandes; MASSAUD, Marcelo Garcia. Natação na 
pré-escola. 2004. 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
A partir das obras indicadas, faça um resumo comparativo entre o pensamento dos 
dois autores. Em seguida coloque seu texto no fórum para compartilhar com seus 
colegas na sala virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Problematizando 
 
Atualmente, existem vários entendimentos para o processo ensino-
aprendizagem nas aulas de Educação Física escolar, nos quais possuem o objetivo 
de romper com as concepções biologista, esportivista e tecnicista. 
 
Logo, a práxis do professor de Educação Física escolar merece ser 
repensada, visto que existem inúmeros questionamentos, dos quais podemos citar: 
O professor sempre terá materiais didáticos a sua disposição para realização de 
atividade práticas? Quando falamos dos esportes aquáticos, quais as dificuldades 
que enfrentamos quando pensamos em ofertá-los dentro do âmbito escolar? 
 
Diante dos livros lidos e o conhecimento adquirido após a leitura. Vamos 
imaginar a seguinte situação-problema: um professor de Educação Física do Ensino 
Fundamental II durante seu planejamento e execução das aulas resolve diversificar 
melhor o conteúdo sobre Esportes Aquáticos, tendo em vista que os alunos estavam 
acostumados nas aulas de Educação Física com apenas o futsal como esporte. 
Então, como o professor deve agir do cenário atual? Quais metodologias e 
ferramentas devem ser utilizadas diante dos possíveis acontecimentos, tais como: 
inexistência de local específico, desinteresse dos alunos pelo tema, falta de 
vestimenta adequada; na tentativa de superá-los e obter sucesso no processo de 
ensino e aprendizagem? 
 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
A partir do exposto acima, elabore um texto simples respondendo aos 
questionamentos propostos, não se esqueça de comentar a relevância do tema para 
os dias atuais. Em seguida compartilhe na página do fórum suas principais 
descobertas. 
 
 
13 
INTRODUÇÃO AOS ESPORTES 
AQUÁTICOS 
1 
CONHECIMENTOS 
Conhecer o conceito, história, características e evolução dos Esportes Aquáticos. 
HABILIDADES 
Aplicar os conteúdos específicos dos Esportes Aquáticos, possibilitando novas 
experiências e aprendizado. 
ATITUDES 
Implantar o Esporte Aquáticona escola como importante ferramenta para melhorar o 
desenvolvimento integral do educando 
14 
Video de Apresentação:
https://vimeo.com/295216047
https://vimeo.com/295216047
https://vimeo.com/295216047
15 
Conceptualizações sobre esportes aquáticos 
Os esportes aquáticos podem ser conceituados como aqueles realizados 
exclusivamente no ambiente aquático. Tendo como instituição regulamentar a 
Federação Internacional de Natação (FINA). Geralmente, os esportes são atividades 
orientadas por professores e/ou técnicos e praticados de modo sistematizado. 
No caso dos Esportes Aquáticos, a relação do homem com a água provoca 
uma sensação de bem-estar, trazendo vários benefícios para a saúde do sistema 
cardiovascular, desenvolvimento do equilíbrio, força, flexibilidade, resistência 
muscular, melhora da autoimagem, minimiza o estresse e ainda auxilia no controle 
do peso. 
O exercício na água proporciona a diminuição do impacto sobre as 
articulações e tem efeito relaxante, já que a pressão aquática favorece a circulação 
sanguínea, mantendo o corpo na mesma temperatura, e ainda, tornam o exercício 
mais leve, muito embora às vezes os exercícios não sejam totalmente imersos 
dentro da água. Neste sentido, em qualquer faixa etária, geralmente, todos se 
divertem na praia, nos lagos e nas piscinas. Contudo, quando se idealiza um local 
que possua água, logo se reporta na memória uma vontade de nadar. O 
deslocamento da pessoa dentro da água é dificultado, pois dentro do ambiente 
aquático, o homem tem dificuldades de respirar, foi necessária a invenção de um 
deslocamento nesse ambiente, para que as pessoas que lá dentro estão, não 
tivessem suas funções respiratórias limitadas ou impossibilitadas. 
Para o início de qualquer experiência dentro ou fora da água, é necessária a 
adaptação, devendo ser o primeiro momento, os primeiros contatos com o ambiente 
que se está procurando inserção, para que ocorram ajustes consequentes à 
aprendizagem das técnicas padronizadas. Vale destacar que, a etapa de 
aprendizagem não depende da idade, mas sim da relação próxima com a vivência 
aquática do aluno, estando apenas preparado para o aprendizado do esporte 
aquático, caso esteja com afinidade com o meio onde está e ainda com boa afeição 
com o professor. Esta é a etapa de obtenção das desenvolturas aquáticas 
 
16 
 
básicas, em que ampliação desta fase, possibilitará avanços para alcançar 
diferentes estágios de aprendizagem. 
 É considerada que a etapa de adaptação ao meio líquido foi vencida quando 
a pessoa fica confortável em estar no ambiente aquático, sem se preocupar quando 
qualquer parte do corpo permanece dentro da água, possuindo também equilíbrio e 
um bom deslocamento horizontal e/ou vertical. 
 Uma importante ferramenta na fase de adaptação dentro da piscina, mais 
precisamente no ambiente aquático, é a confiança, pois lhe proporcionará o domínio 
deste meio, movimentando-se e deslocando-se com habilidade. 
Precisamos deixar claro, que existem dois tipos de adaptações ao meio líquido: 
Adaptação psicológica: Etapa de familiarização do discente com a água de forma 
lúdica, por meio de brincadeiras e jogos que geram o contato direto com a água; 
Adaptação fisiológica: É a ambientação do aluno a partir do mergulho que se 
inicia com a cabeça. Neste período, começa a respiração, por meio da expiração 
que permite o acesso ao fundo. Este momento dependerá de um trabalho de 
qualidade durante a fase de adaptação psicológica. 
 Existem várias dificuldades na ambientação para as atividades no meio 
aquático, tendo influência direta do comportamento adquirido em meio terrestre. 
 O indivíduo que se insere no meio aquático, fica sujeito a vários fatores e 
estímulos que geralmente não estão sujeitos fora da água. Desta maneira, quando 
um aluno em qualquer período da vida, inicia sua atividade física na água, isso 
implicará em um conjunto de alterações que passam por: alterações da visão (fica 
limitada), equilíbrio (os apoios passam a ser móveis), audição (normal, no entanto, 
limitada pela água nos ouvidos), respiração (condicionada à necessidade para o que 
se está fazendo), informações proprioceptivas, no sistema termorregulador. 
 Na aprendizagem dos esportes aquáticos, para realização e aprendizagem, 
faz-se necessário um princípio básico que é uma Cadeia, isto é, as etapas estão 
interligadas, só podendo passar para o seguinte, quando já realiza bem a anterior. 
 
17 
Proprioceptivas: Sensibilidade própria aos ossos, músculos, tendões e articulações 
e que fornece informações sobre a estática, o equilíbrio, o deslocamento do corpo no 
espaço etc. Sistema termorregulador: Sistema que regula a temperatura corporal, 
mantendo o nosso corpo, nos padrões fisiológicos, 36°C. 
A organização dos esportes aquáticos no mundo e no Brasil 
Os esportes aquáticos têm conquistado espaços, pois é um dos gêneros mais 
antigos, tendo em vista que por meio das atividades no meio líquido, o homem aliava 
a caça e o descanso, pois muitas vezes sua sobrevivência se dava através delas, 
embora não seja uma prática tão comum para o homem é como percorrer distâncias 
curtas ou longas com diferentes velocidades. A sustentação na água, segundo 
alguns autores, pode ter sido aprendida por instinto e observação de outras espécies 
auxiliando dessa forma, o processo evolutivo do homem. 
A notícia mais antiga sobre os esportes aquáticos se refere à antiguidade, isto 
só foi possível pelas pinturas rupestres encontradas da época, sobre o assunto. Tais 
referências escritas faziam parte da prática romana, por intermédio da educação da 
população e o exercício dos soldados. Algumas das primeiras referências sobre os 
esportes aquáticos são inseridas em obras importantes como a Bíblia, a Ilíada, a 
Odisseia, dentre outros clássicos. Mas foi no ano de 1538, que Nikolaus Wynmann, 
até então professor alemão de linguística, escreveu a primeira obra sobre natação. 
Com o declínio do império Romano, os esportes aquáticos ficaram esquecidos. 
Durante a Idade Média permaneceram sendo deixados de lado, pois a sociedade 
acreditava que estes disseminassem epidemias. No entanto, no renascimento, 
algumas concepções ficaram ultrapassadas e assim, foram construídas diferentes 
piscinas públicas, sendo a primeira criada em Paris, sob o reinado de Luís XIV. 
A organização do esporte só apareceu no início do século XIX, na Inglaterra 
sendo fundada a National Swimming Society, ou melhor, dizendo: Sociedade 
Nacional de Natação. 
 
18 
 
 As primeiras provas que se têm notícia foram no Japão, em 1910, no entanto, 
não há registro de ganhadores. Logo após, foram realizadas na cidade de Londres, 
por volta de 1837. A partir desses eventos, várias competições foram sendo 
organizadas continuamente. 
 Foi durante as Olimpíadas de Londres que se fundou a Federação 
Internacional de Natação (FINA), que regulamenta não só as modalidades de 
natação, mas também as de nado sincronizado, saltos ornamentais e polo aquático. 
 A natação foi muito bem aceita, então logo foi inclusa nos primeiros Jogos 
Olímpicos modernos, na cidade de Atenas, Grécia. No início esta competição era 
disputada em mar aberto, com menos segurança que atualmente. Vale ressaltar que 
os jogos supracitados, contaram com 43 modalidades de esportes como: atletismo, 
ciclismo, esgrima, luta, ginástica, natação, halterofilismo, tênis e tiro. 
Curiosidade: Oficialmente conhecidos como Jogos da I Olimpíada, foram os 
primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, realizados em Atenas, Grécia, berço 
dos Jogos da Antiguidade, entre os dias 6 e 15 de abril de 1896, com a participação 
de 241 atletas masculinos, representantes de catorze países. 
 
 Em nosso país, os esportes aquáticos surgem, oficialmente, em 31 de julho 
de 1897, com a União de Regatas Fluminense. Passado um ano, o Clube de 
Natação e Regatas organizou o primeiro Campeonato Brasileiro, que cuja distânciaera de 1.500 metros, o percurso era de Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa 
Luzia, no Rio de Janeiro. 
 Nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, que aconteceram na Suécia, em 1912, 
as mulheres foram introduzidas na modalidade e assim, começaram a competir. 
Sendo a australiana Sarah Funny Durack, a primeira grande campeã de uma 
prova de natação olímpica. 
 No ano de 1920, na Antuérpia, o Brasil entrou nas Olimpíadas, no entanto, 
foram mais de 30 anos até então, para que o primeiro nadador conquistasse o 
pódio. 
 
19 
 
 A palavra nado sincronizado foi utilizada inicialmente na década de 30, na 
Feira Mundial de Chicago e, a partir daí, o esporte tomou corpo, os atletas 
começaram a se aperfeiçoar fisicamente e aprimorar suas técnicas. Foi em 1952, na 
Olimpíada de Helsinki, que Tetsuo Okamoto recebeu premiação (bronze) nos 
1500m livre e o segundo brasileiro a ganhar premiação olímpica na piscina foi 
Manoel dos Santos, bronze nos 100 m livre em Roma, no ano de 1960. Na década 
de 80, vinte anos depois, em Moscou, Jorge Fernandes, Djan Madruga, Cyro 
Delgado e Marcus Matiolli conseguiram por meio do revezamento 4x200m livre os 
quatro ganharam a terceira medalha de bronze para a natação do Brasil em 
Olimpíadas. 
 A premiação de prata só chega com Ricardo Prado, nos Jogos de Los 
Angeles, em 1984, entrando para o histórico do esporte nacional ao conquistar o 
segundo lugar nos 400m medley. Gustavo Borges foi o primeiro atleta brasileiro a 
conquistar três medalhas em Olimpíadas. Em Barcelona, em 1992, ele foi vice-
campeão nos 100m livre. 
 Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, Gustavo conseguiu medalha de 
prata pelos 200m livre, e o bronze, pelos 100m livres. Assim como Fernando Scherer 
(brasileiro), que conseguiu bronze nos 50m livre. 
 No ano de 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, a prova de 
saltos sincronizados passou a fazer parte do programa Olímpico. 
A atleta Isabel Clark, do snowboardcross, conquistou nos Jogos Olímpicos de 
Inverno de 2006 a melhor marca de um brasileiro na história dos Jogos, ficando em 
nono lugar na prova de snowboardcross. 
 Após os Jogos de Vancouver em 2010, as Confederações Brasileiras de 
Desportos na Neve (CBDN) e no Gelo (CBDG) apresentaram projetos ao Comitê 
Olímpico Brasileiro objetivando o desenvolvimento dos esportes de inverno no país, 
a presença de mais desportistas nos Jogos de Sóchi, na Rússia, tendo como avanço 
a construção de um centro de treinos no interior de São Paulo. Mas, até 
hoje, apesar disso, o nosso país não conseguiu premiações nos jogos de inverno. 
20 
Em 2016, a Liga Mundial (realizada em Huizhou e Xangai, China) foi vencida 
pela equipe da Sérvia (masculino) e Estados Unidos (feminino). O Campeonato 
Mundial, disputado em Kazan (Rússia), em 2015, foi vencido pela Sérvia (masculino) 
e Estados Unidos (feminino). 
Já nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, o Polo Aquático masculino, a 
Sérvia foi medalha de ouro, a de prata com a Croácia e a de bronze com a da Itália. 
Já na categoria feminina, o ouro ficou com os Estados Unidos, a prata com a Itália e 
o bronze com a Rússia. O Brasil mais uma vez não subiu a pódio em nenhuma das
categorias. 
21 
MODALIDADES DE ESPORTES 
AQUÁTICOS 
2 
CONHECIMENTOS 
Compreender algumas manifestações dos Esportes Aquáticos. Além da sua 
importância na aplicação da prática, suas particularidades. 
HABILIDADES 
Reconhecer os principais tipos de Esportes Aquáticos, assim como reconhecer os 
Esportes Aquáticos Olímpicos. 
ATITUDES 
Dominar o conteúdo, postura ética, espírito de equipe, posicionando-se criticamente, 
demonstrando empenho, dedicação e comportamento condizente com a sua prática 
profissional. 
 
22 
 
 
 
 
23 
Divisão das modalidades dos esportes aquáticos 
Os Esportes Aquáticos são divididos em duas modalidades: normais, os 
esportes não disputados em Olimpíadas, e/ou olímpicos, os que são disputados e 
regulados pela (FINA). Entre os esportes normais, estão: canoagem, esqui aquático, 
longboard, surf, kitesurf, bodyboard, biribol, windsurf, no entanto, não nos 
aprofundaremos. Para melhor esclarecimento deste material, nos deteremos a falar 
sobre as principais modalidades olímpicas de esportes aquáticos. São elas: 
 Nado Sincronizado;
 Salto ornamental;
 Polo aquático;
 Maratona aquática;
 Natação.
A seguir, com o intuito de apresentar e aprofundar o assunto sobre as 
modalidades dos esportes olímpicos foram abordados os principais conceitos, 
falando sobre suas características, tipos ou categorias, apresentando alguns 
destaques das modalidades e curiosidades. 
Nado Sincronizado 
Fazendo uma comparação com outros esportes, o nado sincronizado pode 
ser considerado atual. No início, as apresentações de nado sincronizado eram 
realizadas por homens, mas logo o esporte deu espaço para o protagonismo 
feminino. Em virtude disso, em 1907, em Nova Iorque, a primeira apresentação de 
balé subaquático, foi através da australiana Annette Kellerman que se apresentou no 
Hippodrome dentro de um recipiente de vidro. 
Principais características do esporte 
O nado sincronizado foi criado por homens, mas pela sutileza exigida na sua 
prática, a preferência na sua realização para fins de competição é por mulheres, tal 
24 
fato se dá, pois, os melhores resultados alcançados com o esporte, são por meio 
dos movimentos femininos. 
Estes movimentos como o próprio nome sugere, sincronizados, realizados por 
atletas na piscina, com maquiagem, maiô e cabelo, são preparados para seguirem o 
tema da música e da coreografia escolhidos para a apresentação. 
Sendo dividido em duas categorias para prática Olímpica, o Nado 
Duplas: formado pela apresentação de duas atletas. Conforme veremos na figura 
abaixo, a realização de um dos movimentos: 
Figura 1 
E ainda em Equipe: no mínimo quatro e no máximo oito atletas. Assim, para 
melhor visualização, a seguir, a imagem representa uma das posições realizadas 
para prática do Nado sincronizado em equipe: 
25 
Figura 2 
É importante destacar que durante a prática do Nado Sincronizado as atletas 
têm de fazer duas diferentes apresentações: a Rotina Técnica, que corresponde à 
realização em equipes, em um tempo menor, efetuando movimentos obrigatórios, 
estabelecidos pelos árbitros e ainda, a Rotina livre, com o tempo maior, que devem 
ser realizado em duetos e um tempo maior para equipes. Deste feito, as atletas 
efetuam movimentos e formações escolhidas pela equipe. 
Processo avaliativo no esporte 
A avaliação do desempenho dos atletas nesta modalidade é realizada a partir 
da atribuição de notas, com pontuação de, no máximo, 10 pontos. Levando em 
consideração a qualidade técnica, delicadeza, graça, sincronia dos movimentos com 
a música, criação artística dos movimentos. 
Perdem pontos os nadadores nas seguintes situações: quando os nadadores 
tocam o fundo da piscina, ainda quando descansam na borda e/ ou quando os 
atletas olham sem sorriso ou graça. 
Curiosidades sobre o esporte 
O nado sincronizado é uma modalidade esportiva que mistura conceitos de 
dança, natação e ginástica. Para melhor execução dos movimentos, é recomendado 
que os nadadores de nado sincronizado mantenham os olhos abertos embaixo da 
água; 
26 
Mesmo embaixo d’água é possível que os nadadores escutem as músicas, 
pois existem nas piscinas autofalantes especiais que são instalados nas paredes 
internas da piscina. 
Salto ornamental 
Originário na Grécia Antiga, no litoral, local em que as pessoas imergiam de 
pedras para o fundo do mar. Assim, iniciou essa prática no norte da Europa, 
principalmente na Suécia e Alemanha, local onde a ginástica era muito popular. 
O salto ornamental datado no final do século XIX, apresentando uma 
readequação dos movimentos aquáticos, foi criado por homens, contudo, nessa 
modalidade, homens e mulheres podem competir. 
É importante lembrar que desde a criação, poucofoi mudado as regras dos 
saltos ornamentais. 
Principais características do salto ornamental 
O salto ornamental é um esporte individual, que tem como característica o 
salto de uma plataforma elevada que chega até 10 metros, conhecida como 
trampolim, podendo ser fixo ou não. Para execução do mesmo, terá de ser realizado 
um salto em direção à piscina, realizando uma série de movimentos estéticos e 
acrobáticos. Semelhante à ginástica olímpica. 
Para melhor visualização, a seguir, apresentamos uma sequência de um 
competidor realizando Salto Ornamental: 
27 
Figura 3 
Para realização do salto ornamental o ideal é que seja realizado ensaio dos 
movimentos, concentração, equilíbrio, elasticidade e coordenação. Para o saltador é 
exigido muito do tendão de Aquiles e os joelhos. Desta maneira, deve ser realizado 
um trabalho especial para fortalecer as articulações dos joelhos e quadril. 
Os saltos podem ser: para frente (pulando de frente para a piscina e cai no 
mesmo sentido); para trás (de costas para a piscina e a queda deve se dar no 
mesmo sentido); reversos (de frente para a piscina e a queda deve se dar com o 
corpo de frente para o trampolim ou a plataforma); para dentro (Saída de costas e 
caindo para frente de costas para o trampolim ou plataforma); parafusos (Começa 
ou termina de frente) ou de costas para a piscina, mas deve incluir uma volta sobre o 
eixo (como um parafuso) e equilíbrio do braço (saltador inicia em posição de parada 
de mãos (“bananeira”). Pode começar de frente ou de costas para a piscina e 
concluir em qualquer uma dessas direções). 
Processo avaliativo no esporte 
O processo avaliativo acontece a partir de notas de 0 a 10, onde juízes fazem 
esta avaliação, considerando como requisitos: dificuldade nas manobras e o 
posicionamento do atleta ao cair na água. Cada atleta salta três vezes, sendo que 
são descartados o melhor e o pior salto. Sua nota é a média das notas dos sete 
árbitros. 
http://www.infoescola.com/sistema-muscular/tendao/
28 
É pré-requisito para a prática do salto ornamental, ter um pescoço comprido, 
ter uma boa aptidão física (ser bem treinado), e uma cabeça pequena, a fim de ser 
abrigo pelos braços na batida com a água. Todavia, ao praticante do esporte, é 
primordial que não possua uma estrutura física avantajada. 
Abaixo, algumas posições básicas do corpo que deverão ser obrigatórias 
práticas do salto ornamental, como: 
Grupada (salto com os joelhos juntos, voltados para o peito, com o corpo flexionado 
nos joelhos e quadril); corpo ereto; Livre (combinação das posições básicas); 
Carpada (pernas em extensão e corpo flexionado na cintura). 
Os árbitros consideram a posição inicial no trampolim ou plataforma, a partida 
ou salto, a execução das voltas ou posições e a entrada na água. Esta última tem de 
ser vertical, com o corpo ereto, os pés juntos e os polegares para cima. Nos saltos 
sincronizados, avaliam-se todos esses itens e, é claro, a sintonia entre os dois 
atletas na execução. 
Após o salto, os árbitros exibem as pontuações, semelhante às avaliadas nas 
provas da escola. No pior dos casos, o atleta pode levar um zero. Um salto 
insatisfatório pode receber de 0,5 a 2 pontos. Um não tão ruim, mas ainda 
insuficiente, uma pontuação entre 2,5 e 4,5. Se o salto ganhar entre 5 e 6, é porque 
foi satisfatório, mas nada de exuberante. Um bom salto pode receber de 6,5 a 8 
pontos. Os melhores são avaliados em uma faixa de 8,5 a 10. 
O tamanho da plataforma, em competições, chega a 10 metros. Sendo os 
saltos avaliados por sete juízes, que atribuem notas de 0 a 10 considerando quesitos 
como dificuldade nas manobras e o posicionamento do atleta ao cair na água. Cada 
atleta salta três vezes, sendo que são descartados o melhor e o pior salto. Sua nota 
é a média das notas dos sete juízes. 
As regras dessa modalidade tiveram poucas modificações desde sua 
concepção. 
Fisicamente, o salto ornamental exige elasticidade, coordenação e equilíbrio. 
As partes mais exigidas do saltador são os joelhos e o tendão de Aquiles. O trabalho 
29 
de fortalecimento joelhos e quadril são essenciais para o praticante desta 
modalidade. Não apenas nas competições, mas também nos ensaios, sendo preciso 
repetições de movimentos, e concentração. 
A seguir, foram listadas algumas posições básicas do corpo que são 
obrigatórias, como: a Esticada, quando o corpo está em extensão; a Grupada, 
quando ocorre o salto com joelhos juntos, voltada para o peito, com o corpo curvado 
nos joelhos e quadril; a Carpada, em que as pernas ficam em extensão e corpo 
flexionado na cintura e; Livre, em que ocorre a combinação das posições básicas. 
Curiosidades sobre o esporte 
Em 1904, foi a primeira vez que os saltos ornamentais foram inclusos no 
programa olímpico, em Saint Louis, no Canadá, em provas na plataforma e 
exclusivas para homens. 
No entanto, o primeiro atleta brasileiro a competir em Jogos Olímpicos foi 
Adolpho Wllisch, sendo vencedor da primeira competição oficial de saltos 
ornamentais, realizada em Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1913. Foi este mesmo 
atleta que integrou a delegação brasileira dos Jogos Olímpicos de Antuérpia em 
1920. 
O segredo para realização do salto ornamental é muita dedicação fora e 
dentro d’água, pois existem diferentes variedades de saltos para este esporte. 
Polo Aquático 
Avaliando o histórico do esporte, o Polo Aquático teve sua criação oficial no 
século XIX (por volta de 1870) em Londres (Inglaterra). No entanto, existem relatos 
que indicam que o esporte já era praticado desde o século XVIII, principalmente na 
Escócia e Inglaterra. 
Principais características do esporte 
O Polo Aquático é um esporte coletivo praticado em uma piscina, sendo 
disputado entre duas equipes, em que estas são compostas por sete jogadores 
cada. 
30 
Os princípios básicos do Polo Aquático são: resistência, movimentação e 
velocidade. O funcionamento do jogo se dá quando, os participantes tentam acertar 
a bola dentro da baliza adversária marcando assim os gols, defendido pelo goleiro. A 
bola, normalmente, é movimentada pelas mãos dos praticantes, mas 
excepcionalmente, podem-se usar os pés. 
Figura 4 
Dessa forma, as piscinas para prática do Polo Aquático podem ter diferentes 
tamanhos. E vale ressaltar que em cada ponta ou borda da piscina, deverá ser 
colocado um gol. 
As equipes são formadas por sete jogadores de linha (que atuam na partida) 
e seis suplentes (reservas). Os gorros ou tocas são usados para diferenciar cada 
equipe. Os goleiros devem usar tocas vermelhas, para ser diferenciado dos demais 
membros da equipe. 
A bola de Polo Aquático deve ter mais ou menos 430 gramas. O diâmetro 
deve ter mais ou menos70 centímetros. 
Processos avaliativos no esporte 
Durante a partida, se pode segurar a bola com as duas mãos ao mesmo 
tempo (esta regra tem exceção para o goleiro). A bola deve ser conduzida por uma 
das mãos ou pelos braços. 
 
31 
 
 A partida de Polo Aquático é dividida em quatro tempos de sete minutos cada. 
Quando há empate em partidas eliminatórias, existe a prorrogação e, se continuar 
empatada, ocorre à disputa por pênaltis (cinco cobranças para cada lado). 
As faltas durante a partida de Polo Aquático são consideradas quando o 
competidor segura a bola com as duas mãos ao mesmo tempo e mantém a bola sob 
a água ou pega impulso no fundo da piscina e empurra o adversário; 
 Cada equipe possui 30 segundos para realizar uma jogada. O vencedor da 
partida será a equipe que marcar um maior número de gols. 
Curiosidades sobre o esporte 
 O Polo Aquático é considerado o precursor do esporte coletivo, isso acontece, 
pois, sua estreia é datada das Olimpíadas de Paris (esporte praticado em equipes) a 
ser disputado em Olimpíadas. 
A maratona aquática 
Sendo considerada uma modalidade de natação arcaica, pois está ligada aos 
povos da Grécia Antiga, com a não existência de piscinas, nos primeirosJogos 
Olímpicos a natação era praticada em águas abertas. 
 As maratonas aquáticas foram criadas pelo militar e nadador inglês 
MattewWebb. Em 1875, ele foi o primeiro a atravessar o Canal da Mancha (34 km 
entre a Grã-Bretanha e a França) a nado sem qualquer equipamento ou salva-vidas. 
Criou a partir daí esta modalidade de natação. 
Principais características do esporte 
 A Maratona Aquática é definida como sendo uma modalidade esportiva da 
natação praticada em água abertas. Podendo ser praticada em águas oceânicas 
rios, lagos e/ou mares. O percurso em que o nadador deve nadar, geralmente, é de 
longa distância. Nas Olimpíadas de 2016, por exemplo, foi de dez quilômetros. 
 
32 
 
 Os nadadores que praticam esta modalidade esportiva devem ter uma boa 
resistência física, que geralmente é adquirida com treinamento intensivo e 
conhecimento de técnicas específicas para este tipo de natação. 
 Processo avaliativo do esporte 
 Antes do início da prova, especialistas verificam a temperatura da água, que 
deve estar entre 16 e 31 graus Celsius. Sendo um quesito importante para garantir a 
segurança dos nadadores. A segurança dos nadadores é acompanhada por fiscais, 
que seguem eles em embarcações durante todo o percurso. 
 Durante uma Maratona Aquática o percurso todo é demarcado por boias, para 
melhor precisão do resultado, os nadadores utilizam um chip no pulso para marcar 
seu tempo na prova, vencendo o nadador que chegar primeiro no final do percurso, 
tocando a placa de chegada. 
 Juízes e árbitros, que são seis no total, ficam na plataforma e em barcos, 
acompanhando de perto os nadadores. Eles são responsáveis por registrar o tempo 
de chegada de cada nadador. 
Curiosidades sobre o esporte 
 Como forma de natação em 2008, as Maratonas Aquáticas passaram a fazer 
parte dos jogos olímpicos em Pequim, mas foi só nas Olimpíadas de 2016 que 
passou a ter status de esporte. 
 O maior medalhista olímpico das Maratonas Aquáticas (até Rio 2016) é o 
nadador alemão Thomas Lurz. Ele é detentor de duas medalhas olímpicas (uma de 
prata e uma de bronze). 
 Os momentos finais das provas de maratonas aquáticas costumam ser muito 
emocionantes. Nestes momentos é comum ocorrer o sprint, ou seja, o aumento de 
velocidade (arrancada) dos nadadores rumo à placa de chegada. 
 
 
 
33 
 
A natação 
Por volta do século XIX, mais precisamente em 1875, a natação começou a 
ser mais divulgada, como consequência, mais difundida, pelos feitos do inglês 
Matthew Webb, que atravessou o Canal da Inglaterra. Nesta mesma época, o 
nadador inglês J. Arthur Trudgen passou a ensinar o método pelo mundo afora. 
Porém, somente em 1908 foi construída a primeira piscina estabelecida como 
olímpica de que se tem notícia, de 100m em Paris. No Brasil do início do século 
passado, as provas eram realizadas em rios. O Rio Tietê foi local de célebres 
competições, onde as travessias realizadas eram bastante populares. 
Considerada depois do atletismo um dos esportes mais nobres, dos esportes 
aquáticos, acredita-se que a natação é a mais difundida e conhecida, pois, a 
modalidade já passou por modificações significativas, fazendo parte dos jogos 
olímpicos a mais de 100 anos, apesar disso, as mulheres só começaram a participar 
competitivamente a partir de 1912. No início, nadava-se em mar aberto ou em rios e 
a principal preocupação dos atletas era a sobrevivência. 
Principais características do esporte 
A natação é um esporte muito importante para todas as idades, sendo um dos 
únicos que é praticado desde o nascimento até a terceira idade. Sua prática é 
procurada por diferentes motivos, desde a terapia até a diversão e/ou competição. 
Informações necessárias para realização da prática de Natação 
 Para realização da prática de natação, as piscinas devem ter diferentes 
tamanhos, assim, é considerada curta, quando a mesma possuir 25 metros ou 50 
metros, medida utilizada na modalidade Olímpica e ainda com 3 metros de 
profundidade. 
Vale destacar que, já existem provas de 50 a 1500 metros entre os quatro 
estilos nas provas individuais, além do revezamento com equipes de quatro 
competidores. 
 
34 
 
 No estilo Crawl ou Livre, os praticantes poderão competir com 50, 100, 200, 
400, 800m (exclusiva para mulheres) ou 1500m (unicamente masculina). Sendo 
considerada ainda como modalidade de competição o revezamento que pode ser de 
4x100 metros e 4x200 metros e por fim a Maratona Aquática. 
 Já no estilo Costa, em que os competidores largam de dentro da água, 
existem as competições de 100 e 200 metros. No estilo Peito e Borboleta, as 
competições podem ser de 100 e/ou 200 metros. 
Por fim, o estilo Medley, que vai unir os quatro tipos de nados: a competição 
poderá ser de 200 metros: quando deverá nadar 50 m cada estilo, 400 metros, 
quando o competidor terá que nadar 100m, cada estilo e por último o Revezamento 
que terá de ser realizado de 4x 100 metros. 
Curiosidades sobre o esporte 
 Na largada, os atletas devem se atentar para não mergulhar antes do sinal, 
evitando assim serem desclassificados. 
Características necessárias para realização dos estilos de natação 
 Alguns elementos são fundamentais para execução dos estilos de natação, 
pois por meio deles, é possível aperfeiçoar a técnica e ainda, aumentar o 
deslocamento, auxiliando o praticante, trazendo resultados diferenciados, estamos 
falando das saídas e viradas. Para melhor entendimento do que estamos falando, 
abordaremos a seguir, um pouco sobre cada um deles: 
Saídas: 
O praticante deve saltar na água em uma direção o mais distante possível, a 
ponto máximo, como se tivesse um arco e o nadador fosse entrar por ele, essa 
definição é denominada de saída. Mas depois deste primeiro momento, o contato 
com a água, o corpo fica numa posição estendida, a cabeça flexionada entre os 
braços, quase junta ao peito. 
 
35 
 
As saídas têm como objetivo incitar o nadador para frente com maior impulso 
possível e de forma mais rápida, isso ocorre logo no começo da prática do nado 
para conquistar uma maior velocidade. 
Durante as saídas, a entrada na água começa pela ponta dos dedos das 
mãos, com uma breve inclinação do corpo para facilitar o deslizamento. Deve-se 
tentar saltar de maneira que o corpo inteiro adentre na água no mesmo ponto em 
que a mão entrou para que não aconteça a popular “barrigada”, culminando em 
prejuízos ao salto. 
Tipos de saídas: 
 O Agarre é a saída mais usada por ser bem potente. Nela, o nadador prende 
os artelhos (dedos dos pés) na borda (bloco de saída) e a flexão do tronco é mais 
acentuada, permitindo dessa forma, que as mãos segurem a ponta anterior do bloco 
de saída. Essa saída aumenta a velocidade com que o nadador chega à água. 
Já na Convencional ou Clássica, existe um aproveitamento muito grande do 
impulso, devido ao movimento de rotação dos braços para traz. Porém, não está 
sendo muito utilizado, pois o nadador demora mais para entrar na água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Figura 5 
 
 
 
Viradas: 
 
 As viradas são classificadas em dois tipos: Simples e Olímpica. Na Simples a 
mão deve tocar na parede e a outra continuar atrás, o corpo deve girar, colocando 
os pés na parede da piscina. As pernas ficam flexionadas e o braço que tocou a 
parede por cima da cabeça, deve ser jogado em direção à outra mão que ficou 
imerso na água, para que assim, possa realizar o deslize. Com todo o corpo 
estendido, o movimento de impulso da parede só deve ser realizado quando a 
posição estiver correta, do contrário não terá muita eficácia. A virada simples deverá 
acontecer conforme veremos na figura a seguir: 
 
 
 
37 
 
Figura: 6 
 
 
Já na Olímpica, o praticante se aproxima o máximo possível da borda, gira o 
tronco para ficar voltado para baixo, impulsionando as pernas na parede e realiza o 
deslize com os braços estendidos para frente. A figura abaixo mostra comodeve ser 
a realização da Virada Olímpica: 
 
Figura: 7 
 
Execução da virada 
 
 A execução da virada dependerá de um ponto de rotação adequado ou toque 
calculado, rápido giro e um deslize feito de maneira correta. Então, se deve 
obedecer algumas etapas para sua execução, a Aproximação (veloz em direção à 
parede, velocidade linear transformada em virada olímpica); o Toque (No nado crawl 
não é necessário o toque das mãos, mas qualquer parte do corpo. No caso da 
virada olímpica, o que toca a parede são os pés); o Giro (rápido, a cabeça deve 
38 
estar junta ao peito, isso acelera ainda mais a rotação, o movimento de impulso das 
pernas para cima em direção à borda, também auxilia nessa velocidade); Deslize 
(profundidade em torno de meio metro). 
Depois de vermos um pouco dos elementos necessários para execução dos 
estilos de nados existentes, é interessante destacar que a natação competitiva é 
praticada em quatro diferentes estilos: o crawl, costa, peito e borboleta ou golfinho. A 
seguir, para melhor compreensão de todos, apresentaremos sobre cada um destes, 
procurando elencar as principais características para realização de cada estilo de 
forma correta e com mais eficácia. 
Estilo de natação- crawl 
O crawl é considerado o mais conhecido, simples, rápido e praticado. Nele, o 
indivíduo se posiciona com o corpo voltado de frente para o fundo da piscina (em 
decúbito frontal). Os membros inferiores (pernas) devem estar semiflexionados 
(extensão) e os pés estendidos se movendo com golpes curtos, como se dessem 
pontapés, trocando esquerda e direita ligeiramente. A movimentação dos braços é 
intercalada, de modo que um inicie a puxada da água logo, antecipando o 
movimento, esta puxada deve ser o movimento semelhante à letra (S). 
Dessa forma, quando um dos braços estiver do lado de fora da água, o 
praticante poderá girar sua cabeça para este lado e respirar (lateralmente). Para 
completar a volta e/ou finalizar a prática ou prova, alguma parte do nadador tem 
que tocar a parede. O posicionamento, assim como a alternância de membros 
superiores e inferiores devem ser conforme visualizamos na figura abaixo: 
Figura: 8 
1 
2 
3 
4 
 
39 
 
Figura: 9 
 Para o aprimoramento da técnica do nado, algumas recomendações são 
dadas, como: forçar a flexão do cotovelo, nadar utilizando apenas um braço, 
enquanto o outro permanece estendido e, por último, nadar com o flutuador para 
deixar as pernas boiando enquanto se concentra no movimento dos braços. 
 A seguir, traremos uma tabela de como o professor dentro do âmbito escolar, 
deve avaliar o Estilo Crawl, em uma sequência numérica, em que 1 é o menor e o 5 
o máximo, para aprimoramento da técnica: 
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO CRAWL 
Utilizar somente no aperfeiçoamento 
Conceito da técnica 
POSIÇÃO DO CORPO 
1 - Posição elevada do corpo 1 2 3 4 5 
2 - A água passa por cima da nunca 1 2 3 4 5 
3 – Flutuabilidade 1 2 3 4 5 
MOVIMENTO DAS PERNAS 
1 - Tornozelos estendidos e relaxados 1 2 3 4 5 
2 - Os pés saem da água 1 2 3 4 5 
3 - Perna estendida no final da fase descendente. 1 2 3 4 5 
4 - Afastamento das pernas lateralmente 1 2 3 4 5 
MOVIMENTOS DE BRAÇOS E COORDENAÇÃO 
1 - O braço entra ligeiramente flexionado 1 2 3 4 5 
2 - A mão entra fora da linha do ombro 1 2 3 4 5 
3 - Um braço espera o outro 1 2 3 4 5 
4 - A mão realiza o movimento para fora 1 2 3 4 5 
5 - O cotovelo alcança sua máxima flexão 1 2 3 4 5 
6 - Braços estendidos no final da braçada 1 2 3 4 5 
7 - Movimento da mão submersa é como um “S” 
invertido 
1 2 3 4 5 
8 - Recuperação da mão 1 2 3 4 5 
9 - A cabeça abaixa antes das mãos entrarem na 
água 
1 2 3 4 5 
 Fonte: Lima, 2007. 
 
 
 
 
40 
 
Estilo de natação – costas 
 Este estilo é considerado basicamente um crawl investido. Neles, os 
praticantes do nado devem alinhar-se na água, com o corpo de frente para o bloco 
de saída com as duas mãos agarradas nos suportes (agarre). Os pés, incluindo os 
dedos, devem ficar sob a superfície da água. 
 Ao comando de uma partida e após a virada, o nadador deve dar impulso e 
nadar na posição de costas durante toda a trajetória, com exceção do momento da 
volta. Quando o corpo mudar de posição, como consequência sair da posição 
costas, não deve ter mais braçada ou pernada que seja independente da ação 
contínua de volta. O nadador tem que retornar à posição de costas após deixar a 
parede. 
 Quando a volta for executada, é necessário que exista o toque na parede com 
alguma parte do corpo do nadador. Ao fim da prova, o praticante tem de tocar a 
parede de costas, do contrário será desclassificado. 
Figura 10 
 
 
 É interessante destacar que durante o nado costas, o praticante deve está 
com a barriga voltada para fora da água durante todo o trajeto. A movimentação 
das pernas e pés é semelhante a do crawl, como já mencionado, no entanto, o 
posicionamento muda, pois este é invertido. Dessa maneira, os braços também se 
revezam alternadamente, ora dentro, ora fora d’água, passando junto à orelha, 
com a palma da mão virada para fora (sai da água o polegar, entre o dedo 
mínimo). Em seu movimento até o quadril, o braço empurra a água e impulsiona o 
corpo na direção contrária. 
 
41 
 
 Para melhor execução do estilo costa, o tronco e as pernas devem estar bem 
alinhados. 
 A seguir, a sequência numérica apresentada em ordem crescente, demonstra 
como deverá as etapas do nado Estilo Costa: 
 
 
 
 
 A seguir, traremos uma tabela de como o professor dentro do âmbito escolar, 
deve avaliar o Estilo Costas, em uma sequência numérica, em que 1 é o menor, em 
que o praticante sabe e consegue realizar de forma menos técnica possível e o 5 o 
máximo, mais qualificada. Para que com isso, ocorra o aprimoramento da técnica 
por parte do praticante: 
 
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO COSTA 
Utilizar somente no aperfeiçoamento 
Conceito da técnica 
POSIÇÃO DO CORPO 
1 - Posição elevada do quadril 1 2 3 4 5 
2 - A água passa a altura da orelha 1 2 3 4 5 
3 - Cabeça Fixa 1 2 3 4 5 
MOVIMENTO DAS PERNAS 
1 - Pés estendidos e relaxados 1 2 3 4 5 
2 - Os pés saem da água 1 2 3 4 5 
3 - Pernas estendida no final da fase 1 2 3 4 5 
4 - Afastamento das pernas entre 30° e 50° 1 2 3 4 5 
MOVIMENTOS DE BRAÇOS E COORDENAÇÃO 
1 2 
3 4 
 
42 
 
1 - Entrada da mão na água 1 2 3 4 5 
2 - Profundidade da braçada 30° 1 2 3 4 5 
3 - Recuperação da braçada 1 2 3 4 5 
4 - Inspira o ar na recuperação de um braço e solta o 
ar no outro 
1 2 3 4 5 
5 - Posição dos ombros 1 2 3 4 5 
6 - Saída do braço na água 1 2 3 4 5 
7 - Final da Braçada 1 2 3 4 5 
Fonte: Lima, 2007. 
 
Estilo de natação - peito 
 
 No nado Peito, conhecido por seus movimentos em “tesourada”, todos os 
movimentos dos braços devem acontecer simultaneamente e no mesmo plano 
horizontal, não existindo movimentos alternados durante este estilo, dessa forma, 
apesar de não ter grandes dificuldades para sua aprendizagem de uma forma geral, 
exige muito em termos de coordenação para o praticante. 
 É interessante dizer que o nado peito passa por diferentes etapas: varredura 
para fora, varredura para dentro, sustentação, deslizamento e recuperação. 
 Os movimentos do estilo peito são iniciados realizando o início da braçada e 
afastando lateralmente os braços estendidos com as mãos rapidamente inclinadas 
(propulsão). Logo depois dos braços atingirem o afastamento, após a linha dos 
ombros, é realizada a tração dos braços para trás e para baixo dependendo do 
praticante. Até esse momento a cabeça permanece dentro da água e as pernas 
paradas. 
 Ao final da tração dos braços (propulsão ativa), a cabeça deverá ser elevada 
para respiração frontal, recuperação das pernas e dos braços também. 
 Vale destacar que a recuperação dos braços inicia com um rápido movimento 
dos cotovelos, que determina a velocidade do praticante. A cabeça entra na água no 
mesmo instante que é realizadaa pernada e alongamento dos braços à frente. A 
recuperação dos braços poderá ser realizada com as mãos submersas ou acima da 
superfície da água. O dedo mínimo deverá ficar próximo da água. 
 
43 
 
Curiosidade: Quando o praticante eleva muito as mãos, o desgaste é maior ou 
caracterizará a braçada do estilo borboleta (nado que veremos a seguir), 
descaracterizando o estilo peito. 
 
 Em cada virada e na chegada do estilo escolhido, o toque deve ser feito com 
as duas mãos simultaneamente acima, abaixo ou no nível da água. A cabeça pode 
submergir após a última braçada anterior ao toque, desde que quebre a superfície 
da água em qualquer ponto durante o último ciclo anterior ao toque, completo ou 
incompleto. 
Figura:11 
 
 
 O que vemos na figura, a execução do Estilo Peito, caracteriza-se por ser o 
mais lento dos estilos, geralmente praticado com braços estendidos, assim como o 
corpo também, tendo que as palmas das mãos estarem voltadas para fora e o 
rosto dentro d’água. 
 A seguir, traremos uma tabela que explica como o professor dentro do âmbito 
escolar, deve avaliar o Estilo Peito, em uma sequência numérica, em que 1 é o 
menor, em que o praticante sabe e consegue realizar de forma menos técnica 
possível e o 5 o máximo, mais qualificada. Para que com isso, ocorra o 
aprimoramento da técnica por parte do praticante: 
 
 
 
 
 
44 
 
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO PEITO 
Utilizar somente no aperfeiçoamento 
Conceito da técnica 
POSIÇÃO DO CORPO 
1 - Posição de extensão máxima (deslize) 1 2 3 4 5 
2 - Posição de máxima flexão, cabeça fora d’água, 
braços flexionados abaixo do peito 
1 2 3 4 5 
3 - Os ombros permanecem na mesma altura 1 2 3 4 5 
MOVIMENTO DAS PERNAS 
1 - Máxima flexão das pernas 1 2 3 4 5 
2 - Os pés se encontram em rotação externa 1 2 3 4 5 
3 - Os pés se encontram mais afastam que os 
joelhos 
1 2 3 4 5 
4 - As pernas se unem no final da pernada 1 2 3 4 5 
5 - O movimento da perna é circular 1 2 3 4 5 
MOVIMENTOS DE BRAÇOS E COORDENAÇÃO 
1 - As mãos estão mais baixas que os cotovelos 1 2 3 4 5 
2 - Os braços separam-se estendidos a uma 
profundidade de 20 ou 30 cm 
1 2 3 4 5 
3 - As mãos não ultrapassam a linha dos ombros 1 2 3 4 5 
4 - Ao final da tração realiza a respiração 1 2 3 4 5 
5 - Os braços tracionam e as pernas estão 
estendidas 
1 2 3 4 5 
6 - As pernas realizam a propulsão e os braços 
estendem 
1 2 3 4 5 
7 - Final da Braçada 1 2 3 4 5 
Fonte: Lima, 2007. 
 
Estilo de natação borboleta 
 
 O nado borboleta é julgado por muitos com um grau de dificuldade elevada, 
para ser executado de maneira correta, por isso, na sequência de aprendizagem dos 
estilos de natação, é um dos últimos a ser ensinado, tal fato se dá por ser o que 
exige mais resistência do praticante, como consequência, sendo considerado dessa 
forma, o mais pesado. Exige força para empurrar a água e, ao mesmo tempo, 
flexibilidade para enfrentar a resistência dela. Neste estilo, o posicionamento do 
corpo é com a barriga voltada ao fundo da piscina. 
 O movimento da perna é em ondulações, com ambas juntas e em flexão 
plantar, sem bater os pés. Os braços devem ser trazidos à frente simultaneamente 
 
45 
 
sobre a água e depois levados para juntos para traz. A respiração pode ser feita a 
cada duas ou cinco braçadas. 
 Para realização do nado estilo borboleta faz-se necessária à observação de 
três quesitos: braçada, pernada e coordenação. Apresentaremos a seguir sobre 
cada uma: 
 Na braçada, as mãos entram na água na linha dos ombros, rapidamente 
inclinada; o dedão entra primeiro, criando menor resistência. 
 Quando as mãos entram fora da linha dos ombros aumentamos a resistência 
frontal. Após a entrada das mãos na água, realiza-se o afastamento lateral dos 
braços auxiliando o apoio e a imersão das mãos. Logo após aproximarmos as mãos 
na frente do corpo coincidindo com a elevação da cabeça, respiração e pernada. 
 O fim da braçada ocorrerá com o afastamento das mãos para a lateral e 
posteriormente a elevação dos cotovelos. 
 Na pernada, é primordial uma boa propulsão das pernas no estilo borboleta, 
além de melhorar a propulsão também contribui para a sustentação do corpo no 
momento da respiração. 
 Logo após a iniciação da braçada, que poderá ser realizada na vertical, é 
interessante a coordenação de braçada e pernada, enfatizando os movimentos de 
perna e braço (3 ou 4 braçadas) sem respiração. Dessa forma, a coordenação das 
pernas e braços acontece automaticamente. 
 O momento da respiração acontece quando as mãos estão próximas na altura 
do abdômen e o praticante realiza a pernada. A seguir, a figura apresenta a 
execução do Estilo Borboleta: 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Figura 12 
 
 Os movimentos das pernas e dos pés são simultâneos, de cima para baixo, 
num plano vertical são permitidos, as pernas ou pés não precisam estar no mesmo 
nível, mas movimentos alternados não são permitidos. Em cada virada e na 
chegada, o toque deve ser efetuado com ambas as mãos simultaneamente, acima, 
abaixo ou no nível da superfície da água. 
 Para finalizar, vale destacar que, para realização do Estilo para competição 
geralmente se recomenda 3 ou 4 braçadas para um ciclo de braçadas, mas lembra-
se ainda, que para tanto, faz-se necessário habilidade e que a amplitude da pernada 
diminua e aumente a velocidade. 
 A seguir, traremos uma tabela de como o professor dentro do âmbito escolar, 
deve avaliar o Estilo Peito, em uma sequência numérica, em que 1 é o menor, em 
que o praticante sabe e consegue realizar de forma menos técnica possível e o 5 o 
máximo, mais qualificada. Para que com isso, ocorra o aprimoramento da técnica 
por parte do praticante: 
 
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO BORBOLETA OU GOLFINHO 
Utilizar somente no aperfeiçoamento 
Conceito da técnica 
POSIÇÃO DO CORPO 
1 - Posição horizontal durante a fase mais propulsiva 1 2 3 4 5 
2 - Quadril alto na primeira pernada, braços a frente 1 2 3 4 5 
3 - Quadril próximo a superfície na segunda pernada 1 2 3 4 5 
MOVIMENTO DAS PERNAS 
1 - Pés estendidos e relaxados durante a pernada 1 2 3 4 5 
2 - Pernadas unidas por movimentos simétricos 1 2 3 4 5 
3 - Extensão na fase descendente 1 2 3 4 5 
4 - Na fase ascendente se flexiona o pé e seu dorso, 
está próxima a superfície da água. 
1 2 3 4 5 
MOVIMENTOS DE BRAÇOS E COORDENAÇÃO 
 
47 
 
1 - O braço entra quase estendido e as mãos vão em 
direção aos ombros 
1 2 3 4 5 
2 - As mãos entram na água antes dos cotovelos 1 2 3 4 5 
3 - No início da braçada, as mãos se dirigem para 
fora e para baixo 
1 2 3 4 5 
4 - As mãos se aproximam na metade da puxada em 
forma de “ferradura” ou” violão” 
1 2 3 4 5 
5 - Os cotovelos estão mais altos que as mãos 1 2 3 4 5 
6 - No final da braçada, as mãos se dirigem para trás 
e para fora 
1 2 3 4 5 
7 - As mãos saem d’água, próxima ao quadril 1 2 3 4 5 
8 - A cabeça entra na água antes que as mãos 1 2 3 4 5 
Fonte: Lima, 2007. 
 
Estilo de natação - medley ou livre 
 
 Neste tipo de modalidade tem como característica optar por nadar qualquer 
estilo para participar da competição. 
 Nas provas de medley individualizadas, o nadador terá que realizar os quatro 
nados seguindo a ordem abaixo: borboleta, costas, peito e livre. 
Figura: 13 
 
 
 Nas provas de revezamento medley em grupo, da mesma forma que foi citado 
no individual, os praticantes devem realizar os quatro nados, no entanto, ocorre uma 
mudança, sendo a sequência: costas, peito, borboleta e livre. Cada estilo deve 
respeitar suas respectivas regras. 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
APLICAÇÃO DOS 
ESPORTES AQUÁTICOS 
NO ÂMBITO ESCOLAR 
 
3 
CONHECIMENTOS 
Compreender os Esportes Aquáticos enquanto possibilidade de atuação no âmbito 
escolar. 
HABILIDADES 
 
Estruturar uma proposta pedagógica direcionada para aulas de Esportes Aquáticos 
no ambiente escolar, tendo como foco os EsportesAquáticos Olímpicos, com 
subsídios para construção e utilização de materiais alternativos. 
 
ATITUDES 
Manter uma postura ética, espírito de equipe, criticidade e aplicabilidade didática, e 
metodológicas, para o ensino dos esportes aquáticos no contexto escolar. 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
51 
 
O lúdico nos esportes aquáticos no âmbito escolar 
 
A sociedade tem a necessidade de incorporar a cultura e a educação aqueles 
conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades relacionadas ao corpo e 
movimento. Neste sentido, a prática de atividade física aquática se apresenta como 
uma alternativa a mais. Prova disso é, por um lado, que muitos estudos concluem 
que atividade aquática é uma prática muito bem aceita pela população. Por outro 
lado, é um fato objetivo a construção de cada vez mais piscinas. 
 A atividade aquática é um percurso de vivência sensório-motora global para a 
criança, levando o brincar, experimentando o movimento, vencendo obstáculos, vai 
compreendendo o mundo real à medida que se confronta com o meio, distanciando-
se da fantasia. 
 Definir o lúdico não é fácil, mas muitos pesquisadores tiveram a tarefa de 
contextualizá-lo no âmbito escolar. A utilização do lúdico nas aulas de esportes 
aquáticos possibilita o brincar, construindo laços afetivos entre aluno e professor, em 
que ambos aprendem nesta construção do saber, o que motiva a relação 
pedagógica. Nesta relação, o professor se permite interagir com o aluno por meio de 
músicas, histórias, dramatizações e jogos cooperativos, influenciando a criança por 
meio da brincadeira proposta, levando o aluno a criar, expressar fantasias, por meio 
de faz de conta, mas para isto deve desenvolver um diálogo lúdico com a mesma, 
com um sorriso, um abraço, uma melodia ou até mesmo com a alegria e 
empolgação no tom de voz. 
 O jogo recreativo tem caráter lúdico, e sua prática favorece o prazer, além de 
ser um incentivo para uma culminância da aprendizagem eficaz, intermediado por 
brincadeiras, que devem extrapolar os limites do âmbito escolar (BORGES; SOUZA, 
2010). 
 Dessa forma, a contribuição da prática de exercícios dentro d’água para o 
desenvolvimento social, psicológico e motor dos alunos nas aulas prática, favorece a 
aquisição de habilidades motoras e desenvolvimento de suas capacidades, 
fortalecendo sua prática profissional. 
 
52 
 
 Apesar do ambiente escolar geralmente não ser o local mais propício para 
realização de atividades no ambiente aquático, seja pela falta de equipamentos, 
espaços e/ou de conhecimento para trabalhar com o mesmo dentro do próprio 
ambiente, o que se entende é que exista uma tendência para inclusão das 
atividades na piscina, na tentativa de viabilizar um processo educacional mais 
circular, com intuito de desenvolver a educação por intermédio da prática do esforço 
físico na água. 
 Atualmente, observa-se cada vez mais, o interesse dos pais por escolas que 
disponibilizam atividades aquáticas em espaços escolares, as quais podem ser 
fundamentais para o processo de desenvolvimento não só físico de suas crianças. 
Todavia, convém ressaltar que nesse contato criança e piscina, essencialmente nas 
séries iniciais, há a necessidade da criança se integrar harmoniosamente com o 
meio em que se encontra com fim de se precaver de problemas com as 
propriedades da água, tais como o medo e um provável afogamento, dificultando o 
trabalho dos envolvidos na atividade. 
 O meio aquático é um espaço rico em probabilidades e variações de 
atividades de acordo com o que os alunos necessitam, além de ofertar ao professor 
várias possibilidades de exercícios e jogos, para as atividades dentro deste espaço, 
oferecendo ao professor de Educação Física, independente das faixas etárias, 
diferentes olhares sobre práticas dentro da natação. 
O professor deve pensar nos alunos como seres singulares e entender como 
estes são para pais e professores, esquecendo um pouco a lógica de algumas 
instituições educacionais, em que a técnica é supervalorizada, para atender aos 
objetivos da aula, provocando adoção de condutas e estratégias equivocadas, em 
contraponto, deve-se pensar em aulas que valorizem o indivíduo como um todo e 
facilitem a aprendizagem, como por exemplo, as dinâmicas lúdicas. 
 E, apesar da existência de dificuldades e potencialidades, independente 
disso, o aluno deverá ter a possibilidade de adaptar-se ao meio líquido, a partir do 
seu tempo e limites, abrindo oportunidades de receber uma educação baseada na 
valorização do desenvolvimento global do ser humano, levando em consideração os 
diversos aspectos da criança (cognitivo físico e social). 
 
53 
 
 Assim, a água, como um espaço de aprendizagem, o ensino neste espaço 
deve acontecer de forma gradual e evolutiva. Neste sentido, tende-se a criar um 
espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos alunos a vivência em 
perceptivas e sensíveis, bem como a aprendizagem cada vez mais recorrente. 
 
Orientações didáticas, pedagógicas e metodológicas para 
o ensino dos esportes aquáticos. 
 
 O professor deverá propor um seguimento pedagógico voltado para o 
aprendizado integral, desconsiderando explicações longas, geralmente 
desmotivante. Atividades sem criatividade, por vezes repetitiva, tendo um foco 
apenas, favorecem o desinteresse e cansaço, tornando maior o número de jovens 
sedentários. 
 As crianças e adolescentes ao estarem no meio aquático podem desfrutar do 
lúdico, em uma prática corporal, resultando em prazer e satisfação. Dessa forma, o 
professor que ensinará os esportes aquáticos, deverá partir do nível de 
desenvolvimento do aluno, por meio da concepção construtivista da aprendizagem, 
adquirindo o papel de mediador, permitindo estabelecer relações entre os 
conhecimentos e experiências prévias e os novos conteúdos. 
 O professor dentro do âmbito aquático deve acompanhar as modificações 
comportamentais dos seus alunos, deve se familiarizar com a linguagem utilizada 
para evitar perder tempo nas explicações, a participação dos alunos e o desenho e 
montagem dos jogos são elementos que proporciona um grande atrativo ao 
participante e propicia um maior interesse pela atividade, o professor deverá optar 
por explicações claras e breves, de forma que predomine o tempo de prática, deverá 
adequar as atividades ao ambiente aquático, estando atento a alguns detalhes 
importantes. A seguir, apresentaremos alguns direcionamentos que devem ser 
seguidos durante esta prática: 
 
 
 
54 
 
 Adaptar o jogo em relação à faixa etária dos participantes, pois 
a profundidade da piscina poderá ser um fator limitante de deslocamento, 
dessa forma, o professor deverá assegurar se a piscina proporcionará 
segurança aos participantes; 
 Noções de primeiros socorros; 
 Fazer divisões de participantes, para facilitar o trabalho no ambiente aquático; 
 Apresentar regras de forma precisa e objetiva; 
 Utilizar-se da criatividade para realização das atividades. 
 
Possibilidades de exercícios para o desenvolvimento dos 
esportes aquáticos nas diferentes faixas etárias. 
 
De 0 a 3 anos: As crianças deverão se adaptar ao meio líquido (vivências que 
provoquem o movimento de pernas, bloqueio da respiração, saltos, deslocamentos e 
imersão). 
De 3 a 4 anos: A motivação e a recreação são elementos fundamentais nessa faixa 
etária. Dessa forma, espera-se que ocorra nesta etapa, o desenvolvimento da 
adaptação ao meio líquido, respiração, flutuação dorsal e ventral, propulsão dos 
membros inferiores, mergulho elementar, braçada do estilo crawl e costas. 
De 3 a 6 anos: Será a continuidade das atividades anteriores, ou início para os 
alunos que começam neste período. Respiração peculiar para o estilo peito, 
propulsão das pernas, braços, além da continuidade dos estilos crawl e costas, 
mergulho elementar. Podemos também ministrar exercícios de pernada de golfinho 
nesta fase. 
 
De 3a 8 anos: É uma continuidade das outras etapas, no entanto, tem pessoas que 
iniciaram a partir dela, é interessante o ensino do mergulho elementar, viradas 
simples, aprendizagem do estilo borboleta, aperfeiçoamento dos estilos, detalhes 
técnicos e introdução à competição. 
 
55 
 
8 a 12 anos: Espera-se desenvolver nos alunos desta faixa etária a continuidade 
das atividades anteriores, observando as técnicas, parte competitiva, ou o gosto 
pelas atividades esportivas, especialmente, para os que não gostam da competição. 
12 a 18 anos: Nesta etapa, se preconiza o desenvolvimento e aprimoramento 
técnico, principalmente da parte aeróbia dos alunos, observações e noções de 
frequência cardíaca, aprendizagem dos 4 estilos, viradas, mergulho elementar e 
saídas. 
Sugestão de atividades para o âmbito escolar 
 
LOCAL: Piscina social 
A duração das aulas no ambiente aquático, geralmente dura entre 50 a 60 
minutos. 
 O objetivo da aula na água é explorar as diversas possibilidades de execução 
do nado utilitário (que é qualquer forma de deslocamento que o aluno execute para 
se deslocar, seja em decúbito ventral, dorsal ou lateral sem apoio, ou seja, se 
apoiando apenas no meio líquido). 
 
Decúbito ventral: O corpo está deitado com a face voltada para baixo. Decúbito 
dorsal: O corpo está deitado com a face voltada para cima. Decúbito lateral: O 
corpo está deitado de lado. 
 
Durante as aulas no ambiente líquido, não devemos esquecer-nos de realizar 
um Alongamento (tradicional com música ou sem), que poderá ser realizado dentro 
ou fora da piscina de forma geral, nos principais músculos do corpo. 
 Logo depois do Alongamento, Trazer um Aquecimento, Atividades de acordo 
com o objetivo da turma e depois convidá-los a refletir sobre o que fizeram naquele 
dia. 
 A seguir, apresentamos sugestões de atividades durante a realização de aula 
no ambiente aquático: 
 
56 
 
1° atividade: Papa - Tudo 
MATERIAIS: Esponjas e duas vasilhas. 
 É um jogo de estafetas. A turma é dividida em duas equipes, sendo dispostas 
em colunas. O primeiro jogador deverá estar com uma esponja na mão, posicionado 
de frente a uma vasilha que estará na borda da piscina. Ao sinal do professor, o 
jogador levará a esponja molhada até a tigela, apertando-a e desejando toda a água 
nela contida. Passa-se a esponja para o próximo jogador, e assim sucessivamente. 
 Quando todos os jogadores das equipes passarem pela esponja, verifica-se 
qual vasilha tem mais água. E assim declara-se a vencedora. Como variação pode 
utilizar as camisetas ao invés das esponjas. 
·2ª atividade: Desloque-se como puder 
 Deslocar-se de uma borda a outra, em qualquer sentido, de qualquer forma, 
variando o deslocamento. Nesta atividade o professor não dizia como cada aluno 
deverá nadar (crawl, nado sincronizado, costas, borboleta e salto), não podendo 
repetir a forma anterior que o mesmo tiver executado. · 
3° atividade: Leão Sem Fôlego 
 A turma será dividida inicialmente em dois grupos grandes e estes, serão 
subdivididos em duplas, assim, duas pessoas da turma ficarão com dois 
cronômetros. Ao sinal do professor, a dupla terá de fazer o máximo de bolhas de 
baixo da água, sem levantar a cabeça, se não aguentar, passa a vez para sua dupla, 
os dois levantam, então darão vez para outra dupla e o cronômetro será encerrado. 
O professor tem o papel de fiscalizar e está atento como está acontecendo à 
atividade. Ao final, o cronometrista, vai dizer qual equipe conseguiu por um maior 
tempo, realizar a respiração. Essa atividade vai promover a adaptação ao meio 
líquido e auxiliá-los na aprendizagem da respiração no meio líquido. 
 
 
 
 
57 
 
4° Atividade: Bolimbol 
MATERIAIS: Bola (com água dentro), 
 Parecido com o Polo aquático, distribuídos em dois times, com quantitativo de 
acordo com o número de participantes da aula, os jogadores deverão ter o cuidado 
para ninguém levantar a bola (com água dentro), o objetivo é ir empurrando ela para 
frente, ou através dos passes até encostar na borda da piscina, onde toda parede 
serve de gol. Por causa da densidade da bola, ela às vezes mergulhará, 
desaparecendo dos olhares dos participantes. 
 Variação: Passar vaselina na bola para que ela se torne mais escorregadia e 
assim, fique mais engraçada. Ou pode-se usar uma melancia no lugar da bola, 
tornando a atividade mais divertida ainda. 
 
5ª atividade (Equilíbrio/ Flutuação) 
 Com o apoio do flutuador os alunos devem atentar-se para os detalhes de 
execução do gesto e se preocuparem-se menos com sua permanência na 
superfície/ flutuação. No decorrer da atividade a professora lembrará os alunos que 
podem nadar sob o tapete, ai eles começam a mergulhar para atravessar o tapete. 
6° atividade: O esperto sou eu 
 A turma deverá ser dividida em dois grupos grandes, cada integrante de uma 
equipe ficará com um número, sendo que dois integrantes, um de cada equipe, 
ficarão com o mesmo número. No meio dos grupos, ficará uma pessoa segurando 
um arco com as mãos levantadas. A cada rodada, o professor chamará um número 
aleatório, então o número chamado de cada equipe tentará se deslocar do seu lugar 
(nadando ou dando saltos) para passar por dentro do bambolê, o que não conseguir 
chegar a tempo, trocará o lugar com a pessoa que estava no meio da atividade, 
fornecendo o seu número para ele na equipe. Podemos variar esta atividade 
colocando dois bambolês, duas pessoas, o professor pode chamar dois números 
juntos. O intuito desta atividade é promover a interação e atenção entre as crianças, 
além de estimular o cognitivo das mesmas. 
 
58 
 
7° Atividade: “Marco Polo” 
 O professor cobre a lente dos óculos de natação com fita isolante preta, 
escolhe um aluno para ser o pegador, coloca os óculos e para saber onde estão os 
outros amigos o pegador tem que perguntar MARCO e os outros responder POLO, 
através do som ele nada até pegar alguém e transfere os óculos para quem for 
pego, o pegador pode perguntar quantas vezes quiser e todos tendem a responder. 
 É interessante que ao final das atividades o professor convide a todos os 
alunos a refletirem sobre as atividades realizadas, assim como, expor o que 
sentiram com as atividades, buscando que os mesmos compreendam e identifiquem 
os conteúdos apresentados, mas também assimilem a construção de conhecimentos 
produzidos no espaço mencionado, favorecendo o processo de ensino-
aprendizagem dentro do ambiente aquático. 
 
 
 
 
59 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
 
Sugere-se a leitura do artigo: Atividades aquáticas diferenciadas nas aulas 
de Educação Física: diversificando os conteúdos trabalhados na piscina. Este 
artigo é parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – (PDE). O 
presente estudo partiu de uma problemática da escola evidenciada principalmente 
nas turmas de terceiro ano do ensino médio. 
 
Confira também a leitura do Guia Didático: Esportes Aquáticos - 
Individuais e Coletivos. Este guia aborda os vários aspectos da interação da 
pessoa com o meio aquático, começando pela compreensão do ambiente, onde 
ocorrem as ações. As situações didáticas mostram como se pode aplicar o que foi 
pensado a partir da visão dos autores envolvidos. 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
Após a leitura destes materiais, faça uma síntese dos pontos comuns e divergentes 
encontrados nos artigos e disponibilize no ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_ufpr_edfis_artigo_telma_angelica_ribeirete_de_souza.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_ufpr_edfis_artigo_telma_angelica_ribeirete_de_souza.pdf
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/esportes/guiaesportesaquaticos.pdf
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/esportes/guiaesportesaquaticos.pdf
 
60 
 
Leitura ObrigatóriaCaro estudante, leia a Apostila Atividades Aquáticas, um material excelente, 
que mostra a importância do esporte como um caminho educacional de muita 
relevância, pois pode ser experimentado e vivenciado de diversas formas, da prática 
recreativa ao alto rendimento, constituindo, portanto, um fenômeno cultural e social. 
O material busca ensinar professores os métodos mais eficazes para o ensino 
destas atividades. 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
Após a leitura, faça um paralelo, comparando com o material estudado, sempre 
argumentando com sua opinião fundamentada de estudo e pesquisa. Em seguida 
disponibilize no ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=I4lrErG9d5E
 
61 
 
Saiba mais 
 
Para ampliar seus conhecimentos, leia a Entrevista com a paratleta, Izabela 
Dias de Souza, concedida ao blog FRANCISSWIM com a temática - ESPORTES 
AQUÁTICOS. A atleta é competidora de natação, ganhadora de cinco medalhas de 
ouro, além do título de melhor atleta feminina da competição. Izabela contou um 
pouco sobre como começou no esporte, como foi o campeonato e o que espera para 
o futuro. 
Confira também a Entrevista com Carl Shaper, esportes radicais aquáticos. 
Carl fala sobre alguns esportes que podem ser praticado, em lagos, mares, ondas, 
ventos etc. 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
Leia as entrevistas e em seguida produza um texto argumentativo, abordando a 
importância da atuação do Professor de Educação Física, para valorização dos 
Esportes Aquáticos dentro e fora do âmbito escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://francisswim.blogspot.com.br/
http://francisswim.blogspot.com.br/
http://francisswim.blogspot.com.br/
https://www.youtube.com/watch?v=MiB5y92SHTA
 
62 
 
Pesquisando na Internet 
 
 
No decorrer dos anos, a formação profissional em Educação Física enfatizou 
apenas a Natação como Esporte Aquático, e consequentemente, grande parte dos 
professores, no contexto da prática pedagógica escolar, que ora apresentam o 
esporte aquático apenas como natação ou optam pela sua ausência, perante a 
alegação de falta de equipamentos e/ou instalações adequadas, confundindo assim, 
as modalidades esportivas aquáticas em si, gerando desta forma, a elitização de tal 
prática. 
A partir das informações acima, investigue sobre uma possível forma de 
intervenção pedagógica através dos Esportes Aquáticos com o conteúdo da 
Educação Física. 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
Logo após sua pesquisa, faça um resumo sobre suas descobertas e conclusões. 
Compartilhe suas reflexões no ambiente virtual de aprendizagem através da página 
do fórum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
Vendo com os olhos de ver 
 
 
Recomenda-se que assista ao vídeo 1: Os Desportos Aquáticos. Este vídeo 
apresenta um pouco sobre os principais tipos de esportes aquáticos que existem. 
Tal fato se dá com intuito de reconhecer e identificar diversas modalidades de 
Esportes Aquáticos. 
 
 Propõe-se que veja também o vídeo 2: Esportes Aquáticos. O vídeo mostra 
as vantagens dos esportes na água, para a terceira idade, conscientizando que a 
atividade física é sempre uma boa recomendação independente da idade. 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
Após você assistir esses vídeos, faça uma correlação entre eles e produza um texto 
argumentativo, relatando a função do Professor de Educação Física desde seu 
surgimento até os dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=I4lrErG9d5E
https://www.youtube.com/watch?v=2D9QvG2MvQM&t=16s
 
64 
 
Revisando 
 
Com base no que foi estudado, pode-se perceber que os Esportes Aquáticos 
são um dos gêneros mais antigos, tendo em vista que por meio das atividades no 
meio líquido, o homem aliava a caça e o descanso, pois muitas vezes sua 
sobrevivência se dava através delas, embora não seja uma prática tão comum, para 
o homem é como percorrer distâncias curtas ou longas com diferentes velocidades. 
 
Durante os nossos estudos, compreendemos que os Esportes Aquáticos 
podem ser observados a partir de diversos parâmetros. Desse modo, o significado 
dos Esportes Aquáticos são todos aqueles realizados exclusivamente na 
água, perpassa a simples execução de movimentos. Ainda, como apresentamos no 
material, existem vários como: Nado Sincronizado, Salto ornamental, Polo aquático, 
Maratona Aquática e Natação, dentre outros tipos, que foram destacados e que 
vocês acabaram de apreciar. 
 
Observou-se ainda o quão é necessária a inserção dos Esportes Aquáticos 
nas escolas, através da abordagem desse conteúdo nas diversas dimensões do 
conhecimento (conceitual, procedimental e atitudinal) para que as crianças tenham 
acesso ao desenvolvimento integral, pois os esportes aquáticos enquanto 
instrumento dentro do processo educacional, não se resume simplesmente em 
aquisição de habilidades, mas reporta-se ao desenvolvimento das potencialidades 
humanas e sua relação com o mundo. 
 
Entendemos ainda, que o aprendizado por meio de atividades como os 
esportes aquáticos, possibilitará uma melhora significativa no comportamento social 
dos alunos, além de desenvolver os aspectos cognitivos e motor, resultando na 
formação de um cidadão ético, formador de suas opiniões e ideias. 
 
Assim, os esportes aquáticos possibilitarão aos alunos novas formas de 
praticar exercícios, levando-os à descoberta, estimulando outras perspectivas de 
atuação, que contribuirá para o processo ensino aprendizagem. Espera-se dessa 
forma que, essas reflexões, potencializem novas ideias e discussões, sobretudo, do 
 
65 
 
aprofundamento dos Esportes Aquáticos no âmbito escolar enquanto um conteúdo 
importante para auxiliar o desenvolvimento da práxis educativa. 
 
 
66 
 
Autoavaliação 
 
1) Qual a importância do conhecimento de Esportes Aquáticos para o 
professor de Educação Física? 
2) Por que é considerado importante compreender e saber como aplicar os 
Esportes Aquáticos dentro da Educação Física na Escola? 
3) Como os Esportes Aquáticos podem auxiliar na formação de professores 
em Educação Física? 
4) Elenque as alterações sofridas durante o exercício dentro e fora da água. 
5) De acordo com o Material Didático estudado, quais os principais exemplos 
de Esportes Aquáticos mais praticados? Indique suas características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Bibliografia 
 
BATES, A.; HANSON, N. Exercícios Aquáticos Terapêuticos. São Paulo: Manole, 
1998. 
 
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CONFEDERAÇAO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS. Regras Oficiais 
de Natação: 2006-2007. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. 
 
CORRÊA, Célia Regina Fernandes; MASSAUD, Marcelo Garcia. Natação na pré-
escola. 2004. 
 
COSTA, P. H. L. da. Natação e Atividades Aquáticas. São Paulo: Manole, 2010. 
 
GARCIA et al. Natação na idade escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 
 
GUZMAN, R. Natação - Exercícios de Técnica para Melhoria do Nado, EDITORA 
MANOLE LTDA,1ª Edição, 296 p., 2008. 
 
KERBEJ, Francisco Carlos. Natação: algo mais que 4 nados. São Paulo: Manole, 
2002. 
 
KRUG, D. F. ;MAGRI, P. E. F. Natação. São Paulo: AllPrintmarcon, 2012. 
 
LIMA, W. U. Ensinando Natação. Phorte: Cidade, 2007. 
 
MACHADO, David Machado. Metodologia da natação. São Paulo: E.P.U, 2004. 
 
 
68 
 
MADRI. Devís, J. ePeiró, C. (1992). Novas perspectivas curriculares em 
Educação Física: a saúde e os Jogos modificados. Barcelona: INDE. 
 
MARCON, Daniel. Metodologia do Ensino da Natação. Caxias do Sul: EDUCS, 
2002. 
 
MASSAUD, Marcelo Garcia. Natação 4 nados: aprendizado e aprimoramento. 
Sprint, 2004. 
 
MEC (1990). Lei Orgânica

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