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AVALIAÇÃO 1 DIREITO CIVIL IV - HUGO LEONARDO GOMES DA SILVA - 202009089879

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1º AVALIAÇÃO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
Aluno: Hugo Leonardo Gomes da Silva.
Matrícula:202009089879
Professor: DANILO GOMES
20/10/2020
1 Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
Resposta: Deve-se sim. 
Como vemos no artigo 805, cpc e no seu paragrafo único. É permitido ao exequido que possua mais formas de cumprir com sentença, escolher a maneira que julgar mais adequada para si mesmo, visando quitar a pendência reconhecida em juízo sem prejuízo qualquer a seu patrimônio. No caso acima, vemos que a penhora de um imóvel que tem 100 vezes o valor da prestação devida certamente traria transtornos e prejuízos desnecessários ao devedor. Indo de encontro ao Consagrado princípio da execução menos gravosa ao executado.
2 Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
RESPOSTA: Quando imóvel está sendo alvo de processo, e há agravo em cartório notificando que o referido imóvel é alvo de ação judicial, não se tem de falar em alienação dos bens visando fraudar credores, e sim de uma dilapidação visando atrapalhar uma provável execução decorrente do processo em curso.Para garantir seu direito o exequente deve interpor ação pauliana, ação essa que vise anular o negócio jurídico feito na venda dos imóveis.
3 Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º). Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo?
RESPOSTA: Entendendo que a multa chamada de astreintes tem como objetivo incentivar de forma coercitiva o cumprimento de decisão executiva, vemos que compete ao magistrado decidir a sua incidência ou ao credor requerir sua imposição. A imposição do astreinte deve observar a melhor maneira que se adeque a sua função, onerando, desonerando ou até mesmo arbitrando pagamento único ou como julgar ser mais bem aplicado o recurso a qualquer tempo. Esse tema controverso ainda é alvo de muitas indagações. Se por um lado se corre risco de ser muito penosa a imposição da multa, por outro se corre o risco, de sendo insuficiente a imposição do astreinte, não se tenha a urgência devida de se honrar a obrigação.
4 Questão: Pedro aluga seu apartamento para Rui (locatário). João, melhor amigo de Rui, aceita figurar no contrato como fiador. Após um ano, Rui devolve o apartamento, ficando devendo, contudo, quatro meses de aluguel. Pedro propõe uma execução contra Rui e João cobrando o valor devido. O juiz determina a penhora da casa em que mora João e que está em seu nome e de parte do seu salário de João. Responda de maneira fundamentada as seguintes perguntas: a) O patrimônio de João responde pela dívida de Rui (explique abordando o princípio da patrimonialidade e os sujeitos processuais)? b) O patrimônio do executado responde de maneira ilimitada pelo pagamento da dívida? c) É possível a penhora da casa de João? É possível a penhora do salário de João? (se sim, cite as hipóteses, abordando o entendimento do STJ/STF).
RESPOSTA: 
A) - SIM. A penhora do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador decorrentes do contrato de locação, segundo a Lei nº 8.009/90:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
Logo, um bem de família penhorado pode pertencer ao fiador do contrato de locação. Como visto no artigo acima, a impenhorabilidade do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador decorrentes do contrato de locação. 
B) - O patrimonio do executado deve responder de forma que não venha a ser privado do que a lei determina o mínimo para suportar suas necessidades básica.
C) - Como já referido acima, em caso de fiador de contrato de locação, não se deve falar em em impenhorabilidade. Sendo assim pretendível a penhora. Já no tocante a sálario, vemos o tópico ser abordado no ambito do STJ, encontramos decisões que tornam o sálario penhoravel, mesmo em face de ação diversa a de alimentos, desde que o proventus supere o valor de 50 salários minimos, porém eté esse valor pode variar. Neste caso concreto, a menos que João perceba redimentos equivalentes ou aprocimados ao citado a cima, poderá sim ser alvo da penhora salárial. Caso não, deve se manter inpenhoravel seu quinhão laboral mensal.
5 Questão: Sentença cível, transitada em julgado, decorrente de um processo de conhecimento que tramitou na 1 Vara Cível-Seção A, condenou Pedro a pagar R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de indenização para João. De maneira fundamentada, responda as seguintes alternativas: a) Como advogado de João, explique como proceder para satisfazer a decisão judicial? b) Qual(s) o(s) juízo(s) competente(s) para a execução da sentença? 
RESPOSTA - O advogado deve interpor a vontade de que o titulo já constituído seja executado e satisfazer o direito do exequente. Título esse que correrá na mesma vara, sendo continuado a partir do processo que buscou conhecer o real mérito da lide. O exequido será intimado a prestar o pagamento reconhecido em processo de conhecimento sobre potencial incidência de penalidades listadas em lei.

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