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REVISTA BANAS QUALIDADE 2016 03

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Edição n 284 - Março de 2016 - 1
Sustentabilidade: sem 
ela não há futuro para 
a sobrevivência da 
humanidade
RECURSOS HUMANOS
Cristo, o grande 
comunicador
Ano XXV | Março de 2016 | Edição 284
METROLOGIA
A incerteza da medição 
em atividades do setor 
eletrotécnico
2 - Revista BQ - Banas Qualidade
Os valores-p não me assustam.
Análise de Dados Destemida
Analisar dados com o Minitab Statistical Software é fácil e agora Minitab 17 está disponível em Português. 
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Edição n 284 - Março de 2016 - 3
Revista Banas Qualidade
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Editorial
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Editor: Hayrton do Prado
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Anual (12 edições) : R$ 140,00
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A Revista Banas Qualidade - DIGITAL
é publicada pela Quality Innovation Estratégia 
Empresarial Ltda. com sede em São Paulo/SP - 
Brasil.
A publicação não se responsabiliza pelas opiniões 
e conceitos aqui emitidos por seus articulistas e 
colunistas. 
ISSN - 1676-7845
Ano XXV - Edição 284
Março de 2016
Hayrton R. do Prado Filho
hayrton.prado@epse.com.br
Crise: aumento do 
descomunal dos spammers 
e o desespero das pessoas na 
internet por um emprego
Duas coisas notadas na internet durante essa crise criada por pessoas incompetentes na gestão do Brasil: o desespero dos brasileiros em conseguir um emprego nas redes sociais e dos 
spammers que aumentam o envio de e-mails maliciosos com uma 
quantidade de erros que faz a gente dar risadas. Os que querem 
emprego colocam seus telefones celulares, seus e-mails para empresas 
sem a mínima dignidade para arrumar um emprego para elas. Uma 
exposição pessoal bastante preocupante.
Para quem não sabe, os spammers são os que praticam o spam, ou 
seja, enviam diversos e-mails ou qualquer outro tipo de mensagem 
para diversas pessoas que, na maioria das vezes, contêm um vírus do 
tipo keylogger. O objetivo dos spammers é disseminar malwares a 
fim de criar botnets, que são redes de computadores zumbis.
Com isso, eles poderão enviar ainda mais spam para mais 
usuários, além é claro de obter diversas senhas e contas das 
vítimas. Deve-se pensar nisso como uma praga, que vai se 
multiplicando, como a dengue, aids, etc. Cada computador 
infectado envia a dezenas de novas pessoas os spam e até mesmo 
para os contatos pessoais desse usuário.
Se o livro depois de mais de 500 anos não conseguiu ajudar os seres 
humanos a melhorar em suas relações conflituosas, imagine a internet: 
1.500 anos a 2.000 anos. O motivo para a atual crise no Brasil foge da 
questão econômica e passa pela questão de credibilidade do governo 
que parece sofrer de uma doença que não o deixa falar a verdade.
Uma recomendação é que todas as empresas devem se preparar 
para tempos difíceis. Mas, momentos de crise podem ser épocas 
de grandes oportunidades de negócios. Agregar valor aos serviços 
oferecidos aos clientes ou dar um salto de qualidade em uma ou mais 
características do produto ou serviço que de fato são relevantes para a 
sua escolha.
Agregar valor depende de pesquisas para detectar as necessidades 
dos clientes, no desenvolvimento de tecnologias e nas formas de 
administrar mais eficazes. Em outras palavras, para agregar valor, 
deve-se ter um olho no cliente e outro na inovação.
Se você tiver uma igreja, não vai ter problemas. Com a crise, a 
procura dos clientes será maior. Basta prometer a solução das suas 
dificuldades e um pouquinho da água do rio onde Jesus foi batizado 
para a cura de tudo (que pode ser da Cantareira mesmo), que o dízimo 
não vai parar de pingar.
Editorial
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4 - Revista BQ - Banas Qualidade
03
EDITORIAL
04
SUMÁRIO
06
INSIDE
Por dentro da notícia
10
SEIS SIGMA
Como selecionar projetos 
Lean Seis Sigma
12
GESTÃO
Gerenciamento de projrtos: 
Pré-requisitos e estágio evolutivo
16
GERENCIAMENTO
Inovação & Liderança
20
RECURSOS HUMANOS
Cristo, o grande comunicador
24 
MASP
Monitorar é bom, medir é melhor
26
PELO MUNDO
Notícias de Qualidade
28
CASE
Mill | SI automatiza processos 
e reduz em 7,8 mil horas 
treinamentos Normativos
32
AUTOMATIZAÇÃO
O que é a industria 4.0 e como ela 
vai impactar o mundo
38 
CAPA
Sustentabilidade: 
Sem ela não há futuro para a 
sobrevivência da Humanidade
54
QUALIDADE
As latas de aço para embalagens de 
produtos
60
FERRAMENTAS
Sistemas de Gestão da Qualidade II
64
RISCOS
O cumprimento das normas técnicas evita 
acidentes com caldeiras
70
NORMALIZAÇÃO
A Importância da NBR 7199 para evitar 
acidentes fatais com portas de vidro
76
METROLOGIA
A incerteza da medição em atividades 
do setor eletrotécnico
86
NORMAS
Por dentro das normas brasileiras
91
CARTAS
Sumário
Edição n 284 - Março de 2016 - 5
Publicações Exclusivas
Em plataforma digital interativa
Sustentabilidade: sem 
ela não há futuro para 
a sobrevivência da 
humanidade
RECURSOS HUMANOS
Cristo, o grande 
comunicador
Ano XXV | Março de 2016 | Edição 284
METROLOGIA
A incerteza da medição 
em atividades do setor 
eletrotécnico
Nós levamos a informação onde ela precisa estar.
www.banasqualidade.com.br
www.revistanormas.com.br
Pu
bl
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http://www.banasqualidade.com.br/
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http://falandodequalidade.net/GC2015/
http://user-f9uphmr.cld.bz/Guia-Certificadoras-2016
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http://falandodequalidade.net/RBLEC2016/
http://www.banasqualidade.com.br/
http://www.banasqualidade.com.br/2012/portal/indice.asp?secao=Ferramentas%20da%20Qualidade
http://www.falandodequalidade.net/GQ/Gurus_da_Qualidade_Mundial/
6 - Revista BQ - Banas Qualidade
Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside
Peças de cerâmica resistentes 
ao calor agora podem ser impressas em 3D
A promessa de fabricação aditiva ou impressão 
3D, uma forma mais rápida e barata de 
fabricar peças customizáveis – é limitado pela 
variedade de materiais para impressão, que 
até agora incluiu principalmente polímeros e 
alguns metais. Agora nós podemos adicionar 
cerâmica, uma importante classe de materiais 
cuja alta resistência a estresse, calor, 
degradação química e atrito os torna atraentes 
para uso nas forças armadas e na indústria 
aeroespacial para tudo, desde peças externas 
de um avião exterior a pequenos componentes 
para foguetes.
http://www.technologyreview.com.br/read_
article.aspx?id=48971
Dispositivos móveis que se 
conectam à rede Wi-Fi sem bateria
Um novo tipo de dispositivo móvel sem fio não 
tem bateria nem outra forma de armazenamento 
de energia, mas ainda pode enviar dados através 
da rede Wi-Fi. Estes protótipos, desenvolvidos
por pesquisadores 
da Universidade de 
Washington, conseguem 
toda a energia de que 
precisam, fazendo uso de 
sinais de Wi-Fi, TV, rádio e de 
celular que já estão no ar.
A tecnologia poderia 
libertar engenheiros 
para estender seus 
tentáculos de Internet e 
computadores a cantos 
do mundo que não atingem atualmente. 
Dispositivos sem bateria que podem se 
comunicar poderiam tornar muito mais fácil 
e barato de implantar sensores amplamente 
dentro das casas para assumir o controle de 
aquecedores e outros serviços.
http://www.technologyreview.com.br/read_
article.aspx?id=48497
Energia Solar, e Algum Lugar para Armazená-la
http://www.technologyreview.com.br/read_article.aspx?id=47126
http://www.technologyreview.com.br/read_article.aspx?id=48971
http://www.technologyreview.com.br/read_article.aspx?id=48497
http://www.technologyreview.com.br/read_article.aspx?id=47126
Edição n 284 - Março de 2016 - 7
Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside
Dispositivos médicos começar um 
tratamento de qualidade
Qualidade e segurança não são negociáveis 
na indústria de dispositivos médicos. A ISO 
13485: 2016, dispositivos médicos - Sistemas 
de gestão da qualidade - Requisitos para fins 
regulamentares, tem a intenção de ajudar 
a manter esse nível de qualidade até zero. 
Esta norma que define os requisitos para um 
sistema de gestão de qualidade específica 
para a indústria de dispositivos médicos, 
foi recentemente revista para responder 
aos mais recentes desenvolvimentos em 
gestão da qualidade, tecnologia e requisitos 
regulamentares que se relacionam com 
esta indústria. Um dispositivo médico é um 
produto destinado a utilização no diagnóstico, 
prevenção e tratamento de condições 
médicas. Eles vão desde produtos simples, 
como curativos para cadeiras de dentista, 
pacers cardíacos, máquinas de suporte de vida 
e até mesmo em reagentes para diagnóstico 
in vitro. Melhorias na nova versão do padrão 
incluem o alargamento da sua aplicabilidade 
para incluir todas as organizações envolvidas 
no ciclo de vida do produto, desde o conceito 
até o fim da vida, maior alinhamento com 
os requisitos regulamentares e de um maior 
enfoque na vigilância pós-mercado, incluindo 
tratamento de reclamações. Há também 
uma maior ênfase em ter a infra-estrutura 
adequada, em especial para a produção de 
dispositivos médicos esterilizados, e mais 
foco na gestão de riscos. http://www.iso.org/
iso/home/news_index/news_archive/news.
htm?refid=Ref2046
Vidro flexível poderia 
trazer de volta o telefone flip
Imagine um telefone flip que cabe no seu bolso, 
mas abre para revelar uma tela de tamanho da 
de um tablet. Vidraceiros já estão fabricando 
vidro que se curva que é mais fino do que um 
cabelo humano e dizem que o vidro dobrável 
está chegando.
O fábrica alemã Schott está agora fabricando 
vidro ultrafino, forte e liso em larga escala. O 
primeiro produto voltado para o consumidor 
a utilizar o novo vidro da Schott no sensor de 
impressão digital é um smartphone feito pela 
LeTV, uma grande empresa de streaming de 
vídeo da China. Os representantes da empresa 
esperam que essa e outras aplicações de nicho 
vai dar ao novo material um ponto de apoio, 
enquanto designers industriais brincam com ele.
Rüdiger Sprengard, diretor de desenvolvimento 
de negócios para o vidro ultrafino na Schott em 
Mainz, Alemanha, diz que a empresa pode agora 
fabricar vidro flexível continuamente em folhas 
de quilômetros de extensão. 
http://www.technologyreview.com.br/read_
article.aspx?id=49519
http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2046
http://www.technologyreview.com.br/read_article.aspx?id=49519
8 - Revista BQ - Banas Qualidade
Revisão da terminologia comum 
para a gestão de segurança da informação 
Toda a informação detida e processada por uma 
organização está sujeita aos riscos de Proteção 
do Consumidor com a marca do Inmetro :.
O presidente do Instituto Nacional de 
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), 
Luís Fernando Panelli Cesar, assinou na última 
quinta-feira (03/03), em Brasília, acordo de 
cooperação técnica com a Secretaria Nacional 
do Consumidor (Senacon), visando ampliar 
os mecanismos de proteção ao consumidor 
e aumentar a competitividade da indústria 
nacional. É a primeira vez que a Senacon poderá 
contar com o apoio técnico e científico do 
Inmetro para embasar as decisões que impactam 
a segurança e a saúde do consumidor, como os 
anúncios de recall em produtos, por exemplo.
“Nossa intenção é oferecer todo o suporte de 
que a Senacon precisar, usando nosso aparato 
laboratorial e humano de ponta para avaliar 
produtos e situações que possam colocar em 
risco a segurança do cidadão brasileiro ou 
prejudicar a nossa indústria. O Inmetro não 
possui competência legal para determinar um 
recall de produtos, por isso vamos municiar 
a Senacon com estas informações técnicas, 
caso identifiquemos riscos”, resume Panelli 
ataque, erro e de desastres naturais e outras 
vulnerabilidades inerentes à sua utilização. A 
segurança da informação é portanto, o cerne 
das atividades de uma organização e centra-se 
na informação que é considerado um "ativo" 
valioso que necessita de proteção adequada, 
por exemplo, contra a perda de disponibilidade, 
confidencialidade e integridade.
A família de normas relativas a sistemas de 
gestão de segurança da informação (ISMS) 
permite que as organizações desenvolvam 
e implementem uma estrutura robusta para 
gerenciar a segurança de seus ativos de 
informações, incluindo dados financeiros, 
propriedade intelectual, detalhes do 
empregado, e informações de outra forma que 
lhes são confiadas por clientes ou terceiros .
A recentemente revisão da norma ISO / IEC 
27000: 2016, Tecnologia da informação - 
Técnicas de segurança - Sistemas de informação 
de segurança de gestão - Visão geral e 
vocabulário, dá uma visão abrangente dos 
sistemas de gestão de segurança da informação 
cobertos pela família ISMS de normas e define 
os termos e definições relacionadas. Proteger 
os ativos de informação através da definição, 
alcançar, manter e melhorar os níveis de 
segurança é essencial para uma organização 
para cumprir os seus objetivos e reforçar a sua 
conformidade legal e imagem. As atividades 
coordenadas necessárias para direcionar a 
implementação de controles adequados e 
mitigar os riscos de segurança da informação 
inaceitáveis são parte do que é conhecido como 
gestão de segurança da informação.
http://www.iso.org/iso/home/news_index/
news_archive/news.htm?refid=Ref2048
Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside
http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2048
Edição n 284 - Março de 2016 - 9
Canudos com padronização
Colorido, funcional e divertido, crianças e 
adultos adoram usá-los. Bilhões de canudinhos 
são produzidas a cada ano; No entanto, apesar 
de seu uso em todo o mundo, de plástico 
(polipropileno), nunca tinham sido objeto 
de normas e especificações. A ISO publicou 
recentemente a norma ISO 18188: 2016 - 
Especificação de canudos de polipropileno, 
que irá fornecer requisitos gerais para 
dimensões e propriedades de desempenho 
dos canudos de plástico. Isso vai ajudar 
os fabricantes a produzirem produtos de 
qualidade consistente. As primeiras pessoas 
a usar canudos teriam sido os sumérios no 
quarto milênio AC, provavelmente para beber 
cerveja. Alguns canudos foram feitos de ouro 
com as preciosas lapis- lazuli (pedra azul), 
outros foram feitos de papel ou grama. Hoje, 
os canudos são feitos de plástico e são usados 
para beber diferentes tipos de bebidas. A 
norma especifica que o plástico deve estar em 
conformidade com os requisitos de contato 
com os alimentos do mercado. Os canudos 
de plástico tem 
que mostrar a 
sua resistência 
a temperaturas 
quentes e frias 
e dobrar sem 
ruptura. http://
www.iso.org/iso/
home/news_index/
news_archive/
news.htm?refid=Ref2047
A ISO 45001 sobre a saúde e segurança no 
trabalho foi aprovada 
A nova norma ISO 45001, um dos muito padrões 
esperados no mundo para a saúde e segurança 
no trabalho (SST) ocupacional, foi aprovada 
como um Projeto de 
Norma Internacional.
A cada 15 segundos, um 
trabalhador morre de um 
acidente de trabalho ou 
doença, e 153 pessoas 
experimentam uma lesão 
relacionada ao trabalho. 
Eles representam um 
enorme fardo para as 
organizações e sociedade 
como um todo, custando 
mais de 2,3 milhões de 
mortes por ano, para não mencionar os mais de 
300 milhões de acidentes não fatais.
Agora, com a norma ISO 45001 na fase de 
Projeto de Norma Internacional (DIS), o mundo 
está a um passo de um conjunto robusto e 
eficaz de processos para melhorar a segurança 
no trabalho nas cadeias de fornecimento 
globais. Projetada para ajudar as organizações 
de todos os tamanhos e indústrias, a futura 
norma é esperada para reduzir acidentes de 
trabalho e doenças em todo o mundo. Mais 
de 70 países estão diretamente envolvidos 
na criação deste 
importante 
documento. A norma 
é baseada nos 
elementos comuns 
encontrados em 
todas as normas de 
sistemas de gestão 
da ISO, garantindo 
um elevado nível de 
compatibilidade com 
as novas versões 
do ISO 9001 e ISO 
14001. Ela usa um modelo simples Plan-Do-
Check-Act (PDCA), que fornece um quadro 
para as organizações se planejarem a fim de 
minimizarem o risco de danos. http://www.iso.
org/iso/home/news_index/news_archive/news.
htm?refid=Ref2012
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http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2047
http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2012
10 - Revista BQ - Banas Qualidade
Seis Sigma
Como selecionar projetos 
Lean Seis Sigma
A definição dos projetos é uma das atividades 
mais importantes do 
processo de implementação 
do Lean Seis Sigma. 
Projetos bem selecionados 
conduzirão a resultados 
rápidos e significativos 
e, consequentemente, 
contribuirão para o sucesso e 
a consolidação do Lean Seis 
Sigma na empresa. Por outro 
lado, projetos inadequados 
implicarão em ausência 
ou atraso de resultados 
e frustração de todos os 
envolvidos, o que poderá 
determinar o fracasso do 
programa na organização.
As principais características 
que um bom projeto Lean Seis 
Sigma deve apresentar são:
1. Forte contribuição para 
o alcance das metas 
estratégicas da empresa.
2. Grande colaboração para o 
aumento da satisfação dos 
clientes/consumidores.
3. Chance elevada de 
conclusão dentro do prazo 
estabelecido.
4. Grande impacto para a 
melhoria da performance 
da organização (ganho 
mínimo de 50% em 
qualidade, ganho 
financeiro mínimo 
relevante para o porte 
e tipo de negócio da 
empresa, desenvolvimento 
de novos produtos ou 
novos processos, por 
exemplo).
5. Quantificação precisa, 
por meio do emprego de 
métricas apropriadas, dos 
resultados que devem ser 
alcançados no projeto.
6. Elevado patrocínio por 
parte da alta administração 
da empresa e dos demais 
gestores envolvidos.
Durante a fase de 
treinamento, o desempenho 
do candidato a Black Belt ou a 
Green Belt no desenvolvimento 
desses projetos será avaliado 
para balizar a decisão quanto 
à certificação, ou não, de cada 
candidato.
A seleção correta de 
projetos é um dos 
fatores primordiais 
para a garantia da 
sustentabilidade do 
Lean Seis Sigma nas 
organizações.
Edição n 284 - Março de 2016 - 11
Os potenciais projetos Lean 
Seis Sigma podem ser obtidos 
através das seguintes fontes:
AIndicadores referentes a desperdícios, tais como 
índices de refugo e retrabalho 
(hidden factory), e índices de 
produtividade.
BProblemas referentes à qualidade dos produtos.
CCustos que exercem um alto impacto no orçamento 
da empresa.
DReclamações, sugestões e resultados de pesquisas 
realizadas junto a clientes/
consumidores.
EReclamações, sugestões e resultados de pesquisas 
realizadas junto aos 
empregados da empresa.
FResultados de estudos de benchmarking.
GResultados de pesquisas sobre tendências de 
mercado e estratégias ou 
habilidades dos concorrentes.
HExtensões de projetos em andamento.
IOportunidades para melhoria 
de produtos ou processos 
com elevado volume de 
produção, para os quais 
pequenas melhorias implicam 
expressivos ganhos financeiros.
JOportunidades identificadas a partir do uso do 
Mapeamento do Fluxo de Valor 
(Value Stream Mapping – VSM).
O erro mais frequentemente 
cometido na seleção de 
projetos consiste na escolha 
de um problema muito 
complexo como um único 
projeto Lean Seis Sigma, que é 
alocado a uma única equipe.
Um projeto Lean Seis 
Sigma deve ter complexidade 
suficiente para que seja 
significativo para a empresa, 
mas não deve ser tão complexo 
que não possa ser concluído 
em um período de quatro a 
seis meses (Green Belt) ou 
de cinco a oito meses (Black 
Belt). Se, no estágio inicial de 
desenvolvimento, o projeto se 
mostrar muito amplo (ou muito 
simples), o escopo do trabalho 
deverá ser imediatamente 
alterado. Um projeto muito 
amplo poderá ser desdobrado 
em diversos projetos menores, 
que poderão ser desenvolvidos 
por outros candidatos a Black 
ou Green Belts.
Ou seja, é importante 
estabelecer metas ambiciosas, 
mas atingíveis, para os projetos 
Seis Sigma. Se as metas forem 
extremamente agressivas, as 
equipes tenderão a pular etapas 
do método na tentativa de atingir 
o resultado no prazo estabelecido, 
o que poderá comprometer o 
sucesso do projeto.
Para finalizar, ressaltamos 
que o objetivo de se 
alcançarem elevados ganhos 
financeiros por meio dos 
projetos é muito positivo, 
mas também é importante 
que a empresa perceba que 
o retorno financeiro no curto 
prazo é apenas uma parte 
dos ganhos resultantes do 
Lean Seis Sigma. Projetos que 
resultem em conhecimentos 
para o fortalecimento 
da competitividade da 
organização e de sua 
imagem no mercado podem 
ter retorno financeiro 
mais demorado, mas são 
extremamente importantes 
sob o ponto de vista 
estratégico e também devem 
ser valorizados.
Cristina Werkema é proprietária 
e diretora do Grupo Werkema 
e autora das obras da Série 
Seis Sigma Criando a Cultura 
Lean Seis Sigma, Design for 
Lean Six Sigma: Ferramentas 
Básicas Usadas nas Etapas D e 
M do DMADV, Lean Seis Sigma: 
Introdução às Ferramentas do 
Lean Manufacturing, Avaliação 
de Sistemas de Medição, 
Perguntas e Respostas Sobre o 
Lean Seis Sigma, Métodos PDCA 
e DMAIC e Suas Ferramentas 
Analíticas, Inferência Estatística: 
Como Estabelecer Conclusões 
com Confiança no Giro do 
PDCA e DMAIC e Ferramentas 
Estatísticas Básicas do Lean 
Seis Sigma Integradas ao PDCA 
e DMAIC, além de oito livros 
sobre estatística aplicada à 
gestão empresarial, área na 
qual atua há mais de vinte anos. 
cristina@werkemaconsultores.
com.br.
mailto:cristina@werkemaconsultores.com.br
12 - Revista BQ - Banas Qualidade
Gerenciamento 
de Projetos: 
pré-requisitos e 
estágios evolutivos
Edição n 284 - Março de 2016 - 13
Conheça algumas dicas práticas 
sobre como melhorar a eficácia no 
gerenciamento de projetos de melhoria, 
a partir da consideração de três pré-
requisitos básicos e da observação de 
quatro estágios evolutivos.
Gestão
Por Eduardo Moura
Quando uma empresa qualquer se engaja em esforços de melhoria, 
sejam estes definidos a 
partir de um planejamento 
estratégico ou como parte 
da implementação de 
iniciativas de desenvolvimento 
organizacional, tais como 
TOC (Teoria das Restrições), 
Lean, Seis Sigma ou Gestão 
por Processos, fica evidente 
a necessidade de gerenciar 
os vários projetos mais 
eficazmente (sem mencionar 
aquelas empresas cujo próprio 
negócio são projetos). Diante 
dessa premente necessidade, 
muitas organizações buscam 
avidamente a solução na 
metodologia tradicional de 
Gerenciamento de Projetos.
Mas, muitas fracassam, 
porque em tal intento dão 
um passo maior do que a 
perna e acabam sofrendo uma 
“distensão”, já que seu
nível 
de maturidade organizacional 
não lhes permite saltar de 
uma situação quase caótica 
diretamente a um sonhado 
paraíso de ordem e harmonia 
operacional. Entretanto, 
mesmo em empresas que 
já têm o PMO (“Project 
Management Office”) 
instituído e capitaneado por 
PMPs (“Project Management 
Professionals”), e apesar 
das cautelosas e detalhadas 
práticas de análise de risco, é 
muito comum observar três 
sintomas clássicos, em suas 
diferentes combinações: os 
projetos atrasam, o orçamento 
fica curto e a qualidade final dos 
entregáveis deixa a desejar.
Portanto, apesar de que 
existam muitas coisas boas a 
resgatar no PMBOK (“Project 
Management Body of 
Knowledge”), o fato é que 60 
anos de práticas tradicionais 
de Gerenciamento de Projetos 
não ajudaram a eliminar ou 
reduzir substancialmente 
aqueles sintomas negativos.
Diante disto, e longe de 
considerar-me especialista no 
assunto, permito-me transmitir 
ao leitor algumas dicas 
práticas sobre como melhorar 
a eficácia no gerenciamento 
de projetos de melhoria, a 
partir da consideração de três 
pré-requisitos básicos e da 
observação de quatro estágios 
evolutivos.
O primeiro pré-requisito 
é simplesmente atentar 
para algo óbvio: a expressão 
“gerenciamento de projetos” 
implica não apenas a gestão 
interna de cada projeto 
individual, mas principalmente 
a existência efetiva de uma 
gerência, isto é, alguém ou 
uma equipe com autoridade e 
visão geral dos vários projetos, 
tratando de assegurar que 
os mesmos formem um todo 
harmonioso que aponte para o 
objetivo global da organização. 
Isto é óbvio porém não trivial, 
já que a realidade na maioria 
das organizações revela uma 
“gerência” apenas nominal, a 
qual se limita a atribuir líderes 
para cada projeto e a cobrar 
os resultados finais (o que está 
bem distante de merecer o 
nome de gestão).
O segundo pré-requisito 
é consequência imediata 
do primeiro e consiste em 
estabelecer claramente uma 
ordem de prioridade para os 
diferentes projetos, a qual 
considere tanto o impacto 
relativo dos mesmos como 
também a sequência lógica 
de execução da cadeia de 
projetos, tendo em vista o 
objetivo global que se busca.
Não estabelecer claramente u
14 - Revista BQ - Banas Qualidade
a prioridade de 
cada projeto significa abraçar 
a crença irracional de que 
os recursos disponíveis para 
os mesmos têm capacidade 
infinita.
E parece que, lá no fundinho, 
a alta gerência adota a premissa 
tácita de que seu pessoal 
sempre oculta uma “reserva de 
energia” e que, além do mais, 
Murphy não existe. Tal conduta 
negligente acaba decretando o 
atraso de vários projetos, com 
o agravante de que tais atrasos 
ocorrem de maneira aleatória, 
ao sabor dos acontecimentos, 
e sem qualquer critério lógico.
Porque afinal se tudo é 
urgente, na prática nada 
é urgente. Portanto, todo 
projeto deve receber uma 
ordem de prioridade, e nenhum 
projeto deveria somar-se aos 
que já estão em andamento 
sem que sua prioridade 
relativa seja atribuída (com os 
correspondentes ajustes na 
execução dos que passam a ter 
menor prioridade).
O terceiro pré-requisito é 
realizar o acompanhamento 
frequente, sistemático e 
disciplinado não apenas da 
execução de cada projeto, 
mas principalmente do avanço 
global de toda a cadeia 
de projetos. Isso também 
é consequência dos pré-
requisitos anteriores, porque 
se não existe um 
organismo de gestão global 
dos projetos e se os mesmos 
não têm prioridade relativa, 
então o que resta é apenas 
esperar passivamente que as 
coisas aconteçam.
Mas, se existe um senso claro 
de relevância e prioridade, 
então naturalmente nos 
preocupamos em acompanhar 
o progresso das atividades 
e em detectar e tratar as 
inevitáveis dificuldades 
de implementação, pois 
compreendemos que os 
resultados que buscamos 
dependem crucialmente de tal 
acompanhamento dinâmico.
Eduardo Moura é diretor da 
Qualiplus Excelência Empresarial – 
emoura@qualiplus.com.br
mailto:emoura@qualiplus.com.br
Edição n 284 - Março de 2016 - 15
http://www.softexpert.com.br/gestao-qualidade-empresarial.php
http://www.softexpert.com.br/
16 - Revista BQ - Banas Qualidade
Inovaç
ão 
e 
Lidera
nça
Inovar não é, necessariamente, adotar tecnologias novas. 
Inovar é se adaptar continuamente ao mercado. O Gerenciamento 
da Inovação consta de sistemas, organizações, processos, operações, 
métodos e técnicas para se projetar produtos e seus processos em função 
das necessidades das pessoas (qualidade, preço e disponibilidade).
Edição n 284 - Março de 2016 - 17
Inovaç
ão 
e 
Lidera
nça
Por Vicente Falconi
As estatísticas mostram que poucas empresas p e r m a n e c e m 
vivas por um período muito 
prolongado. A maioria 
acaba morrendo ou se 
enfraquecendo, sendo 
comprada ou fundindo-se a 
outras. Por que isto ocorre?
As organizações são 
estabelecidas para satisfazer 
às necessidades do mercado 
(como o mercado é 
formado por pessoas, isto 
significa “necessidades das 
pessoas”) por meio de seus 
produtos. Acontece que 
estas necessidades mudam 
no tempo, surgem outros 
produtos melhores e mais 
baratos para atender às 
mesmas necessidades, mudam 
os costumes, novas matérias 
primas são desenvolvidas 
propiciando menores preços, 
novas tecnologias de 
fabricação possibilitam melhor 
qualidade de produto e custo 
menor, novas tecnologias 
de gerenciamento permitem 
ganhos ilimitados de produtividade, 
surgem novos regulamentos 
governamentais etc.
O cenário externo muda 
constantemente e o razoável 
seria que o ambiente interno 
das organizações fosse muito 
dinâmico para se adaptar e não 
morrer. Isto nem sempre é a 
verdade.
Nós criamos organizações 
(empresas ou departamentos 
da mesma) para determinados 
fins. Muitas vezes os fins se 
tornam desnecessários e as 
organizações permanecem.
Outras vezes as organizações 
são estruturadas desconhecendo 
os processos de criação de valor. 
Criam-se hierarquias verticais 
fragmentando o trabalho e 
inibindo as iniciativas com 
consequente perda de eficácia 
e de agilidade no processo 
decisório.
O Gerenciamento da 
Inovação consta de sistemas, 
organizações, processos, 
operações, métodos e 
técnicas para se projetar 
produtos e seus processos em 
função das necessidades das 
pessoas (qualidade, preço e 
disponibilidade). Uma maneira 
de inovar é desenvolver um 
novo produto (e um novo 
processo) para algum nicho de 
mercado ainda não satisfeito.
O Gerenciamento da Inovação 
é ainda o questionamento 
constante dos produtos 
existentes (externos e internos) 
e seus respectivos processos 
dentro da empresa.
Neste caso, quando se deseja 
inovar a primeira pergunta a 
ser feita é: o produto ainda é 
necessário?
Este produto pode ser um 
treinamento, uma fatura, 
um relatório financeiro ou a 
limpeza de uma sala.
Se o produto é desnecessário, 
elimina-se o produto e o seu 
processo!
Se o produto for ainda 
necessário, pode-se reprojetar 
o processo, tendo em vista 
as novas tecnologias e 
novos conhecimentos, com 
ganhos substanciais. Tenho 
visto, em algumas empresas, 
departamentos inteiros serem 
simplesmente eliminados.
O processo de Inovação 
depende em muito da 
sensibilidade quanto às 
necessidades do mercado 
e de se estar disposto a 
mudar constantemente o seu 
processo para atender a estas 
necessidades mutantes.
Produto excelente hoje 
(rentabilidade elevada) pode 
ser commodity (rentabilidade 
baixa) ou produto desnecessário 
amanhã. Pela minha experiência, 
a maioria das organizações nem 
mesmo conhece seus produtos 
internos e externos! Conheci 
empresas que mantiveram, 
durante anos, toda uma linha 
de produtos que apresentava 
prejuízo, sem que nada fosse 
percebido.
“Não há como inovar 
produto ou processo sem 
sentir o mercado ”
Certas instituições mantidas 
pelo Estado não se inovam 
ou custam a inovar porque 
não têm a sua sobrevivência 
dependente do mercado. 
Da mesma forma, regimes 
políticos dissociados da 
economia de mercado estão 
fadados ao fracasso pela 
ausência do fator motivador da 
Inovação
das organizações: a preferência das pessoas!
Gerenciamento
u
18 - Revista BQ - Banas Qualidade
Inovar não é, 
necessariamente, adotar 
tecnologias novas. 
No entanto, o aparecimento 
de novas tecnologias pode 
provocar inovações em 
cadeia. É este, por exemplo, 
o caso da Internet e as várias 
possibilidades que são abertas 
ao comércio entre empresas e 
entre estas e seus clientes.
Temos realizado junto 
a algumas empresas um 
trabalho de Gerenciamento da 
Inovação que está na fronteira 
do que se faz de moderno no 
mundo. As economias para as 
empresas tem sido da ordem 
de 40% de seus custos! Este 
Gerenciamento da Inovação 
se inicia pelo questionamento 
da missão da própria empresa, 
da estratégia, dos valores, 
dos processos internos e das 
necessidades de seu mercado.
A mudança deve ser a 
constante dentro de uma 
organização. Uma posição de 
competitividade hoje pode ser 
a condição de morte amanhã.
Sem mudanças constantes 
não existe a sobrevivência.
Por outro lado, apesar do 
conhecimento existente e 
disponível, as organizações 
definham e morrem porque 
nós, seres humanos, 
somos arraigados à rotina 
e muito conservadores 
(às vezes disfarçados por 
palavras e comportamentos 
aparentemente modernos).
Além disto, muitos de 
nós somos doentiamente 
receosos de mudanças que 
ameacem a nossa estabilidade 
pessoal e emocional. Como 
consultores empresariais 
são, essencialmente, agentes 
de mudança, sentimos na 
pele, em nosso dia a dia de 
trabalho, a reação patológica 
de rejeição de algumas pessoas 
emocionalmente despreparadas 
para o mundo atual e que pelo 
seu comportamento trazem um 
grande prejuízo à sua empresa e 
ao seu país.
Mudar é muito difícil e a 
presença de um líder é da mais 
alta importância para que isto 
possa acontecer. O líder dá, 
àquelas pessoas resistentes, a 
segurança necessária no difícil 
processo de mudança.
Temos visto empresas, e até 
mesmo países, irem de mal 
a pior pela falta de um líder. 
Acontece que aqui, mais uma 
vez, entra a variabilidade do 
fator humano. Existem vários 
tipos de líderes, alguns nem 
sempre positivos. Conheço 
alguns que são apegados ao 
poder a tal ponto que passam 
a maior parte de seu tempo 
maquinando condições para 
fortalecê-lo. No entanto, conheço 
outros, verdadeiros estadistas 
estratégicos, que exercem o 
poder de olho no mercado e no 
futuro, arregimentando pessoas 
excepcionais, desenvolvendo 
sua equipe e tomando as ações 
necessárias, a cada momento, 
para a sobrevivência de sua 
empresa.
Procurando um resumo de 
tudo que aprendi em minha 
vida, na pratica, no dia a dia 
junto às empresas, sei que 
existem três fatores que são 
vitais para a sobrevivência 
de uma organização: 
conhecimento gerencial 
(sistemas, organizações, 
processos, operações, metas, 
métodos e ferramentas de 
análise), conhecimento técnico 
(conhecimento de seu trabalho, 
ciência e tecnologia) e liderança 
(tudo que é relacionado ao 
ser humano na organização). 
No entanto, este último é a 
condição limitante, pois os 
outros nem ao menos serão 
absorvidos sem que haja uma 
firme liderança que saiba o que 
deseja. O verdadeiro líder é 
precioso como um diamante. A 
sobrevivência das organizações 
depende da Inovação constante 
dos sistemas empresariais 
comandada por estas pedras 
raras e preciosas. Como é difícil 
encontrá-las!
Vicente Falconi é sócio fundador 
e presidente do Conselho 
de Administração da Falconi 
Consultores de Resultado, e 
membro da Academia Brasileira da 
Qualidade (ABQ).
“Inovar é se adaptar 
continuamente ao 
mercado produzindo 
um produto (bem ou 
serviço), em condições 
de qualidade, preço 
e disponibilidade que 
supere os concorrentes 
na preferência das 
pessoas.”
Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e 
Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e Liderança - Inovação
Edição n 284 - Março de 2016 - 19
Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e 
Liderança - Inovação e Liderança - Inovação e Liderança - Inovação
http://www.lean.org.br/lean-summit-2016.aspx
20 - Revista BQ - Banas Qualidade
Cristo, 
o grande 
comunicador
Como repassar conhecimentos, verdades espirituais 
e conceitos de difícil compreensão em uma época onde
as pessoas ignoravam e eram alheias a respeito de 
suas origens e heranças espirituais?
Edição n 284 - Março de 2016 - 21
Recursos Humanos
Por Ernesto Berg
Conheço pessoalmente alguns dos maiores empresários e executivos de nosso 
país. Um ponto em comum 
a quase todos eles reside 
na sua grande capacidade 
de comunicação, de 
saber vender ideias e, 
também, de ouvir às 
pessoas.
Por igual, 
tenho visto 
essas mesmas 
características 
em bons 
g e r e n t e s , 
supervisores e pessoal 
técnico. É de admirar como 
essas pessoas conseguem 
obter resultados incomuns 
de pessoas comuns, muitas 
vezes dando ênfase em alguns 
pontos da comunicação. 
Peter Drucker, o papa da 
administração moderna, 
afirmava que 60% dos 
problemas administrativos das 
empresas são frutos da má 
comunicação.
Como todo grande 
empreendedor e líder, Cristo 
fazia da comunicação um de 
seus alicerces.
Comunicação ampla, em 
todos os sentidos, porque 
ele não apenas comunicava-
se com as massas, como 
também com seus discípulos 
e, sobretudo, com Deus, fonte 
de toda sua sustentação e 
poder. Jesus comunicava-se 
exemplarmente no três níveis: 
intrapessoal (consigo mesmo), 
interpessoal (com as pessoas) 
e suprapessoal (com Deus).
1Comunicação Intrapessoal: Consciência plena de sua 
missão. 
No aspecto intrapessoal, Jesus 
tinha total consciência de sua 
missão na Terra. “Eu vim para 
que tenham vida e a tenham 
com abundância”. u
22 - Revista BQ - Banas Qualidade
(João 10.10b). A vida a que 
ele se refere é a capacidade de 
restaurar e revivificar o corpo, 
mente e espírito do ser humano 
e torná-lo consciente de sua 
verdadeira natureza: um ser 
criado à imagem e semelhança 
de Deus (Gênesis 1.27).
As pessoas de sua época 
encontravam-se narcotizadas e 
hipnotizadas pelas aparências 
do mundo físico (e atualmente 
ainda muito mais) ignorando 
as suas verdadeiras origens. 
Para trazer vida a alguém é 
necessário, primeiramente, 
ter vida para dar, o que se 
consegue somente pelo 
autoconhecimento e pelo 
conhecimento de sua missão.
Cristo tinha plena consciência 
dessa missão, conforme 
evidencia esta passagem, 
ao ler na sinagoga, perante 
os sacerdotes, a seguinte 
passagem do livro de Isaías: 
“O Espírito do Senhor é sobre 
mim, pois que me ungiu para 
evangelizar os pobres, enviou-
me a curar os quebrantados do 
coração, a apregoar liberdade 
aos cativos, a dar vista aos 
cegos, a pôr em liberdade os 
oprimidos, a anunciar o ano 
aceitável do Senhor.” (Lucas 
4.18 e 19).
Na continuação Jesus 
afirma: “Hoje se cumpriu esta 
Escritura”. (Lucas 4.21). Ele 
estava perfeitamente alinhado 
com a sua missão e não tinha 
conflitos pessoais a respeito.
O ego – fonte de tantos 
desatinos e descaminhos -, na 
pessoa de Cristo, estava sob 
total domínio do espírito que 
vivifica.
2Comunicação Interpessoal: Diálogo e interação com a 
multidão
Entende-se por comunicação 
interpessoal a capacidade de 
comunicar-se, de dialogar e de 
entender aos outros, bem como 
a de fazer-se compreender. 
Jesus foi mestre consumado 
neste quesito. Sabia o que 
interessava às pessoas, 
do que elas necessitavam 
e como transmitir-lhes as 
mensagens. Como repassar 
conhecimentos, verdades 
espirituais e conceitos de difícil 
compreensão em uma época 
onde as pessoas ignoravam e 
eram alheias a respeito de suas 
origens e heranças espirituais?
Cristo, como ninguém, até 
hoje, encontrou a resposta 
a essas questões, utilizando 
um instrumento simples, mas 
muito eficaz: a parábola.
Desse modo, conceitos 
da mais elevada estatura 
espiritual eram transmitidos 
de maneira tão simples que 
até mesmo uma criança seria 
capaz de entendê-los. “E com 
muitas parábolas lhes dirigia a 
palavra, segundo o que podiam 
compreender.” (Marcos 4.33)
“Outrossim,
o Reino dos 
céus é semelhante ao homem 
negociante que busca boas 
pérolas; e encontrando uma 
pérola de grande valor, foi, 
vendeu tudo quanto tinha e 
comprou-a.” (Mateus 13.45)
Um verdadeiro 
empreendedor empenha 
tudo o que tem para adquirir 
o que tem valor. Os grandes 
empresários (me refiro aos 
éticos e honestos) conhecem 
bem essa situação. Pagam 
o preço por algo que vale a 
pena. É por isso que são bem-
sucedidos também em outras 
áreas de suas vidas.
No plano espiritual dá-se o 
mesmo. O Reino dos céus é o 
Edição n 284 - Março de 2016 - 23
Reino de Deus, a pérola de grande 
valor é a verdade espiritual que 
liberta e dá poder a quem se 
coloca sob a guarda desse reino 
(Deus), desde que venda tudo 
o que tem em troca da pérola, 
isto é, desde que se livre de suas 
limitações, seu egoísmo e suas 
fraquezas. Não é uma troca 
justa? Só que a maioria prefere 
não fazer essa permuta, esse 
“negócio da China”, e escolhe 
continuar com os seus bens 
nutridos egos, em vez de adquirir 
a pérola de grande valor.
Contudo, não só por 
parábolas, mas também 
através de perguntas socráticas 
Jesus revelava sua sabedoria: 
“Pois que aproveita ao homem 
ganhar o mundo inteiro, se 
perder a sua alma?
Ou que dará o homem em 
recompensa da sua alma?” 
(Mateus 16.26).
Pergunta bem incomodativa, 
não é? Jesus coloca a resposta 
no âmago de cada um e, com 
isso, provoca um autoexame 
de sua conduta no mundo. 
Ele sabia que através de 
perguntas ele estaria forçando 
o interlocutor a pensar numa 
resposta e a procurar uma 
solução para a indagação. Ele 
sabia fazer boas perguntas e as 
utilizava frequentemente.
Nos meus tempos de gerente 
do Serpro, em Brasília, conheci 
Rodolfo Rocha, um simpático 
e competente consultor de 
empresas de São Paulo, que 
revelava muita habilidade 
para encontrar soluções. E a 
forma pela qual ele achava as 
soluções era através de “boas 
perguntas”, dizia ele. “Se 
você fizer as perguntas certas, 
as respostas aos problemas 
surgirão automaticamente”, 
costumava afirmar. “O negócio 
é fazer boas perguntas”, 
arrematava.
Outra pergunta socrática de 
Jesus, agora ao seu discípulo 
Felipe, diante da multidão no 
deserto que veio para ouvi-lo 
e estava esfomeada: “Onde 
compraremos pão, para estes 
comerem?” (João 6.5b).
Ele sabia que naquele lugar 
desabitado não haveria como 
adquirir alimento. A pergunta 
foi feita para espicaçar. Jesus 
instigava seus discípulos, para 
testá-los. “Que resposta me 
darão?”, deve ter pensado. “Será 
que eles entenderam o motivo 
da pergunta e quem eu sou? Pois 
se não souberem como poderão 
levar a minha mensagem 
adiante, no futuro? De que forma 
se comunicarão com as pessoas 
se permanecer o vácuo da 
ignorância em suas almas?”
Cristo mesmo respondeu 
à sua pergunta realizando 
o milagre da multiplicação 
dos pães e peixes. O maior 
momento de comunicação 
de Cristo com a multidão 
aconteceu no Sermão da 
Montanha, sobre o qual falarei 
em outro artigo.
3Comunicação SuprapessoalTrata-se da comunicação 
com Deus, nosso criador.
Aqui, novamente, Cristo dá 
exemplos repetidos em sua 
vida, da íntima comunhão que 
privava com o Pai Celestial. 
Encontrava-se alinhado com 
Ele 24 horas por dia. O canal 
de comunicação entre ambos 
era inteiramente desimpedido 
e desbloqueado, daí advém o 
poder e a autoridade de Cristo. 
Era uma conexão tão íntima, a 
ponto de afirmar: “Eu e o Pai 
somos um”. (João 10.30).
Afirmação arrogante ou 
presunçosa? Certamente 
não, pois a sua vontade não 
estava contaminada pelo ego, 
mas provinha de Deus: “Na 
verdade vos digo que o Filho 
(Jesus) por si mesmo não 
pode fazer coisa alguma, se o 
não vir fazer ao Pai, porquanto 
tudo que ele faz, o Filho o faz 
igualmente.” (João 5.19) É o 
triunfo de Deus sobre o ego 
limitante do ser humano.
Como estabelecer esta 
comunicação? Jesus deixa 
tácito que ele é o caminho 
– a comunicação mesma 
-, e que a conexão com 
Deus é estabelecida e 
alavancada principalmente 
de três maneiras: a oração, 
a meditação na Palavra e o 
louvor.
Ernesto Berg é consultor de 
empresas, professor, palestrante, 
articulista, autor de 15 livros, 
especialista em desenvolvimento 
organizacional, negociação, 
gestão do tempo, criatividade na 
tomada de decisão, administração 
de conflitos – berg@
quebrandobarreiras.com.br
mailto:berg@quebrandobarreiras.com.br/
24 - Revista BQ - Banas Qualidade
MASP
Monitorar é bom, 
medir é melhor
T odos desejam melhorias. Algumas são fáceis de obter. 
Outras, mais difíceis. O MASP é 
um método de resolução para 
aqueles problemas que, de tão 
confusos, não sabemos nem 
por onde começar. Como não 
existe método milagroso, os 
grupos de melhoria precisam 
ser monitorados para que 
aumentem sua chance de atingir 
seu objetivo, seja ele de resolver 
o problema ou aprender, como 
ocorre nos Círculos de Controle 
da Qualidade (CCQs).
Algumas empresas são pouco 
atentas a essa necessidade 
e isso mina as chances de 
sucesso. Outras optam por um 
modelo de monitoramento 
qualitativo, baseado no simples 
acompanhamento e indagações 
esporádicas do tipo “como 
vai indo o trabalho?”. Isso é 
bom e pode dar resultado em 
grupos iniciantes. No entanto, 
uma alternativa, mais eficaz e 
alinhada com os princípios que 
regem a resolução sistemática 
de problemas, seria a adoção 
de um modelo objetivo de 
gerenciamento de grupos de 
melhoria e CCQs, baseado sobre 
indicadores quantitativos.
As vantagens dessa abordagem 
é que a informação baseada em 
fatos e dados facilita a análise, 
a comparação e a tomada de 
decisão, além de simplificar a 
implantação. Isso adquire uma 
importância ainda maior quando a 
empresa possui muitos grupos de 
melhoria ativos.
Seria praticamente impossível 
analisar o desempenho de 
dezenas ou centenas de 
projetos de maneira qualitativa e 
descritiva.
Existem diversas formas 
de classificar indicadores. As 
mais comuns dizem respeito 
organização causal, classificando-
os entre indicadores de causa ou 
de efeito. Desejamos o resultado 
(efeito) e, para isso, controlamos 
aquilo que leva a ele (causas).
Uma segunda tipologia 
distribui as variáveis entre 
resultados (eficácia) e recursos 
empregados (eficiência).
Ainda outra, classifica segundo 
a natureza das variáveis, 
subdividindo-as em Quantidade, 
Qualidade, Custo, Prazo, 
Satisfação. Dessa forma, se um 
grupo de melhoria conseguir 
obter um conjunto de resultados 
positivos, por esses critérios, 
então se pode dizer que foi um 
projeto bem sucedido.
A maioria deles devem 
ser implementados pelos 
grupos de melhoria e CCQs. 
Os últimos, de abrangência 
e de retorno do programa, 
são de responsabilidade dos 
responsáveis do programa de 
melhoria. Alguns possuem uma 
importância maior e, por isso, 
deveriam ser escolhidos com 
maior prioridade.
A lista não esgota as 
possibilidades e uma boa 
escolha pode definir a qualidade 
do gerenciamento em si. 
Recomenda-se a elaboração 
de um detalhamento sobre 
o procedimento para coletar 
dados, calcular, apresentar, 
analisar cada um deles.
Os indicadores devem ser 
utilizados para gerenciamento 
periódico dos grupos de melhoria 
durante o desenvolvimento 
do projeto e a tempo para 
a correção de rumos como 
provisão de orientação, instrução 
ou apoio, para que o trabalho 
evolua de forma satisfatória.
Como já dizia Deming, os 
melhores esforços não bastam.
É preciso trabalho árduo, 
persistência e gestão para o 
que sucesso seja alcançado. Os 
ganhos, tanto em resultados 
quanto em aprendizado em 
gestão, justificam múltiplas 
vezes todo e qualquer esforço 
empreendido.
Claudemir Y. Oribe: mestre em 
administração de empresas PUC 
Minas/Fundação Dom Cabral, 
sócio consultor da Qualypro, 
claudemir@qualypro.com.br
mailto:claudemir@qualypro.com.br
Edição n 284 - Março de 2016 - 25
http://www.excelint.com.br/
26 - Revista BQ - Banas Qualidade
Pelo Mundo
ISO 31000 - Gestão de Riscos - 
Um guia prático para as PMEs
 
Estabelecer um compromisso 
para melhor compreensão e 
gestão do risco é fundamental 
para
ajudar as PMEs a 
sobreviverem e crescerem 
de forma sustentável. Desta 
forma, um novo manual foi 
publicado para ajudar as PMEs 
de forma proativa, preparar 
para o risco e proteger seus 
negócios. A ISO 31000 - Gestão 
de Riscos - Um guia prático 
para as PMEs dá orientação 
prática sobre como aproveitar 
ao máximo a ISO 31000:2009, 
sobre os processos de gestão 
de riscos e integrar as boas 
práticas em suas decisões 
estratégicas. Ele é estruturado 
como uma lista com uma série 
de perguntas e ações que 
orientam os usuários através 
da criação de um sistema de 
gestão de riscos bem sucedida.
http://www.iso.org/iso/home/
news_index/news_archive/
news.htm?refid=Ref2034
Acordo internacional de 
redução de emissões de 
carbono na aviação
 No Dia 08 de fevereiro no 
Canadá, foi estabelecido 
um acordo de reduções 
de emissões de dióxido 
de carbono para a aviação 
comercial pelos países 
participantes da Organização 
da Aviação Civil Internacional 
(Icao). O acordo também 
estabeleceu o fim da 
produção, em 2028, de 
todas as aeronaves que 
não cumprirem os padrões. 
É esperado que após a 
implementação do acordo, 
reduzam as emissões de 
carbono em mais de 650 
milhões de toneladas entre 
2020 e 2040.
http://noticias.
ambientebrasil.com.br/
clipping/2016/02/10/123173-
acordo-internacional-
preve-padrao-de-reducao-
de-emissoes-na-aviacao.
html
Queda na economia do Brasil
 
De acordo com os dados da 
pesquisa Indicadores Sebrae-
SP, as micro e pequenas 
empresas tiveram uma 
queda de R$ 100 milhões no 
ano passado, comparando 
com 2014. A desaceleração 
da economia e a queda 
no consumo das famílias 
contribuíram para este 
resultado ruim. O faturamento 
da indústria em 2015 caiu 
mais de 10%, o do comércio 
13,2% e o dos serviços ficou 
16,9% menor. No Grande 
ABC, a queda foi de 16,2% e 
na Região Metropolitana de 
São Paulo, a perda ficou em 
15,7%. No interior, o recuo 
chegou a 12,9%. A maioria 
dos donos de MPEs esperam 
estabilidade no faturamento 
para os próximos seis meses. 
http://economia.uol.com.br/
empreendedorismo/noticias/
redacao/2016/02/11/com-crise-
micro-e-pequenas-empresas-
de-sp-faturam-r-100-bi-a-
menos-no-ano.htm
Prêmio Nacional da Qualidade 2015 Malcolm Baldrige 
 
Quatro organizações foram nomeadas destinatários do Prêmio 
Nacional da Qualidade 2015 Malcolm Baldrige. São eles:
• MidwayUSA, Columbia (categoria pequena empresa).
• Charter School de San Diego (categoria educação).
• Sistema de Saúde Charleston Area Medical Center, Charleston 
(categoria cuidados de saúde).
• Mid-America serviços de transplante, St. Louis (categoria sem 
fins lucrativos).
O Prêmio Baldrige 2015 será apresentado em uma cerimônia 
durante a busca pela excelência em Abril, em Baltimore.
http://tinyurl.com/2015-baldrige-recipients
http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2034
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2016/02/10/123173-acordo-internacional-preve-padrao-de-reducao-de-emissoes-na-aviacao.html
http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2016/02/11/com-crise-micro-e-pequenas-empresas-de-sp-faturam-r-100-bi-a-menos-no-ano.htm
http://tinyurl.com/2015-baldrige-recipients
Edição n 284 - Março de 2016 - 27
ISO 14644-1:2015
 
A ISO tem uma série de normas 
dedicadas às salas limpas, 
descrevendo as práticas e 
procedimentos necessários para 
gerir o risco de contaminação. 
As normas ISO 14644-1:2015 - 
Classificação da Limpeza do Ar e 
ISO 14644-2:2015 - Especificações 
para ensaio e monitoramento 
de salas limpas para provar 
contínua conformidade com a 
14644-1 foram atualizadas com 
os últimos desenvolvimentos 
tecnológicos e exigências do 
mercado. http://www.iso.
org/iso/home/news_index/
news_archive/news.
htm?refid=Ref2041
Brasileiros no ranking 
de cientistas mais 
influentes do mundo
De acordo com o 
levantamento publicado 
pela editora Thomson 
Reuters “As mentes 
científicas mais influentes 
do mundo 2015, 
quatro pesquisadores 
brasileiros fazem parte 
do ranking que conta 
com aproximadamente 3 
mil nomes, são eles: Ado 
Jorio, da área de Física 
da Universidade Federal 
de Minas Gerais; Adriano 
Nunes-Nesi, da Universidade 
Federal de Viçosa (Ciências 
das Plantas e dos Animais); 
Álvaro Avezum, do Instituto 
de Cardiologia Dante 
Pazzanese (Medicina 
Clínica); e Paulo Artaxo, 
do Departamento de 
Física da Universidade de 
São Paulo (Geociências). 
O critério para a criação 
desta lista foi a análise dos 
artigos científicos mais 
citados no período entre 
2003 e 2013, em 21 áreas 
do conhecimento, sendo 9 
milhões de pesquisadores 
contabilizados. http://www.
periodicos.capes.gov.br/
Inovação na Cadeia de 
Suprimentos 
 
De acordo com um recente 
relatório de pesquisa da 
ASQ (American for Quality) 
chamado "Inovação e 
Qualidade andam de mãos 
dadas”, para criar uma 
cultura de inovação e 
rentabilidade, a organização 
deve entender a demanda 
de seus clientes, desenvolver 
o interesse em fazer as 
coisas de forma diferente 
e implementar novas e 
comprovadas ideias alinhadas 
com a organização.O 
relatório foi lançado com um 
estudo sobre as cadeias de 
fornecimento e indicadores-
chave de desempenho. A 
pesquisa examina o estado 
da qualidade e melhoria 
contínua em todo o mundo, 
oferecendo às organizações 
insights sobre as falhas e 
oportunidades. O relatório 
completo “Global State of 
Quality 2 Research”, que 
inclui dados quantitativos 
e qualitativos, será 
apresentado em Maio na 
Conferência Mundial ASQ 
sobre Qualidade e Melhoria 
em Milwaukee. 
www.quality.org
Estudos de caso
 
O Centro de Conhecimento 
da ASQ (American Society 
for Quality) lançou dois 
novos estudos de caso. 
Um descreve como um 
hospital em New Hampshire 
usa gráficos de controle 
como parte de sua filosofia 
de melhoria contínua. 
Mais informações: http://
tinyurl.com/asq-case-study-
healthcare. O outro estudo 
narra como o Six Sigma 
foi usado para gerenciar 
e controlar projetos 
dentro do departamento 
de desenvolvimento da 
juventude do YMCA e ajudou 
a melhorar a cultura do 
acampamento de verão da 
organização. http://tinyurl.
com/asq-ymca-case-study 
Jeannette Galbinski: Doutora em Engenharia de Produção pela Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo. Master of Science em Qualidade 
e Confiabilidade pelo Technion Institute of Technology. Graduada em 
Estatística pela USP, com especialização em Administração Industrial 
pela FundaçãoVanzolini. Master Black Belt e consultora internacional 
especialista na implementação de Ferramentas e Sistemas da Qualidade e 
projetos de Seis Sigma. 
http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2041
http://www.periodicos.capes.gov.br/
http://www.quality.org/
http://tinyurl.com/asq-ymca-case-study
28 - Revista BQ - Banas Qualidade
Mills|Si automatiza 
processos e reduz 
em 7,8 mil horas 
treinamentos 
normativos
Edição n 284 - Março de 2016 - 29
Case
Ferramenta aumentou eficiência e organização 
da companhia que oferece soluções completas 
para serviços industriais
A Mills Serviços Industriais (Mills|Si), empresa do segmento de manutenção 
industrial, com sede no Rio de 
Janeiro e que conta com 1,4 
mil funcionários espalhados 
em 7 filiais distribuídas nas 
regiões Nordeste, Sudeste e Sul, 
automatizou seus processos 
com uma solução para Gestão 
de Processos de Negócio (BPM) 
e reduziu a necessidade de 
treinamentos normativos em 
cerca 7,8 mil horas. Além disso, 
a ferramenta centralizou o fluxo 
de informações em um único 
sistema, eliminando retrabalhos, 
aumentando o controle, a 
eficiência e padronizando ações.
A Mills|Si presta serviços 
de acesso para manutenção 
de plantas industriais, pintura 
industrial, tratamento de 
superfície, isolamento térmico 
e câmara pressurizada, com 
soluções que oferecem 
praticidade, aliando produtividade 
e conservação ambiental. Em 
2013 atingiu receita líquida de R$ 
225,3 milhões e EBITDA de R$ 28,1 
milhões, quando foi adquirida 
pelo grupo Leblon Equities.
Fim das planilhas e redução do 
Volume
de Emails 
De acordo com o diretor 
presidente da Mills|Si, 
Túlio Cintra, o controle de 
documentos utilizado desde 
a implantação da certificação 
ISO 9001, em 2009, era 
realizado através de planilhas 
paralelas, o que deixava a 
empresa vulnerável quanto 
a distribuição e controle das 
informações.
 “Não tínhamos todas as 
informações da companhia 
armazenadas em apenas um 
espaço, o que tornava comum 
a troca de e-mails pesados e 
repetitivos. A solução para 
Gestão de Processos de 
Negócio, SoftExpert BPM, 
nos ajudou a sermos mais 
eficientes e organizados. 
Também conseguimos abolir o 
uso de controles em diferentes 
softwares para publicação 
de importantes indicadores”, 
revela Cintra.
Fim das rotinas manuais, 
mídias físicas e obsolescência 
O armazenamento das 
informações era realizado 
em pastas físicas ou com a 
distribuição de mídia eletrônica 
para as obras, aumentando 
as chances de ocorrências 
de documentos/ formulários 
desatualizados ou até mesmo 
obsoletos.
 “O SoftExpert BPM colocou a 
Mills|Si em um outro patamar 
de gestão, devido a facilidade 
oriunda da informatização de 
rotinas que anteriormente 
eram realizadas de forma 
manual, além de nos permitir 
infinitas alternativas de 
soluções relacionadas a 
automatização dos nossos 
processos”, avalia o gerente 
de Planejamento da empresa 
Alan Soares. “O acesso web, 
sem dúvida, é um diferencial 
para disponibilização dos 
documentos de forma rápida”, 
complementa.
A implantação atendeu 
a todos os requisitos de 
necessidade demandados e 
superou todas expectativas 
de qualidade e velocidade dos 
serviços entregues, destacou 
Soares.
Com a implantação dos 
componentes SE Process e 
SE Workflow, foi possível 
automatizar os procedimentos 
de adiantamento e reembolso 
financeiro, aumentando a 
velocidade das aprovações. 
Para os colaboradores que se 
encontram em obras distantes 
das filiais, por exemplo, o envio 
era realizado por malotes.
Segundo o Orçamentista 
da companhia, Bruno Lisboa, 
também foi possível extrair 
relatórios instantâneos sobre 
o volume financeiro em posse 
dos colaboradores, além 
da análise do cumprimento 
dos prazos de prestação de 
contas estabelecidos pelo 
procedimento interno.
“A implantação dos u
30 - Revista BQ - Banas Qualidade
Uma boa informação é a essência da percepção
da necessidade onde a expectativa foi atingida.
TRANSMISSÃO VIA INTERNET
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA
WEBCASTING
REDES
APLICATIVOS
55 11 3959-1199
comercial@avsc.com.br | avsc.com.brTÉCNICOS CERTIFICADOS
INTERNACIONALMENTE 
SISTEMA INTERATIVO PESQUISA DE QUALIDADE
módulos do SoftExpert BPM 
para a Mills|Si trouxe uma 
integração imensurável aos 
elementos gerenciais da 
empresa. Os controles ficaram 
mais organizados e foram 
estruturados de forma a facilitar a 
gestão de indicadores existentes 
e originar novos KPIs que hoje se 
tornaram indispensáveis para 
as atividades. Outra conquista 
notável foi à contribuição que o 
sistema proporcionou ao elevar a 
rastreabilidade das informações, 
tornando a empresa muito mais 
ágil nas tomadas de decisão”, 
ressalta Lisboa.
O controle de vencimentos 
da ferramenta para Gestão 
de Documentos e Registros 
da SoftExpert, SE Document, 
permitiu reduzir em 7.800 horas 
a quantidade de treinamentos 
normativos refeitos devidos 
a ausência de controle dos 
certificados. Além disso, a empresa 
padronizou documentos, 
realizando o controle de 
revisão com a manutenção do 
histórico via sistema, bem como 
o monitoramento do fluxo de 
aprovação.
A geração da codificação 
proposta permite a identificação 
rápida e eficiente da 
documentação. Com isso, conta 
Renata Cidreira, engenheira 
de Qualidade da empresa, o 
monitoramento das projeções 
de resultado é feito semanal, 
mensal e trimestralmente sem 
a necessidade de consolidação 
de diversas planilhas eletrônicas, 
ficando essa informação 
disponível continuamente no 
“dashboard” da diretoria.
“Nosso controle de 
documentos ficou muito mais 
confiável e ágil, garantido 
o controle das revisões e 
assegurando a estrutura de 
aprovação”, avalia Renata.
A companhia já projeta 
expandir as ações adotando 
a solução de Gestão da 
Manutenção de Ativos, SE 
Maintenance, e futuramente para 
o SoftExpert Excellence Suite 
(SE Suite), plataforma integrada 
de soluções corporativas 
para a excelência na gestão, 
aprimoramento de processos e 
conformidade regulamentar.
Qualidade para nós é uma arte
Levando a informação onde ela precisa estar
http://avsc.com.br/
Edição n 284 - Março de 2016 - 31
Qualidade para nós é uma arte
Levando a informação onde ela precisa estar
32 - Revista BQ - Banas Qualidade
O que é a 
indústria 4.0 
e como ela vai 
impactar o 
mundo
Edição n 284 - Março de 2016 - 33
O termo indústria 4.0 se 
originou a partir de um projeto 
de estratégias do governo alemão 
voltadas à tecnologia
Automatização
Por Cristiano Bertulucci Silveira e Guilherme Cano Lopes
A indústria 4.0 é um conceito de indústria proposto recentemente e que 
engloba as principais inovações 
tecnológicas dos campos 
de automação, controle e 
tecnologia da informação, 
aplicadas aos processos 
de manufatura. A partir 
de Sistemas Cyber-Físicos, 
Internet das Coisas e Internet 
dos Serviços, os processos de 
produção tendem a se tornar 
cada vez mais eficientes, 
autônomos e customizáveis.
Isso significa um novo período 
no contexto das grandes 
revoluções industriais. Com as 
fábricas inteligentes, diversas 
mudanças ocorrerão na forma 
em que os produtos serão 
manufaturados, causando 
impactos em diversos setores 
do mercado.
O termo indústria 4.0 
se originou a partir de um 
projeto de estratégias do 
governo alemão voltadas à 
tecnologia. O termo foi usado 
pela primeira vez na Feira de 
Hannover em 2011. Em Outubro 
de 2012 o grupo responsável 
pelo projeto, ministrado por 
Siegfried Dais (Robert Bosch 
GmbH) e Kagermann(acatech) 
apresentou um relatório de 
recomendações para o governo 
federal alemão, a fim de planejar 
sua implantação. Então, em 
Abril de 2013 foi publicado 
na mesma feira um trabalho 
final sobre o desenvolvimento 
da indústria 4.0. Seu 
fundamento básico 
implica que conectando 
máquinas, sistemas 
e ativos, as 
empresas 
poderão criar redes inteligentes 
ao longo de toda a cadeia de 
valor que podem controlar os 
módulos da produção de forma 
autônoma. Ou seja, as fábricas 
inteligentes terão a capacidade 
e autonomia para agendar 
manutenções, prever falhas 
nos processos e se adaptar 
aos requisitos e mudanças não 
planejadas na produção. 
Existem seis princípios 
para o desenvolvimento e 
implantação da indústria 4.0, 
que definem os sistemas de 
produção inteligentes que 
tendem a surgir nos próximos 
anos. São eles:
• Capacidade de operação 
em tempo real: Consiste 
na aquisição e tratamento 
de dados de forma 
praticamente instantânea, 
permitindo a tomada de 
decisões em tempo real.
• Virtualização: Simulações já 
são utilizadas atualmente, u
34 - Revista BQ - Banas Qualidade
• assim como sistemas 
supervisórios. No entanto, 
a Indústria 4.0 propõe 
a existência de uma 
cópia virtual das fabricas 
inteligentes. Permitindo 
a rastreabilidade e 
monitoramento remoto 
de todos os processos 
por meio dos inúmeros 
sensores espalhados ao 
longo da planta.
• Descentralização: A 
tomada de decisões poderá 
ser feita pelo sistema cyber-
físico de acordo com as 
necessidades da produção 
em tempo real. Além disso, 
as máquinas não apenas 
receberão comandos, 
mas poderão fornecer 
informações sobre seu 
ciclo de trabalho. Logo, 
os módulos da fabrica 
inteligente trabalharão de 
forma descentralizada a fim 
de aprimorar os processos 
de produção.
• Orientação a serviços: 
Utilização de arquiteturas 
de software orientadas a 
serviços aliado ao conceito 
de Internet of Services.
• Modularidade: Produção 
de acordo com a 
demanda, acoplamento 
e desacoplamento de 
módulos na produção. O 
que oferece flexibilidade 
para alterar as tarefas das 
máquinas facilmente.
Com base nos princípios
acima, a indústria 4.0 é 
uma realidade que se 
torna possível devido aos 
avanços tecnológicos da 
última década, aliados às 
tecnologias em 
1ª Revolução Industrial 2ª Revolução Industrial 3ª Revolução Industrial 4ª Revolução Industrial
Aprimoramento das máquinas
a vapor, criação do tear 
mecânico.
Utilização do aço,
da energia elétrica, motores 
elétricos e dos combustíveis 
derivados do petróleo
Avanço da eletrônica, 
sistemas computadorizados e 
robóticos para manufatura
Sistemas Cyber-Físicos, 
aplicação as “Internet das 
Coisas” e processos de 
manufatura descentralizados
1780 1870 1970 Hoje
Edição n 284 - Março de 2016 - 35
desenvolvimento nos campos 
de tecnologia da informação 
e engenharia. As mais 
relevantes são:
• Internet das coisas 
(Internet of Things – IoT): 
Consiste na conexão em 
rede de objetos físicos, 
ambientes, veículos e 
máquinas por meio de 
dispositivos eletrônicos 
embarcados que permitem 
a coleta e troca de dados. 
Sistemas que funcionam 
a base da Internet das 
Coisas e são dotados de 
sensores e atuadores são 
denominados de sistemas 
Cyber-físicos, e são a base 
da Indústria 4.0.
• Big Data Analytics: São 
estruturas de dados muito 
extensas e complexas que 
utilizam novas abordagens 
para a captura, análise 
e gerenciamento de 
informações. Aplicada à 
indústria 4.0, a tecnologia 
de Big Data consiste em 6Cs 
para lidar com informações 
relevantes: Conexão (à 
rede industrial, sensores 
e CLPs), Cloud (nuvem/
dados por demanda), 
Cyber (modelo e memória), 
Conteúdo, Comunidade 
(compartilhamento das 
informações) e Customização 
(personalização e valores).
• Segurança: Um dos 
principais desafios para 
o sucesso da quarta 
revolução industrial está na 
segurança e robustez dos 
sistemas de informação. 
Problemas como falhas 
de transmissão na 
comunicação máquina-
máquina, ou até mesmo 
eventuais “engasgos” 
do sistema, podem 
causar transtornos na 
produção. Com toda essa 
conectividade, também 
serão necessários 
sistemas que 
p r o t e j a m 
o know-
how da 
companhia, contido nos 
arquivos de controle dos 
processos.
Além destas tecnologias, 
outros dispositivos terão um 
papel importante na indústria 
4.0. Como a tecnologia RFID, 
que vem ganhando espaço com 
os sistemas de rastreabilidade 
industrial, e os módulos IO-
Link. Esses módulos possuem 
endereço IP próprio, com 
conexões diretas de alto e 
baixo nível.
Portanto, descentralizam e 
organizam a rede de sensores 
e demais componentes. Com o 
processo de modularidade da 
indústria 4.0, aliado à crescente 
quantidade de sensores que 
serão utilizados nas fábricas 
inteligentes, os módulos u
36 - Revista BQ - Banas Qualidade
IO-Link desenvolvimento 
de sistemas Cyber-físicos para 
fábricas inteligentes.
Conforme o avanço das 
tecnologias aqui citadas, 
a tendência é que em um 
futuro próximo as fábricas 
se adequem ao conceito 
de indústria 4.0, tornando-
se altamente autônomas e 
eficientes. 
Um dos maiores impactos 
causados pela indústria 4.0 
será uma mudança que afetará 
o mercado como um todo.
Consiste na criação de novos 
modelos de negócios. Em 
um mercado cada vez mais 
exigente, muitas empresas já 
procuram integrar ao produto 
necessidades e preferências 
específicas de cada cliente.
A customização prévia 
do produto por parte dos 
consumidores tende a ser uma 
variável a mais no processo de 
manufatura, mas as fábricas 
inteligentes serão capazes de 
levar a personalização de cada 
cliente em consideração, se 
adaptando às preferências.
Outro ponto que será 
abalado pela quarta revolução 
industrial será a pesquisa 
e desenvolvimento nos 
campos de segurança em T.I., 
confiabilidade da produção e 
interação máquina-máquina.
A tecnologia deverá se 
desenvolver continuamente 
para tornar viável a adaptação 
de empresas a este novo 
padrão de indústria que está 
surgindo.
Os profissionais também 
precisarão se adaptar, 
pois com fábricas ainda 
mais automatizadas novas 
demandas surgirão 
enquanto algumas 
deixarão de existir.
Os trabalhos manuais e 
repetitivos já vem sendo 
substituídos por mão 
de obra automatizada, 
e com indústria 4.0 
isso tende a continuar. 
Por outro lado, as 
demandas em pesquisa 
e desenvolvimento 
o f e r e c e r ã o 
o p o r t u n i d a d e s 
para profissionais 
t e c n i c a m e n t e 
capacitados, com 
formação multidisciplinar 
para compreender e 
trabalhar com a variedade de 
tecnologia que compõe uma 
fábrica inteligente.
Cristiano Bertulucci Silveira é 
engenheiro eletricista pela Unesp 
com MBA em Gestão de Projetos 
pela FVG e certificado pelo PMI. 
Atuou em gestão de ativos e gestão 
de projetos em grandes empresas 
como CBA-Votorantim Metais, 
Siemens e Votorantim Cimentos. 
Atualmente é diretor de projetos 
da Citisystems – cristiano@
citisystems.com.br – Skype: 
cristianociti; e Guilherme Cano 
Lopes é estudante de engenharia de 
controle e automação pela Unesp e 
técnico em mecatrônica pela ETEc 
Getúlio Vargas. Durante a faculdade 
foi bolsista de iniciação científica 
e membro da equipe de pesquisa 
em robótica móvel da UNESP, 
participando em competições como 
a Robocup. Atualmente é estagiário 
na empresa Citisystems.
mailto:cristiano@citisystems.com.br/
Edição n 284 - Março de 2016 - 37
http://www.leansixsigma/congresso
38 - Revista BQ - Banas Qualidade
“A mudança climática é 
o desafio de nossa geração 
e o trabalho vital da NASA 
sobre esta importante 
questão afeta cada pessoa 
na Terra ”
Edição n 284 - Março de 2016 - 39
Sustentabilidade: 
sem ela não há futuro 
para a sobrevivência 
da humanidade
O que vem a ser, exatamente, esse conceito? É um termo usado para 
definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades 
atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas 
gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao 
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, 
usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se 
mantenham no futuro
40 - Revista BQ - Banas Qualidade
Para os que não acreditam nas mudanças climáticas, que estão afetando e 
muito o Planeta Terra, deve-
se dizer que as temperaturas 
continuaram altas em 2015, 
havendo uma tendência 
de aquecimento global de 
longo prazo. Essa conclusão 
foi realizada com base nas 
análises feitas pelos cientistas 
da National Aeronautics and 
Space Administration (NASA) 
e da National Oceanic and 
Atmospheric Administration 
(NOAA). O NASA’s Goddard 
Institute for Space Studies 
(GISS) in New York (GISTEMP) 
concordou com a constatação 
de que 2015 foi o ano mais 
quente já registrado com 
base em análises dos dados. A 
análise da NASA estimou que 
2015 foi o ano mais quente com 
94% de certeza.
“A mudança climática é o 
desafio de nossa geração e o 
trabalho vital da NASA sobre 
esta importante questão afeta 
cada pessoa na Terra”, explica 
o administrador da NASA 
Charles Bolden. 
“O anúncio não só ressalta 
como é crítico o programa de 
observação da Terra da NASA, 
ou seja se tornou um ponto de 
dados chave que deveria fazer 
com que as gestores públicos 
se movimentassem ao tomar 
conhecimento disso. Agora é a 
hora de agir sobre o clima”.
A temperatura média da 
superfície do planeta subiu 
cerca de 1,8 graus Fahrenheit 
(1,0 grau Celsius) desde o final 
do século 19, uma mudança 
em grande parte impulsionado 
pelo aumento do dióxido de 
carbono e outras emissões 
criadas pelo homem na 
atmosfera. A maior parte do 
aquecimento ocorrido nos 
últimos 35 anos, com 15 dos 16 
anos mais quentes registrados 
ocorrendo desde 2001. No 
ano passado foi a primeira vez 
que as temperaturas médias 
globais foram de 1 grau Celsius 
ou mais acima da média de 
1880-1899.
Os fenômenos como o El 
Niño ou La Niña, que esquenta 
ou esfria o Oceano Pacífico 
tropical, podem contribuir para 
as variações de curto prazo na 
temperatura média global. Um 
aquecimento do El Niño esteve 
em vigor durante a maior parte 
de 2015.
“2015 foi notável, mesmo no 
contexto da continuidade do 
El Niño”, disse Gavin Schmidt, 
diretor do GISS. 
“As temperaturas do 
ano passado tiveram uma 
assistência de El Niño, mas é o 
efeito cumulativo da tendência 
de longo prazo que resultou no 
registro de aquecimento que 
estamos assistindo”.
A dinâmica do tempo muitas 
vezes afetam as temperaturas 
regionais, de modo que 
nem todas as regiões na 
Terra experimentaram as 
temperaturas médias recordes 
no ano passado. Por exemplo, 
a NASA e a NOAA descobriram 
que a temperatura média anual 
de 2015 para os 48 estados dos 
Estados Unidos foi o segundo 
mais quente já registrado.
As análises da NASA 
incorporaram as medições de 
temperatura de superfície de 
6.300 estações meteorológicas, 
as observações navais e os 
dados baseados em boia de 
temperaturas da superfície 
do mar e as medições de 
temperatura de estações de 
pesquisa da Antártida. Estas 
medições são analisadas 
utilizando um algoritmo que 
considera o espaçamento 
variado das estações de 
temperatura em todo o mundo 
e os efeitos do aquecimento 
local que poderiam distorcer as 
conclusões. O resultado desses 
cálculos é uma estimativa da 
diferença de temperatura média 
global a partir de um período de 
referência de 1951 a 1980.
Os cientistas da NOAA 
usaram os mesmos dados 
de temperatura, mas em um 
período de referência diferente 
e métodos diferentes para 
analisar as regiões polares e 
as temperaturas globais da 
Terra. O GISS é um laboratório 
da NASA gerenciado pela 
Earth Sciences Division of the 
agency’s Goddard Space Flight 
Center in Greenbelt, Maryland. 
O laboratório é afiliado com 
Por Hayrton Rodrigues do Prado Filho
Edição n 284 - Março de 2016 - 41
a Columbia University’s 
Earth Institute and School 
of Engineering and Applied 
Science in New York.
A NASA monitora os sinais 
vitais da Terra a partir da 
terra, ar e espaço com uma 
frota de satélites, bem como 
com a observação no ar e no 
solo. A agência desenvolve 
novas maneiras de observar e 
estudar os sistemas naturais 
da Terra interligados com 
registros de dados de longo 
prazo e ferramentas de análise 
de computador para ver 
melhor como o planeta está 
mudando. As ações da NASA 
deste conhecimento exclusivo 
são compartilhadas com a 
comunidade global e ela trabalha 
com instituições nos Estados 
Unidos e ao redor do mundo que 
contribuem para a compreensão 
e proteção do planeta.
Para Angela França Pedrinho, 
consultora na Mega Métodos, 
Gestão e Assessoria e UP 
solution, muitas empresas, 
na busca dos meios e 
condições necessárias para seu 
crescimento, desenvolvimento, 
garantindo a competitividade e 
sobrevivência no mercado, têm 
realizado mudanças na forma 
de gestão organizacional. 
“Desde os conceitos 
tradicionais de gerenciamento, 
muitas filosofias, técnicas, 
ferramentas e formas de gestão 
foram criadas, aprimoradas ou 
redefinidas, com o intuito de 
criar as condições adequadas 
nas organizações para 
obter melhores resultados e 
sucesso de modelos de gestão 
sustentável ou de ferramentas 
gerenciais”, explica.
Na verdade, a 
sustentabilidade é baseada 
em um princípio simples: tudo 
o que o ser humano precisa 
para a sua sobrevivência e 
bem-estar depende, direta ou 
indiretamente, do ambiente 
natural. Para buscar a 
sustentabilidade, deve-se criar 
e manter as condições em que 
os seres humanos e a natureza 
podem existir em harmonia 
produtiva para apoiar as 
gerações presentes e futuras.
Angela França acrescenta 
que a chave não é somente a 
aplicação dos conceitos, mas a 
mudança cultural do ambiente 
de trabalho e a aceitação 
de que cada um deles é 
importante para melhorar 
a saúde física e mental e o 
sistema da qualidade. “As 
empresas exercem grande 
influência no desenvolvimento 
da sociedade dependendo 
muito da qualidade dos 
serviços/produtos oferecidos 
e contribuindo para melhorar 
a comunidade em que estão 
inseridas, mobilizando 
para o uso responsável dos 
recursos nos aspectos físicos, 
procedimentos e atitudes.
Atualmente todos os 
recursos alocados nas 
empresas devem ser muito 
bem utilizados, viabilizando 
os investimentos em novas 
tecnologias e melhoria das 
condições de trabalho”, diz.
Considerando isso, as 
ferramentas de gestão da 
qualidade e sustentabilidade 
surgem como uma opção 
para auxiliar as empresas no 
cumprimento de seu papel de 
fomentador de conhecimentos 
técnicos para os cidadãos do 
amanhã.
“A melhoria da gestão 
das empresas torna-se 
imprescindível para acompanhar 
as tendências do setor 
empresarial, uma vez que 
a qualidade administrativa, 
quanto à qualidade do serviço/
produto oferecido, são fatores 
importantes para a permanência 
e crescimento das empresas 
no mercado, e para tanto 
é necessário desenvolver 
programas que visem o aumento 
desta qualidade dos serviços/
produtos oferecidos. Uma 
empresa é o conjunto de pessoas 
com conhecimentos, capacidade 
de interação com o meio onde 
atua e com a sociedade em 
geral, aprendizagem técnica 
e habilidades especificas”, 
complementa.
CAPA
u
42 - Revista BQ - Banas Qualidade
Segundo a consultora, nesse 
sistema é possível definir três 
componentes: as instalações, 
os materiais e os equipamentos 
que constituem a parte física 
do sistema; o conjunto de 
procedimentos operacionais 
que são as especificações de 
tarefas, atividades, rotinas, 
etc., que resumem o como 
fazer dentro da empresa, 
para que ela cumpra todos os 
objetivos, que é o componente 
intelectual do sistema; e o 
conjunto de pessoas que 
atua na empresa, ou seja, o 
elemento humano, constituído 
pela diretoria, administração e 
empregados.
“Tornar o sistema mais 
efetivo e eficiente é entregar à 
sociedade indivíduos com mais 
conhecimentos, instrução, 
educação, capacidade de 
aprendizagem continuada 
e capacidade de resolver 
problemas. No sistema 
empresarial, atuar somente 
na parte física não é suficiente 
para melhorar a qualidade 
do serviço/produto, nem 
aumentar a produtividade.
Uma empresa pode ser 
melhorada através de aporte 
de capital, com melhoria das 
instalações, prédios, materiais 
de trabalho, equipamentos 
aporte de conhecimentos, 
com educação e treinamento 
proporcionando a aquisição 
de habilidades em aplicar os 
conhecimentos e trazendo 
melhoria de desempenho das 
pessoas”.
Nesta visão de empresa, 
a gestão da qualidade e 
sustentabilidade influi 
diretamente sobre os 
componentes: o elemento 
humano, com melhor 
aproveitamento do potencial 
intelectual de cada individuo, 
favorecendo o trabalho 
em grupo e a formação 
de equipes, a melhoria do 
ambiente de trabalho e do 
aproveitamento do tempo e 
procedimentos operacionais 
com a redução do retrabalho, 
o uso racional dos recursos, 
elevação e manutenção dos 
padrões de qualidade, melhora 
dos processos de decisão, 
identificação das causas de 
problemas, e a ação sobre 
elas, minimizando da absorção 
da Alta Administração com 
problemas e questões que 
passam a ser resolvidas pelos 
responsáveis de cada processo.
“A adoção da gestão da 
qualidade e sustentabilidade 
em uma instituição decorre 
muito mais de uma mudança 
de atitude, hábitos e modo 
de pensar das pessoas, 
especialmente das que 
ocupam os cargos mais 
altos da hierarquia, do que 
propriamente da utilização 
de métodos, técnicas e 
ferramentas, disseminando na 
instituição a ideia que cada um 
é responsável pelo resultado 
do seu próprio trabalho e 
que portanto, a qualidade é 
o resultado do trabalho da 
organização e depende da 
qualidade de cada uma das 
pessoas da equipe. Obtêm-se 
um rico instrumento para se 
trabalhar hábitos, atitudes e 
valores positivos e essenciais 
à formação integral do 
empregado”, assegura.
Assim, conta, contribuir na 
redução de custos e garantia da 
qualidade e sustentabilidade, 
transformando a atitude 
Edição n 284 - Março de 2016 - 43
das pessoas e reduzindo o 
desperdício de materiais, de 
tempo de espaço, de energia, 
de água tornando o ambiente 
mais saudável, participativo 
e favorável é ação de

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