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3º período - Medicina Relação harmônica: um dos indivíduos obtém vantagem (predatismo, parasitismo) ou os dois obtém. (comensalismo) Parasitismo: associação entre os seres vivos onde apenas um dos seres é beneficiado. Ocorre unilateralidade de benefício. ➢ Beneficiado: parasito ➢ Prejudicado: hospedeiro Tipos de parasitos: 1. ENDOPARASITO: encontrados dentro do organismo do hospedeiro Ex: Plasmodium falciparum (causador da Malária, se reproduz dentro dos hepatócitos e depois dentro das hemácias, - intraeritrocitário). Termo correto: INFECÇÃO: penetração e desenvolvimento do agente infeccioso no hospedeiro. 2. ECTOPARASITO: encontrados fora do organismo do hospedeiro, sobre sua superfície corporal. Ex: Pediculus humanus (piolho) Termo correto: INFESTAÇÃO: alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície ou roupa do hospedeiro. Tipos de ciclos: 1. HETEROXÊNICO: para o parasito completar seu ciclo é preciso 2 hospedeiros (definitivo e intermediário) Ex: Taenia solium (HD: homem, possui as tênias adultas no intestino delgado; HI: porco, possui as larvas nos seus tecidos) 2. MONOXÊNICO: possui apenas 1 hospedeiro para completar o ciclo, - hospedeiro definitivo. Ex: Ascaris lumbricoides (lombriga -, a larva já pronta no ambiente, infecta o homem). Enterobius vermicularis (contaminação pelo ambiente). 3. TRIOXÊNICO: precisa de 3 hospedeiros para completar o ciclo Ex: Amblyomma cajennense - carrapato causador da febre maculosa CONCEITOS: ➢ Hospedeiro definitivo (HD): apresenta o parasito em fase de maturidade (adulto) ou em que ele se reproduz sexuadamente. ➢ Hospedeiro intermediário (HI): apresenta o parasito em fase jovem (larvária) ou em que ele se reproduz assexuadamente. ➢ Reservatório de infecção: é qualquer ser vivo ou matéria orgânica inanimada (como o local onde o agente infeccioso vive e se multiplica) que pode ser transmitido para outros hospedeiros. Ex: Tatu (pode portar o agente e favorecer a transmissão de tripanossomíase). HI X RESERVATÓRIO O HI é necessário para o ciclo ocorrer, pois a fase jovem do parasito só se desenvolve no HI. O reservatório pode ser simplesmente uma água contaminada e o ciclo pode continuar a acontecer por outra forma de infecção. OBS: o conceito de HD e HI não é usado para o Tripanossoma Cruzi: Na verdade, há hospedeiro vertebrado e hospedeiro invertebrado. ➢ Vetor: transmite o parasito entre dois hospedeiros. Ex: Lutzomyia sp – GÊNERO: mosquito palha • Vetor mecânico: leva o agente etiológico de um lugar pra outro Ex: Musca domestica • Vetor biológico: leva o agente etiológico de um lugar pra outro E é hospedeiro, pois o parasita se multiplica nele. Ex: Lutzomyia sp, Barbeiro ➢ Agente etiológico: agente causador ou responsável pela origem da doença Ex: Leishmania sp Pode variar entre tegumentar e visceral, relacionando a espécie envolvida. – manifestações clínicas são diferentes. ➢ Patogenia: como o parasita age no corpo do hospedeiro para provocar uma lesão. Ex Esquistossomose: ovos são responsáveis pelas lesões no fígado Migração do macho carregando a fêmea nas veias hepáticas, em direção as veias mesentéricas, com o objetivo de chegar perto das alças intestinais, onde a fêmea liberará os ovos, passando pela parede do órgão e sendo, portanto, expelidos. ➢ Período pré-patente: período entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. – esse período varia de parasito pra outro. Ex: Na esquistossomose apenas após 43 dias ovos aparecem nas fezes. Assim, só após esse período pré- patente que é possível detectar a presença do parasita. ➢ Período de incubação: período entre a infecção até o aparecimento dos primeiros sintomas. Ex: Malária – após 12 dias aparecem os primeiros sintomas. ➢ Profilaxia: conjunto de medidas que buscam a prevenção, erradicação ou controle da doença. ➢ Epidemiologia: estudo da distribuição, dos fatores de risco e da frequência de ocorrência de cada doença. (como o meio de transmissão). ➢ Ciclo biológico sequência regular de acontecimentos que envolve reações fisiológicas a certos estímulos. ➢ Endemia: presença constante de uma doença em uma população em uma determina área geográfica. Ex: febre amarela na Amazônia. ➢ Epidemia: é a ocorrência de uma doença na população que vai aumentando sua incidência progressivamente, de forma inesperada e descontrolada, ultrapassando valores endêmicos ou esperados. Ex: dengue no Brasil. RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Tipos de adaptações: ➢ Morfológicas: • Asas, tubo digestivo (degenerações); • Órgãos de fixação (ventosas), proteção (superfície corporal resistente para garantir a sobrevivência em ambientes ácidos), reprodução (fêmea de lombriga produz cerca de 300 a 600 mil ovos) ➢ Biológicas: • Capacidade reprodutiva: grande capacidade de produção de ovos • Tipos diversos de reprodução: sexuada ou assexuadamente, de acordo com as circunstâncias • Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro: parasitas intestinais se adaptam para resistirem ao ambiente ácido • Tropismos: afinidade que o parasito possui com o certas regiões do hospedeiro (um órgão, tecido....) AÇÃO DO PARASITO SOBRE O HOSPEDEIRO Quando há um desequilíbrio entre parasito/hospedeiro ocorre a doença parasitária. ➢ Parasito: número de exemplares (carga de parasitos), tamanho, localização, virulência. ➢ Hospedeiro: idade, estado nutricional, nível de resposta imune, hábitos ➢ Ação espoliativa: quando o parasito absorve nutrientes ou sangue do hospedeiro. Ex: Ancylostomídeos ingerindo sangue da mucosa intestinal para absorção de ferro e oxigênio para nutrição. ➢ Ação tóxica: produção de enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro Ex: metabólicos produzidos do A. lumbricoides provocam reações alérgicas Ex: secreções no miracídio dentro do ovo do S. mansoni produzem reações teciduais. (no intestino, fígado, pulmões). ➢ Ação mecânica: impedimento do fluxo do alimento, bile ou absorção alimentar. Ex: obstrução intestinal por Ascaris lumbricoides Ex: atapetamento do duodeno por Giardia lamblia ➢ Ação traumática: produção de lesões nos tecidos dos hospedeiros. Ex: migração cutânia e pulmonar de larvas ➢ Ação irritativa: presença constante do parasito que produz irritação no local (sem produção de lesões traumáticas) Ex: ventosas de cestóides Ex: lábios dos A. lumbricoides na mucosa intestinal ➢ Ação enzimática: produção de enzimas que dissolvem partes do corpo do hospedeiro. Ex: penetração na pele, como as cercárias REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA CATEGORIAS TAXONÔMICAS: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie NOMENCLATURA ZOOLÓGICA: ➢ Espécie: duas palavras, em itálico ou grifadas. 1ª: gênero (primeira letra maiúscula) 2ª: espécie (todas as letras minúsculas) GRUPOS DE INTERESSE EM PARASITOLOGIA: Principais filos: 1. Athropoda – arachinida e insecta 2. Platyhelminthes - trematoda e cestoda 3. Nematoda – secernentea 4. Protozoa – protozoários
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