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Seção 1 ESPELHO DE CORREÇÃO DIREITO TRABALHISTA Caro aluno, vamos agora à resolução comentada do caso envolvendo Albano Machado e Maria José Pereira. Conforme visto nas seções anteriores, a reclamação trabalhista ajuizada foi julgada parcialmente procedente, sendo deferido o pagamento em dobro dos feriados trabalhados, horas extras em razão da não observância do intervalo intrajornada e indenização por danos morais. A Sra. Maria José apresentou Recurso Ordinário, nos termos do art. 895, inciso I, da CLT e do art. 997, §1º e §2º, do CPC. O trabalhador, em 06/12/2017, foi intimado para se manifestar acerca do mencionado recurso. Normalmente se apresenta uma petição endereçada ao juízo que prolatou a sentença, requerendo a juntada das contrarrazões. Anexa a ela é elaborada a peça processual, dirigida ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, órgão que irá julgar o Recurso Ordinário da reclamada. Esta sistemática é praxe forense, sendo, portanto, facultativa. Caso Albano prefira, poderá apresentar as contrarrazões por simples petição. Na peça processual você, aluno, deve rebater todos os argumentos lançados pela empregadora no Recurso Ordinário. valendo-se daqueles que já foram utilizados Seção 1 DIREITO TRABALHISTA Na prática! na petição inicial e na própria sentença. Você deve utilizar todos os argumentos que entender convenientes para convencer os Desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, que irão julgar o recurso, a manter a decisão de primeira instância, no que diz respeito aos temas suscitados pela empresa. Assim, em relação aos feriados trabalhados, deve-se pugnar pelo não provimento do Recurso Ordinário, ao fundamento de que a questão já está pacificada pela Súmula n. 444, do TST, isto é, não tendo havido folga compensatória é devido o seu pagamento em dobro. No que diz respeito ao intervalo intrajornada, a decisão merece ser mantida pela ausência de registro de sua integral fruição, assim como pela inexistência de prova neste sentido. No tocante à indenização por danos morais, sua manutenção se justifica pela ausência de previsão legal acerca da inserção da modalidade da dispensa na CTPS do trabalhador, ainda mais quando a rescisão do contrato de trabalho se dá por justa causa. A gravidade da conduta já é suficiente para ensejar a reparação civil. Por fim, deve rechaçar o pedido de reforma da condenação ao pagamento dos honorários ao fundamento de que devem prevalecer as normas anteriores à Lei n. 13.467/17, que dispõe que no caso de sucumbência parcial o empregador é quem deve arcar com os custos do processo. Após expor os fundamentos fáticos e jurídicos pelos quais pugna pela manutenção da decisão de primeiro grau nestes aspectos, você, aluno, deve requerer o não provimento do Recurso Ordinário da reclamada. Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Trabalho da 2ª Vara do Trabalho de Goiânia/GO Questão de ordem! Processo n. 0010001-10.2017.518.0002 Albano Machado nos autos da reclamação trabalhista movida contra Maria José Pereira, ambos já qualificados no presente feito, vem apresentar Contrarrazões ao Recurso Ordinário para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, com fulcro no art. 900, da CLT. Satisfeitos os mandamentos legais, requer seja a peça processual recebida e enviada à apreciação do Tribunal Regional. Requer, por fim, a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Termos em que pede juntada de ferimento. 1. Data, assinatura.
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