Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Embriologia ● MEMBRANAS FETAIS (anexos embrionários) O embrião é temporariamente nutrido pelas secreções - material muito rico em lipídio e glicogênio- das glandulares uterinas; Devido ao rápido crescimento há necessidade de um novo método de obtenção de nutrientes e proteção. Tendo em vista isso, há o aparecimento das membranas fetais → Proteção, nutrição, eliminação de excretas. As membranas fetais também são chamadas de memb. extraembrionárias/anexos embrionários. Derivam do embrião mas pouco ou nada contribuem p/ estrutura corporal do novo ser. 1- Embrioblasto → Formação do embrião e de determinadas membranas fetais 2- Trofoblasto → Formação da parte fetal da placenta (córion); interação com o endométrio materno - Interface fetal-materna. MEMBRANAS FETAIS (importantes p/ desenvolvimento fetal e humano) - Âmnio - Saco Vitelínico - Alantóide - Córion (parte fetal da placenta) Kellyane Zambom Desenvolvimento embrionário e fetal e anexos embrionários Embriologia Aparece como uma cavidade na região do epiblasto - essa cavidade começa a ser revestida por amnioblastos - produzem e secretam o líquido amniótico, de modo a preencher tal cavidade ; é uma importante aquisição evolutiva (répteis, aves e mamíferos). ● animais que possuem âmnio→ amniotas; Funções do âmnio → manter o indivíduo hidratado, de modo a proteger contra o ressecamento. → Impede a aderência dos tecidos fetais → Permite a movimentação fetal (auxilia e incentiva o desenvolvimento muscular fetal) → Participação na maturação de alvéolos pulmonares (o feto não morre afogado pq não tem ar no pulmão, pois as suas trocas gasosas são oriundas da placenta). → Proteção contra choques mecânicos ● Após a 20º semana de desenvolvimento os rins fetais começam a produzir e secretar urina a bolsa amniótica. ● Volume do líquido amniótico → Qtd normal de líq. amniótico : 500ml - 1000ml Kellyane Zambom ÂMNIO Embriologia Além disso, na membrana amniótica que delimita a bolsa amniótica são possíveis de serem encontradas céls. epiteliais e mesenquimais → apresentam propriedades anti-inflamatórias da memb. amniótica (utilizada p/ tratamento em feridas e superfícies queimadas e cirurgias). Ademais, tais céls. quando cultivadas em laboratório, elas podem se diferenciar em uma vasta gama de células e até anexos, como, por exemplo : Neurônios, céls. pulmonares, hepatócitos, osteócitos, pelos e pele, cardiomiócitos, céls. pancreáticas e adipócitos. Demonstram-se em estudos, portanto, como possíveis células tronco que são capazes, em laboratório, de se diferenciarem em diferentes tecidos. ● Amniocentese: coleta de uma amostra do líquido amniótico p/ análise em laboratório. O médico, guiado por uma ultrassom, injeta uma agulha e coleta um volume significativo do líquido. ● Pq do exame? Junto com o líquido colhido , há céls. do feto (se descamam durante a aspiração / céls da pele) → Dá pra fazer análise das células fetais → análise de defeitos cromossômicos e metabólicos; dosagem da a-feto proteína (relaciona-se com o defeito no tubo neural); Creatinina (relaciona-se com maturidade fetal, no que tange ao desenvolvimento); é possível também acompanhar a severidade da eritroblastose fetal. Kellyane Zambom Embriologia A membrana amniótica pode estar relacionada com malformações → Essa memb. que delimita o líquido pode soltar bandas - ‘‘fiapinhos’’ - de modo que podem enrolar-se em porções dos membros do feto. A presença dessa bandas amnióticas pode impedir o fluxo sanguíneo de chegar a determinada região, de modo a pode resultar até na amputação do membro. Kellyane Zambom SACO VITELINO Embriologia ● Formado pela proliferação do hipoblasto delimitando o saco vitelino; em humanos/primatas em geral NÃO armazena vitelo, logo, não relaciona-se, diretamente, com a nutrição. Funções: → Sítio angiogênico e hematopoiético extraembrionário. → É o primeiro lugar em que aparecem vasos e céls. sanguíneas → representam o primeiro tipo de céls. sanguínea que vão circular no embrião - fazendo a formação do sangue. → Sítio de origem das CGP (Células Germinativas Primordiais - vêm da parede do saco vitelino), também conhecidas como gonócitos. → Faz um transporte seletivo de nutrientes para o disco germinativo, tanto bilaminar, quanto trilaminar (é como se fosse uma ‘‘ dispensa’’). Ex.: Coleta ác fólico e vitaminas da circulação materna através da placenta e administra esses nutrientes para serem difundidos/levados para o embrião e o feto. ● Muito importante em embrião de répteis e aves, devido ao desenvolvimento dentro de um ovo de casca calcária → reservatório p/ armazenar as excretas . Todavia, nos mamíferos essa eliminação é realizada pela placenta, portanto, nos humanos, o alantóide não relaciona-se com o armazenamento as excretas . Estrutura muito pouco desenvolvida em humanos comparado com os outros vertebrados… O alantóide é uma evaginação do teto do saco vitelino em sua porção caudal em direção do pedículo do embrião. Com a prega caudal do embrião ele é levado para uma região medial ficando muito próximo do saco vitelino, estando na região onde irá formar o cordão umbilical. Assim, com o dobramento do embrião, o alantóide passa a localizar-se ventralmente. Funções: Possui duas porções que irão se comportar de maneiras diferentes durante o desenvolvimento embrionário. A porção intraembrionária mais próxima do embrião e a extraembrionária, fora do corpo do embrião, na região que vai formar o cordão umbilical. → A porção intra forma uma estrutura chamada de Úraco que vai se desenvolver no ligamento umbilical mediano / ligamento suspensor da bexiga(extremamente fibroso) → suspende a bexiga. Kellyane Zambom ALANTOIDE Embriologia →Porção extraembrionária - O alantóide vai orientar e auxiliar a formação dos vasos umbilicais. ● Formado por mesoderma extraembrionária somática, citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Ele vai se associar com tecido materno uterino p/ formar a placenta. → Vai formar a parte fetal da placenta. Em um primeiro momento ocorre a formação das Vilosidades coriônicas primárias : proliferação das celulas do cito em direção ao sinciciotrofoblasto. As projeções de citotrofoblasto são envolvidas pelo sinciciotrofoblasto. ● Não são sinônimos; Kellyane Zambom CÓRION EMBRIÃO X FETO Embriologia ● Representam diferentes estágios de desenvolvimento de uma nova vida; ● Considera-se embrião até o final da organogênese que acontece até aproximadamente a 8º semana (segundo mês) - ainda não é possível discernir de qual espécie o embrião corresponde; ● No final do embrião → O início do desenvolvimento fetal, já têm-se as características presentes nesse ser em desenvolvimento → é possível identificar carct. específicas de determinada espécie. ● Após o período embrionário - início do desenvolvimento fetal até o nono mês, há um crescimento muito relevante ● 4º a 8º semana 4 º semana de desenvolvimento - Fechamento do neuroporo(partes do tubo neural q ainda nao se fecharam) rostral e caudal do tubo neural - Aparecimento dos pares de arcos faríngeos- Proeminência cardíaca - Pregas cefálica e caudal - Desenvolvimento do prosencéfalo - Eminência caudal - Brotos dos membros - Vesículas ótica (formara partes auditivas) e placóide do cristalino (Precursores do sistema ótico e auditivo) 5º semana de desenvolvimento - Crescimento acentuado da cabeça - crescimento do encéfalo e das proeminências faciais - Face em contato com a proeminência cardíaca - Formação dos rins mesonéfricos (primitivos Kellyane Zambom PERÍODO EMBRIONÁRIO Embriologia - Desenvolvimento do estomodeu - boca primitiva 6º semana de desenvolvimento - Movimentos espontâneos (membros e contrações do tronco) - pouco coordenados e imperceptíveis pela mãe; resposta reflexa ao toque; - Desenvolvimento de cotovelos, e raios digitais - Saliência s auriculares - hérnia umbilical fisiológica → alças intestinais se projetam p/ fora do corpo do embrião pq elas estão se desenvolvendo e dentro do corpo do embrião ela n tem espaço p se desenvolver - Formação da orelha externa 7º semana de desenvolvimento - Formação dos dedos - Comunicação reduzida com o saco vitelino - Início da ossificação dos membros superiores 8º semana de desenvolvimento - Primeiros movimentos voluntários dos membros, mas não consegue coordená-los, apenas inicia (ainda n percebidos pela mãe - Separação dos dedos - Regressão da eminência caudal - Plexo vascular do couro cabeludo - Ossificação do fêmur - Sem distinção de sexo ( fenótipo ) Ao final da 8º semana de desenvolvimento (termina o processo/ período embrionário): Ser em desenvolvimento com características humanas distintas → determina o fim desse período. ● Medidas de comprimento do embrião → Comprimento cabeça-nádegas (CCN) ● Desenvolvido p avaliar o desenvolvimento do estágio de cresc. embrionário denominado de : Estágio de Carnegie (leva em conta o número de somitos, comprimento e principais características externas) IDADE GESTACIONAL X IDADE EMBRIONÁRIA Id. gestacional: primeiro dia do último período menstrual normal - UPMN Id. embrionária: Fecundação - 2 semanas após UPMN Kellyane Zambom Embriologia ● A partir da 9º semana de desenvolvimento ● Através do diâmetro biparietal, circunferência da cabeça, circunferência abdominal, comprimento femoral pode-se verificar se o desenvolvimento do feto está ocorrendo da maneira esperada/ correta. Idade fetal e Data do parto: Depende do ponto de referência : - Fecundação (gravidez com 266 dias/ 38 semanas) - UPMN (280 dias/40 semanas) Kellyane Zambom PERÍODO FETAL Embriologia 9 º a 12º semana de desenvolvimento : - Crescimento corporal acelerado (cabeça ainda desproporcional) - Olhos separados, orelhas c/ implantação baiixa - Palpebras fusionadas - Alças intestinais retornam p/ cavidade abdominal - Início da ossificação dos ossos do crânio e maioria dos ossos longos - Formação da urina - Eritropoiese hepática/baço - Sexo ainda indefinido 13º a 16º semana de desenvolvimento : - Crescimento rápido - Movimentos coordenados dos membros (a mãe ainda não consegue perceber, mas podem ser visíveis ao US) - Mov. dos olhos - Olhos e orelhas corretamente posicionados - Definição do sexo pela genitália externa 17º a 20º semana de desenvolvimento : - Movimentos fetais percebidos pela mãe - Verniz caseoso → material gorduroso produzido pelas glândulas sebáceas fetais (proteção contra abrasão, rachaduras e endurecimento) - Lanugo → pelo fino que ajuda o verniz a aderir à pele - Aparecimento de cabelo - Formação da gordura marrom (calor) 21º a 25º semana de desenvolvimento : - Ganho de peso substancial - Corpo mais proporcional - Pele avermelhada - Unhas dos dedos - - - - - Secreção de surfactante pulmonar - produto produzido pelas céls nos alvéolos, de modo a facilitar a inspiração e impede que os alvéolos colabem durante a expiração(se não tem essa produção de surfactante o feto não consegue sobreviver após o nascimento). - Com 25 semanas, levando em consideração que haja um parto prematuro, apesar de ter surfactante pulmonar, ela consiga respirar e fazer as trocas gasosas, ela precisa de um cuidado muito intenso pois outros sistemas ainda estão imaturos, como o SNC. pele ainda bastante avermelhada (fina) 26º a 29º semana de desenvolvimento : - Sobrevivência em caso de parto prematuro (maiores chances) - SNC→ mov. respiratórios e manutenção de temp. corpórea Kellyane Zambom Embriologia - Abertura das pálpebras(pela primeira vez abre os olhos) - gordura amarela → panículo adiposo (ajuda na manutenção da temperatura) - Eritropoiese → baço / medula óssea 30º a 34º semana de desenvolvimento : - Reflexo pupilar presente - Aumento de gordura subcutânea 35º a 38º semana de desenvolvimento : - Orientação espontânea à luz - Comprimento do pé ligeiramente maior que comprimento do fêmur - +14g de gordura por dia - 38 semanas : A TERMO (apto / idade pronta pro nascimento - CCN (comprimento cabeça-nádega) 360mm/ 3,400Kg ● O baixo peso do feto no nascimento é um prognóstico ruim para diversas futuras doenças que podem acontecer, principalmente as metabólicas; Kellyane Zambom
Compartilhar