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FICHAS BOTÂNICAS DE PLANTAS MEDICINAIS BRASILEIRAS BABOSA (ALOE VERA) Nome científico da espécie: Aloe vera (L.) Burm.f. Família: Xanthorrhoeaceae Origem e distribuição geográfica: O gênero Aloe surgiu no continente Africano com uma media de 140 tipos, sendo a África do Sul o país que contem o maior numero de espécies do gênero Aloe no continente. Foi originada cerca de 400 linhagens, com uma imensa variedade de plantas. A mais famosa e mais comum na região é a popularmente conhecida como Babosa, de nome cientifico Aloe Vera. O Aloe é um tipo de planta que é habituada para viver em regiões de climas semi árido e desértico (árido), que é nativa do continente africano e asiático. Já no Brasil, é encontrado em grande quantidade no nordeste, região que contem características comuns com as maiores zonas áridas do pais como: temperaturas elevadas, falta de água, solos salinos e quantidade relativamente alta de pragas nas lavouras. E apesar de parecer sobreviver apenas nas regiões secas, Aloe Vera é adaptável a outros tipos de climas e solos. Descrição morfológica e anatômica: Aloe Vera, conhecida também popularmente como Babosa, é uma planta monocotiledônea e dióica, folhas suculentas que produzem mucilaginosas que é um gel que se desenvolve no interior da babosa. Consideradas xerófitas, são adaptadas em ambientes que contem escassez de água e possuem um grande armazenamento de líquidos internos, que colabora com a umidade no ambiente. - Raiz: Aloe Vera é uma planta monocotiledonia , constituindo de uma raiz fasciculada, ou seja, não tem um eixo principal. Se encontra conectadas a demais raízes secundárias ou radicelas , e desenvolvem também as raízes terciárias. Suas raízes são classificadas como cinturas, porque desenvolvem uma fixação à estrutura de contato. - Caule: Classificado como rizomatoso curto, o caule cresce de forma horizontal e normalmente de forma subterrânea, e composto por folhas ao seu redor ate desenvolver a altura necessária para se firmar. No caso da babosa, o crescimento é de aproximadamente 1 metro. É o local em que se desenvolvem as folhas, situando as mais antigas na base da planta e as mais jovens no ápice da planta. O desenvolvimento do caule tem a finalidade de apoiar e fixar a planta, servindo de sustentação, além de conduzir a seiva, e colaborando com o armazenamento de açúcares não estruturais, nutrientes e água. - Folhas: São filotaxias simples e alternas. Seu formato lembra uma flor. Sua cor é um verde claro com branco quando jovens e um verde mais escurecido quando adulto. Na borda da folha, encontra espinhos. Quando se efetua o corte na folha da babosa, pode se observar as células consistentes no gel, as células são epidérmicas e elásticas, e contribuem no revestimento dos canais que conduzem a seiva. Pode-se localizar internamente o tecido parênquima aqüífero que conserva a umidade da planta e parênquima clorofiliano relacionado a fotossíntese e sua coloração esverdeada. Mais internamente ocorre o parênquima tissular mucilaginoso ou gel de Aloe Vera, que está relacionado a espécie xerófita da babosa, colaborando com o mantimento de umidade do tecido por longo período de tempo. Já coligado ao gel, o tecido vascular consistindo dos dois tecidos condutores, o xilema e o floema, em que o xilema tem grande capacidade em conduzir água e solutos para toda a célula, e contribui na garantia de sustentação e armazenamento de algumas substancias sendo o principal tecido condutor de água das plantas vasculares. - Flores/inflorescências: A inflorescência da babosa pode ser classifica como simples ou composta, ou seja, contem um ou dois ramos. Existe uma posição central quando as folhas se desenvolvem em formato de flor, gerando uma base, em que nessa base é erguida com fortalecimento da planta crescendo de forma vertical. Depois do desenvolvimento da inflorescência, a coloração começa a mudar e as folhas começam a gerar um atrofiamento com camadas. As flores começam a tomar formas no amadurecimento das folhas, numa transação de jovem para adulto, e a possibilidades de desenvolver quedas de algumas flores durante o processo. As flores são classificadas como Perianto, ou seja, heteroclamídea e bilateral ou zigomorfa. São localizadas no final da haste da planta, semelhante a um escapo. A época de maior desenvolvimento das flores é de agosto a setembro e sua fecundação é cruzada através dos polarizados, pássaros e insetos. - Frutos e sementes: O fruto da aloe vera é uma cápsula bem resistente projetada para proteger a variedade de sementes hibridas gerada dentro dela. São denominadas cápsulas ovoide- oblongas. As sementes são numerosas de cor semelhante ao marrom. Apesar de muitas sementes, são gerados poucos frutos, o que dificulta a incompatibilidade maturação do pólen e o cultivo, colaborando com a limitação da reprodução sexual da espécie. Sendo assim, o cultivo da espécie se da por meio de propagação vegetal, por falta de viabilidade das sementes e a esterilidade das flores do sexo masculino. O fruto seco, em que seu pericarpo abre de forma natural e permite cair uma variedade de sementes, colaborando com a cultivação da espécie. Aspectos etnobotânicos e culturais: No Brasil, a atividade de contribuição para cultivar e produzir insumos a base de Aloe Vera são mínimas. Tem – se apenas quatro empresas de grande importância em todo o país. Aloe Vera é uma forte alternativa de recursos para a indústria farmacêutica e cosmética. O plantio dessa planta encontra-se espalhado pelo país todo. E segundo os levantamentos etnobotânicos, tem apontamento da espécie desde séculos passados. O ultimo desenvolvimento da espécie Aloe é a mais explorada em todo o Brasil, porque traz grandes benefícios fitoterápicos, em que é a única que contem todos os benefícios na polpa, por ser uma planta de fácil adaptação a qualquer tipo de solo, resistente, rápido desenvolvimento e custo benefício. Indicações terapêuticas: - Tratamento anti-inflamatória e cicatrizante: São parcialmente responsáveis pela atividade anti-inflamatória e cicatrizante da A. vera. Desempenham papeis importantes, como re-epitelização tecidual, formação de vasos sanguíneos e formação de tecido conjuntivo. São capazes acelerar a cicatrização e aumentar a proliferação celular, principalmente em feridas cirúrgicas quadno comparado com tratamento idêntico que não incluía o gel. - Tratamento antineoplásica: Em relação a nódulos ou tumores surgidos, ajudam nas perturbações no ciclo e na diferenciação celular, estimulação do sistema imune, além de marcante atividade antioxidantes, o que resultaria em efeito antiproliferativo, alem da diminuição no número de tumores além de aumento do tempo do aparecimento dos mesmos. - Tratamento da psoríase: Aplicando nas lesões um numero x de vezes ao dia um creme hidrofílico contendo extrato de A e obtendo a eliminação do mesmo. Tratamento da dermatite e mucosite por radiação: Aplicação topicamente o gel da folha fresca na área afetada em um especifico tempo, obtendo a cura. - Tratamento da hiperglicemia e dislipidemia: Consumo oral do gel diariamente. - Outras indicações como: Combate a constipação, melhora na aparência de pele e cabelo, fortalecimento da imunidade, ação antibacteriana e antiviral, efeito calmante, anestésico, anti- termico. Formas de preparo e uso: Regar a planta da babosa alguns dias antes para que você colha folhas saudaveis. Cortas as folhas na quantidade necessária, remover a borda onde fica os espinhos e deixar as folhas de molho na água por um dia(trocando a cada 4 horas) para a extração de aloína, uma substância que pode ser tóxica. Quando passarem as vinte e quatro horas, retirar as folhas da água e retirar a polpa. Fazer um corte lateral na folha. Extrair a polpa e o gel que se situa na polpa com uma colher ou espátula. Misture a polpa, o óleo de gérmen de trigo e o suco de limão. Com esses ingredientes,estará aumentando e ressaltando as propriedades do gel, em virtude do seu excelente conteúdo baseado em antioxidantes e vitamina E. Bater no liquidificador obtendo uma cobertura cremosa e consistente de coloração branca. Permanecer em ambiente gelado. Todos os benefícios são encontrados naquele gel, em que pode-se usar o próprio gel após a retirada em casos como cicatrizantes, psoríase e demais feridas expostas. Ou para consumo liquido, a extração e centrifugação do gel no liquidificar com os demais ingredientes. Fitocomplexo e princípios ativos: No centro da folha é extraída uma substância mucilaginosa composta principalmente por polissacarídeos pécticos, contem também aloína, acemanana, glucomanana, fenólicos, enzimas, aminoácidos essenciais e não-essenciais, ácidos graxos, triglicérides, esteróis, sais e ácidos orgânicos, vitaminas (A, C, B1, B2, B5, B12), sais minerais, que é denominada gel de Aloe vera. Outras informações, observações e curiosidades: A Aloe Vera foi administrada como medicamento aos marinheiros de Cristovão Colombo e depois foi muito utilizada pelos missionários no Mundo Novo. Apenas 4 espécies são seguras para uso em seres humanos. Ficha elaborada por: Verônica Alves Vieira REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Livro: ALOE VERA (BABOSA) Tecnologias de plantio em escala comercial para o semiárido e utilização - Vicente de Paula Queiroga, Ênio Giuliano Girão, Paulo de Tarso Firmino, Esther Maria Barros de Albuquerque (Editores Técnicos) www.abarriguda.org.br Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.16, n.2, p.299-307, 2014. Potencial Terapêutico de Aloe Vera (Aloe Barbadensis): Uma Breve Revisão - Rev. Virtual Quim., 2020, 12 (2), 378- 388. Data de publicação na Web: 7 de Abril de 2020 https://www.dicasdecasaebeleza.com.br/babosa-preparar- gel Arte Médica Ampliada Vol. 33 | N. 4 | Outubro / Novembro / Dezembro de 2013 http://www.ppmac.org/content/babosa https://www.dicasdecasaebeleza.com.br/babosa-preparar-gel https://www.dicasdecasaebeleza.com.br/babosa-preparar-gel
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