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Psicomotricidade e a Educação 2-1

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PSICOMOTRICIDADE E A 
EDUCAÇÃO 
 
 Prof.ª Esp. Ednes Pereira dos Santos Souza 
Email: prof.ednes.souza@metropolitana-ro.com.br 
FACULDADE METROPOLITANA 
Curso de Educação Física/Licenciatura 
REGRAS DE OURO 
• Evitem conversas paralelas 
(sem propósito com o 
assunto da aula); 
• Dediquem-se aos 
estudos! 
CONCEITOS BÁSICOS 
• Campo de atuação 
• Educação 
• Aprendizagem / 
Desenvolvimento 
• Funções psíquicas envolvidas 
• Intencionalidade do processo 
educativo 
Campos de Atuação 
 Atualmente, na Psicomotricidade, existem três 
campos de atuação: reeducação, terapia e 
educação. 
 A reeducação é o atendimento individual ou 
em pequenos grupos de crianças, adolescentes 
ou adultos que apresentam sintomas de ordem 
psicomotora. Estes sintomas podem vir 
acompanhados de distúrbios mentais, 
orgânicos, psiquiátricos, neurológicos, 
relacionais e afetivos. 
Campos de Atuação 
 A educação psicomotora é dirigida à atuação dentro 
do âmbito escolar, principalmente nos segmentos da 
Educação Infantil e no Ensino Fundamental I. Teve 
início na França, com o professor de Educação Física 
Lê Boulch, na segunda metade da década de 60, já 
visando o desenvolvimento global do indivíduo por 
meio dos movimentos e, mais especificamente, evitar 
distúrbios de aprendizagem. Assim, a 
Psicomotricidade atua proporcionando ambientes que 
estimulem as vivências corporais, ou seja, buscando 
desafiar os alunos, atingindo suas zonas de 
desenvolvimentos, como defende Vygotsky. 
Campos de Atuação 
 A terapia psicomotora é também 
realizada com crianças, adolescentes ou 
adultos, individualmente ou em pequenos 
grupos que apresentem grandes 
perturbações de ordem patológica. 
A história da Psicomotricidade 
• A Educação Psicomotora tem predominância na 
pré-escola e é considerada uma educação de 
base. Ela está intrinsecamente ligada a 
capacidade de aprender ao conteúdos da pré-
escola. Com ela a criança toma consciência do 
seu corpo, da lateralidade, da sua situação e da 
situação de outros objetos no espaço, do domínio 
temporal, além de adquirir habilidades de 
coordenação de seus gestos e movimentos. 
 A educação do movimento ou a educação 
psicomotora devem ser vistas sob o aspecto 
orgânico, motor e psicológico, de maneira 
integrada, formando uma só unidade 
psicomotora. 
 O movimento humano é um meio educativo 
de ação positiva em relação às dificuldades 
da função psicomotora. Auxilia na formação 
do caráter e no desenvolvimento da 
capacidade de resolução das tarefas da vida 
cotidiana. 
Os seres humanos necessitam de 
movimento. Este vem ao encontro das 
necessidades do homem moderno, 
proporcionando as relações da pessoa 
consigo próprio através da percepção, 
emoção, dos estados de tensão e 
relaxamento, coordenação, força, 
velocidade e consciência de si na 
formação do esquema corporal e da 
imagem do corpo. 
 As interações sociais, tão importantes ao 
desenvolvimento dos aspectos afetivo, 
cognitivo e ético, são concretizados por 
meio das ações produzidas pelo corpo. 
 Nesse momento destaca-se a relevância 
da aprendizagem psicomotora, 
possibilitando a comunicação, a 
expressão e a participação das crianças 
em atividades em grupo, valorizando as 
atividades lúdicas. 
Educação Psicomotora 
• A Educação Psicomotora é uma ação 
pedagógica com o objetivo de normalizar 
ou melhorar o comportamento da 
criança. É indispensável nas 
aprendizagens escolares. 
• A Educação Psicomotora procura 
aprimorar os mediadores (elementos) 
que influem na vida intelectual da criança 
e que se encontram subjacentes ao 
aprendizado da leitura e da escrita. 
Reeducação Psicomotora 
• A Reeducação Psicomotora é dirigida às 
crianças que sofrem perturbações 
instrumentais (dificuldades ou atrasos 
psicomotores). Trata-se de diagnosticar 
as causas do problema e de fazer um 
balanço das aquisições e das carências, 
antes de fixar um programa de 
intervenção reeducativo. 
A Reeducação Psicomotora 
• Deve começar o mais cedo possível: 
quanto mais nova for a criança, menos 
longa será a sua reeducação. A 
reeducação é urgente sobretudo para os 
problemas afetivos. Quanto mais o 
tempo passa, mais a criança se bloqueia 
em um tipo de reação. A reeducação 
ajudará a adotar um outro 
comportamento mais apropriado. 
Quando se deve empreender 
uma Reeducação 
Psicomotora? 
• Embora não exista uma escala de idades pode-
se indicar: 
• A Reeducação pode começar na idade que varia 
entre 18 e 24 meses para crianças que acusam 
atraso motor, grandes déficits motores ou 
bloqueio afetivo; 
• Quanto aos problemas de esquema corporal e de 
estruturação espacial, sugere-se atendimento a 
crianças com aproximadamente 05 anos; 
• Certas dificuldades motoras e certos casos de 
instabilidades psicomotoras, podem desde a 
idade de 04 anos constituir objeto de uma 
reeducação. 
 
Reeducação Psicomotora 
• A idade de 06 anos é a mais comum para as 
reeducações. É na primeira série que o professor 
constata mais seguramente as deficiências de 
organização espacial ou temporal da criança, sua 
lentidão no trabalho, sua falta de concentração, 
ou mesmo sua hiperatividade. 
• As sessões de reeducação são quase sempre 
individuais por causa da importância do seu 
aspecto relacional. Poderá entretanto ser 
proposto uma reeducação em grupo quando se 
atinge um nível satisfatório de estabilidade na 
reeducação. 
PSICOMOTRICIDADE EDUCATIVA 
O QUE É? 
 A Psicomotricidade é vista como ação 
educativa integrada e fundamentada na 
comunicação, na linguagem e nos movimentos 
naturais conscientes e espontâneos da criança. 
Tem como finalidade normalizar e aperfeiçoar a 
conduta global do ser humano. Utiliza as ações 
psicomotoras como meio de comunicação 
através da exploração do movimento 
consciente, intencional e sensível em sua 
evolução e formação, sendo considerada como 
ponto total de apoio das experiências 
sensóriomotoras, emocionais, afetivas, 
cognitivas, espirituais e sociais, como um todo. 
PSICOMOTRICIDADE 
O QUE É? 
 Psicomotricidade é a capacidade de 
movimentar-se com intencionalidade, de tal 
forma que o movimento pressupõe o exercício 
de múltiplas funções psicológicas: afeto, 
linguagem, memória, atenção, raciocínio, 
discriminação, etc. O estudo da 
psicomotricidade centraliza-se nos processos 
de controle do jogo de tensões e descontrações 
musculares que, em última análise, viabiliza o 
movimento 
PSICOMOTRICIDADE 
O QUE É? 
 Estimula a criatividade e as inúmeras 
formas de movimento por meio de suas 
praxias (capacidade de realização 
voluntária de movimentos). Procura 
ajudar a pessoa na melhor tomada de 
consciência de seu corpo integrada às 
emoções, a fim de reencontrar o caminho 
da comunicação consigo mesma e com 
os outros. 
 
Integração Sensorial 
“Considerando que o nosso mundo é 
sensorial, um dos primeiros 
desafios do bebê é organizar, 
interpretar e integrar informações 
dos vários sistemas sensoriais, de 
forma a dar sentido ao que se 
passa a sua volta”. 
(MAGALHAES & LAMBERTUCCI, 2004, p.299) 
Integração Sensorial 
“Integração sensorial é o processo 
neurológico que organiza as 
sensações do próprio corpo e do 
ambiente, permitindo a organização 
do comportamento e o uso eficiente 
do corpo nas ações e atividades que 
fazemos rotineiramente” 
(MAGALHAES & LAMBERTUCCI, 2004, p.299) 
Integração Sensorial 
“[...] Todas as nossas ações, não 
só motoras, mas também 
processos de aprendizagem e 
formação de conceitos, são 
dependentes da capacidade para 
interpretar informações 
sensoriais”. 
 (MAGALHAES & LAMBERTUCCI, 2004, p. 299) 
Integração Sensorial 
“ Na maioria das crianças o processo de 
integração sensorial ocorre de maneira 
natural, com novos comportamentos se 
sobrepondo ou se expandindo às 
habilidades iniciais do bebê, em um 
processo, em grande parte, dependente 
das experiênciase oportunidades que a 
criança tem para interagir com o meio”. 
 (MAGALHAES & LAMBERTUCCI, 2004, p. 299) 
Integração Sensorial 
“Destaca o papel das sensações próprias do 
corpo, ou receptores proximais, tátil, 
vestibular e proprioceptivo, no 
planejamento motor e organização do 
comportamento” 
 (MAGALHAES & LAMBERTUCCI, 2004, P. 300) 
“[...] Enfatiza que os sistemas sensoriais 
(tátil, proprioceptivo e vestibular) 
contribuem para o desenvolvimento do 
tônus muscular, das reações automáticas 
e o bem estar emocional[...]” 
(BLANCHE, BOTTICELLI & HALLWAY, 1995) 
Premissas básicas 
“ A integração da informação 
sensorial, especialmente 
vestibular, tátil e 
proprioceptiva, é fundamental 
para um indivíduo ser capaz 
de interagir eficientemente 
com o ambiente” 
( BALOUEFF, 2002, p. 507) 
Premissas básicas 
A integração sensorial fornece a 
base para o aprendizado e a 
regulação emocional. 
Deficiências no processamento 
sensorial e na sua organização 
podem levar a certos tipos de 
aprendizado conceitual e motor . 
(BALOUEFF, 2002, p. 507) 
Premissas básicas 
Experiências sensoriais fornecidas 
dentro do contexto de atividades 
significativas e que resultem em 
respostas adaptativas irão fortalecer 
a integração sensorial, e portanto 
fortalecer o aprendizado. 
(BALOUEFF, 2002, p. 507) 
Sistemas vestibular, tátil e proprioceptivo 
 
 
Tônus muscular, reflexos, reações 
endireitamento, reações equilíbrio, 
reações de proteção, bem estar emocional 
 
Coordenação olho-mão, planejamento 
motor, percepção, atenção 
 
 
Aprendizado, raciocínio, comportamento 
organizado. 
 
 
Três domínios do comportamento 
humano: 
 Domínio cognitivo: comportamentos 
identificados com as atividades 
intelectuais: operações mentais como 
descoberta ou reconhecimento, retenção 
ou armazenamento e geração de 
informações que a partir de certos dados 
originam a tomada de decisão ou 
julgamento da informação processada; 
Três domínios do comportamento 
humano: 
 Domínio afetivo: refere-se a 
sentimentos ou emoção, sendo que a 
maior parte, senão a totalidade, de nosso 
comportamento afetivo é aprendida, 
conforme pesquisas recentes 
Três domínios do comportamento 
humano: 
 Domínio motor: muitas vezes 
identificado como psicomotor, inclui 
atividades que requerem movimentos 
físicos, por serem movimentos de base 
deste domínio. 
 
 
Educação Psicomotora 
 
Reeducação Psicomotora 
 
Clínica Psicomotora 
 
O que é? 
 
 
Atividades motoras que 
acompanham o desenvolvimento 
(normal) físico e emocional da 
criança. 
 
Conjunto de métodos e 
técnicas elaborados para a 
reestruturação da motricidade, 
com o objetivo de retirar o 
sintoma corporal em questão 
 
 
A Clínica Psicomotora vai 
ocupar-se do corpo de um 
sujeito que sofre. 
 
Onde 
ocorre? 
 
 
Escolas, creches e atividades 
esportivas. 
 
 
 
Instituições, consultórios, 
clínicas, ambulatórios, escolas 
especiais. 
 
 
Consultórios e clínicas. 
 
Quem 
trabalha? 
 
 
Professores, professores de Ed. 
Física, Recreadores, 
psicomotricistas, 
Fonoaudiólogos. 
 
Psicomotricista, 
Fonoudiólogos, T.O., 
Fisioterapeutas , Pedagogos 
 
Profissionais de áreas afins e 
Psicólogos com 
especialização em 
Psicomotricidade e com uma 
visão psicanalítica do sujeito. 
 
Qual a 
form.? 
 
Escola de Form. Professores, 
faculdade de Ed. Física, cursos 
de Especialização e com 
formação em psicomotricidade 
 
Cursos de Graduação nas 
áreas acima 
 
 
Cursos de Especialização na 
área da Psicomotricidade com 
uma abordagem psicanalítica 
 
Como o 
corpo é 
visto? 
 
 
O corpo é visto como parte 
integrante do indivíduo que deve 
ser trabalhado e estimulado 
objetivando seu desenvolvimento 
global. 
 
O corpo é “visto” como um 
sintoma, uma máquina que 
funciona mal. 
 
A preocupação está na 
estrutura dos transtornos 
psicomotores e não apenas em 
seus signos. Ocupa-se da 
vertente simbólica e não só da 
expressiva. 
 
 
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA 
 
 Destinada ao desenvolvimento de todas as potencialidades do 
indivíduo e é dividida em: 
 
• Educação Psicomotora Funcional ou Psicomotricidade 
Funcional ou Geral. 
Características: Atendimento individualizado ou em grupo realizado 
em clínicas e escolas, as atividades são baseadas na prescrição de 
exercícios; 
 
• Educação Psicomotora Relacional ou Psicomotricidade 
Relacional. 
Características: Atendimento individualizado ou em grupo realizado 
em clínicas e escolas, atividades baseadas no jogo espontâneo e 
simbólico. 
 
 A Psicomotricidade Funcional, assim se 
denomina por estar baseada no diagnóstico do 
referencial psicomotriz e na indicação de 
exercícios para corrigir disfunções do 
desenvolvimento. 
 
 O enfoque funcional dentro da 
Psicomotricidade pode ser expresso como Bueno 
(1998) inferiu: 
 
 “As condutas funcionais referem-se àquelas 
cuja ação, quantidade e mensuração são 
possíveis de ser percebidas e que conjuntamente 
formam a integralização motora do ser humano 
num espaço e num tempo determinado”. 
 
 
 A Psicomotricidade Relacional “engloba uma 
série de estratégias de intervenções e de ações 
pedagógicas que servem como meio de ajuda à 
evolução dos processos de desenvolvimento e de 
aprendizagem da criança” (NEGRINE, 2002). 
 
 Utilizando-se do corpo como forma de 
expressão para estimular a exteriorização da 
personalidade, a vertente relacional da 
Psicomotricidade busca em recursos como a 
mímica, a verbalização e os gestos condições de 
imbuir, na criança, um repertório de ações 
amplamente diversificado, além de estar voltada 
para o treino como instrumento pedagógico para 
adquirir competências ou habilidades motrizes. 
 
 Este ramo da Psicomotricidade busca 
aperfeiçoar a corporalidade da criança e o uso 
satisfatório de seu físico para que, através de 
exercícios de diversos tipos, venha a 
estimular as vivências e a comunicação 
corporal para a exteriorização do pensamento. 
Negrine (2002) novamente explica: 
 
 
 A Psicomotricidade com enfoque 
Relacional na perspectiva que se trabalha 
serve para estimular a comunicação vocal 
(fala expressiva através da palavra), uma vez 
que ela não fica limitada às expressões 
verbais que a criança utiliza na ação de 
brincar, mas também porque são 
estabelecidas estratégias pedagógicas na 
rotina da sessão que permitem que a criança 
desenvolva a capacidade de comunicar ao 
grupo dos iguais, seus jogos, suas produções 
e suas representações realizadas no decorrer 
da sessão (p. 62). 
 
 
 Ambas as perspectivas, a Funcional e a 
Relacional, convergem para o máximo 
desempenho da criança no que se refere ao 
seu desenvolvimento psicomotor e a forma 
como este desenvolvimento vai possibilitar 
sua perfeita interação e ajuste aos desafios 
de adaptação e participação, incluindo-se aí 
o “simbolismo do agir”. 
 
 A expressão de Lapierre e Aucouturier (1988) 
sintetiza sua ideia da expressão corporal: 
 
 “O gesto, o movimento, o agir tomam então 
uma significação simbólica; é a satisfação 
simbólica dos desejos mais profundos, os mais 
autênticos”. 
 
 
 
 
 Nesta linha de pensamento, julga-se 
fundamental ressaltar o papel do corpo 
na relação da criança com o mundo – o 
de veiculação de ideias e atitudes com 
autenticidade. 
O papel dos estímulos no 
desenvolvimento da criança 
• Aspectos a serem evidenciados na 
educação psicomotora: 
1. A formação do EU – desenvolvimento do 
esquema corporal e dominância lateral. 
2. Despertar a si próprio 
3. Acesso a noção de espaço 
4. Acesso a noção de tempo 
Papel dos estímulos no 
desenvolvimento da criança 
• Nestes princípios estão estabelecidas as 
bases da educação psicomotora. 
Entende-se que a educação psicomotora 
deve englobar diversas atividades 
oferecidasas crianças de forma 
sequencial observando a etapa de 
desenvolvimento em que elas se 
encontram. 
Elementos Psicomotores 
 Coordenação global ou motricidade ampla 
– é a ação simultânea de diferentes grupos 
musculares na execução de movimentos 
voluntários, amplos e relativamente 
complexos. Exemplo: para caminhar 
utilizamos a coordenação motora ampla em 
que membros superiores e inferiores se 
alternam coordenadamente para que haja 
deslocamento. 
Elementos Psicomotores 
 Motricidade fina – é a capacidade de 
realizar movimentos coordenados 
utilizando pequenos grupos musculares 
das extremidades. Exemplo: escrever, 
costurar, digitar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para Le Boulch (1988), 
 
 “...o objetivo da educação pelo 
movimento é contribuir ao 
desenvolvimento psicomomotor da 
criança, de quem depende, ao mesmo 
tempo, a evolução de sua personalidade 
e o sucesso escolar”.(p.15) 
Elementos Psicomotores 
 Imagem corporal – é a representação mental 
inconsciente que fazemos do nosso próprio corpo, 
formada a partir do momento em que este corpo 
começa a ser desejado e, consequentemente a 
desejar e a ser marcado por uma história singular e 
pelas inscrições materna e paterna. Um exemplo de 
como se dá sua construção é o estágio do espelho 
que começa aos 6-8 meses de idade, quando a 
criança já se reconhece no espelho, sabendo que o 
que vê é sua imagem refletida. A imagem, portanto, 
vem antes do esquema, portanto, sem imagem, não 
há esquema corporal. 
Elementos Psicomotores 
 Tônus – é a tensão fisiológica dos músculos 
que garante equilíbrio estático e dinâmico, 
coordenação e postura em qualquer posição 
adotada pelo corpo, esteja ele parado ou em 
movimento. Exemplo: a maioria das pessoas 
portadoras da Síndrome de Down possui uma 
hipotonia, ou seja, uma tonicidade ou tensão 
menor do que a normal, o que faz com que 
haja um aumento da mobilidade e da 
flexibilidade e uma diminuição do equilíbrio, 
da postura e da coordenação. 
O papel dos estímulos no 
desenvolvimento da criança 
• A evolução tônica do corpo da criança está indissociavelmente 
ligada aos estímulos oferecidos pelo meio ambiente. O 
equilíbrio entre a evolução corporal do sujeito e os estímulos 
ambientais são a base do seu aprendizado. 
• Os estímulos podem ser : 
– proprioceptivos - sensações cinestésicas que nascem do 
corpo. 
– exteroceptivos- são estímulos exteriores ao organismo que 
agem sobre ele através de experiências sensitivas (de 
contato, pressão etc) e sensoriais ( visão, audição, 
gustação, Olfato e Tato). 
– interoceptivos- estímulos vindo das vísceras . 
Sensibilidade visceral. 
Elementos Psicomotores 
 Organização espaço-temporal – é a 
capacidade de orientar-se adequadamente no 
espaço e no tempo. Para isso, é preciso ter a 
noção de perto, longe, em cima, embaixo, 
dentro, fora, ao lado de, antes, depois. Tratando 
do movimento, a Psicomotricidade solicita a 
associação de tempo e espaço conjuntamente, 
no desencadeamento de ações num 
determinado espaço físico e numa sequência 
temporal Alguns autores estudam a 
organização espacial e a organização temporal 
separadamente. Exemplo: a brincadeira 
“Batatinha frita 1, 2, 3”. 
Dificuldades de Aprendizagem: 
condições ambientais. 
 Cotidiano atual: 
 pouco espaço, perigos / violência, 
tecnologia em excesso – movimentos de 
coordenaçao motora fina; 
 falta de restrição ou limites – movimentos 
de coordenação motora grossa 
 excesso de barulho em grandes cidades – 
diminuição da acuidade auditiva, aumento 
da dispersão da atenção. 
As vivências corporais 
O corpo e suas emoções 
 
• O corpo é considerado a primeira forma de linguagem para a criança, já que 
com ele ela introduz sua comunicação com o meio. É a linguagem da ação. 
 
• Pouco a pouco a criança vai se apropriando de seu corpo, de forma a 
aprender como usa-lo no seu dia-dia. Para isso ela vai realizando 
conquistas sucessivas em relação ao seu espaço, seus movimentos, suas 
posturas, seus gestos e seus tempos. No decorrer destes acontecimentos 
este corpo vai se caracterizando e tornando-se uma espécie de identidade. 
 
• O corpo torna-se meio para a ação, para o conhecimento e para as 
relações. As experiências corporais interferem na vida mental, afetiva e 
motora dos indivíduos. O corpo deve ser visto em sua totalidade, pois nele 
se inscrevem todas as tensões e emoções que caracterizam a evolução 
psicoafetiva de um sujeito. 
As vivências corporais 
• É a atividade tônica que permite as atitudes e as 
posturas. É através dela que a criança consegue 
erguer-se e manter-se de pé. Ela serve de 
embasamento para a atividade motora. Com a 
atividade tônica o bebê inicia sua comunicação 
com o mundo e através dela ele irá durante toda 
a sua vida expressar-se corporalmente por meio 
de relações tônico-afetivas. 
 
 
Dificuldades de Aprendizagem: 
condições ambientais. 
 Carência de interesse ou motivação para 
aprender; 
 Níveis de exigência escolar ou familiar 
muito elevados; 
 Métodos escolares inadequados. 
Dificuldades de Aprendizagem: 
condições internas. 
 Imaturidade da criança frente à 
sistemática escolar; 
 Deficiências sensoriais ou motoras. 
 Déficit intelectual; 
 Perturbações emocionais; 
 Distúrbios de aprendizagem. 
FINALIZANDO 
 O que é necessário para um adequado 
trabalho pedagógico com 
psicomotricidade na escola? 
 PLANEJAMENTO: 
 para quem? 
 o que? 
 para que? 
 como? 
 quando? 
 com qual material? 
ATIVIDADE 
 “ATIVIDADE 
 A TI = AO OUTRO 
 ATIVI = ATIVAR 
 VIDA = VIDA 
 IDADE = POR TODO O TEMPO 
ATIVIDADE = AO OUTRO, ATIVAR A 
VIDA POR TODO O TEMPO. 
 Portanto ATIVIDADE também pode 
significar AULA!”. 
 
Referências Bibliográficas 
 
 ALENCAR, Eunice Soriano de. (org.) Novas 
contribuições da psicologia aos processos de 
ensino aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Cortez, 
1993. 
 BALOUEFF, O. Integração Sensorial. In: 
NEISTADT, M. E.; CREPEAU, E. B. Terapia 
Ocupacional. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2002 
 GALLAHUE, David L. Compreendendo o 
Desenvolvimento motor: bebês, crianças, 
adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: 
Phorte, 2005 
• LE BOULCH,Jean. Educação psicomotora: 
psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1988. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 MAGALHÃES, L. C; LAMBERTUCCI, M. C. F. Integração 
Sensorial na criança com paralisia cerebral. In: LIMA, C. L. A.; 
FONSECA, L. F. Paralisia cerebral: neurologia, ortopedia, 
reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 
 
 MATTOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia; Educação 
física infantil: construindo o movimento na escola. – 2 ed. – São 
Paulo: Phorte Editora, 2004. 
 
• ALVES, F. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 5ª ed. Rio de 
Janeiro: Wak Editora, 2012. 
 
• CORIAT, L.F. Maturação Psicomotora: no primeiro ano de vida da 
criança. São Paulo: Centauro, 2001. 
 
• FERREIRA, C.A.M.; HEINSIUS, A.M.; BARROS, D.R. 
Psicomotricidade Escolar. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008. 
• OLIVEIRA, G.C. Psicomotricidade. 10ª ed. Petrópolis: Vozes, 
2005. 
 
Obrigada!

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