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Empuxo de Terra: Teorias de Rankine e Coulomb Mecânica dos Solos II Prof. Petrucio A. Martins, DSc. Estruturas de contenção de terra Estruturas de contenção normalmente são encontradas na engenharia geotécnica, pois suportam taludes de massas de terra >> muros de arrimo, paredes de subsolo, cortinas ... Nesta aula, estudaremos a teoria de pressão de terra que é usada para analisar a estabilidade dessas estruturas de contenção Empuxo de terra é ação horizontal produzida por um maciço de solo sobre as obras com ele em contato As teorias clássicas sobre empuxo de terra foram formuladas por Coulomb (1773) e Rankine (1856). 2 Teorias de Empuxo 3 William John Macquorn RANKINE Nasceu: 2/07/1820 – Edinburg, Escócia Morreu: 24/12/1872 – Glasgow, Escócia Charles Augustin de COULOMB Nasceu: 14/06/1736 – Angoulême, França Morreu: 23/08/1806 – Paris, França Pressão Lateral de Terra Pressões em repouso, ativa e passiva 4 Pressão Lateral de Terra Pressões em repouso, ativa e passiva 5 Coeficiente Pressão de Terra em Repouso – K0 >> é a razão das tensões efetiva principais horizontal e vertical quando o muro de contenção não se move nenhuma alteração nas tensões horizontais Coeficiente Pressão de Terra Ativo – Ka >> é a razão das tensões efetiva principais horizontal e vertical quando o muro de contenção gira em torno de sua base, provocando expansão horizontal do solo redução nas tensões horizontais Coeficiente Pressão de Terra Passivo – Kp >> é a razão das tensões efetiva principais horizontal e vertical quando o muro de contenção é forçado contra a massa de solo aumento nas tensões horizontais Pressão Lateral de Terra Pressões em repouso, ativa e passiva 60, , ' ' Kh h AH AV Ponto A: aAH AV Kh h , , ' ' Ponto A: Pressão Lateral de Terra Pressões em repouso, ativa e passiva 7 Pressão Lateral de Terra Empuxo ativo x passivo 8 Empuxo de natureza ativa Pressão Lateral de Terra Empuxo ativo x passivo 9 Empuxo de natureza passiva Pressão Lateral de Terra Empuxo ativo x passivo 10Muro de cais ancorado - Empuxo de natureza ativa e passiva Pressão Lateral de Terra Variação dos empuxos em função dos deslocamentos 11 Pressão Lateral de Terra Pressão Lateral de Terra em Repouso 12 Parede Atrás da paredeA frente da parede Parede após rotação Considerando a parede ao lado, se nenhum movimento na parede ocorre, o solo está em repouso e as tensões efetivas verticais e horizontais agindo nos elementos A e B são: zz 1'' zKKx 0103 ''' 1 3 0 ' ' ' ' z xK Coeficiente de empuxo ao repouso Pressão Lateral de Terra Pressão Lateral de Terra em Repouso 13 O círculo de Mohr para o estado de tensão ao repouso é mostrado na figura ao lado >> desde que o solo não entre em ruptura, o círculo de Mohr continua dentro da superfície de ruptura. nenhuma alteração nas tensões horizontais O coeficiente de empuxo ao repouso (K0) valores obtidos empiricamente: Solo K0 Argila 0,70 a 0,75 Areia solta 0,45 a 0,50 Areia compacta 0,40 a 0,45 Pressão Lateral de Terra Pressão Lateral de Terra em Repouso 14 O coeficiente de empuxo ao repouso (K0) Algumas correlações empíricas: Autor Equação Observação Jaky (1944) K0 = (1-sen ’) Areias e Argilas normalmente adensadas Extensão da fórmula de Jaky K0 = (1-sen ’)OCR sen ’ Argilas pré-adensadas Teoria da Elasticidade K0 = ’ / (1- ’) 0,25≤ ’ ≤ 0,45 ⇒0,33≤ K0 ≤ 0,82 Massarsch (1979) K0 = 0,44+0,42[IP / 100] IP ... Índice de plasticidade Pressão Lateral de Terra Pressão Lateral de Terra em Repouso 15 Solo sem pressão de água H K0 H H / 3 - Empuxo total por unidade de comprimento do muro: 2 00 2 1 HKE Pressão Lateral de Terra Pressão Lateral de Terra em Repouso 16 Solo parcialmente submerso H H2 H1 z K0( H1+ subH2) wH2 ’h u - Empuxo total por unidade de comprimento do muro: 2 20210 2 100 )( 2 1 2 1 HKHHKHKE wsub Pressão Lateral de Terra Exercício: 17 A figura abaixo mostra um muro de arrimo de 18 ft de altura. O muro está impedido de se deslocar. Calcule o empuxo lateral E0 por unidade de comprimento do muro. Além disso, determine a localização do empuxo resultante. Assuma que para a areia OCR = 1,5. 18 ft 6 ft 12 ft c‘ = 0 ‘ = 40 = 115 lb/ft3 c‘ = 0 ‘ = 40 sat = 130 lb/ft 3 Pressão Lateral de Terra Teoria de RANKINE 18 Hipóteses: >> o deslocamento de uma parede irá desenvolver estados limites plásticos >> solo isotrópico >> solo homogêneo >> superfície do terreno plana >> a ruptura ocorre em todos os pontos do maciço simultaneamente >> a ruptura ocorre sob o estado plano de deformação >> muro perfeitamente liso (atrito solo-muro: = 0) >> a parede da estrutura em contato com o solo é vertical Empuxo Ativo – Rankine: solo não coesivo 19 Considerando que a parede de contenção abaixo se desloca do elemento A para o elemento B, a tensão efetiva horizontal em A se reduzirá, mas a tensão efetiva vertical permanece constante. Portanto o circulo de Mohr se expande como mostrado >>> Parede Atrás da parede A frente da parede Parede após rotação Empuxo Ativo - Rankine: solo não coesivo 20 Considerando o triângulo OFC na figura ao lado: )''( )''( ,, ,, fxfz fxfz sen Rearranjando a equação acima, podemos encontrar uma expressão para o empuxo ativo: fz fx aK , , ' ' )'1( )'1( sen sen Ka ) 2 ' 45(2tgKaOU: Empuxo Passivo - Rankine: solo não coesivo 21 Considerando que a parede de contenção abaixo se desloca do elemento B para o elemento A, a tensão efetiva horizontal em A se aumentará, mas a tensão efetiva vertical permanece constante. Portanto o circulo de Mohr se 1º contrai e 2º se expande como mostrado >>> Parede Atrás da parede A frente da parede Parede após rotação Círculo de Mohr de ruptura passiva Empuxo Passivo - Rankine: solo não coesivo 22 Considerando o triângulo OFC na figura ao lado: )''( )''( ,, ,, fxfz fzfx sen Rearranjando a equação acima, podemos encontrar uma expressão para o empuxo passivo: fz fx pK , , ' ' )'1( )'1( sen sen K p ) 2 ' 45(2tgK pOU: a p K K 1 Empuxo Ativo - Rankine: solo não coesivo 23 Empuxo Ativo - Rankine: solo não coesivo 24 Condições para aplicação da teoria de RANKINE Empuxo de Rankine: Casos Particulares 25 Solo com superfície inclinada e não-coesivo (c’ 0) - Empuxo total (ATIVO): 'coscoscos 'coscoscos cos 2 1 22 22 2hEa - Empuxo total (PASSIVO): 'coscoscos 'coscoscos cos 2 1 22 22 2hEa Ka Kp Empuxo de Rankine: Casos Particulares 26 Solo parcialmente submerso, não-coesivo (c’ = 0), suportando uma sobrecarga H H2 H1 z Ka( H1+ subH2) wH2 q Kaq - Empuxo total (ATIVO): 2 221 2 1 )( 2 1 2 1 HKHHKHKHqKE wsubaaaaa - Empuxo total (PASSIVO): 2 221 2 1 )( 2 1 2 1 HKHHKHKHqKE wsubppppp Empuxo de Rankine: Casos Particulares 27 Solo coesivo (c’ 0), com aterro horizontal - Empuxo total (ATIVO): 2 2 '2'2 2 1 c HKcHKE aaa - Empuxo total (PASSIVO): HKcHKE PPP '2 2 1 2 Empuxo de Rankine: Casos Particulares 28 Solo coesivo (c’ 0), CASO ATIVO: - Antes de ocorrer as fendas de tração: aaa aah KHcKHE KcKz '2 2 1 '2' 2 - Quando a pressão horizontal se anula: ’h = 0 0'2 aah KcKz aK c z '2 aK c z '2 0 Empuxo de Rankine: Casos Particulares 29 Solo coesivo (c’ 0), CASO ATIVO: - Quando a empuxo horizontal se anula: Ea = 0 a a aa aaa K Kc H KHcKH KHcKHE '4 '2 2 1 0'2 2 1 2 2 a cr K c HH '4 02 zH crou Hcr ... Altura crítica. Para esta altura, o maciço se mantém estável, sem necessidade de contenção.
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