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Camille Covre Costa 1 TETRACICLINAS BACTERIOSTÁTICO DE AMPLO ESPECTRO INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA (30S) Funciona como bacteriostático mas dependendo de sua concentração no tecido vai atuar como bactericida. Bactérias com forma de esferoblastos e protoblastos os antibióticos não conseguem atuar. Sua forma ovoide limita o acesso do medicamento. O transporte para o meio interno da bactéria é através das porinas: na gram (-) que tem uma membrana externa, parede celular interna e uma membrana interna, o antibiótico passa facilmente pela porina na gram (+), com gasto de energia, consegue passar pela parede e pela membrana celular. A Tetraciclina tem sido utilizada atuando na atividade anti-inflamatória. A MINOCICLINA comparada a DOXICICLINA é mais eficaz, usando doses de 100mg por dia (baixa) que possui a mesma eficácia que as outras. MECANISMO DE AÇÃO: Liga-se à subunidade 30S e impede a ligação do RNAt ao sítio aceptor do complexo RNAm-ribossomo. FARMACOCINÉTICA: Administração por via oral, 100% de absorção. Se for administrada junto com alimento a Tetraciclina é altamente quelada pelo cálcio, e sua absorção fica péssima. Atravessa a placenta e pode ser eliminada pelo leite. ESPECTRO ANTI-BACTERIANO: DE AMPLO ESPECTRO: GRAM (+) E (-); AERÓBIOS E ANAERÓBIOS; · RICKETTSIA, CHLAMYDIA; · MYCOPLASMA PNEUMONIAE, LEGIONELLA; · PLASMODIUM FALCIPARUM, ESPIROQUETAS; · E ALGUNS PROTOZOÁRIOS (ex. ameba); · Entamoeba hystolítica, Giardia lamblia, Shiguella, Leishimania major, Trichomonas vaginalis, Toxoplasma gondii; · RESISTÊNCIAS SÃO FREQUENTES (Enterococos e Pseudomonas aeruginosa); INDICAÇÕES CLÍNICAS DAS TETRACICLINAS: ANTIBIÓTICO DE 1A ESCOLHA: Infecções por Rickettsias (febre tifóide); Infecções por Micoplasma pneumoniae; Infecções por Chlamydia trachomatis (trato genitourinário); Infecções mistas das vias respiratórias (pneumonia, bronquite e sinusite); Cólera (Vibrio cholerae) – Brucelose (Brucella); DST – Infecções por N. gonorrhoeae e C. trachomatis (Azitromicina ou doxiclina); Tratamento da Acne (propionibactérias); EFEITOS ADVERSOS: Distúrbios GI - irritação e modificação da flora bacteriana; Infecções oportunísticas: exemplo Colite pseudomembranosa por C. difficile; Descoloração / pigmentação dos dentes – hipoplasia dentária – deformidades ósseas; Fotosensibilidade cutânea; Hepatotoxicidade (doses altas); Nefrotoxicidade; PRECAUÇÕES: Tetraciclinas na Insuficiência Renal. As tetraciclinas atravessam a placenta, e não são recomendadas durante a segunda metade da gravidez, pois causam descoloramento permanente dos dentes, hiperplasia do esmalte e inibição do crescimento ósseo do feto. Não são recomendadas durante a lactação, pois são excretadas pelo leite. CONTRA-INDICAÇÕES: GRAVIDEZ; LACTAÇÃO; CRIANÇAS MENORES DE 08 ANOS; TIGECICLINA Primeiro fármaco de uma nova família, as glicilciclinas. É nova no mercado, administração iv, tem espectro ampliado, atividade muito grande contra bactéria gram – e +, e são resistentes ao mecanismo de efluxo de antibióticos, atua contra MRSA, não tem atividade contra pseudomonas. Metabolismo hepático. Meia vida de 40-60hrs e deve ser administrada de 30min a 1hrs no paciente. Os efeitos colaterais são os mesmos das tetraciclinas. CLORANFENICOL Inibidor da Síntese Protéica (50 S) – Amplo espectro antibacteriano - Resistência - Toxicidade Liga-se à Subunidades 50S (sítio próximo dos macrolídeos) e impede a reação de transferência do aminoácido. ESPECTRO ANTIBACTERIANO: AMPLO ESPECTRO DE AÇÃO: BACTÉRIAS GRAM (+) e (-); AERÓBIOS E ANAERÓBICOS; ATIVO CONTRA RICKETISIA Mas não é ativo contra Chlamydia e Pseudomonas aeruginosa; Bacteriostático para a maioria dos microorganismos; Bactericida para Haemophilus influenzae, N. meningitidis e S. pneumoniae; DEVIDO AO POTENCIAL TÓXICO, RESISTÊNCIA BACTERIANA E A DISPONIBILIDADE DE OUTROS ANTIBIÓTICOS MAIS EFETIVOS, O USO DO CLORANFENICOL DEVE SER RESERVADO PARA SITUAÇÕES GRAVES. INDICAÇÕES CLÍNICAS DO CLORAFENICOL: TERAPIA DE ESCOLHA: nenhuma; TERAPIA ALTERNATIVA: Meningite bacteriana (H. influenzae, S. pneumoniae, N. meningitidis) em pacientes alérgicos aos beta-lactâmicos; Infecções abdominais e abscesso cerebral GRAVE por bactérias anaeróbicas (bacterióides sp); Febre tifóide (Salmonella typhi) – ciprofloxacino / amoxicilina / cotrimazol / possuem a mesma eficácia e são menos tóxicos; Infecções por Rickétsias – alternativa para tetraciclinas por resistência, alergia ou contra-indicação; Peste bubônica (Yerinia pestis); Uso Tópico na conjuntivite bacteriana (seguro e eficaz); EFEITOS ADVERSOS DO CLORAFENICOL: Mais comuns: Distúrbios GI: Náuseas, vômitos e diarreia; Gosto desagradável na boca; Superinfecção; Raros: Hipersensibilidade; Depressão grave da medula óssea dose-dependente (anemia, trombocitopenia e leucopenia); Toxicidade fatal em recém-nascido – Síndrome cinzenta (conjungação com ác. glucurônico): distúrbios GI, cianose, hipotermia, letargia, cor acinzentada da pele, morte 40%. Farmacocinética: EFEITOS ADVERSOS: R. de hipersensibilidade (erupção cutânea macular e vesicular – febre – angioedema); Distúrbios GI (efeito direto ou alteração da flora); Depressão grave da medula óssea – resultando em pancitopenia (redução de todos os elementos figurados do sangue); Toxicidade fatal em recém-nascidos – “Síndrome cinzenta” – vômito, diarréia, flacidez, cianose, hipotermia, letargia, cor acinzentada da pele, morte 40%); INTERAÇÕES: Cloranfenicol inibe as enzimas microssomais hepáticas (Citocromo P450) – prolonga a T1/2 de drogas metabolizadas por este sistema; Fenobarbital e rifampicina – indutores enzimáticos – prolonga a T1/2 do cloranfenicol;
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