Buscar

Tabela completa de antimicrobianos [antibióticos]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Louyse Jerônimo de Morais 
Antimicrobianos 
Referência: livro Antibióticos e Quimioterápicos – Walter Tavares + Medcurso 2020 
Antibiótico Mecanismo de ação Espectro de ação Indicações clínicas Eventos adversos Aspectos de resistência 
Penicilina 
Cristalina 
Ligam-se a um grupo de 
proteínas da membrana 
plasmática, denominadas 
proteínas ligadoras de 
penicilina [PBP], que 
funcionam como enzimas 
necessárias à síntese de 
peptidoglicanas da parede 
bacteriana. A ligação do 
ATB à PBP inibe a sua 
função enzimática e, 
portanto, bloqueia a 
síntese da parede 
bacteriana. Isso 
comuninará em destruição 
da parede e morte da 
bactéria [poder 
bactericida]. 
Cocos gram-positivos: 
Streptococcus pyogenes 
[grupo A], Streptococcus 
agalactiae [grupo B], 
Streptococcus viridans e 
pneumoniae. 
Bacilos gram-positivos: 
Listeria monocytogenes 
Cocos gram-negativos: 
Neisseria meningitidis 
Anaeróbios de boca e 
orofaringe: mas não o 
Bacteroides fragilis 
Espiroquetas: Treponema 
pallidum e Leptospira 
interrogans 
Clostrídios 
Deve ser aplicada por via venosa e é reservada 
para infecções mais graves, que indicam 
internação. 
• Meningoencefalite 
• Sepse 
• Endocardite 
• Erisipela toxêmica 
• Sífilis congênita neonatal sintomática 
• Neurossífilis 
• Infecções puerperais causadas por 
estreptocócicos anaeróbios ou do grupo B 
• Infecções genitais por clostrídios 
• Infecções por anaeróbios localizadas na 
boca 
• Celulites e fasciites necrotizantes por 
traumatismos originados na comunidade 
[associa com aminoglicosídeos e oxacilina] 
Seguro na gestação e no 
aleitamento. 
Manifestações de 
hipersensibilidade: 
urticária e outras 
erupções cutâneas febre, 
eosinofilia, edema de 
Quincke, eritema nodoso, 
asma, rinite, prurido. 
Maior gravidade: choque 
anafilático, edema de 
glote, vasculite 
generalizada, hemólise, 
doença do soro, 
dermatite esfoliativa, 
púrpura, síndrome de 
Stevens-Johnson. 
Os bacilos gram-negativos 
anaeróbios são naturalmente 
resistentes à ação da 
penicilina G. Isso ocorre por 
conta da incapacidade desse 
ATB de ultrapassar a parede 
celular de tais germes, 
impedindo que ele alcance 
seu receptor [PBPs]. 
Um outro mecanismo desses 
mesmos germes [Proteus, 
Enterobacter, E. Coli, 
Klebsiella] é a produção de 
betalactamases. 
Mycoplasma e Ureoplasma 
são resistentes porque não 
possuem parede celular. 
Estafilococo: produz 
betalactamase. 
Penicilina 
Benzatina 
Preparação de liberação lenta, administrada por 
via intramuscular, cujo efeito perdura por 10 dias. 
É reservada para: faringoamigdalite estrepto-
cócica, impetigo estreptocócico, sífilis sem 
acometimento do SNC e profilaxia de febre 
reumática. 
No local de injeção IM, 
pode causar dor, 
induração, abscessos 
estéreis e flebites. 
Oxacilina 
Penicilina semissintética 
com capacidade de resistir 
à penicilinase produzida 
pelo S. aureus. 
Atua sobre bactérias gram-
positivas [cocos e bacilos, 
aeróbios e anaeróbios] e 
cocos gram-negativos 
[menos ativa contra 
Neisseria], mas é menos 
potente que a penicilina G. 
Contudo, age contra 
estafilococos resistentes 
à penicilina G. 
Como são mal absorvidas pelo TGI, devem ser 
feitas pela via venosa. 
• Infecções estafilocócicas graves: 
impetigo bolhoso, celulite flegmonosa, 
síndrome da pele escaldada, furunculose 
generalizada, broncopneumonia, 
osteomielite, meningites, sepse [junto com 
genta], abscesso, artrite séptica e 
endocardite [+ gentamicina e rifampicina em 
pacientes com próteses valvares]. 
Flebite e reações 
alérgicas 
MRSA: aquisição de uma 
PBP de muito baixa 
afinidade aos betalactâmicos. 
Embora resistentes à 
inativação pela penicilinase, 
sofrem inativação por outras 
betalactamases produzidas 
por enterobactérias e 
Pseudomonas. 
 
2 Louyse Jerônimo de Morais 
Ampicilina 
Consegue atravessar as 
“porinas” da membrana 
externa dos gram-
negativos, tem relativa 
eficácia contra várias cepas 
de H. influenzae, M. 
catarrhalis, E. coli, P. 
mirabilis, Salmonella sp. e 
Shigella sp. 
Primeira penicilina 
semissintética a agir contra 
bacilos gram-negativos. 
No Brasil, mantém 
atividade inalterada sobre o 
meningococo, 
estreptococo do grupo A, 
bacilos gram-positivos e 
anaeróbios [exceto. B. 
fragilis]. 
A principal indicação é a infecção por 
Enterococo, incluindo endocardite e sepse, 
utilizada por via intravenosa, em associação com 
aminoglicosídeos. 
Indicado também nas meningoencefalites por 
Listeria monocytogenes e Streptococcus 
agalactiae, frequentes em RNs. 
Alergias, aumento de 
transaminases. 
É inativada pela ação da 
penicilinase estafilocócicas 
e de betalactamases 
produzidas por cepas 
resistentes de bacilos gram 
negativos. 
Ampicilina/Sul
bactam 
Restaura atividade contra 
microrganismos produtores 
de alguns tipos de 
betalactamase, resistentes 
à ampicilina isolada. 
Age contra cepas 
ampicilinarresistentes de 
estafilococo, gonococo, 
Haemophilus influenzae, 
Bacteroides fragilis e várias 
cepas de E. coli, Proteus e 
Serratia. 
Infecções graves causadas por gram-negativos 
e anaeróbios 
• Infecções intrabdominais: apendicite, 
abscesso intra e retroabdominal, abscesso 
subfrênico, peritonite bacteriana, colangite. 
• Infecções ginecológicas e obstétricas: 
endometrite, aborto séptico, abscesso 
tubovariano, infecção puerperal. 
• Pneumonias hospitalares, celulites e 
outras infecções do TCSC, infecção 
osteoarticular, infecção urinária complicada, 
endocardite por Enterococo e 
estafilococo, colecistite e colangite e sepse 
por bacilos gram negativos entéricos. 
• Infecções causadas pelo A. baumannii 
observadas em UTIs. 
Não age em pneumococos e 
enterococos resistentes, 
nem sobre MRSA, pois o 
mecanismo de resistência se 
deva à existência de PBPs 
modificadas, o que impede a 
fixação da droga em seu 
receptor. 
Amoxicilina 
Mesmas propriedades da 
ampicilina, com melhor 
absorção por via oral. 
Mesmo espectro de ação 
da ampicilina. Porém, 
apresenta concentrações 
maiores na secreção 
brônquica, seios nasais, 
bile e ouvido. 
Boa atividade contra S. pyogenes e S. 
pneumoniae. 
• Faringoamigdalite pultácea 
• Erisipela estreptocócica 
• Infecções de vias aéreas superiores [otite, 
sinusite] e inferiores causadas pelo 
pneumococo. 
Hipersensibilidade – 
exantema 
maculopapular, prurido, 
febre e eosinofilia. 
Vômitos, náuseas, dor 
abdominal e diarreia 
também podem surgir. 
É inativada pelas 
betalactamases. 
Amoxicilina/Cla
vulanato 
 Eficácia garantida contra 
gram positivos [incluindo S. 
aureus oxacilina 
sensível], gram negativos 
e anaeróbios. 
Indicada por via oral no tratamento de infecções 
urinárias, respiratórias ginecológicas e da pele e 
TCSC, causadas por bactérias produtoras de 
betalactamases, em especial as determinadas 
por hemófilos, estafilococos, moraxela e 
coliformes. 
 Ineficaz contra P. aeruginosa 
e algumas cepas de 
Enterobacteriaceae, que 
produzem betalactamases 
resistentes ao efeito dos 
inibidores. 
 
3 Louyse Jerônimo de Morais 
• Infecções respiratórias em que o 
Haemophilus influenzae possa estar 
envolvido. 
• Otites médias, sinusites e pneumonias 
em crianças não vacinadas contra o 
hemófilo B. 
• Pacientes > 65 anos com PAC, sinusites 
agudas e crônicas e bronquites crônicas. 
• Abscessos periamigdalianos e 
retrofaríngeos. 
• Faringoamigdalite não responsiva ao 
tratamento convencional. 
• Excelente para pneumonia aspirativa, pé 
diabético infectado e sinusite crônica. 
Piperacilina/Ta
zobactam 
 Espectro ampliado para P. 
aeruginosa. 
Atua nas enterobactérias 
e em anaeróbios, bem 
como em enterococos. 
Absorvível apenas por via parenteral. 
• Infecções hospitalares causadas por P. 
aeruginosa, Acinetobacter, Serratia, 
Klebsiella e Proteus indol-positivos, bem 
como em infecções intrabdominais 
cirúrgicas. 
Hipersensibilidade, 
toxicidade neurológica 
em elevadas doses e 
efeitos irritativos para os 
vasos, levando a flebites. 
 
Cefalosporinas 
de 1ª geração: 
Cefalotina e 
Cefazolina IV;Cefalexina e 
Cefadroxil VO. 
Todas as cefalosporinas 
são bactericidas. Fixam-
se a PBPs, seu receptor de 
ação, inibindo a síntese da 
parede celular dos 
microrganismos sensíveis 
e causando sua lise 
osmótica. 
Gram-positivos, 
incluindo S. aureus 
oxacilina-sensível, mas 
efetivos contra poucos 
gram-negativos, como 
algumas cepas de E. coli, 
Proteus mirabilis e 
Klebsiella pneumoniae. 
Cefalotina e cefazolina são muito usadas na 
profilaxia antibiótica peroperatória e podem 
ser usadas no tratamento de infecções de pele 
e subcutâneo. 
Cefalexina e cefadroxil são a escolha para o 
tratamento oral de infecções estafilocócicas de 
pele e subcutâneo [hordéolo, furúnculo, 
celulite e ferimentos infectados]. São opções 
de tratamento da cistite bacteriana [E. coli ou K. 
pneumoniae]. 
Por via IM, causam dor, 
e por via IV podem 
provocar flebites pela 
ação irritativa local. 
Reações de 
hipersensibilidade são 
possíveis. 
Sem ação antibacteriana 
contra H. influenzae, H. 
parainfluenzae, Serratia, 
Providencia, Proteus indol-
positivos, Pseudomonas 
aeruginosa e outros gram-
negativos não fermentadores 
da glicose. MRSA, 
Enterococos e B. fragilis 
também são resistentes. 
Não há atividade contra 
micoplasmas [sem parede 
celular], nem clamídias, 
legionelas e brucelas 
[localização intracelular – o 
ATB não dá concentração 
intracelular em mamíferos]. 
 
4 Louyse Jerônimo de Morais 
Cefalosporinas 
de 2ª geração: 
Cefuroxime e 
Cefoxitina IV; 
Cefaclor, 
Cefprozil e 
Cefuroxime 
axetil VO. 
Espectro mais ampliado 
para gram-negativos, 
hemófilos e 
enterobactérias. O 
cefuroxime tem extrema 
eficácia contra H. 
influenzae, M. catarrhalis 
e N. gonorrhoeae, devido 
à sua estabilidade às 
betalactamases produzidas 
por estas bactérias [TEM-
1]. 
O cefuroxime é muito usado no tratamento de 
infecções respiratórias comunitárias, pela sua 
atividade antipneumocócica e anti-hemófilo. 
Cefoxitina [+ aminoglicosídeo] é muito usada 
como ATB profilático para cirurgias 
abdominais e pélvicas, e como opção para o 
tratamento de infecções por anaeróbios e gram-
negativos [flora mista]. 
Cefaclor e cefprozila estão indicados no 
tratamento de faringoamigdalites de infecções 
respiratórias comunitárias causadas por 
pneumococos e hemófilos, e cistites 
comunitárias causadas por E. coli e infecções 
dermatológicas causadas por estreptococos e 
estafilococos. 
Por via IM, dor local, por 
via IV, pode causar 
flebite. Reações 
alérgicas podem 
acontecer. 
Não são ativas contra 
Pseudomonas. 
O uso da cefoxitina tem sido 
muito restrito, pois seu uso 
pode determinar o surgimento 
de microrganismos 
resistentes a betalactâmicos. 
Cefalosporinas 
de terceira 
geração: 
Ceftriaxona, 
cefotaxime, 
cefozidima, 
ceftazidime, 
cefoperazona. 
 Estabilidade às 
betalactamases produzidas 
por gram-negativos 
entéricos. 
1. Sem atividade 
antipseudomonas: 
ceftriaxone, cefotaxime. 
Cobrem S. pneumoniae, H. 
influenzae, M. catarrhalis e 
enterobactérias. 
2. Atividade 
antipseudomonas: todas 
IV - ceftazidime [cobertura 
comparável à do 
ceftriaxone, mas é ineficaz 
contra a maioria dos gram-
positivos, incluindo S. 
aureus] e cefoperazona. 
Em geral: pneumonia comunitária, meningite 
e infecções nosocomiais. 
Cefotaxime: infecções por bacilos gram-
negativos resistentes às cefalosporinas de 1ª 
geração. A principal indicação é no tratamento de 
infecções por bacilos gram-negativos 
hospitalares, bem como em infecções por 
hemófilos produtores de betalactamase, 
especialmente em crianças com pneumonias 
graves e em pacientes com DPOC. Droga de 
escolha para meningite em neonatos [+ 
ampicilina], devido à ação contra enterobactérias 
e menor risco de efeitos adversos [lama biliar]. 
Ceftriaxone: meningoencefalites causadas 
por bacilos gram-negativos – E. coli, 
Salmonella e Klebsiella – e o H. influenzae. 
Também indicada nas meningites por 
meningococo e pneumococo. Infecções 
urinárias, pneumonias e intecções 
intrabdominais comunitárias são outras 
indicações. Atualmente, é o fármaco de escolha 
para o tratamento da gonorreia e da febre 
tifoide. Pode também ser usada na sífilis, 
neurossífilis e doença de Lyme. 
A ceftriaxona pode 
sofrer precipitação, sob a 
forma de ceftriaxonato de 
cálcio, na vesícula biliar, 
originando a formação de 
uma lama biliar ou 
pequenos cálculos. 
Normalmente 
assintomático, mas pode 
causar cólica biliar, 
náuseas e vômitos 
biliosos em alguns casos. 
Em razão disso, seu uso 
no RN e no lactente é 
substituído pelo 
cefotaxime. 
É possível a existência de 
estirpes bacterianas que se 
mostram resistentes a esta 
substância, pela produção de 
betalactamases, sejam as de 
espectro expandido, de 
origem plasmidial, ou 
cromossômica, capazes de 
hidrolisar estas 
cefalosporinas. 
Enterobacter, Citrobacter e 
Serratia são gêneros capazes 
de criar resistência rápida 
durante a terapia com 
cefotaxime / ceftriaxona. 
É frequente o isolamento de 
Klebsiella, Pseudomonas, 
Enterobacter, Citrobacter e 
Serratia resistentes à 
Ceftazidima, por produção de 
betalactamases que o 
inativam. 
 
5 Louyse Jerônimo de Morais 
Ceftazidima: infecções hospitalares por gram-
negativos, mas deve ser reservado para tratar 
Pseudomonas [pielonefrites, pneumonias, 
osteomielites, meningoencefalites e sepses] que 
habitualmente ocorrem no paciente 
imunocomprometido. Outra indicação é no 
abscesso cerebral de origem otogênica [junto 
com metronidazol e oxacilina] – otites crônicas. 
Também se recomenda em granulocitopênicos 
febris [+ aminoglicosídeo ou quinolona]. 
 
Cefalosporinas 
de quarta 
geração: 
cefepime e 
cefpiroma. 
 
Como possuem um amônio 
quartenário de carga 
positiva, passam com 
facilidade pelas “porinas” 
de P. aeruginosa, e têm 
menor afinidade às 
betalactamases 
cromossomo-codificadas 
induzíveis produzidas por 
algumas cepas 
multirresistentes de gram-
negativos entéricos. 
Cefepime: via parenteral, 
ativa contra 
enterobactérias, 
Pseudomonas e gram-
positivos. Neisseria 
meningitidis e N. 
gonorrhoeae são 
altamente sensíveis, assim 
como estreptococos dos 
grupos A e B, 
pneumococos e 
estafilococos. 
Drogas reservadas para os casos de infecção 
nosocomial por gram-negativos 
multirresistentes, especialmente 
enterobactérias e P. aeruginosa. 
Diarreia, náuseas, 
tontura, cefaleia, reações 
de hipersensibilidade e 
elevação transitória de 
transaminases séricas. 
Pode causar 
neurotoxicidade, mais 
frequente em pacientes 
com insuficiência renal, 
idosos e pessoas com 
distúrbios neurológicos 
prévios. 
Não tem ação sobre 
enterococos, anaeróbios do 
grupo B. fragilis, bactérias 
atípicas, nem MRSA. 
Pequena atividade indutora de 
betalactamases. 
Cefalosporinas 
de quinta 
geração: 
ceftobiprole, 
ceftarolina. 
Apresentam alta afinidade 
pelas PBP2a e PBP2x e, 
dessa maneira, inibem a 
síntese da parede celular e 
exercem ação 
antimicrobiana contra 
MRSA e pneumococos 
resistentes. 
Cefalosporinas anti-MRSA, 
isto é, com atividade contra 
estafilococos resistentes 
à oxacilina. 
Ceftobiprole: atividade 
contra estafilococos e 
Enterococcus faecalis. 
Também ativo contra 
estreptococos e 
pneumococos. 
Ceftarolina: ação 
antimicrobiana contra S. 
aureus e S. epidermidis 
resistentes à oxacilina; 
estafilococos resistentes à 
vancomicina e 
pneumococos. Também é 
Ceftarolina: mesmo espectro do ceftriaxone, 
mas também é ativa contra o MRSA. Indicada em 
infecções de partes moles e pneumonia 
comunitária. 
Ceftobiprole: ainda não tem no Brasil, mas tem 
sido usado em infecções da pele e TCSC 
causadas por MRSA. 
Náuseas, vômitos e 
disgeusia. 
O ceftobiprole não age contra 
Enterococcus faecium. 
Bactérias gram-negativas 
ESBL e as produtoras de 
carbapenemases também são 
resistentes. 
A ceftarolina não tem ação 
sobre os gram-negativos 
produtores de ESBL, nem 
sobre anaeróbios do grupo 
Bacteroides fragilis. Sua 
atividade antipseudomonas e 
outros gram-negativos não 
fermentadores da glicose é 
pouco expressiva. 
 
6 LouyseJerônimo de Morais 
ativa contra Enterococcus 
faecalis, H. influenzae e 
gram-negativos 
entéricos. 
Amicacina Pertencem à classe dos 
aminoglocosídeos e são 
antibióticos bactericidas 
que agem inibindo a 
síntese de proteínas do 
microrganismo, uma vez 
que se ligam 
irreversivelmente à 
subunidade 30S do 
ribossoma bacteriano, 
impedindo que a bactéria 
inicialize a síntese 
peptídica. Por conta disso, 
o germe não consegue 
sintetizar suas proteínas 
estruturais e enzimas, o 
que causa a sua morte. 
 
Os aminoglicosídeos 
perdem atividade nas 
secreções pulmonares e 
coleções purulentas, 
ambientes de pH ácido. 
Eles precisam de O2 para 
ter ação antibacteriana e, 
por isso, são ineficazes 
contra bactérias 
anaeróbias. 
São eficazes contra a 
maioria dos aeróbios 
gram-negativos – 
enterobactérias e 
Pseudomonas. Contudo, 
são ineficazes contra 
anaeróbios e maioria dos 
gram-positivos, com 
exceção do S. aureus 
oxacilina-sensível. 
Fazem sinergismo com os 
betalactâmicos no combate 
ao Enterococcus faecalis 
e estreptococo do grupo 
Viridans. 
Tratamento empírico de infecções graves por 
aeróbios gram-negativos, geralmente em 
combinação com outro ATB. 
Exemplo: sepse, infecções intra-abdominais e 
algumas do trato respiratório e urinário 
complicadas. 
São também muito usados visando o 
sinergismo bacteriano com os 
betalactâmicos, contra o E. faecalis 
[endocardite, sepse biliar] e gram-negativos 
entéricos – E. Coli, Klebsiella, Proteus, 
Citrobacter [pneumonia nosocomial]. 
Não podem ser usados na gestante. 
Não têm eficácia destacada no tratamento de 
meningoencefalites por bactérias gram-
negativas, pois não ultrapassam, de maneira 
regular e em concentrações úteis, a barreia 
hematoencefálica. Apesar disso, tem sido a 
escolha, junto com ampicilina, no tratamento de 
meningoencefalites purulentas, em especial nas 
crianças < 4 meses [gram-negativos envolvidos]. 
Hoje em dia, usa mais cefalosporinas de terceira 
geração e novos betalactâmicos nesses casos. 
Nefrotóxicos: necrose 
tubular aguda, forma não 
oligúrica. 
Ototóxicos: perda 
irreversível da acuidade 
auditiva e/ou 
labirintopatias. 
Neurotóxicos: bloqueio 
neuromuscular. 
Maior chance de ser 
tóxico em idosos, 
diabéticos, 
hipovolêmicos, 
desidratados e 
nefropatas prévios. 
• Inativação da droga no 
citoplasma por 
fosforilação 
• Impermeabilidade da 
membrana plasmática à 
droga. Esse mecanismo é 
o principal responsável 
por algumas cepas de P. 
aeruginosa resistentes. 
Devido à baixa penetração no 
interior de células de 
mamíferos, não são bons para 
febre tifoide, H. influenzae, 
Legionella, Mycoplasma, 
Chlamydia, B. pertussis e 
Shigella. 
Além disso, não agem contra 
clostrídios, fusobactérias, 
bacteroides e outras bactérias 
anaeróbias estritas. Também 
não agem contra espiroquetas 
[treponemas e leptospiras], 
listéria e bacilo diftérico. 
Gentamicina 
Imipenem São extremamente 
resistentes à clivagem 
pelas betalactamases das 
bactérias gram-positivas e 
gram-negativas, incluindo 
os anaeróbios. Também 
são eficazes contra 
Pseudomonas 
aeruginosa, mas utilizando 
um canal diferente [ao 
Gram positivos: incluindo 
S. aureus oxacilina-
sensível e várias cepas de 
Enterococcus faecalis; 
Gram-negativos: incluindo 
todos os produtores de 
betalactamase, P. 
aeruginosa e Acinetobacter 
sp. 
Anaeróbios: incluindo 
Bacteroides fragilis. 
Para evitar resistência induzida na P. 
aeruginosa, sempre associar com outro ATB, 
como a amicacina. 
Peritonites, colecistite, abscessos hepático, 
subfrênico, pancreático e perirretais, e sepse. 
Principal indicação: infecções graves 
hospitalares por microrganismos com 
resistência selecionada a outros 
medicamentos – infecções pós-operatórias 
graves, sepses hospitalares, infecções em 
Pequeno risco de 
convulsões – evitar em 
predispostos. O risco é 
maior com o meropenem. 
Uso isolado de imipenem 
provoca nefrotoxicidade, 
com necrose do túbulo 
contorcido proximal [deve 
ser associado com 
inibidores da 
• S. pneumoniae com 
resistência alta à penicilina; 
S. aureus MRSA; 
Enterococcus faecium e 
Burkholderia cepacia: baixa 
aginidade da PBP pelos 
betalactâmicos. 
• Stenotrophomonas 
maltophilia: produção pelo 
cromossoma da bactéria de 
Meropenem 
 
7 Louyse Jerônimo de Morais 
invés da porina] para 
transpassar a membrana 
externa desta bactéria. 
Ação bactericida, por 
inibir síntese da parede 
celular dos germes em 
crescimento, provocando 
lise osmótica. Atravessa os 
envoltórios celulares 
bacterianos mais 
rapidamente do que outros 
betalactâmicos, sobretudo 
nos gram-negativos. 
pacientes com neoplasias e DM 
descompensado. 
O meropenem é ativo contra Listeria 
monocytogenes, podendo ser útil em 
meningoencefalites por esta bactéria. Além 
disso, apresenta ação sinérgica com 
gentamicina contra P. aeruginosa. 
deidropeptidase I para 
evitar isso]. 
uma betalactamase 
carbapenem-hidrolisante 
• Algumas cepas de P. 
aeruginosa: seleção natural 
exercida pelo ATB faz 
proliferar cepas com 
permeabilidade reduzida ao 
carbapenêmico. 
 
Ertapenem 
Potência contra gram-
positivos, hemófilos e 
enterobactérias. É 
bastante ativa contra 
anaeróbios, incluindo o 
B. fragilis, mas não 
apresenta boa atividade 
contra P. aeruginosa. 
Infecções graves, causadas por gram-negativos, 
adquiridas na comunidade, e infecções mistas 
causadas por gram-negativos e anaeróbios. 
Pielonefrites e infecções urinárias comunitárias 
complicadas 
Infecções respiratórias causadas por hemófilos e 
gram-negativos. 
Monoterapia no tratamento do pé diabético e 
infecções intra-abdominais cirúrgicas 
moderadas, como apendicite supurada, 
peritonite por perfuração de vísceras e 
abscessos intra-abdominais. 
Não indicado se possibilidade de P. 
aeruginosa. 
Segurança ainda não 
estabelecida em crianças 
e gestantes. 
Inativada por betalactamases 
produzidas por Klebsiella e 
outros gram-negativos que 
inativam outras 
carbapenemas. 
Não tem boa atividade 
contra enterococos nem 
MRSA. 
Vancomicina 
Classe: glicopeptídeos 
Antibióticos bactericidas 
que agem se ligando a 
pontos específicos da 
cadeia de peptidoglicanas, 
bloqueando a síntese desta 
macromolécula [por 
impedir a adição de novas 
subunidades ao polímero]. 
Dessa forma, não precisa 
de PBP para inibir a síntese 
da parede bacteriana. 
Nenhum efeito nos gram-
negativos, pois não 
ultrapassam a membrana 
externa dessas bactérias. 
Gram-positivos: S. 
aureus, MRSA, S. 
epidermidis nosocomial 
[próteses e cateteres]. 
A vancomicina é 
especialmente indicada 
para tratar infecções por 
estafilococos, 
enterococos e 
pneumococos. Há 
sinergismo contra 
Enterococo, junto com 
Vancomicina oral é o ATB de segunda linha para 
tratar colite pseudomembranosa. 
Alternativa principal para o tratamento de 
infecções graves, especialmente a meningite, 
causadas por pneumococos com elevada 
resistência às penicilinas. 
Outras indicações: osteomielites, sepses, 
celulites, abscessos, meningoencefalites e 
endocardites estafilocócicas – tudo isso é como 
uma alternativa às penicilinas e 
cefalosporinas. 
 
Vancomicina oral é 
segura na gestação, 
teicoplanina não. 
Nefrotoxicidade: 
aumento da creatinina 
sérica 
Neuroxicidade: lesão do 
nervo vestibulococlear 
Neutropenia: rara e 
reversível 
Hipersensibilidade: 
“síndrome do homem 
vermelho” se infusão < 
1h [rara na teicoplanina] 
Evitar vanco + genta, por 
causa da toxicidade. 
Enterococo: troca de um 
aminoácido da subunidade 
peptidoglicana que passa a 
não reconhecer mais o 
glicopeptídeo. 
S. aureus: poucos casos; o 
mecanismo parece ser uma 
parede bacteriana mais 
espessa, necessitando de 
uma maior concentração de 
ATB para inibir. 
 
8 Louyse Jerônimo de Morais 
Teicoplanina 
gentamicina. Além disso, 
possui boa ação contra 
anaeróbios e clostrídios. 
Possui maior meia-vida em comparação com a 
vancomicina [dose única diária] e pode ser 
administrada por via IM. 
As indicações são as mesmas da 
vancomicina, exceto nas infecções 
meníngeas,nas quais a teicoplanina não é 
indicada, por não atravessar a barreira 
hematoencefálica. 
Indicações: infecções estafilocócicas, incluindo 
pneumonias celulites, osteomielites, 
endocardites e sepses em alérgicos às 
penicilinas ou se for por MRSA. 
Alternativa à vanco em colite 
pseudomembranosa. 
Menor toxicidade renal 
e auditiva. 
Raramente causa 
síndrome do pescoço 
vermelho ao ser 
administrada IV. 
Não indicada na 
gestante. 
 
Linezolida 
Classe das oxazolidinonas 
São quimioterápicos com 
efeito bacteriostático, por 
inibirem a síntese 
proteica de bactérias 
sensíveis. 
Ligam-se à fração 50S do 
ribossomo, desta forma, 
impedindo o início da 
formação do complexo 
peptídico. 
Podem ser feitas VO e 
parenteral. 
Atividade contra bactérias 
gram-positivas, inibindo o 
crescimento de 
estreptococos, 
estafilococos e 
enterococos, incluindo os 
estafilococos resistentes 
à oxacilina e 
vancomicina, 
pneumococos resistentes à 
penicilina e enterococos 
resistentes à ampicilina e 
vancomicina. 
Também ativa contra S. 
pyogenes, 
Corynebacterium, Listesia 
e clostrídios [incluindo o C. 
difficile]. 
Pneumonia pneumocócica comunitária grave em 
pacientes alérgicos a penicilinas, infecções 
pulmonares e da pele e TCDC causadas por 
MRSA e nas infecções causadas por 
enterococos, incluindo infecção urinária, 
infecção intra-abdominal e sepse, especialmente 
as causas por estirpes resistentes à ampicilina ou 
à vancomicina. 
Meningite estafilocócicas e enterocócica, 
ventriculites pós-neurocirurgia por estafilococos 
e pneumococos também são indicações. 
Náuseas, vômito, 
diarreia, descoloração da 
língua, cefaleia e 
alteração do paladar. 
Pode causar síndrome 
da serotononina se 
associada com 
substâncias 
adrenérgicas ou 
serotoninérgicas. Isso 
causa taquicardia, 
ansiedade, agitação, 
tremores, rigidez 
muscular, elevação da 
PA e insuficiência 
respiratória. 
Tratamentos de longa 
duração podem causar 
depressão medular e 
neuropatia periférica. 
Não age contra a Eikenella 
corrodens, patógeno 
encontrado na boca de seres 
humanos. Além disso, não 
tem boa atividade contra 
anaeróbios do grupo do 
Bacteroides fragilis e sua 
ação é marginal contra 
Prevotella. 
Tetraciclina / 
doxiciclina 
Agem inibindo a síntese 
proteica bacteriana, por se 
ligar na subunidade 
ribossomal 30S, 
bloqueando a ligação do 
aminoacil-RNA 
Ativas contra S. 
pneumoniae e H. 
influenzae, podendo ser 
utilizadas como drogas 
alternativas [doxicilina] no 
tratamento da sinusite e 
Só são primeira linha no tratamento das 
rickettsioses [ex.: febre maculosa] e nas 
infecções por Chlamydia trachomatis [uretrite ou 
cervicites inespecíficas e o tracoma]. 
Risco de toxicidade fetal. 
Contraindicadas em 
crianças até 8 anos, pelo 
risco de descoloração 
marrom amarelada nos 
dentes, com hipoplasia 
Gram-positivos: alterações 
da estrutura ribossomal, 
reduzindo a afinidade do ATB 
pela subunidade 30S. 
 
9 Louyse Jerônimo de Morais 
transportador no complexo 
ribossoma-RNA 
mensageiro. 
São bacteriostáticos. 
exacerbações da bronquite 
crônica ou bronquiectasias. 
Também eficazes contra N. 
meningitidis, N. 
gonorrhoeae e Bacteroides 
fragilis [ação anaerobicida]. 
Excelente alternativa aos macrolídeos para 
infecções por Mycoplasma pneumoniae e 
Chlamydia pneumoniae [pneumonia atípica]. 
do esmalte irreversível. 
Suposto prejuízo ao 
desenvolvimento ósseo 
na infância. Intolerância 
GI é bastante relatada. 
Pode ocorrer colite 
pseudomembranosa. 
Gram-negativos: efluxo ativo 
da droga pela membrana 
plasmática da bactéria. 
Sulfametoxazol
-Trimetropim 
A sulfa ocupa o lugar do 
PABA no sítio enzimático, 
promovendo inibição 
competitiva da enzima. 
Assim, a bactéria fica sem 
esse substrato, e não 
consegue produzir ácido-
di-hidrofólico, então ela não 
consegue se proliferar, já 
que esta serve como um 
cofator essencial na 
síntese de DNA. 
Já o trimetoprim é capaz de 
inibir uma enzima do 
metabolismo do ácido 
fólico, [tetra-hidrofolato 
redutase], responsável por 
deixar este cofator em 
forma ativa. 
As duas drogas separadas 
são bacteriostáticas, mas 
juntas são bactericidas. 
Maioria dos gram-
positivos e negativos. 
Gram-negativos resistentes 
a todos os betalactâmicos, 
incluindo carbapenêmicos: 
Stenotrophomonas 
maltophlia e Burkholderia 
cepacia – agentes 
importantes na pneumonia 
nosocomial e na infecção 
respiratória em pacientes 
com fibrose cística, 
respectivamente. 
• Cistite bacteriana 
• Gastroenterite 
• Infecções respiratórias altas 
• Exacerbações do DPOC e 
bronquiectasias 
Grande limitação: cepas resistentes de E. coli, 
H. influenzae, Salmonella sp. e S. aureus 
oxacilina-sensível. 
Em altas doses, é o mais eficaz contra a 
pneumocistose, causada pelo Pneumocystis 
jiroveci em indivíduos com SIDA. 
Um dos principais medicamentos para a 
paracoccidioidomicose em sua forma crônica. 
Profilaxia primária da toxoplasmose cerebral 
em pacientes com SIDA. 
Risco de kernicterus para 
o recém-nato, se usado 
na gestante no último 
trimestre da gestação e 
na lactação. 
Hipersensibilidade 
cutânea 
Intolerância 
gastrointestinal 
Reações hematológicas: 
neutropenia, aplasia de 
medula, pancitopenia 
megaloblástica – usar 
ácido folínico previne 
esta última reação. 
Trimetropim em altas 
doses pode dar 
hipercalemia. 
Sulfa: aumento da produção 
de PABA pela bactéria; 
aquisição de uma di-
hidropteroato sintetase de 
baixa afinidade para as 
sulfonamidas. 
Trimetropim: presença de 
uma tetra-hidrofolato 
redutase de baixa afinidade 
para a droga. 
Diversas cepas de gram-
positivos, como o S. aureus, 
e gram-negativos, como N. 
gonorrhoeae e E. coli, 
desenvolveram resistência a 
um dos antibióticos da 
associação SMZ+TMP [ou os 
dois]. 
Enterococcus faecalis: 
resistência natural ao 
trimetropim. 
Azitromicina 
São bacteriostáticos; agem 
inibindo a síntese de 
proteínas do 
microrganismo, por se ligar 
á subunidade 50S do 
ribossoma bacteriano. Ao 
fazer isso, impedem o 
processo de enlongação da 
cadeia peptídica. 
Maioria dos gram-positivos, 
germes “atípicos”, agente 
da coqueluche, da sífilis e 
da angiomatose. Mais ativa 
do que a claritromicina 
contra gram-negativos, 
especialmente H. 
influenzae e M. catarrhalis. 
Moderada atividade contra 
anaeróbios [cocos 
anaeróbios e clostrídios] 
Junto com etambutol, é usada no tratamento da 
infecção pelo Mycobacterium avium em 
pacientes com SIDA. 
Concentra-se nos tecidos, como pulmão 
infectado e secreções respiratórias; é mantida 
por 10 dias impregnada no tecido. 
Infecções respiratórias [otites, sinusites, 
faringites, bronquites, pneumonias] e 
dermatológicas causadas por estreptococos e 
estafilococos e infecções respiratórias 
provocadas por H. influenzae e Bordetella 
Menos efeitos 
gastrointestinais, ao 
comparar com a 
eritromicina, mas podem 
estar associadas com 
hepatite colestática. 
Claritromicina não deve 
ser usada na gestante, 
preferir azitromicina ou 
eritromicina nesses 
casos. 
Enterobactérias, P. 
aeruginosa e Acinetobacter 
sp.: passagem 
impossibilitada pelas 
“porinas” desses gram-
negativos. 
Gram-positivos que 
adquirem resistência: 
alteração do sítio de ligação 
do ATB na subunidade 50S; 
 
10 Louyse Jerônimo de Morais 
pertussis. Também eficaz nas infecções 
urogenitais por clamídias e micoplasmas 
[uretrite, cervicite gonocócica e infecções por 
clamídia e ureoplasma], bem como na sífilis 
primária e doença de Lyme [no início]. 
efluxo ativo da droga pela 
membrana plasmática 
bacteriana. 
Claritromicina 
Mais eficaz contra os gram-
positivos [S. pyogenes, S. 
pneumoniae e S. aureus]. 
Pela sua ação contra H. influenzae e Moraxella 
catarralhis, possui indicação nas infecções de 
vias aéreas superiores e inferiores – faringites, 
amigdalites purulentas, sinusites agudas e otite 
média bacterianas, bronquites agudas e 
agudizadas, broncopneumonias e pneumonias 
bacterianas. 
Indicação especial: infecções pulmonares por 
clamídia, legionela e micoplasma.Eficaz contra coqueluche e piodermites. 
Claritromicina + amoxicilina + IBP: H. pylori 
Alternativa na terapêutica da toxoplasmose 
cerebral. 
Clindamicina 
Mesmo mecanismo de 
ação dos macrolídeos. Ao 
inibir intensamente a 
produção de exotoxinas 
pelo S. pyogenes, possui 
uma vantagem sobre a 
penicilina G no combate às 
cepas incriminadas na 
miosite e fasciíte 
necrosante. 
Também apresenta ação 
imunoestimuladora. 
Cocos gram-positivos, 
incluindo S. pyogenes, 
estreptococos do grupo 
viridans, S. pneumoniae e 
S. aureus. 
Um dos mais ativos contra 
Bacteroides fragilis, 
portanto faz parte dos 
anaerobicidas clássicos 
[junto com o metronidazol]. 
• Fasciite necrosante 
• Miosite 
• Sinusite crônica 
• Abscessos periamigdaliano e 
retrofaríngeo: esse ATB é bastante ativo 
contra anaeróbios participantes da 
microbiota bucal e orofaríngea. 
• Pneumonia de aspiração 
• Actinomicose 
• Abscessos hepático, pulmonar e 
subfrênico 
• Peritonites, pelviperitonites 
• Apendicite aguda, aborto séptico e sepse 
por anaeróbios 
• Toxoplasmose e pneumocistose: terapia 
alternativa para os alérgicos às sulfas. 
Se etiologia mista, associar aminoglicosídeo, 
cefalosporina ou fluoroquinolona. 
É o mais associado à 
diarreia. Principal ATB 
associado com a colite 
pseudomembranosa. 
Falsa elevação das 
transaminases hepáticas. 
Não é ativa contra o 
meningococo e o gonococo, 
nem contra os enterococos, 
bacilos gram-negativos 
entéricos, Bordetella 
pertussis, Moraxela 
catarrhalis e Mycoplasma 
pneumoniae. 
Resistência adquirida por 
mutação ou aquisição de 
plasmídios resistentes, com 
modificações no ribossoma 
bacteriano, que impedem a 
ligação do ATB: algumas 
cepas de estafilococos. 
Metronidazol 
Ao penetrar no citoplasma 
bacteriano, encontra um 
sistema enzimático 
Apenas bactérias 
anaeróbias estritas – 
Bacteroides fragilis, 
É a droga de escolha por via oral para tratar a 
colite pseudomembranosa por C. difficile. 
Efeitos adversos 
gastrointestinais 
Gosto metálico na boca 
Resistência entre os 
anaeróbios é muito rara. 
 
11 Louyse Jerônimo de Morais 
oxirredutor, presente na 
mitocôndria apenas das 
bactérias anaeróbias 
estritas. A molécula de 
metronidazol passa para o 
seu estado “reduzido”, e 
com isso permite a entrada 
de mais e mais moléculas 
do composto no citoplasma 
da bactéria. Ele funciona 
como um aceptor de 
elétrons, que faz formar 
radicais livres altamente 
tóxicos ao DNA da bactéria. 
Clostridium perfringens, 
Clostridium difficile, 
Peptostreptococcus, 
Peptococcus, Prevotella, 
Porphyromonas, 
Fusobacterium nucleatum 
etc. 
Em abscessos, como a flora é polimicrobiana, 
associa com outro ATB contra aeróbios gram-
positivos e/ou gram-negativos, como os 
betalactâmicos. 
Também age contra alguns protozoários: 
Giardia intestinalis, Entamoeba hystolitia e 
Trichomonas vaginalis. 
Efeito dissulfiram-símile, 
se consumo de etanol: 
neuropatia periférica, 
com parestesias das 
extremidades. 
Urina cor marrom 
avermelhada por alguns 
dias. 
Aumento do efeito do 
warfarin. 
Raramente, convulsões. 
Fluoroquinolon
as: 
ciprofloxacina, 
levofloxacina, 
moxifloxacina 
Inibição direta da síntese 
do DNA bacteriano pela 
inibição de duas enzimas – 
DNA girase e 
topoisomerase IV 
[bactericidas] 
Aeróbios gram-
negativos: H. influenzae, 
M. catarrhalis, Neisseria 
sp., enterobactérias, 
Shigella sp., Salmonella sp. 
e Pseudomonas 
aeruginosas. 
Moderada eficácia contra 
S. aureus oxacilina-
sensível. 
Levo e moxifloxacina são 
ativas contra o restante 
dos cocos gram-
positivos, incluindo o 
pneumoco resistente à 
penicilina. 
Ciprofloxacino: droga de escolha para o 
tratamento de ITU, incluindo pielonefrite, porém 
não cobre Enterococcus faecalis, agente 
causador de alguns raros casos de ITU na 
comunidade. Outra indicação comum é a 
gastroenterite bacteriana. Além disso, é a mais 
fluoroquinolona mais eficaz contra P. aeruginosa. 
Opção aos macrolídeos ou tetraciclinas no 
tratamento da Legionella pneumophila [coco 
gram-negativo] e outros germes atípicos da 
PAC. 
Levo e moxifloxacino: excelente cobertura 
antipneumocócica, anti-hemófilo, antimoraxela e 
antigernes atípicos. São drogas altamente 
eficazes na pneumonia comunitária grave. 
Náuseas, vômitos e 
anorexia 
Sintomas neurológicos: 
cefaleia, tonteira, 
insônica 
Sintomas cutâneos: 
hipersensibilidade 
Prolongamento do QT 
pode ocorrer e levar a 
uma arritmia ventricular 
polimórfica chamada de 
Torsades de pointes. 
Evitar em crianças, por 
conta de um provável 
efeito prejudicial na 
maturação da cartilagem 
articular. 
Genes mutantes que 
codificam uma DNA girase 
e/ou topoisomerase IV de 
baixa afinidade pelo ATB. 
Genes mutantes que regulam 
expressão de canais 
instalados na membrana 
plasmática da bactéria, que 
promovem o efluxo do 
antibiótico. 
Cepas resistentes: S. aureus, 
P. aeruginosa e 
Campylobacter jejuni 
Fluconazol 
Inibição da enzima 
citocromo P450 dos 
fungos, responsável pela 
síntese do ergosterol da 
membrana citoplasmática 
destes parasitas. Por 
conseguinte, ocorre a 
perda da permeabildaide 
Várias espécies de 
Candida, Cryptococcus 
neoformans, Histoplasma 
capsulatum, Coccidioides 
immitis, Paracoccidioides 
brasiliensis, Aspergillus, 
Microsporum, Trichophyton 
e Malassezia furfur. 
Dermatomicoses: candidíase, tinhas, Pitiríase 
versicolor. 
Candidíase: oral, esofagiana, vulvovaginal e 
sistêmica 
Histoplasmose 
Paracoccidioidomicose 
Criptococose 
Elevada concentração no LCR: tratamento 
inicial dos casos de moderada gravidade de 
Náuseas, cefaleia, 
vômitos e dor abdominal 
de pequena intensidade. 
 
 
12 Louyse Jerônimo de Morais 
seletiva da membrana, que 
fica defeituosa e se rompe. 
meningite criptocócica ou quando a anfotericina 
B não pode ser utilizada. 
Prevenção da recaída da meningite 
criptocócica em pacientes com SIDA. 
Voriconazol 
Derivado do fluconazol, 
que tem ação fungicida 
sobre os fungos sensíveis, 
agindo de maneira similar à 
dos demais azóis 
antifúngicos. 
Caracteriza-se por seu 
espectro de ação amplo, 
agindo em pequenas 
concentrações contra 
espécies de Candida, 
Aspergillus e Penicillium, 
bem como sobre 
Cryptococcus neoformans, 
Histoplasma capsulatum, 
Coccidioides immitis, 
Paracoccidioides 
brasiliensis, 
Pseudallescheria boydii 
(Scedosporium 
apiospermum) e os 
dermatófitos. Mostra-se 
ativo contra espécies de 
Candida resistentes ao 
fluconazol, como C. krusei 
e C. glabrata. 
Candidíase esofagiana e sistêmica resistente 
a outros antimicrobianos, aspergilose invasiva 
e infecções por Pseudallescheria boydii e 
Fusarium sp. 
Interação com fenitoína, 
ciclosporina, rifampicina e 
rifabutina, como ocorre 
com outros azóis. 
Náuseas, vômitos, dor 
abdominal, queixas de 
alteração na visão. 
 
Posaconazol 
Derivado do itraconazol. 
Mesmo mecanismo de 
ação dos demais azóis 
antigúngicos. 
Atua sobre os gêneros 
Candida, Aspergillus, 
Cryptococcus, bem como 
Coccidioides immitis, 
Fonsecae pedrosoi e 
espécies de Fusarium. 
Atua também sobre o 
Trypanosoma cruzi [mais 
ativo que o benzonidazol] 
Infecções fúngicas invasivas no adulto: 
aspergilose invasiva, fusariose, 
cromoblastomicose e micetoma, 
coccidioidomicose. Apenas nos casos refratários 
aos antifúngicos convencionais. 
Profilaxia de infecções fúngicas invasivas: 
LMA, transplantados. 
Náuseas e cefaleia, 
vômitos, dor abdominal, 
diarreia, erupção 
cutânea, visão turva, 
tremores, hipertensão 
arterial, anorexia, fadiga. 
Aquisição de alterações no 
CYP51 
Anfotericina B 
Liga-se ao ergosterol, que 
constitui o esterol 
prevalente da membrana 
plasmática dos fundos. 
Com isso, altera a 
permeabilidade seletiva 
desta membrana, por 
Fungos: Histoplasma 
capsulatum, 
Paracoccidoidis 
brasiliensis, Cryptococcus 
neoformans, Coccidioides 
inmitis, Sporotrichum 
schenkii, Candida albicans 
Coccidioidomicose grave 
Criptococose: formas meningoencefálica ou 
disseminada. 
Histoplasmose grave 
Candidíase generalizada 
LeishmaniosesConvencional: irritante 
para o endotélio vascular 
– flebite. Também pode 
causar mal-estar, 
cefaleia, calafrios e febre. 
Toxicidade: aparelho 
renal, hemácias e 
Alterações na composição 
dos esteróis das membranas, 
com diminuição ou ausência 
do ergosterol, ou a formação 
de esteróis modificados, com 
menor afinidade pela 
anfotericina B. Ocorre em 
 
13 Louyse Jerônimo de Morais 
originar poros permeáveis 
à saída de água e de 
pequenas moléculas 
essenciais à sobrevida do 
microrganismo. 
Poder imunoestimulante na 
imunidade humoral e 
celular. 
e outras espécies, várias 
espécies de Aspergillus 
etc. 
Protozoários: Leishmania, 
Plasmodium falciparum 
[sensível ou resistente à 
cloroquina]. 
Meningites e infecções sistêmicas por 
amebas de vida livre e por algas do gênero 
Prothoteca 
Paracoccidioidomicose: em pacientes graves, 
com a forma generalizada ou na forma 
meningoencefálica. 
coração; hipotensão 
arterial, arritmias e 
alterações no ECG 
indicativas de miocardite 
tóxica. 
Hipopotassemia é um 
efeito frequente. 
cepas mutantes de algumas 
espécies de Candida, 
Fusarium e criptococo. 
Equinocandina
s: caspofungina. 
Inibem especificamente a 
glucana-sintetase, enzima 
que forma o polímero da 
glucana. Sem sua 
presença, ocorre entrada 
de água pela parede 
defeituosa e consequente 
lise osmótica. Conhecidas 
como “as penicilinas dos 
fungos”, por conta da 
indução da morte por lise 
osmótica. 
Candida, Torulopsis, 
Aspergillus e Histoplasma. 
Aspergilose pulmonar e invasiva 
Candidíase sistêmica 
Histoplasmose por fungos resistentes ou em 
indivíduos com contraindicação aos poliênicos 
ou derivados azólicos. 
O futuro deste antimicrobiano está direcionado 
para o sinergismo com a anfotericina B e com os 
azóis antifúngicos, para tratar infecções fúngicas 
invasivas, principalmente em imunossuprimidos. 
Cefaleia, febre, flebite, 
exantema cutâneo

Continue navegando