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Angela Cameron - Sangue e Sexo - LIVRO 3 - Blane

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1 
 
SÉRIE SANGUE E SEXO 
(OS VAMPIROS MAFIOSOS) 
03 - BLANE 
ANGELA CAMERON 
 
 
 
DISPONIBILIZAÇÃO: SORYU 
TRADUÇÃO E PRÉ-REVISÃO: JACKY WYLSON 
REVISÃO INICIAL: GISINHA 
REVISÃO FINAL: GLÓRIA P. 
LEITURA FINAL E FORMATAÇÃO: CRIS S. 
 
2 
 
 
 
Informações sobre a Série 
 
01 – Michael – Distribuído 
02 – Jonas – Distribuído 
03 – Blane – Distribuído 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 No terceiro livro da trilogia Sangue e Sexo, os Vampiros Mafiosos, 
temos vislumbres de Michael e seu relacionamento com Tori e observamos as 
oportunidades e ameaças que enfrenta o vampiro enquanto todos viajam para 
Veneza.Também revelará paixões escondidas e a luta de Blane para ter 
sucesso dentro da hierarquia dos vampiros. 
 
 Será que o Alleanza1 sobreviverá às pressões modernas do Cosca2? 
Blane vai ser capaz de romper a reserva de Christiana, a bela mulher que o 
líder vampiro enviou para educar os mais novos vampiros? Ou será que o seu 
sentido de dever será mais forte que a paixão que ameaça varrer tudo para 
longe? 
 
 
 
 
                                                            
1 Alleanza: Também conhecido como o Pacto. Acordo criado entre as raças de vampiros em torno de 
100  dC.  Conforme  o  cristianismo  foi  crescendo  em  popularidade  foi  criado  um  acordo  forçando  os 
vampiros  a  se    esconderem. Nos  tempos modernos,  o  pacto mantém  o  conhecimento  desses  seres 
sobrenaturais  secreto, os  limites de  sua  alimentação  e de procriação.  Ele permite  as declarações de 
morte como punição para quem infringir a lei. É o direito universal e inabalável de toda a espécie. 
 
2 Cosca. A família ou raça de um vampiro. 
 
3 
 
 
Capítulo I 
 
 
 
 
 Christiana entrou no foyer da imaculada mansão, de propriedade de 
Michael, o novo líder vampiro de Collins Bay. Há anos não o via. Seu 
trabalho com Khalil, seu líder e seu Creatore3, mantinha Christiana muito 
ocupada para fazer chamadas, mas, mesmo na África do Sul, ela ouviu falar 
sobre a queda do Castillo, ex-padrone4 de Michael. Ela não estava interessada 
em ver alguém morrer, mas estava feliz em ver que este vampiro em particular 
teve o seu fim. A menos que ele tivesse mudado, o que não era provável, 
Michael seria um padrone muito mais adequado. 
 Ela olhou para Jonas, o vampiro excepcionalmente pálido que entrou 
carregando as duas malas Louis Vuitton, onde ela conseguiu embalar a maioria 
das suas coisas. Em todos os seus anos, ela nunca tinha visto ninguém como 
ele. Os cabelos brancos e tatuagens antigas no rosto e pescoço lembravam os 
guerreiros antigos vikings da sua linhagem humana, e no escuro, os olhos 
vazados eram tão sinistros quanto a reputação que o precedia. Para culminar, 
não havia feedback emocional dele. Christiana tinha o poder de sentir as 
emoções dos outros. Alguns podiam bloqueá-la, aqueles que não sabem o que 
sentem poderiam confundi-la, mas em Jonas não havia nada além de estática, 
como uma televisão sem sintonia. 
 Quando ele colocou as malas no chão e olhou para cima, ela sorriu para 
ele. 
―Obrigada novamente por me buscar no aeroporto. Eu realmente 
poderia ter ficado lá. 
 ―É muito perigoso ficar lá durante o dia e há mais espaço aqui. ― 
Jonas voltou sua atenção para uma sala no final do hall, de onde saía um ruído 
digital. Parecia que alguém estava jogando videogame. 
 ― Blane!― A sua voz ecoou pela casa. 
 Um ser moveu-se preguiçosamente em uma pele de vampiro e olhou 
em torno da sala. Tinha a pele um pouco bronzeada, como se tivesse sido 
muito branca como ser humano. Seu cabelo preto possuía pontas verdes e era 
                                                            
3 Creatore: O criador de um outro vampiro. 
 
4 Padrone: O líder de todos os vampiro em uma Cosca. 
4 
 
um pouco longo demais, desordenado o suficiente para cair em torno de seu 
rosto. Ele era sexy no estilo bad-boy. 
 Jonas apontou para as malas. 
 ―Blane, transporte estas malas até o quarto dela. 
 Ele olhou dela para as malas e depois desapareceu novamente. Sua voz 
explodiu do outro quarto. 
 ―Estou ocupado, J. 
 ―Blane!― Voz de Jonas era mais difícil desta vez e não deixava espaço 
para negociação. Era uma ordem, uma ameaça e uma promessa em uma só 
palavra. 
 Houve xingamento da outra sala, antes do vampiro aparecer no 
corredor. Na sala menor, ele era ainda maior do que inicialmente parecia. Os 
braços de Blane estavam envolvidos com músculos espessos que puxavam a 
camiseta apertada sobre os ombros quando se contraíam. Quando ele se 
inclinou para frente perto da bagagem, as pistolas de coldres de ombro 
chamaram sua atenção. Sem dúvida, ele era um membro da parte defensiva do 
Cosca de Michael. 
 Blane pegou as malas, seus braços musculosos flexionaram, e se dirigiu 
até a escada, sem uma palavra. Ela não tinha necessidade de ouvir os seus 
passos pesados, para saber como ele estava agitado. Ela podia sentir isso 
irradiando dele. Ele estava com raiva, provavelmente por ter que ajudá-la, mas 
havia outra coisa. Algo nele, forte e nítido, vinha até sua mente. 
Desconfiança. 
 Christiana seguiu as escadas dando num corredor, até um quarto 
grande. Tinha um tapete e era decorado em tons de creme, dando-lhe uma 
espécie de sensação arejada. A enorme cama, com seu edredom encrespado, 
combinava com as almofadas, aumentando o efeito. 
 Blane sentiu-se estranho em um ambiente tão feminino. 
 Ela caminhou até a cama e passou a mão sobre o tecido macio, quando 
ele colocou suas malas no pé. 
 ―É maravilhoso. ― Viu-o pelo canto do olho. ―Obrigada por trazer as 
malas. E por ser tão acolhedor. 
 As emoções de Blane se alteraram. A desconfiança tornou-se o 
sentimento dominante. Ele ficou alto em frente a ela, cruzando os braços 
sobre o peito. Seu rosto era casual. Muito casual para a atitude negativa que 
demonstrava fora dele. 
 Sua tentativa de desarmá-lo não funcionou. Em vez disso, a observação 
cimentava seus sentimentos. Christiana sorriu e tentou uma tática sincera. 
 ―Obrigada por trazer as malas. ―Repetiu. 
 Ele balançou a cabeça e deixou um silêncio constrangedor, antes de 
passar, ele disse: 
 ―Então, você é a filha de Khalil. 
 Isso não foi exatamente o que ela disse... 
5 
 
 ―Sim. 
 ―Por que eles enviaram você para trabalhar com Elena? 
 Como se fosse problema dele. 
―Ajudo todos os neonatos. 
 Era verdade, ela ajudou todos os vampiros novos a controlar seus 
impulsos, até que estivessem fortes o suficiente para fazê-lo por eles mesmo. 
 Blane estreitou os olhos. 
―Quantos anos você tem? 
 Ele estava ficando muito pessoal. 
― Velha o suficiente. Por quê? 
 ―Você não veio quando eu mudei. 
 ―Eu estou fazendo isso desde a última década ou algo assim. 
 ―Após os problemas com a succubus5, então. 
 Rapaz inteligente. 
―Suponho que sim. Eu realmente não tenho pensado nisso. 
 ―Então, você é uma espiã para Khalil. 
 Christiana lutou contra o desejo de negar. Ninguém jamais juntou o 
tempo entre o início de seus serviços aos novos vampiros e os esforços para 
livrar o mundo dos succubus fora de controle. Era melhor que não tivesse, 
também. Mas Blane quebrou esse recorde. Ele descobriu sua posição como 
um dos observadores impopulares, que identificava os succubus, a fim de 
contê-los. Então, ela se esquivou. 
―Por que você está tão desconfiado? 
 Ele ignorou a questão. Ela sentiu a mudança em seu humor, a mudança 
da suspeita à acusação, antes dele dizer: 
 ―Seu dom é saber o que estamos pensando? 
 Ela suspirou. Se ela não quisesse que ele fosse um obstáculo, precisaria 
convencê-lo para que não tivesse problemas com o seu trabalho. O problema 
era que Blane era muito esperto para seu próprio bem. Ela tinha que ter 
cuidado e lhe passar informações suficientes para que ele não pensasse que ela 
era uma mentirosa. Mas, não informações que o fizessem alertar Michael. 
 ―Eu só posso sentir os sentimentos e apenas quando eles são fortes. 
 Blane sorriu, em seguida, relaxou um pouco com isso. 
 ―Então, é mais como a leitura de auras. 
 ―Mais ou menos.―Se você encontrasse uma succubus, o que você faria? 
 Ah. Assim, ele não tinha desistido da suspeita. 
―Eu seria forçada a dizer a Khalil. 
 ―Mesmo que ela não use suas habilidades? 
 ―Sim, eu suponho. Melhor prevenir do que remediar, como eles dizem. 
                                                            
5  Succubus  ‐  imortal  que  tem  o  poder  de  se  transformar  no  que  quiser  e  sugar  energia  e  vida  das 
pessoas através do sexo. 
6 
 
 Sua raiva era como um flash quente através da sala. 
 ―Por que você acha que tem o direito de fazer algo assim? Você sabe 
o que fazer para vampiros que têm esse dom particular? 
 Christiana pegou uma mala do chão e a colocou na cama. Ela teria que 
se acalmar. Eles não iam ter essa conversa. Qualquer problema que Blane 
promovesse, seria com o Alleanza e como suas leis eram aplicadas. Ela não 
teria que se defender dele. Ela tinha um trabalho a fazer, para ajudar o 
vampiro novo através de suas primeiras semanas, em seguida, passar para a 
próxima. Não era sua cruzada pessoal livrar o mundo dos predadores sexuais, 
incubus e succubus. Ela só tinha que dizer ao Creatore, no caso de saber da 
existência de uma, porque elas eram ilegais e perigosas. 
 ―Então, você sabe o que fazer com relação a isso. ― Ele se aproximou. 
 ―Eu sei que eles estão contidos. 
 ―E explorados. 
 ―Eu não sei nada sobre isso.― Não foi uma mentira. Ela não sabia, 
apenas havia suspeitas. Ainda assim, a culpa torcia o intestino de Christiana 
quando ela puxou uma blusa azul da mala. 
 Blane estava perto, questionando-a. 
―Você sempre faz o que você diz, não é? 
 A raiva borbulhava. Ela jogou a camisa sobre a cama, depois virou em 
direção a ele. 
 ―Por que você está fazendo isso comigo? Eu olhei atrevassado para 
você quando entrei ou você faz isso a todos os seus convidados? 
 Seus olhos se arregalaram um pouco. 
 ―Não. ― Ele tinha o controle de seu rosto novamente e conseguiu 
olhar zangado de novo, mas a raiva diminuiu. ―Eu não confio no Conselho 
de espiões que entram em nossa casa, sob o pretexto de ajudar. 
 ―Estou aqui para ajudar.― Christiana recuou. Ele invadia seu espaço. 
Ele não se mexeu, mas ela podia sentir a sua aversão de estar tão perto dela, 
uma desconhecida. ―Eu posso sair se quiser, mas você acha que Michael vai 
gostar disso? Jonas, eu acho, poderia ficar um tanto chateado, se sua nova 
Compagna6 sair em uma onda de assassinatos e ser colocada para baixo. 
 Ele se inclinou para frente, tão perto que ela pôde ver como seus olhos 
eram verdes, e a forçou a dar um passo atrás. 
 ―Só não comece nada, princesa. Não vou me intimidar por seu criador, 
e eu vou estar te observando. 
 Christiana inclinou-se, também. Ela não ia se intimidar com qualquer 
um, mesmo sendo um grande macho a desencadear a resposta que ela lhe deu. 
 ―Bom. Eu odiaria que perdesse alguma coisa. Talvez você ainda possa 
aprender alguma coisa. 
                                                            
6 Compagna (f) ou Compagno (m) :Aquele que é sangue‐ligado, um companheiro de sangue. 
7 
 
 Ele olhou para ela por um momento longo e silencioso. Em seguida, os 
lábios se abriram num sorriso. 
 ―O quê?― Ela se inclinou um pouco longe. 
 Uma onda de prazer rolou pela sala, e seus olhos varreram para baixo e 
para trás até o corpo dela. 
 ―Você é do tipo quente quando está brava. 
 Seu corpo respondeu ao olhar escuro e predatório em seu rosto e sentiu 
o endurecimento dos mamilos. O pequeno espaço entre eles parecia aquecer. 
Ela ficou boquiaberta por um segundo, olhando para aqueles olhos verdes. 
Então Christiana virou nos calcanhares e voltou para a cama. Ela se ocupou 
por arrumar a camisola que havia jogado com raiva e se recusou a olhar para 
ele. 
 ―Não tenha ideias, vampiro. Eu não misturo trabalho e prazer. 
 ―Nunca? 
 ―Nunca. 
 Blane caminhou até a porta. 
―Uau. Isso deve ser doloroso. 
 Christiana olhou sobre o ombro para ele. 
―O quê? 
 ―Andar por aí com esse pau na sua bunda. 
 Ela rosnou e atirou a camisola nele, mas ele bateu a porta. Após a 
batida suave, ela ouviu sua risada do corredor. Esse vampiro ia ser um 
problema real. 
 
 
 
 Blane riu novamente quando desceu as escadas. A sorella7 ia ser uma 
dor no rabo dele, mesmo que ela fosse quente. Seu corpo perfeito e longos 
cabelos loiros eram sexy, mesmo quando ela tentava se esconder atrás de 
óculos pretos, enfiada em um terno sóbrio. 
 E não precisa ser um gênio para ver que ela havia passado muito tempo 
beijando os jumentos de muitos vampiros antigos. Ela era um deles, um do 
círculo íntimo que prosperou no poder e com os outros em benefício próprio. 
Além disso, ela estava ali em missão oficial. Enquanto ela estivesse por perto, 
todos estariam na ponta dos pés em torno das regras. 
 Michael teria que ser avisado. Ele tinha guardado o seu segredo por 
muito tempo para deixá-los saber sobre isso agora. Se Jonas visse Christiana 
                                                            
7 Sorella: Título formal para os escolhidos por sua capacidade e trabalham em nome do Conselho. É um 
título elevado. 
 
8 
 
como uma ameaça à vida de sua Compagna, provavelmente agiria com 
Luciano. 
 Blane tremeu com o pensamento. Ninguém queria Luciano envolvido. 
Ele poderia acumular uma contagem de corpos, mais rápido do que qualquer 
outra pessoa. Para mantê-lo fora da situação, teria que ser tratado com 
delicadeza. Talvez se Blane só mantivesse um olhar atento sobre a 
descendência de Khalil, ele não teria de avisá-los. Sim, seria um grande risco. 
 Eles precisavam ser mais cuidadosos com a espiã do que com os outros 
vampiros no Cosca. Quando um novo como Elena estivesse próximo, seria 
quase impossível esconder o que ela realmente era. Então se descobrisse que 
ela era uma succubus, Michael seria colocado para fora também. 
 Ele bateu no chão e foi direto para o escritório de Michael, no final do 
corredor. Ele bateu na porta grande de madeira. Após alguns segundos, 
Michael respondeu: 
―Entre. 
 Blane abriu a porta para ver o seu padrone sentado atrás de uma mesa 
enorme com uma camisa cinza de botão. Michael conseguiu olhá-lo de forma 
casual, mas sua Compagna, Tori, foi corando um pouco, sentando-se na 
beirada da mesa, enquanto fechava um botão da blusa vermelha. O que era 
tão constrangedor? Não era como se ele nunca tivesse interrompido antes. 
Além disso, todos podiam ouvi-los indo para lá em uma base regular. Com 
Jonas e Elena adicionados à mistura, era como viver na mansão da Playboy do 
inferno. Todo mundo estava fazendo sexo sob o mesmo teto, exceto ele. 
 ―O que é, Blane? 
 ―Oh. Uh. Desculpe interromper, mas nós precisamos conversar. ―Ele 
caminhou em direção à mesa. 
 ―Bem, então vá em frente. ― Disse Michael. 
 Blane fez sinal com a cabeça em direção à Tori. 
― É particular, patrão. 
 Ela suspirou e se levantou, mas Michael pegou a mão dela. Tori sorriu 
para ele. 
 ―Está tudo bem. Você lida com negócios e eu vou atrás de algo para 
comer. Apenas me chame quando estiver livre. 
 Michael beijou a mão dela como a seiva romântica de que ele era. 
―Eu chamarei. 
 Tori saiu da sala rapidamente. Blane começou a andar. 
 Michael disse rangendo os dentes: 
―É melhor ser condenadamente importante. 
 ―Ela é uma espiã. 
 ―Quem? 
 ―Aquela mulher. ― disse Blane apontando para o teto. ―Ela está aqui 
para procurar por succubus. 
9 
 
 ―Então?― A voz de Michael estava calma, quase zombeteira. 
―Ninguém vai deixar escapar o nosso segredo. 
 Ele se virou para o padrone. Os quartos insonorizados impediriam 
alguém na casa de ouvir o que ele estava prestes a dizer. 
 ―Olhe. Sei pouco sobre o poder de impulsionar que Elena lhe deu. 
 A sobrancelha do outro vampiro subiu lentamente. 
 Blane ergueu as mãos. 
―Eu não vou dizer nada sobre isso, mas você precisa saber por que 
Elena não poderia ser capaz de segurá-lo juntos. 
 ―Como você sabe? 
 ―Eu sou o gênio, lembra-se? Não demorei muito em saber, depois que 
me apresentei a ela. 
 Michael sorriu. 
 ―Sim.Bom. Quero dizer, como você sabe que ela é uma espiã? 
 ―Por que todo mundo faz sempre questão de saber como eu sei? Eu só 
sei. 
 ―Eu esqueço seus instintos, às vezes.― Michael parecia cansado. 
―Você quis confrontá-la? 
 ―Sim. 
 Ele suspirou. 
―Será que ela admitiu? 
 ―Não exatamente. 
 ―Chame Jonas. 
 Blane foi até a porta, abriu-a e gritou: 
―J, Michael precisa de você. 
Ele fechou a porta e esperou o outro vampiro se juntar a eles. Quando 
Jonas entrou na sala, olhou para os dois, em seguida, fixou-se em Michael. 
 ―O que quer? Temos um problema? 
 ―É sempre fodidamente assustador quando você faz isso. 
Especialmente quando você olha assim. 
 Ler mentes era a especialidade de Jonas. Era irritante, especialmente 
porque ele parecia um duende morto tatuado do Senhor dos Anéis. Sim, foi 
legal vê-lo abraçar o lado dele conhecido como Luciano, mas ele ainda dava 
calafrios a Blane. 
 Michael esfregou as têmporas. 
―Jonas, Elena... a-hã... 
 ―O quê?! 
 Blane deu um passo em direção a Michael. Ele não tinha certeza se 
poderia dominar Jonas, mas ele não ia ficar parado e ver Luciano atacar o 
padrone. Jonas olhou para ele, então parou de se mover. 
 ―Ela sabe? 
10 
 
 Sempre foi muito ruim travar conversas com Jonas, quando ele estava 
lendo a mente de alguém. Especialmente quando ele estava chateado. Ele era 
todo reação e sem explicação. 
 Michael acenou com a cabeça. Jonas colocou as palmas das suas mãos 
sobre a mesa e inclinou-se para Michael. 
 ―E como é que você quer me manter longe de saber? 
 Foi a vez de Blane suspirar. 
 ―Você sempre nos subestima. Não é tão difícil mantê-lo fora de saber 
tudo o que pensamos. 
 ―Aparentemente― disse Jonas. 
 ―Por que você não leu tudo em sua mente?― Blane perguntou, 
apontando para o teto. 
 ―Eu estou tentando deixar todo mundo ter a sua privacidade. 
 Blane riu. Jonas não se preocupava em dar-lhes a privacidade nas 
últimas décadas. 
 ―Estou feliz que você esteja tentando ser educado, mas você não tem 
que incluir um estranho total que é enviado pelos intrometidos. 
 ―Basta. ― Michael gemeu. ―Nós não temos tempo para isso..― Ele se 
recostou na cadeira. ―Jonas, você acha que Elena pode manter o segredo? Se 
descobrir o que somos, eu posso ser capaz de manter a minha posição, porque 
me conhece há tanto tempo, mas eu não sei se posso protegê-la. 
 Jonas resmungou. 
―Acho que sim. Ela tem sido boa nessas ... o que ... quatro noites 
agora? ―Ele olhou para Blane. ―A mulher não pode ler mentes, pode? 
 ―Ela disse que sente emoções, mas ela não consegue ler 
pensamentos.― Blane deslizou o quadril para a borda da mesa. 
 ―Khalil me disse que poderia manipular emoções, razão pela qual eu 
concordei em deixá-la entrar. Eu pensei que poderia ser mais fácil para Elena. 
 ―Bem, ela está aqui agora.― Jonas foi até a janela. ―Vou falar com 
Elena. Quando eu não estiver por perto, Blane, você mantém um olho sobre 
ela. 
 Ele balançou a cabeça. 
 ―E seria bom se você pudesse usar parte desse encanto para colocá-la à 
vontade, em vez de confrontá-la a cada momento― acrescentou Michael, 
lançando um olhar carregado em sua direção. 
 Blane encolheu os ombros. 
―Eu não tenho as mesmas habilidades que você. Ser um Casanova não 
estava no meu banco de genes. 
 Jonas riu. 
―Eu vi que você trabalha o ser humano. Você faz muito bem. 
 ―Só funciona com eles. 
 Michael inclinou-se para frente, apoiando os braços sobre a mesa. 
11 
 
 ―Os poderes são diferentes para cada um de nós. Sua capacidade 
mental não é coisa pequena. 
 Blane concordou, mas era apenas para o benefício de Michael. Suas 
habilidades não foram uma grande ajuda. Telecinesi e instintos, que beiravam 
como sendo psíquico, não poderiam, exatamente, ajudá-lo a seduzir a espiã. 
 ―Jonas, vá falar com Elena. Blane, vá ver se a nossa hóspede gostaria 
de visitar o clube. Quanto menos tempo ela gastar aqui, mais fácil será manter 
o nosso segredo. 
 
 
 
 Christiana dobrou a última maleta no armário, então deslizou para a 
cama. Era macia e muito mais confortável do que a do jato, mas ainda não 
estava em casa. Ela precisava de um lugar próprio, como um verdadeiro lar. 
Ela gostaria de ir a algum lugar, pois não se sentia em casa em nenhum 
momento. Ela não conseguia saber por que, mas algo estava fora. 
 Bateram à porta. 
 Blane enfiou a cabeça na porta, um sorriso branco brilhante foi 
estampado em seu rosto, compensando-a quando começou a falar. 
 ―Você ainda está furiosa? 
 ―Frustrada, talvez. Eu não gosto de ser tratada dessa maneira. 
 ―Deixe-me levá-la para fora. Como um pedido de desculpas. 
 Ela olhou para ele. Não havia nada em suas emoções para indicar um 
motivo. Ainda assim, sentia algo de errado. 
 ―Por quê? A uma hora atrás, você estava pronto para me queimar na 
fogueira como uma espiã. 
 ―Você pode ser uma informante. É divertido, também. Além disso, 
não posso deixar passar a oportunidade de estar com uma mulher quente 
quando eu tenho essa chance. 
 Oh. Então, era essa a razão. 
―Olhe. Agradeço a oferta, mas eu não estou a fim de sexo casual. 
 Blane soltou uma gargalhada aguda. 
―Um pouco vago, não? 
 ―O quê? 
 ―Isso é muito vago. Ou você se sente muito desejada por todos, onde 
quer que esteja, ou pensa assim porque foi desprezada por um homem e não 
sabe a diferença da tentativa de um pedido de desculpas. 
 Sim. Era óbvio que ela não tinha uma relação há anos? Ela deveria 
realmente começar a trabalhar sua mente em manter sua vida pessoal em 
segredo, especialmente com Blane ao redor. Christiana suspirou. 
 ―Eu sinto muito. 
12 
 
 ―Bem, você quer sair? 
 ―Não, eu preciso me apresentar para Luliana. Estou aqui a negócios. 
 Ele abriu a porta um pouco mais, pisando dentro. 
―Esse não é seu nome real. É apenas o que eles usam para ela em 
público. Por causa de todos os problemas com a sua existência humana. 
 ―Oh. Sim, claro. ―Lembrou-se do informe oficial dado à imprensa 
por Khalil. Seu nome tinha sido Elena, uma médica conhecida antes da 
mudança. Uma imunohematologista, para ser exato. Havia uma enorme 
confusão que seguia com a mudança, forçando a necessidade da nova 
identidade. ―Eu deveria ter me lembrado. 
 ―Eles estão no clube de Jonas agora. Você gostaria de ir? Eu poderia 
apresentá-la. 
 Se ele não ia ficar fora, ela poderia muito bem mantê-lo perto, onde ela 
podia ver o que ele estava fazendo. 
 ―Claro. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Capítulo II 
 
 
 Christiana olhou para seu relógio de prata. Eram duas da manhã, e The 
Dungeon era vivo por fazer os vampiros fingirem que eram humanos e os 
seres humanos fingirem que eram vampiros. Era tudo fachada. Um estranho 
que permitiu que o proprietário do clube vampiro e sua Cosca casualmente se 
misturasse com os humanos sem arriscar a Alleanza. De alguma forma, 
funcionou. Khalil ficaria orgulhoso de sua ingenuidade. 
 ―Você não está saindo, está? 
 Ela olhou de soslaio para o homem humano na banqueta ao lado dela. 
Ele sorriu, com o rosto em movimento, o suficiente para forçar o anel em sua 
sobrancelha se mover. Aquele gesto de escárnio lhe deu a estranha vontade de 
socá-lo. Talvez isso fosse porque ele passou as últimas duas horas irritando-a, 
tentando puxá-la na pista de dança, flertando incessantemente, forçando 
bebidas para ela. Felizmente, o bartender sabia quem ela era e lhe deu a bebida 
adequada. 
 Ele moveu um braço em volta dela para trás e sussurrou, soprando o 
cheiro de vodka em sua direção. 
 ―Vamos para o quarto. Iremos comemorar o resto da noite. 
 Ela encolheu o braço fora. 
―Eu te disse, estou aqui com alguém. 
 Bem, ela era... da espécie. 
 ―Com quem? 
 Christiana apontou para a porta, onde Blane estava conversando com 
uma magra branquela loira. 
―Aquele cara com o cabelo verde. 
 O homem inclinou-se para mais perto e deu um beijo no pescoço dela. 
 ―Parece que ele está ocupado. 
 Os lábios tocando sua pele era demais. Ela empurrou-o para trás em 
seu banquinho e pegou sua bebida no bar. 
 ―Obrigada pela bebida. 
 Quando ela voltou a caminharem direção à porta, Blane estava em pé 
na frente dela. Ele olhou o humano de cima a baixo. 
―Problemas? 
 Ela sorriu. 
―Sim, ele parece não acreditar que eu estou aqui com você. 
 Blane agarrou-a pela cintura e empurrou seu corpo contra o dele. Sua 
boca estava de repente na dela, dando-lhe um beijo longo, profundo, que fez 
sua cabeça girar e as pernas dobrarem. Ele se afastou, mantendo um braço em 
volta de sua cintura. Christiana piscou para ele. Wow. 
14 
 
 ―Desculpe, cara. Eu não queria nenhum problema. ― Disse o homem. 
Pegou uma bebida do bar e dirigiu-se para a multidão. 
 ―Então caia fora. ― Disse Blane. Suas palavras puxaram sua atenção de 
volta ao seu braço ao redor dela. Blane estava apenas tentando ajudar, 
para livrá-la de um aborrecimento. Nada mais. Portanto, não havia razão para 
se manter em pé aqui tão perto dele. E nenhuma razão para estar lambendo os 
lábios, tendo outro lembrete do sabor mentolado dele. Ela se empertigou, 
saindo do seu aperto, e respirou fundo. 
 ―Obrigada. 
 Blane enfiou as mãos nos bolsos, flexionando seu bíceps. 
―Sim. Sempre que precisar. 
 ―Eu estou pronta para sair. 
 ―Jonas me quer na porta até as quatro. 
 ―Então eu vou chamar um táxi. - Ela virou para o bar novamente. 
 ―Espere. ―Ele deslizou ao seu lado novamente. ―Eu vou levar você 
de volta. 
 ―Tudo bem. Eu não preciso de um acompanhante. 
 ―Mas eu sou responsável por você. 
Ela ficou sem palavras por um momento. Aquilo era uma cruel 
lembrança da verdadeira natureza de seu relacionamento. Ela deixou seu 
desejo obter o melhor dela, não? O beijo não era o motivo por querer estar 
com ela. Ele era seu protetor, enquanto ela estava aqui, no que foi muito claro. 
 Blane a segurou com a mão. 
―Deixe-me levá-la para casa. 
 Sua pele se aqueceu sob seu toque. Ele tinha se alimentado muito mais 
recentemente do que ela, e ele a fazia se sentir quase humana. Em 
circunstâncias diferentes, ela adoraria ter aquelas mãos sobre o seu corpo. Ela 
não podia pensar assim. 
 Christiana puxou a mão dela. 
―Eu preciso me apresentar à Elena. Ela estará lá? 
 ―Provavelmente. 
 ―Então me leve para a fazenda. 
 ―Certo. Vamos embora. ―Blane ficou em linha reta e puxou seu braço 
a uma certa distância de Christiana quando ela se afastou. Seu corpo enrijeceu, 
também, com a cabeça virada para a porta. Aquele beijo tinha sido um erro. 
Ele tinha que ter controle de si mesmo. Ela era uma profissional, uma 
extensão do seu líder, aqui na empresa. O que ele estava pensando? 
Esse era o problema, ele não tinha pensado. A única coisa que tinha 
acontecido era que havia lhe dado um beijo numa estranha necessidade 
aleatória, como se ela fosse sua. Isso foi uma piada. Ela nem sequer era como 
ele. 
 ―Blane? 
 Ele se virou em direção ao som da voz de alta-frequência do sexo 
15 
 
feminino e viu a loira minúscula, que o tinha perseguido durante toda a noite. 
Aparentemente, ela tinha estado às volta com ele antes. Dane-se se ele poderia 
se lembrar, no entanto. Depois de alguns anos, todas aquelas garotas aleatórias 
de quem ele se alimentava tinham a mesma aparência, como um hambúrguer 
especial que você come a cada noite. 
 ―Você não está saindo, está?― A menina esmagava o seu corpo contra 
o dele. ―Eu pensei que iríamos esticar a noite. 
 ―Hoje, não. ― Ele descartou a mão em seu peito e um vislumbre de 
brilho apareceu nos olhos de Christiana quando ele empurrou a menina. 
 Christiana estava chateada, e seria mesmo um inferno, se ele soubesse o 
porquê. Não tinha ela deixado muito claro, que não tinha nenhum interesse 
nele, além do seu trabalho necessário? Talvez fosse apenas o fato de que um 
ser humano os tivesse interrompido. Ela era, provavelmente, como os 
vampiros antigos que se recusavam a ver os seres humanos como nada mais 
do que lambida de cachorro e servos. 
 Ele agarrou a mão de Christiana e puxou-a para a porta. 
―Vamos. 
 Ela resistiu pouco, até que eles estavam fora, mas quando eles estavam 
no estacionamento escuro, ela retirou a mão da dele. 
―Não me puxe como uma criança. 
 ―Foda-se. Qual é o seu problema? 
 ―Eu não gosto de ser tratada deste modo. 
 ―Desculpe-me por ter tocado sua pele real. ― Blane clicou o controle 
remoto e abriu as portas do Escalade preto que tinha pego emprestado da 
frota de Michael. 
 
 
 
―Não finja que você não se divertiu. 
 ―Ugh!― Christiana subiu as escadas dentro da mansão de Michael. 
―Você me deixou lá com um bando de canalhas ...! 
 ―Oh, vamos lá. ― Seus pés a seguiam pesadamente. ―Eu não podia 
saber que seria assim. Jonas não me dispensou. E ele mandou que eu 
trabalhasse. O que eu deveria fazer? 
 Ela bufou. Era mais do que uma coincidência que Jonas decidisse 
deixá-la com Elena, apenas depois que eles chegaram, permitindo que ela 
passasse a noite no clube como uma pessoa tola, Jonas o vampiro-temático. É 
claro que ela se destacou no meio da multidão, enquanto Blane, o selvagem de 
cabelos verdes, tinha se encaixado perfeitamente. 
 ―Eu não tenho que ler mentes para saber que você está tentando me 
impedir de fazer o meu trabalho. 
16 
 
 Não, isso era demasiado óbvio pela forma como ela ficou sendo 
assediada pelo estranho humano com um anel na sobrancelha, flertando com 
ela incessantemente, comprando as bebidas, oferecendo-se para levá-la para 
fora, e ainda a puxou para a pista de dança, algumas vezes, tentando fazê-la 
romper a couraça. 
 ―Eu não danço. ― Era uma regra. 
 Se Blane tentou duramente distraí-la, ela não captou isso em sua mente. 
Era irritante essa decepção através de sua arrogância fria. 
 ―Eu não estou tentando distraí-la de seu trabalho. Eu apenas queria 
que você se divertisse. 
 ―Não minta para mim. 
 Christiana estendeu a mão para a maçaneta da porta e se virou. A porta 
não se moveu. Ela balançou mais, mas ainda não se mexeu. 
 Blane pigarreou: 
―Para a esquerda. 
 Christiana apenas olhou para a esquerda e viu a sua mão estendida em 
um ângulo estranho, como se estivesse segurando uma maçaneta. Ele era um 
telecinético8. 
 Ela gemeu. 
―Libere a porta. 
 ―Não. 
 Ao invés de fazer como ela pediu, ele fechou, prendendo-a entre ele e 
a porta. 
 ―Deixe-me fazer as pazes com você. 
 Ela procurou ignorar o seu musculoso peito pressionado contra suas 
costas. 
―Eu quero ir para o meu quarto. 
 Ele se inclinou para a frente, pressionando o comprimento de seu 
corpo ao dela. Quando ela tentou se afastar, ele a agarrou pela cintura com um 
braço e sussurrou: 
―Você poderia vir para o meu quarto. 
 Christiana respirou fundo e tentou não pensar em quanto tempo tinha 
se passado desde que ela tinha tido alguém pressionado a ela assim. Blane 
tinha uma missão: a de mantê-la distante em descobrir se Elena era uma 
succubus. Qualquer coisa que ele fizesse, era apenas para distraí-la, incluindo 
as suas tentativas de seduzi-la. Ela tomou outro fôlego, então disse: 
 ―Eu te disse, eu não sou tão fácil quanto as meninas humanas que 
caem aos seus pés. 
 ―Eu sei. Estou disposto a trabalhar nisso. ―Ele exalou, forçando seu 
hálito quente em seu pescoço. Ela estremeceu. ― Há quanto tempo não fica 
com alguém? 
                                                            
8 Telecinético: com poderes telepáticos, agir com o pensamento. 
17 
 
 Não havia nenhuma maneira de dizer isso a ele. Não só não era seu 
assunto, mas ele poderia usar isso contra ela. 
 ― Faz muito tempo, hein?― Seus lábios roçaram seu lóbulo da orelha. 
―Eu poderia dar-lhe uma noite que valeria toda a espera disso. 
 Christiana engoliu em seco e tentou não pensar no que sua barba lhe 
fazia sentir, roçando seu pescoço daquele jeito. 
 ―Eu agradeço a oferta, Blane, mas não estou realmente interessada. Eu 
só quero ir para meu quarto. 
 ― Que pena. ― Mudou um pouco e empurrou a porta aberta. ―Pense 
em mim quando você estiver na cama, princesa. 
 Entrou e bateu a porta na cara dele. Deus, ela o queria. Mas não seria a 
primeira vez que ela rejeitaria uma noite de prazer para manter o drama de sua 
vida.Ele não confiava nela, não importa o que ele dissesse, e isso significava 
que ela podia não poderia confiar nele. Além disso, a última coisa que ela 
precisava, era de algum caso tórrido com um bandido vampiro, que acabaria 
por lhe trazer uma enxurrada de rumores e insinuações de Khalil e da família. 
Não, não valeria à pena. Nada pagaria o preço se seu Creatore se 
decepcionasse a esse ponto. Christiana lhe devia sua vida. Sem Khalil, ela teria 
morrido como uma criança, ou pior. 
 Blane era bom, tinha que dar crédito a ele. Não só tinha conseguido 
descobrir que era uma sensitiva, como a afastou de seu trabalho durante toda 
a noite. E agora ela não conseguia parar de pensar em ter relações sexuais com 
o bandido bruto de cabelos verdes. 
 Ela precisava era de um tempo, de uma ducha fria para limpar sua 
mente. Ela se despiu rapidamente, jogando suas roupas sobre a cadeira ao 
lado da porta do banheiro, e se encaminhou para o chuveiro. 
 Sob a água fria, ela fechou os olhos e baixou a cabeça para o fluxo. 
Blane ia ser um problema. Ele não havia deixado sua mente por cinco 
minutos durante toda a noite. Não ajudou, pois ela não conseguia parar de 
sentir sua excitação. Ele tinha se alastrado nela, aumentava sua fome cada vez 
que ele olhava para ela. A única vez que o sentimento diminuiu quando foi 
outra emoção forte como a sua sede veio em foco. Em seguida, voltou à vida 
cada vez que ela começou a relaxar. 
 Ela só podia imaginar que ele estava pensando nela. Várias coisas 
haviam cruzado sua mente, como quando ele se inclinou para pegar o 
guardanapo que caiu e levantou-se na frente dela. Vê-lo abaixado, esse fez 
com que tivesse imagens dele entre suas pernas. Certamente, um vampiro com 
a sua sexualidade vital tinha muita prática entre as pernas das mulheres. 
Na verdade, ele deveria ser provavelmente um deus na cama. 
 Agarrando uma bucha e uma garrafa azul de lavagem do corpo, 
Christiana começou a trabalhar em suas pernas. Blane, provavelmente faria 
com que valesse à pena esperar, se ela o deixasse tentar. Agora, ela gostaria 
18 
 
disso. Tendo os ombros largos pairando sobre ela, os quadris estreitos 
empoleirado entre suas pernas. 
 Ah, e ele provavelmente seria bem dotado. Ele exalava a confiança de 
um homem forte como um cavalo. 
 O clitóris de Christiana pulsava com a imagem dele em sua mente. 
Colocou a bucha no parapeito novamente e se encostou-se à parede do 
chuveiro. Sua mão escorregou entre suas pernas. A última coisa que ela queria 
fazer era provar que ele estava certo. Ela o queria, mas isso era o mais 
próximo que ela estava do sexo. Sem algum tipo de liberação, seria um dia 
miserável. 
 Com os olhos fechados, ela deixou a imagem dele assumir a sua mente. 
O Blane dos seus sonhos deslizou seu pau grosso dentro dela lentamente, 
tomando seu tempo, enquanto os dedos reais de Christiana deslizaram entre 
as pregas de sua pele. Ela mergulhou baixo o suficiente para mergulhar os 
dedos em sua própria umidade, então de volta até seu clitóris e deixar sua 
imaginação correr livre. Em poucos segundos, ela estava mordendo o lábio 
para conter um gemido quando um pequeno orgasmo propagou através dela. 
Que, tão decepcionante foi, mas foi o melhor que poderia oferecer a si mesma 
naquele momento. Ela não tinha tempo ou luxo para mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Capítulo III 
 
 
 
 
 Blane acordou em uma massa torcida de lençóis brancos e suor, com 
um tesão que poderia facilmente cortar vidro. Que diabos havia de errado 
com ele? Ele nunca sonhou em ter sexo com alguém aquele jeito. Era sempre 
com mulheres sem rosto ou celebridades, mas não hoje. Hoje tinha sido com 
essa mulher. 
 Ele suspirou e saiu da cama, tentando ignorar a palpitação. Não havia 
nenhuma maneira de tê-la. Não se desgastaria, alimentando fantasias sobre 
aquela mulher. Isso só pioraria as coisas... 
 Tomaria uma ducha, que era mais fácil dizer do que fazer, mas ele 
conseguiu se realizar através da maravilha da água fria e pensar sobre o 
trabalho. Havia várias novas encomendas, difíceis de preencher, como o 
pedido de sangue de um albino. Que diabo Jeremy vai fazer com o sangue 
albino? 
 Não importa realmente. Seu trabalho era apenas conseguir algo que era 
legal e algumas coisas que, para os outros vampiros no território de Michael, 
eram difíceis de achar. Isso é o que um chefe do mercado negro fazia: correr 
no mercado negro. Não questionar os motivos e moral dessas ordens. 
Blane se vestiu rapidamente e foi direto para a sala de peso no primeiro andar, 
assim como ele fazia a cada noite. Ele começou a trabalhar para construir o 
seu corpo, assim como os outros caras faziam, mas, agora, se exercitava mais 
para sua própria saúde mental. Havia algo de bom ao exercitar o corpo físico. 
Sentia-se bem, saudável. Claro, era uma questão da mente. 
 Ele ligou a luz e fechou a porta, feliz porque ninguém tinha decidido 
fazer exercícios hoje à noite. Após alguns minutos, uma música começou a 
tocar nos alto-falantes, através das paredes, e ele estava no banco trabalhando 
os músculos dos braços. 
 Blane observou a tensão muscular do seu braço, devido ao peso que ele 
puxou para cima com seu punho. Esta era a forma que um braço devia ter, 
pelo menos o braço de um homem. Seu pai teria ficado orgulhoso de vê-lo 
agora. Blane sorriu. Não, isso não aconteceria. Ele nunca teria se permitido 
mostrar muita emoção. Era uma fraqueza, ele dizia. Um homem não podia 
mostrar suas emoções porque o mundo é demasiado duro para os perdedores 
e tontos. 
 Bem, pelo menos em alguma coisa, seu pai estava certo: A vida era 
dura, e mais difícil quando você se unia como uma das presas da máfia. 
 Fraqueza só existia, se você ferisse ou matasse alguém, sem razão. 
Algo mudou, chamando a sua atenção para cima. Christiana estava a poucos 
20 
 
metros, olhando para ele, os braços cruzados fortemente em sua camisola 
azul-petróleo, mostrando unhas bem feitas e pintadas. Sua vestimenta escura 
era curta o suficiente para mostrar longas pernas. Ele apostaria um bom 
dinheiro para saber se ela usava sutiã e calcinha e como seriam. Ele sorriu com 
o pensamento. 
 ―Onde está Elena esta noite? 
 O sorriso desvaneceu-se com as suas palavras afiadas. Blane sentou-se, 
pondo o peso no chão. 
 ―Eu não sei. Eu não sou seu guardião. 
 Ela cruzou os poucos metros que a separavam dele. 
―Você vai tentar me parar o tempo todo que estiver aqui? 
 Ele se levantou, erguendo-se sobre ela, forçando um pouco para 
manter seus corpos se tocando. 
 ―Eu não estou fazendo nada. 
 ―Vou fazer o meu trabalho, e você não vai me fazer parar. 
 ―Eu não fiz nada para você, princesa. Então, não aja assim comigo. Se 
você não gosta daqui, ponha o seu rabo de volta num avião privado e voe 
para casa, onde você pertence. 
 Seus olhos se arregalaram, em seguida, afastou-se lentamente. Sua boca 
apertada, assim como seu punho. Não foi uma surpresa quando seu punho 
veio voando em direção a ele, que o pegou com facilidade. Blane riu. 
 ―Minha avó era mais rápida que você. 
 Christiana soltou um grito furioso. 
―Você é tão furiosamente frustrante! 
 ―Você não é um piquenique. – A mão de Blane apertou seu pulso. 
―Mas eu estou de olho em você. Só tente não ser uma puta por alguns dias, e 
nós nunca teremos que nos ver outra vez. 
 ―Isso é ridículo. Eu não preciso de sua proteção. Eu posso me 
proteger muito bem. 
 ―Sério?― Ele a olhou de cima a baixo, apenas para ilustrar seu ponto. 
―Porque você parece um pouco fraca para mim. 
 Ela bufou. 
―Eu poderia enfrentá-lo. 
 Blane deu uma risada. 
―Dê-me uma prova do caralho. Experimente. 
Seus olhos se arregalaram. 
―Nós vamos arrebentar esta sala. 
 Ela bateu com força no rosto dele com a outra mão. Os olhos de Blane 
se arregalaram. O choque irradiava dele. Teria ela realmente dado um soco 
nele? E duro? Sua mandíbula apertou. Um rosnar rolou fora da sua boca, 
antes que ele pudesse detê-lo. 
 ―Não me toque novamente. 
 Ela bateu nele mais uma vez e fodidamente sorriu. 
21Ele a atacou com tanta força, que os pesos sacudiram na prateleira atrás 
de si, então sorriu. Ela não era rápida o suficiente. 
 Blane agarrou seus ombros e foi para o pescoço, mas ele não estava 
preparado contra qualquer coisa. Estar no topo, com o seu peso, era a sua 
única vantagem. 
 Christiana se jogou para o lado, torcendo o corpo, para se livrar do seu 
controle, antes que ele pudesse fazer contato ou até mesmo perceber que ela 
estava se mexendo. Porra, ela era rápida. 
 Quando ele se virou para outro ataque, ela o empurrou para o chão, ele 
tentou se virar rápido, tentando agarrá-la de volta, mas já era tarde demais, 
pois sentiu os pontos de dentes prensados contra o seu pescoço. 
 ―Foda. ― Ele tentou se mexer longe e puxá-la fora dele, mas as unhas 
cavaram seus ombros. 
 ―Você desiste?― Suas palavras eram abafadas contra sua pele. 
 ―Não. ― Ele rosnou. ―Você teve sorte. 
 ―Eu ganhei. 
 ―Não. Você não ganhou. 
 Christiana soltou um uivo, quando Blane levantou a cabeça e bateu 
contra ela. O peito dela ardeu quando o ar saiu de seus pulmões. Sua coluna 
parecia quebrada. Ela não conseguiu levantar o corpo despedaçado com sua 
ereção contra ela.Ela perdeu o controle e sugou o ar, o suficiente para dizer-
lhe que a soltasse, mas com o ar veio o gosto de sua pele, o cheiro do seu 
perfume e a doçura salgada do sangue, quando ela o havia mordido. 
 A raiva deles se transformou lentamente numa mistura de prazer e 
luxúria que irradiava de seus corpos. 
 Ela engoliu de volta a sua própria excitação e riu. 
―Você gosta de estar por cima, ou apenas na luta? 
 Blane se esticou para trás, então se afastou, encostando-se no banco 
que havia atrás dele. Seu embaraço preencheu o espaço entre eles com um ar 
de amargura, que fez com que ela se arrependesse imediatamente do que havia 
dito. 
 Ele não olhava para ela, quando disse: 
―Não se lisonjeie, princesa. 
 Ergueu-a, colocando-a sentada e endireitou as roupas dela, mas não 
escondia o sorriso que se estendia entre os lábios. Ela começou a sentir que 
ele estava interessado nela, mas ela riscou as estúpidas fantasias. Ela tentou 
ignorar seu desejo no clube e sua possessividade, depois que viu a loira que 
rondava por lá. Agora, não havia como negar sua atração por ele. Mas isso 
nada mais era do que uma simples reação química. 
 Christiana lambeu o sangue de seu lábio inferior e viu os olhos dele 
vidrados nela. Outro ataque de luxúria corria entre eles. Crostas de sangue ao 
lado de seu pescoço em dois pequenos pontos. Ela o marcou, e ele gostou 
muito mais do que estava disposto a admitir. Blane talvez fosse mais 
22 
 
interessante do que ela pensava, e era até bem divertido. 
 A porta se abriu atrás dela. Quando ela se virou, Jonas e sua 
companheira entraram pela porta. Elena era encantadora, em uma espécie de 
maneira gótica, combinando com o novo olhar de Jonas. A mudança tinha 
afiado suas características, e eles eram um par sedutor. 
 Os olhos de Jonas foi dela a Blane, em seguida, de volta. Um sorriso 
perverso surgiu em seus lábios, e um gemido veio da direção de Blane. Ele 
não fez comentários, apenas se aproximou e ofereceu sua mão para 
Christiana. 
 ―Sinto que nós tivemos que sair à noite. 
 ―Não há necessidade de desculpas.― Deixou que a erguesse do chão. 
―Eu gostei de estar no clube. 
 Blane fez um som atrás dela, fazendo eco à diversão que sentia. 
 Se ela tivesse algo para jogar nele, ela o faria. Em vez disso, ela ergueu a 
mão para Elena. 
 ―Oi. Sou Christiana. 
 ―Oi. ― A outra mulher, apertou a mão dela, em seguida, soltou 
rapidamente. ―Obrigada por ter vindo ajudar. 
 ―É o meu dever. 
 Blane fez outro som, mas Christiana conseguiu ignorá-lo. 
 ―Eu gostaria de ir a algum lugar onde pudéssemos trabalhar em 
privado. 
 ―Fiquem aqui. ― Disse Jonas. ―Temos negócios no clube. 
 Ela assentiu com a cabeça para ele e esperou que o casal se despedisse. 
Blane saiu do ginásio pequeno, sem olhar para trás. Seu coração estava pesado 
em vê-lo desaparecer pela porta. Uma parte dela o queria, e isso era ridículo. 
As emoções a estavam traindo. Não havia nenhuma razão lógica para se sentir 
tão atraída por ele e por isso precisa ser breve. Ele e seus amigos estavam 
muito abaixo dela para um relacionamento real. E ele pensava o mesmo dela, 
tornando-se uma fantasia, impossível e imprudente. 
 
 
 ―O que foi isso?― Jonas disse a Blane, no corredor, fora de seu quarto. 
 ―Deixe-me sozinho, J.― Blane escancarou a porta do quarto, virando 
as costas para o vampiro. Ele não lhe devia uma explicação, e ele não iria 
oferecer uma. 
 ―Ela mordeu você?― Jonas riu. ―É a primeira vez. 
 Ele pegou uma camisa do pé da cama. 
―Estou avisando. Saia. 
 Jonas encostou-se numa cômoda perto da porta. 
23 
 
―O que você vai fazer? Atacar-me? Por que eu perguntei sobre o que 
eu acabei de ver? Acho que depois de tudo o que aprendeu sobre mim, você 
pode me oferecer humor com um pouco de informação. 
 O Fratello9 tinha um ponto. Blane tinha estado em torno de Jonas com 
Tori e depois de Elena, observando e se envolvendo. Isso não era nada em 
comparação. Ainda assim, ele não queria falar sobre isso. 
 ―Desculpe, J. Eu não quero falar sobre isso. ― Disse ele, abrindo a 
porta do banheiro. ―Eu só quero tomar um banho e ir trabalhar. 
 Jonas balançou a cabeça. 
 ―Entendido. Mas tenha em mente quem ela é. Como um homem 
inteligente uma vez me disse: “Jogo perigoso você está brincando, fratello”. 
 Blane reconhecia suas próprias palavras, apenas porque o mordia forte 
na bunda. Ele disse isso para Jonas, quando tinha testemunhado algo 
acontecendo entre ele e Tori, mesmo depois que ela foi tomada por Michael. 
Na época, pensou, Jonas tinha um desejo de morte por ela. Agora, ele estava 
começando a entender. Que clichê: fruto proibido! Estava começando a soar 
como um grande provérbio, muito preciso. 
 ―Eu tenho trabalho a fazer. ― Ele murmurou, em seguida, caminhou 
até o banheiro. 
 Após sair do banho, Jonas já tinha ido embora. Ele não o veria no 
clube e ficou grato. Teria tempo para se concentrar no seu trabalho. 
 
 
 
 À meia-noite, ele estava trabalhando na multidão, com sua habitual 
mistura de sarcasmo e flerte excessivo. Havia os fregueses regulares, que não 
se levava a sério, e algumas meninas novas, que não tinha certeza, se deveria 
levá-las a sério ou não. 
 Já estava quase terminando seu turno, quando ele parou um pouco para 
descansar e uma mulher deslizou ao seu lado no bar. 
 ―Eu sinto como se você estivesse tentando me evitar. 
 Ele olhou para baixo e viu uma mulher com cabelo curto e castanho, 
com uma saia ainda mais curta e vermelha, depois voltou sua atenção de volta 
para o sangue e vodka que ele tinha como drinque. 
 ―Eu não estou evitando ninguém. 
 ―Nesse caso, por que não vamos a uma das salas privadas? 
 Blane sorriu. Em qualquer outra noite, ele teria feito exatamente isso e 
apreciado cada minuto dela. Hoje à noite, porém, a ideia soou um pouco 
                                                            
9 Fratello:  Um dos machos vampiro. 
 
24 
 
monótona. Quantas noites ele passara nos quartos com as mulheres sem 
rosto? 
 ―Então?― Ela deslizou a mão para baixo do braço. 
 Ele viu a mão que se movia sobre a dele, o sangue quente batendo logo 
abaixo da superfície. Havia calor lá. Não por amor ou mesmo afeto, mas por 
alimento. Ele era um predador, alimentando-se do sangue de seres humanos. 
Nada mudaria isso. Se ele pudesse levá-la de uma maneira que lhes dava 
prazer, é o que ele faria.E ele estava com fome. 
 Blane agarrou a mão da menina e a levou pelo corredor para as salas 
privadas, criadas para a exploração de fetiche. A última do lado esquerdo era a 
sua favorita, um quarto projetado para o boudoir lingerie e fetiche de sapatos. 
Ela rumou para o sofá e sentou-se, observando-o meio assustada, meio 
excitada e fez a besta dentro dele se mexer. 
 Blane sentou-se ao lado dela, ouvindo o seu coração acelerar algumasbatidas. 
 ―Nervosa? 
 Ela riu, respondendo a pergunta feita com um tremor em sua voz. 
 Ele foi para o pescoço. Não havia nenhuma razão para ser sutil ou 
tímido. Ela não se lembraria mais tarde. Se ela gritou, não importava. Os 
quartos estavam cheios de fetiche, sons estranhos e atos que teriam as pessoas 
normais marcando 911. 
 A mulher curvou-se na direção dele e se atrapalhou para pegar seus 
braços, tentando abrandá-lo, mas era tarde demais. Os dentes de Blane 
furaram sua pele e afundaram em sua carne, antes que ela proferisse qualquer 
palavra. 
 O líquido quente encheu sua boca com seu gosto. Tudo, desde as 
bebidas que tinha tido anteriormente, a suplementos de ferro que estava 
tomando estavam nesse líquido vermelho. Mas havia algo mais. Sua essência, 
a parte dela que era sua vida, corria para ele e o encheu 
com um poder que fazia a bebida inebriante. Como seria fácil manter-se assim 
bebendo, para roubar-lhe a vida, estendo a dele. 
Blane sugava de forma rígida, tendo outra bebida longa da menina. Ela 
se contorcia e gemia embaixo dele, sentindo um pouco demais, como havia 
ocorrido com Christiana, na academia. Ele pressionou mais o corpo da 
mulher para mantê-la ainda e engoliu outro gole dela. Ele não ia ficar perdido 
em pensamentos na vampira irritante e esnobe, a qual ele tinha sido 
designado para assistir. Ou o quanto ele a queria. 
 A mulher sob ele gemeu, um pouco mais baixo, chamando a sua 
atenção. Seu coração batia mais lentamente. Ele tinha tomado bastante 
sangue. Mesmo se quisesse continuar a beber, ele não o faria, pois não era 
um assassino. Pelo menos, não quando sua vida não estava em perigo, ou 
quando ele estava defendendo outros. 
25 
 
 Ele tirou os dentes fora e fechou a ferida para impedi-la de continuar 
sangrando. A mulher estava com os olhos fechados. A franja escura a fazia 
parecer uma criança. Inocência. E o monstro, que acabara violando-a, estava 
olhando para ela, cheio do sangue que ela precisava para animar o seu próprio 
corpo. 
 Blane engoliu em seco e deslizou para fora do sofá. Ele tinha que 
limpar sua memória, e então iria embora dali. Sentia-se como um idiota, 
agindo covardemente, mas ele não poderia ficar em torno de um bate-papo 
com o jantar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Capítulo IV 
 
 
 Duas semanas mais tarde... 
 
 ―Blane. 
 Ouvindo seu nome em meio à música, Blane se voltou para a cabine 
carmesim e preto, onde Michael e Jonas estavam olhando para ele. Michael 
estava em um terno escuro e fresco, parecendo o líder bunda-dura, que ele 
estava assumindo ser. Jonas, por outro lado, parecia algo saído dos filmes de 
cinema. Ele só se vestia a caráter, porque era o seu clube e todos pensavam 
que ele se vestia assim, como o resto do pessoal vampiro. 
 As mudanças em ambos eram obviamente devido ao fratello relaxado 
com suas companheiras novas. Era o suficiente para fazer Blane saber como 
poderia ser tendo alguém assim. Uma mulher para esperá-lo em casa, para ser 
sua outra metade. Mas só por um segundo. Blane puxou o palito que ele tinha 
na boca. 
 ―Sim, chefe? 
 ―O avião estará saindo depois de amanhã à noite, ao pôr do sol. Não 
me faça vir atrás de você. 
 A pele de Jonas fez um vinco do lado da boca, dando-lhe um sorriso 
perverso. 
 ―Está tudo bem. Eu vou atrás dele. 
 Blane riu. 
 ―Homem, você precisa encontrar um divertimento. 
 Sim. Nenhuma maneira no inferno que ele iria fazer confusão com 
Jonas. Ele assumiu todas as características de Luciano. Vê-lo lutar contra os 
agentes tinha sido suficiente para garantir que nenhum dos Cosca quisesse 
enfrentá-lo. As coisas tinham estado calmas por causa disso. 
 ―Por que você não assume a luta da gaiola? Eu ouvi que G tem uma 
configuração fora da cidade grande. 
 Jonas soltou uma gargalhada que atraiu olhares em sua direção. 
Principalmente de outros vampiros, uma vez que eles eram os únicos que 
poderiam ouvir mais que a música. 
 ―Basta estar na hora certa, Blane. ― Michael tomou outro gole do seu 
copo. ―Estou dependendo de você para esta viagem. 
 ―Certo. 
 Blane fez a volta com o palito na boca e saiu para a sala principal. Se 
eles fossem sair mais cedo, ele precisaria se alimentar. Havia um monte de 
horas entre Collins Bay e Veneza. Claro, haveria sangue no avião, mas nada 
em linha reta do corpo. Seria essa merda, requentada e processada que vinha a 
partir do banco de sangue. E se Michael estava finalmente dando a ele uma 
27 
 
chance de ser mais do que o cérebro do grupo, ele precisaria estar no seu 
melhor. 
 Ele examinou a pista de dança, olhando os rostos nas luzes mudando. 
Havia duas meninas que ele pretendia ver mais cedo. Na beira da pista de 
dança, havia uma menina em um vestido sem alça preto. Ela não teria mais do 
que 20 anos, com um corpo feito para a pornografia, e ele não olhava para 
mulheres com menos de trinta anos. 
 Blane passou a mão pelos cabelos e caminhou em sua direção. Quando 
ele estava a apenas alguns metros de distância, a menina olhou para cima, em 
seguida, voltou para sua bebida. Mesmo com toda a distância, ele pôde 
perceber que seus mamilos endureceram. Sim, ela estava a fim dele. 
Ele deslizou para o banco, ao lado dela e virou seu corpo em direção ao dela, 
de modo que suas pernas se tocaram. 
 ―Oi. ― Ela olhou para ele, então sorriu docemente, fazendo covinhas 
nas bochecha. ―Qual é seu nome? 
 ― Dahlia. ―Gritou ela ao longo da música. 
 ―Bem, Dahlia. Eu só queria te dizer uma coisa. 
 Suas sobrancelhas se ergueram. 
 ―O quê? 
 Inclinou-se para mais perto, quase tocando a orelha com os lábios. Esse 
poder dentro dele despertou, pronto para fazer a sua coisa, e ele se 
concentrou para dobrá-la à sua vontade. Apenas um pouco, para tornar o 
jogo mais rápido. Ele não gostava de estupro. Mas não havia necessidade de 
levar horas, apenas para se alimentar. Então, ele apenas usou uma pequena 
quantidade de energia para relaxá-la. 
 ―Eu estive observando você a noite toda, e não posso parar. 
 Dahlia deu uma risadinha. Ele podia sentir o calor do seu rosto 
enquanto ela corou, mas não se afastou. 
 ―Obrigada. 
 ―Vamos para outro lugar. 
 Ela puxou para trás e arqueou uma sobrancelha para ele. 
 ―Eu não vou te machucar. Nós não temos que deixar o clube. Vamos 
apenas a algum lugar tranquilo. 
 Dahlia encolheu os ombros. Ele agarrou a mão dela e puxou-a pelo 
corredor para os quartos privados. Blane levou-a para dentro e fechou a porta 
atrás de si. 
 Ela lançou o interruptor de luz. O quarto ficou às escuras, forçando 
seus sentidos para se fortalecer. O sangue dela e o cheiro da sua pele molhada 
encheram a sala. Ele sorriu para si mesmo. Ah, se a garota soubesse. 
 ―Eu gosto do escuro.― Sua voz estava lenta e sedutora. ―Você não se 
importa, não é? 
 ―Nem um pouco. ― Ele puxou o palito de sua boca e este caiu no 
chão. 
28 
 
 Blane estendeu a mão para agarrá-la. Suas mãos travaram em torno de 
seus ombros quentes e puxou-a para frente. Não haveria preliminares, nem 
fingimento. Tal como tinha sido com todas as outras mulheres, desde que 
Christiana tinha surgido em sua vida. Seria um grande dia, quando a mulher 
caminhasse de volta para fora de sua vida. Então, talvez, as coisas voltassem 
ao normal e ele iria parar de sonhar com ela todos os malditos dias. A mulher 
foi direto para o seu fecho. 
 ― Whoa. 
 Ele apoiou-se contra a porta. 
 ―Quer que eu pare? 
 ―Eu não disse isso. 
 Ele puxou o rosto dela, mas ele não beijaria. Ele nunca beijava os seres 
humanos. Não lhe parecia justo. Em vez disso foi para o maxilar, quente e 
macio, em seguida, arrastou para baixo para seu pulso. Seu coração estava 
disparado, tentando-o. Ela acariciou seu corpo endurecido. Ele só queria o seu 
sangue, mas quem era ele para recusar uma carícia? Pelo menos desta maneira, 
ele poderia enterrar o rosto em seu pescoço e tentar não pensar em Christiana. 
 
 
 
 Christiana bebeu ruidosamente o último gole do terceiro copo da 
bebida rosa maravilhosa. Ela tinha que dar glória a Jonas, o novo menu 
criativoera agradável. O Daiquiri Blood que ela pediu estava estranhamente 
frio, um gosto adquirido, mas deu um zumbido agradável, como beber de um 
homem embriagado. Khalil estaria interessado nas inovações. 
 Colocando o dinheiro sobre a mesa, ela levantou e foi passando pela 
linha de cabines para a saída. 
 ―Christiana! 
 Ela espiou por cima do ombro para ver Elena, a Compagna de Jonas, 
que estava mais parecida com ele a cada dia, correndo em sua direção. Seu 
intestino torceu. Toda vez que a vampira nova chegava perto, Christiana tinha 
a estranha vontade de beijá-la. Não era a primeira vez que ela sentiu isso por 
outra mulher, mas era a primeira vez que tinha sido tão forte. A outra vampira 
que a faz sentir-se deste modo fez de propósito. Mas com Elena, contudo, era 
totalmente involuntário. Não houve intenção que ela pudesse detectar, e não 
havia atração mútua. Era certo que Elena fosse magnética. Convincente. 
Mesmo que fosse um eufemismo. 
 Razão pela qual ela continuou andando, na esperança de sair do clube, 
antes que ela fosse forçada a suportar um outro momento desse sentimento 
estranho por Elena. Elas estiveram juntas por duas semanas, trabalhando 
com Jonas como isca para ensinar Elena a controlar suas novas habilidades. 
29 
 
Tinha sido uma maneira agradável para evitar Blane, até que esta nova atração 
por Elena começou. 
 ―Espere. ― Elena agarrou seu braço, em seguida, puxou-a para um 
abraço que pareceu um pouco quente demais para uma fêmea reservada. 
 Christiana ficou rígida, mas tentou não insultar a mulher. Ela não tinha 
feito nada de errado, apesar do desconforto causado. 
 ―Obrigada por me ajudar. 
 ―De nada. ― Christiana recuou. O desejo de beijá-la era ainda mais 
forte do que antes, como se o neonato estivesse tentando seduzi-la pela magia 
do sangue, mas não houve aumento da emoção que viria com tal tentativa. 
Curioso. ―É o meu trabalho. 
 ―Você fez muito mais do que o seu trabalho. Se não fosse por você, eu 
teria desgastado completamente Jonas durante essa primeira semana. ―Elena 
sorriu. ―Obrigada por tornar isso mais fácil para nós. 
 ―Não foi nada. 
 ―Por favor, me diga que está voltando com a gente.― Ela se inclinou e 
sussurrou: ―Você é a única amiga que eu tenho além de Jonas. Eu acho que 
Tori não confia em mim. 
 Na verdade, não era apenas desconfiança que Tori estava sentindo. Ela 
sentia ciúmes de Elena. Com isso, houve a acusação completamente. Mas a 
detetive não tinha um bom motivo para confiar em Elena. Havia algo sobre 
ela, algo na maneira como todos reagiam à sua presença, que era assustador. 
Era como se ela fosse a criatura mais irresistível na Terra, quando ela não era 
tão bonita. Então, quando ela estava perto do padrone, esse poder de alguma 
forma intensificava e todos podiam sentir isso. Eletrificava positivamente o ar. 
 O perfume de Elena flutuava em direção à Christiana e fez sua cabeça 
girar. Sim, definitivamente não era bom confiar em Elena com seu 
companheiro. Christiana recuou novamente. 
 ―Eu não tenho feito planos para ficar. Vou esperar para ver o que 
Khalil me pede. 
 ―Tudo bem, mas pense em ficar. Você pode ficar na casa da piscina, se 
quiser. 
 De jeito nenhum ela ficaria hospedada na casa de Jonas e Elena. Ela 
realmente não seria capaz de manter sua mente fora de Blane, se tivesse de 
ouvi-los fazer sexo todas as noites. 
 ―Obrigada pela oferta. Vou analisá-la. ―Ela recuou lentamente. ―Eu 
vou te ver amanhã à noite. 
 Christiana virou-se e caminhou em direção ao bar principal. Sim, ela ia 
vê-los amanhã à noite, a caminho de Veneza, e ela não poderia estar mais feliz. 
Ela não podia ter mais um segundo perto de Elena ou de Blane. Se ela não 
saísse de Collins logo, ela teria um colapso sexual. Um que, provavelmente, 
incluiria rasgar as roupas de Blane, que provavelmente lhe daria boas vindas. 
 Ela foi até a porta que separava a área VIP do bar principal e puxou seu 
30 
 
celular do bolso. Ela virou o topo aberto e olhou para o ícone de envelope. 
Vincenzo deveria ter enviado o seu e-mail até agora, mas não havia nenhuma 
mensagem dele. 
 O barulho de um forte impacto, como se alguém estivesse caído lhe 
chamou a tenção. Assustou-se quando algo ou alguém grande chocou-se com 
ela e cambaleou para trás. 
 Christiana olhou para cima para ver o que era. Blane. Não havia dúvida, 
ele estava saindo de uma das salas com temas fetiche pelo corredor atrás dele, 
como ela tinha visto ele fazer noite após noite, durante seu tempo na cidade. 
Vê-lo agora, puxando o zíper no lugar, fez o seu sangue praticamente cozinhar 
com raiva. Esbarrou nela. Ele nem sequer a havia notado. 
 ―Veja para onde está indo. 
 ―Você esbarrou em mim. Não tenho culpa, se você está ocupado 
demais correndo atrás de algumas meninas para prestar atenção. 
 Seus olhos verdes encontraram os dela. 
 ―Oh. É você. ― Seus lábios se entreabriram em um sorriso brilhante. 
―Ainda não se realizou, não é, princesa? 
 Com o olhar orgulhoso no rosto, pegou-lhe a mão. Em seguida, ela 
tentou soltar os dedos. Eles sempre estavam à beira de batalhas físicas todos 
os dias, desde que ela chegou. É claro que era culpa dele. Ele não perdia a 
oportunidade de importuná-la. 
 Blane se inclinou mais perto. Ela podia sentir o cheiro do sangue do ser 
humano em sua respiração, e a vibração de confiança e interesse sexual rolou 
sobre ela como fazia, toda vez que ele estava tão próximo. 
 ―Você sabe, eu ficaria feliz por cuidar disso para você.― Ele manuseou 
em direção ao corredor. ―Nós poderíamos ir para trás em um dos quartos, e... 
 ―Não. ― Christiana tomou uma respiração profunda, equilibrando-se e 
tentou sorrir. Ela teve tempo de sobra para considerar nas últimas duas 
semanas. ―Tenho certeza de que eu não preciso de estar sozinha em qualquer 
lugar com você. 
 A confiança crescia em torno deles. Ele provavelmente pensava que ela 
era uma tola. 
 ―Então, você está quente para mim. 
 ―Pelo contrário. Eu acho que você é um chauvinista narcisista. 
 Christiana rangeu os dentes, então forçando a mandíbula a relaxar. Ela 
gostaria de pensar que ele não saberia o que significava o insulto, mas Blane 
provou ao longo dos quinze dias de sua estada que ele era muito mais 
inteligente do que ele aparentava. 
 ―Mas você acha que eu sou gostoso. 
 ―Você não é meu tipo. 
 Foi uma mentira. Fisicamente falando, ele era atraente, uma ampla 
parede de músculo curtido com uma vantagem, que ia além do cabelo preto e 
verde que caía em torno de seu rosto, ou o brinco na orelha. Nenhuma 
31 
 
mulher no seu perfeito juízo iria chamá-lo atraente. Mas ela não se deixaria 
amarrar. Ela passou toda a sua estada, evitando-o e seus avanços. Era tarde 
demais para fracassar agora. 
 Christiana pisou em torno dele. Blane pegou seu braço e puxou-a para 
trás para olhar para ele. 
 ―E qual é o seu tipo, princesa? 
 Ela gemeu. A maneira como ele insistia em chamá-la assim, sempre 
com aquele tom que implicava que ele pensava que era uma esnobe, estava 
começando a desgastar seus nervos. 
 ―Alguém com bom gosto e respeito próprio. 
 ―Hum. Isso dói. ―Ele agarrou o peito e riu. ―Eu não sou o suficiente 
bom para você? Não se ache. Estou disposto a fazer-lhe um favor. Ofereci-
me para te foder, não para me tornar o seu Compagno. 
 ―Quando você tiver a minha idade, você não perderá tempo com 
fratello que estão procurando uma transa rápida. Pode ter complicações. 
 ―Você não é exatamente o meu tipo também. 
 Isso realmente doeu. Só porque Christiana sabia que era verdade; Blane 
a esnobava. Ainda assim, ela disse: 
 ―Ilumina-me. 
 ―Você tem um pedaço de pau na sua bunda. 
 ―Por que eu não caí de joelhos e adorei o chão que você pisa? 
 ―Porque você não admite que está atraída por mim.― Ele se inclinou 
para frente. ―Ou que você gosta de mulheres? 
 Um caroço cresceu na garganta de Christiana. Ela se esforçou para falar 
ao seu redor. Blane era muito inteligente. 
 ―Não é isto. Você está louco. 
 ―Eu vi você olhando para Elena. Mas não se preocupe. Não vou dizer 
nada. 
 Ela abriua boca para argumentar, mas não podia dizer a Blane sobre 
sua teoria. Os dons do succubus eram cuidadosamente controlados pelo 
Conselho por causa do perigo que representavam. Sua mordida era 
facilmente viciante, devido às alturas do prazer que eles davam, que fazia a 
vítima ficar passiva. Se ele ou alguém soubesse que ela suspeitava de Elena, 
poderia complicá-la. Ou pior. 
 ―Você está ainda mais iludido do que eu pensava. Basta ficar longe de 
mim até eu sair. ―Ela começou a passar por ele novamente. ―Depois de hoje 
à noite, você nunca me verá novamente. 
 Ele não a impediu neste momento. Blane ficou para trás e deixou que 
ela se fosse, assim como ela pediu. Então, por que uma parte dela queria que 
ele parasse de ser tão mal? 
 
 
 
32 
 
 
 
Capítulo V 
 
 
 Blane colocava suas meias no fundo da mochila... 
 ―Há uma transferência de rodadas de fósforo e de prata que entram 
nas docas de quinta-feira. Apenas certifique-se de que eles vêm aqui. Coloque-
os no porão, e eu vou cuidar deles quando eu voltar. ―Puxou o zíper fechado. 
―A FedEx deve entregar um pacote na sexta-feira. Coloque-o em meu 
armário. ―Ele olhou para Arracado. ―Mas não abra. 
 O Cosca de sangue ou traficante, como Jonas gostava de dizer, ficou 
vermelho, se sentou na beirada da cama de Blane, vestindo uma camisa cinza, 
calça escura e casaco a condizer. Seu cabelo curto dourado foi empurrado para 
cima, quase igual a um moicano. Sua sobrancelha arqueada alta, clara, como a 
luz clara de seus olhos verdes, ainda mais perturbadores. 
 ―Deve ser algo desagradável. 
 Blane riu. 
 ―É uma forma incomum. 
 ―Eu não posso saber, não é? 
 ―Não. ― Blane colocou a mochila pendurada no ombro. Se os outros 
conheciam todos os pedidos estranhos, teria que lidar com uma base diária de 
vampiro com gosto estranho, que olhava para todos com uma luz muito 
diferente. Bem, talvez não Arracado. 
 ―Tudo bem. ― Arracado caminhou em direção à porta. ― De quem 
você é guarda-costas, afinal? 
 ―Trabalho como guarda-costas para Michael e Tori. Eles não me 
contaram ainda. 
 ―Gregory normalmente faz esse tipo de coisa, não é? 
 ―G vai trabalhar no Dungeon até voltarmos.― Blane riu, fechando a 
porta do quarto atrás deles. ―Ele fica enjoado. 
 O fratello soltou uma risada alta. 
 ―É a primeira vez. 
 ―Nós todos temos nossas fraquezas.― Blane seguiu pelo corredor, em 
direção à porta da frente. ―Eu acho que estou pronto para ir. 
 Arracado abriu a porta e saiu para o Mercedes preto estacionado a 
poucos metros de todos os outros. Como sempre, ele estava preocupado com 
os riscos e batidas. 
 ―Acho que correu tudo bem com a menina de Khalil. 
 ―Christiana?― Blane jogou sua mochila no banco de trás, em seguida, 
abriu a sua própria porta. Os dois sentaram e fecharam as portas quase que 
33 
 
simultaneamente. 
 Arracado manobrava o carro. 
 ―O que você está perseguindo. 
 Blane riu. 
 ―Sim. 
 ―Jonas disse que você estava se divertindo e brincando com ela. Soa 
como uma piada cruel. 
 Bom. Isso é o que eles precisavam pensar. Nenhum cara queria uma 
mulher mandona. Somente bichanos deixam que uma mulher lhes diga o que 
fazer, assim como seu pai dizia. Assim, ninguém precisava saber que ela estava 
quente quando cerrou o punho e o fincou na cara dele. E eles certamente não 
precisavam saber como foi difícil quando ela armou essa atitude contra ele. E 
pensavam que ele era uma aberração. Na verdade, sempre pensavam assim. 
 ―Mas o que é um corpo? ― Arracado disse, virando o carro. ―Eu 
poderia perguntar isso a mim mesmo. 
 Algo dentro de Blane resmungou, mas ele não deixou escapar. Ele 
balançou a cabeça. Por que ele não podia deixar de sentir como se ela fosse 
sua? Ele não tinha nenhuma reclamação sobre ela. Ela nem sequer era como 
ele. Ainda assim, ele não podia sequer se alimentar sem pensar nela, desde a 
primeira noite em que a viu. Ele tinha estado como uma vela romana 
imaginando a mão de Christiana em torno dele, desde então. Graças a Deus 
ela indo embora hoje à noite. Ele podia voltar à vida normal. 
 O carro foi conduzido para baixo da estrada principal, em direção à 
pista. O vampiro outro olhou para ele, seus olhos se estreitaram um pouco. 
 ―O quê? 
 ―Nada. 
 ―Eu podia jurar que você resmungou. 
 Blane riu, e foi quase crível. 
 ―Eu acho que você está ouvindo coisas. 
 ―Talvez. ― Arracado recostou-se na cadeira. ― Ou talvez você goste 
dela. 
 ―Sim. É isso aí. Eu gosto de alguma cadela louca gritando para mim. 
 Arracado riu desta vez. 
 ―Talvez você goste. E talvez ela não acredite em nenhuma coisa 
maldita que você diga. Eu vi você falando com ela na noite passada. 
 Blane lutou para manter sua mandíbula apertada. 
 ―Então, você realmente vai me dizer que ela não importa para você? 
 ―Você perdeu sua mente maldita Rac10? 
                                                            
10 Rac: Royal Automobile Club ‐ (Automóvel Clube Real). 
 
34 
 
 Um rosnar veio a partir do assento do condutor. Esse apelido sempre 
estava sob sua pele, o que tornava uma grande distração. O vampiro ajeitou e 
respirou fundo, obviamente, tentando deixar passar o insulto, mas levou o 
resto da viagem com as mãos agarradas firmemente ao volante. 
Ele não falou todo o caminho, até o aeroporto. Quando o carro parou, abriu a 
porta para Blane. 
 Arracado voltou-s para ele. 
 ―Você sabe, eu vejo vocês todas as noites foderem todas as mulheres 
que nos pode revelar a forma como os humanos são normais. 
 Blane começaram a sair. Ele não precisava de um discurso. 
O outro homem agarrou seu braço. 
 ―Mas quando elas vêm a mim, estão procurando alguém que possa 
estar acima delas. Um desafio. Os humanos estão infelizes com suas vidas e 
suas mulheres. Não se torne menos do que esses homens. Não viva sua vida 
tentando impressionar todo mundo. 
 ―Sim. Vou tentar me lembrar disso. ―Ele puxou o braço para longe e 
abriu o porta mala para pegar sua mochila. 
 ―Não, aberração. ― Disse Arracado, girando em seu assento. ―Eu não 
vou dizer nada. Discrição, sempre. 
 ―Às vezes, você realmente vai longe demais.― Ele agarrou a bolsa e 
saiu para a calçada. ―Obrigado pela carona. ―Ele murmurou, enquanto batia 
a porta. 
 Mesmo com a porta fechada, podia ouvir as maldições de Arracado ao 
partir. Ele sorriu. 
 Era uma curta caminhada até o portão, logo atravessou a pista para o 
avião particular elegante que Khalil tinha enviado juntamente com Christiana. 
 Blane subiu as escadas e entrou, onde seu padrone e Cosca estavam 
sentados. Ele olhou ao redor, mas não a viu. Ela deve ter ido em um voo 
diferente. Espero. 
 O avião era muito maior dentro do que ele esperava, e elegantemente 
decorado em tons de castanho e creme. Ele podia transportar uma equipe de 
basquetebol e ainda teria espaço de sobra. Ou Khalil só comprou o melhor, 
ou ele queria ter certeza de que sua princesa andava em grande estilo. 
Provavelmente era o último. 
 Jonas sorriu de seu lugar em um pequeno sofá, no lado esquerdo, ao 
lado de Elena. No terno escuro, parecia muito intimidador. 
 ―Você me decepcionou. 
 ―Por quê? 
 ―Eu estava ansioso para chutar o seu traseiro. 
 Ele sorriu. 
 ―Não deixe que o traje de Halloween lhe suba a cabeça. 
35 
 
 Michael estava sentado no outro lado do corredor, ao lado de Tori, que 
estava folheando uma revista. Se ela estava nervosa por ser o único ser 
humano na viagem, ela não mostrava. A menina tinha coragem. 
 A padrone acenou em sua direção. 
 ―Obrigado por ter vindo na hora certa. 
 ―Eu não poderia deixar J vir atrás de mim. Ele não seria o mesmo, 
depois que eu acabasse com ele. ―Blane colocava a mochila em um lugar 
vazio, enquanto os outros riam. 
 ―Ainda mantendo o sonho vivo, hein? ― Disse Jonas. ―Talvez 
devêssemos tentar a gaiola de luta que Gregory mencionou. 
 O piloto meteu a cabeça para fora da porta da cabine. 
 ―Por favor, tomem seus lugares. Estamos prontos para sair. 
 A porta fechou novamente. Blane deslizou em uma cadeira ao lado de 
Michael e Tori. 
 ―Então, o que devo fazer nesta viagem, exatamente?―Manter Christiana segura. 
 Se ele já não estivesse morto, Blane teria jurado que a protuberância em 
sua garganta poderia sufocá-lo. 
 ―Você tem que estar brincando. Eu estive com ela nas últimas duas 
semanas. Ela não pode ficar comigo. 
 ―Ela sob nossos cuidados até ir para casa de Khalil. Houve rumores de 
um vazamento no local do nosso encontro. Podemos ser atacados pela Mesa, 
em Veneza, e estaremos protegendo as nossas compagnas, assim, você será 
responsável por Christiana. 
 ―Michael, eu não vou. 
 ―Não é uma opção, Blane. Eu sei que vocês dois não gostam um do 
outro. É por isso que você é a escolha perfeita. 
 ―Isso é tão claro como lama. 
 Tori soltou uma risada rápida, acentuada e, em seguida escondeu-se 
atrás da revista. 
 ―Khalil informou-me, há duas noites, que ela está prometida ao 
padrone de Roma. 
 Sim. Blane sabia, que alguns dos líderes estavam disponíveis, mas nunca 
tinha conhecido algum deles. Christiana era a mulher mais rebelde que ele 
havia conhecido. Não havia nenhuma maneira de que ela estaria bem com 
alguém forçando a ligação. 
 ―Será que ela já sabe? 
 Michael arqueou uma sobrancelha, lentamente, estudando seu rosto. 
 ―Por que, você se importa? 
 ―Eu acho que não. 
 ―Apenas certifique-se de que ela esteja segura. A última coisa que 
precisamos é que algo aconteça a ela, estando conosco. ― Olhou para Jonas e 
de volta para ele, como se eles estivessem tendo uma conversa mentalmente. 
36 
 
― E não mencione este víncolo11 que arranjaram para ela. Isto é para Khalil 
contar. ―Blane assentiu. Ele não iria dizer a ela. A última coisa que ele queria, 
era levar a ira do rei vampiro para baixo em sua bunda. 
 
 
 
 Christiana ajeitou o cabelo e alisou o suéter de cashmere cor de rosa. 
Ela precisava de um banho quente, mas o jet não oferecia esse luxo. Dormir lá 
durante o dia não tinha sido a escolha mais confortável, mas a manteve longe 
desse vampiro ridículo de cabelo verde, Blane. Ao sentir o jato no ar, eles 
estavam a caminho de Veneza para o Anima di Luna, o encontro anual da 
família de vampiros para discutir política e comemorar o ano novo com bailes 
e festas. Voltar para a vida que estava acostumada. Ela abriu a porta e 
caminhou pelo corredor estreito para a área de assento principal. Seus olhos 
corriam de rosto em rosto, parando no de Blane. O que na terra de Deus que 
ele estava fazendo no jato? 
 Michael puxou a humana para perto. 
 ―Christiana. Dormiu bem? 
 ―Sim. Obrigada. 
 Mudou-se para a única cadeira da esquerda, próxima a Blane. Sentou-se, 
deixando a aura de suas emoções tocá-la. Não era o orgulho ignorante usual 
que vinha dele. Em vez disso, ele estava sombrio, quase cheio de piedade. Ele 
sabia de algo que tinha acontecido, enquanto ela estava dormindo. 
 ―Você se importaria se Tori e eu nos deitarmos por algum tempo? Ela 
não consegue dormir. 
 ―Esteja à vontade. 
 Ela assistiu os dois irem para o fundo e moveu-se rapidamente no seu 
lugar. Jonas e Elena estavam aconchegados em uma cadeira de casal em frente 
à televisão de tela plana na parede norte, fones de ouvido cobrindo as orelhas. 
 ―Você não está se perguntando por que estou aqui?― Blane estava 
observando o rosto dela com cuidado. Sua voz era suave, mas não triste. 
 ―Estou curiosa. 
 ―Michael me mandou para protegê-la. 
 Ela riu. 
 ―Eu não preciso de sua proteção. 
 ―Eu tenho as minhas ordens. 
                                                            
11 Vincolo (vínculo): O laço de sangue criado pela partilha de sangue entre um humano e o vampiro ou 
vamp / vamp acompanhado por uma conexão metafísica que permite que os dois pontos fortes e fracos 
se  juntem.  Se um membro morre, muitas  vezes, o outro membro morre ou  sofre  agonias  físicas ou 
mentais. 
 
37 
 
 ―Assim que chegarmos lá, vou ter Khalil para aliviá-lo do seu dever. 
―Deu-lhe um olhar estranho. A pena se sentiu mais forte. ―O que está errado 
com você? É como se você tivesse conversado com alguém cujo gato morreu. 
 Blane respirou fundo e colocou um sorriso. 
 ―Eu sinto muito por você. Não deve ser divertido viver recheada na 
merda de um lugar com todos esses vampiros antigos. 
 ―Nós não podemos todos ser despreocupados e de cabelos verdes, 
Blane. 
 ―Você precisa passar apenas uma noite comigo. Você pode mudar sua 
mente. 
 Ela gargalhou. 
 ―Você está me convidando para sair? 
 ―Talvez. 
 Sim. Direito. Ela não ia se apaixonar por ele. Ele provavelmente tinha 
algum esquema em mente de tê-la se rendendo em Veneza, enquanto ele 
flertava com as mulheres. 
 Christiana puxou o laptop debaixo do assento do banco. Ela abriu a 
tampa e esperou pelo seu programa de e-mail. Ela deixou baixar tudo o que 
ela tinha perdido, então começou a ler. 
 ―Você não tem que ficar tão animada. 
 Ela olhou de volta para Blane, clicando num e-mail cujo assunto era um 
convite. 
 ―Eu já tenho um encontro nesta semana. 
 ―Sério? Um encontro com alguém digno de uma princesa? 
 ―Um encontro com um cavalheiro, sim. 
 ―E onde você achou esta preciosidade? 
 ―Isso não é da sua conta. 
 Blane se inclinou para frente, seu cabelo preto e verde se deslocou de 
forma suave e caiu em torno de sua face. Ele sussurrou: 
 ―Diga-me que não é de um serviço de encontros. 
 ―Eu o conheci através do Web do Conselho.― Era verdade. Vincenzo 
tinha conhecido o local e encontrou-a em uma das salas de chat secretos, que 
confirmou quem ele realmente era. Então, ele vinha se comunicando com ela 
pelo bate-papo online. 
 Blane riu. 
  ―Você não vai a um encontro com alguém que conheceu on-line. 
 ―Eu não pedi a sua permissão. 
 ―Você deveria ter pedido.― Ele balançou as sobrancelhas. ―Eu estou 
vigiando você. Lembra-se? 
 Ela resmungou: 
 ―Eu vou de qualquer jeito. 
38 
 
 ―Vamos ver, Princesa― Blane recostou-se e enfiou as mãos atrás da 
cabeça. Essa arrogância familiar que irradiava dele. ―Se você for uma boa 
menina... 
 Ela fez um sinal obsceno com a mão. 
 ―Oh!― Ele riu mais. ―Eu não sabia que eles ensinavam isso na escola 
preparatória. 
 Christiana focou no e-mail. 
 
“Querida Julieta, 
Eu vou estar na reunião e não posso imaginar nada mais agradável 
do que conhecê-la. Você vai me encontrar na estátua no centro do 
TRIBUNAL, logo após a meia-noite, durante o baile de máscaras. 
Até então, 
Seu Romeo.” 
 
 Ela sorriu. Foi um pouco clichê, mas foi a nota mais romântica que já 
tinha recebido. Cada homem a queria ou controlá-la ou para o poder. Era 
hora de conhecer alguém que a quisesse apenas por causa de sua 
personalidade. 
 ―Oh, você tem que estar brincando comigo! Essa é a pior coisa que eu 
já li. 
 Christiana ergueu os olhos para a face de escárnio de Blane, pairando 
perto demais, olhando a tela. Como ela não tinha sentido os movimentos 
dele? 
 ―Nem uma palavra, neonato!― Ele não era exatamente um bebê, mas 
ele era mais jovem que ela. 
 O laptop fechou com a contração da mão de Blane. Ele voltou para sua 
cadeira. 
 ―Você não vai encontrá-lo. 
 ―E você não vai me dizer o que fazer. 
 Ele sorriu lentamente. 
 ―Aguarde- me. 
 ―Você é tão ...― Ela soltou um guincho que puxou a atenção de Jonas 
e de Elena. ― Fique longe de mim! Você é um grosseiro ignorante! 
 O rosto dele ficou duro e sua mandíbula apertada. 
 Em um flash, Blane saltou a seus pés e colocou-a na cadeira, um braço 
de cada lado dela. Parecia que os móveis haviam sido agitados dentro do jato, 
mas nada a ver com a turbulência. 
 Ele se inclinou para baixo, muito perto. 
 ―Escute, princesa. Eu sei que você está acostumada a ter sua bunda 
beijada, mas eu não sou seu servo. ― Ele olhou para ela, vendo a ousadia dela 
para dizer algo. ―Khalil não tem energia suficiente ou as pessoas suficientes 
para me impedir de rasgá-lo, se você tentar novamente. 
39 
 
 Alguém o puxou pelo ombro, mas ele permaneceu no seu rosto. 
 ―Blane. ― A voz de Jonas foi de apreensão. Ele puxou o ombro de 
Blane, e o vampiro puxou de volta. O mobiliário em torno dela parou de 
chacoalhar com sua raiva. 
 ―Para trás. ― Disse Jonas. Seus olhos cortados em Christiana,

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