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1 Economia Matemática A Eco 02001 Turma B Prof. Jorge Lição 7 – Superfícies e Tangentes A Programação Não-Linear: Superfícies e Lagrangeanos Nosso objetivo é tratar o problema de minimização ou maximização de uma função f definida sobre um domínio D de variáveis 1 2, , , nx x x… no qual as variáveis 1 2, , , nx x x… não são independentes umas em relação às outras, ou seja, sempre, e de alguma maneira, algumas das variáveis 1 2, , , nx x x… dependem das demais. Começamos definindo estes domínios e a dependência. O principal resultado de otimização relacionado a este problema foi formulado por Lagrange no século dezoito. Superfícies de dimensão 1n em n� Um exemplo de superfície de dimensão 1n no n� é uma isoquanta de uma função 1 2, , , nf x x x c… de maneira que em cada ponto 1 2, , , nx x x … desta superfície, isto é, 1 2, , , nf x x x c … , possamos definir um plano que chamamos de plano tangente à superfície no ponto 1 2, , , nx x x … . Em outras palavras, estamos reservando a palavra “superfície” para os conjuntos de pontos do n� , definidos por equações 1 2, , , nf x x x c… , tais que em cada ponto 1 2, , , nx x x … , 1 2, , , nf x x x c … , possamos definir um plano tangente. A seguir, veremos como se define o plano tangente. Uma curva no n� é uma função 0 1: , nx t t � � , 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( )) n nx t x t x t x t � … � , 2 tal que em cada ponto 0 1,t t t existe 1 2 ( ) ( ) ( ) ( )n x t x t x t x t � � . Este vetor ( )x t� é dito o vetor tangente à curva, ou vetor velocidade, em t . Em geral, escreveremos este vetor de maneira transposta como 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t � … . Neste estudo, nosso interesse em curvas é porque elas nos permitem definir vetores e retas tangentes às superfícies. Exemplo 1 Por exemplo, seja o cilindro 2 2, , 1f x y z x y desenhado abaixo. Uma curva sobre este cilindro é a espiral ( ) cos 5 ,sin 5 ,c t t t t ,pois 2 2cos 5 ,sin 5 , cos 5 sin 5 1f t t t t t . Derivando esta curva, obtemos ( ) 5 sin 5 ,5 cos 5 ,1c t t t � que é um vetor tangente à curva em cada ponto cos 5 ,sin 5 ,P t t t . A reta tangente, por exemplo, no ponto t parametrizada pela variável s é dada por ( ) ( ) cos 5 ,sin 5 , 5 sin 5 ,5 cos 5 ,1c t s c t t t t s t t � , ou seja, a reta, cos 5 5 sin 5 sin 5 5 cos 5 . x s t s t y s t s t z s t s 3 No gráfico acima desenhamos estas retas tangentes para 9 20 t , 17 20 e 25 20 Representadas por A, B e C, respectivamente. Estas retas ao tangenciarem a espiral obviamente tangenciam o cilindro. Exemplo 2 Consideremos a função 2:f � � , tal que 2 2,f x y x y , cujo gráfico é o usual paraboloide abaixo. O gráfico desta função é uma superfície, pois 2 2z x y que é a isoquanta 2 2 0x y z de nível 0 da função 2 2, , 0F x y z x y z . Abaixo temos um gráfico da superfície 2 2 0x y z . 4 Nesta superfície, consideramos três curvas: 21 ,0,c t t t , 22 0, ,c t t t e 3 3 cos ,3 sin ,9c t t t que estão desenhadas abaixo. 5 Exemplo 3 Consideremos a função 2:f � � , tal que 2 2, 1f x y x y , cujo gráfico é o usual paraboloide abaixo. O gráfico desta função é uma superfície, pois 2 21z x y que é a isoquanta 2 2 1x y z de nível 1 da função 2 2, , 1F x y z x y z . A seguir, desenhamos duas parábolas que estão sobre esta superfície: 21( ) ,0,1c t t t e 22 ( ) 0, ,1c s s s . Observe que os vetores tangentes às curvas acima são 1( ) 1,0,1 2c t t e 2 ( ) 0,1,1 2c s s , respectivamente. Estes vetores tangenciam as curvas e também o parabolóide. No ponto 1 1 1, , 2 2 2 , os vetores tangentes a estas curvas são 1 1 1,0, 1 2 c e 2 1 0,1, 12c , respectivamente. As retas tangentes são 1 1 1 , , 2 2 2 t t e 1 1 1 , , 2 2 2 s s que estão desenhadas abaixo. 6 O plano tangente à superfície por definição no ponto 1 1 1, , 2 2 2 é obtido reunindo todos os vetores que, neste ponto, tangenciam todas as curvas que estão sobre a superfície e passam no ponto. Seja uma superfície S , dada por 1 2, , , nf x x x c… , de dimensão 1n no n � . O plano tangente em 1 2, , , nx x x x … é o conjunto de todos os vetores tangentes às curvas sobre S que passam por x , ou seja, se 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t � … é tal que 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nf x t f x t x t x t c � … e 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t x � … então 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t � … é um vetor tangente em x . Podemos nos perguntar como sabemos que a reunião destes vetores forma um “plano”, ou mais precisamente, como sabemos que o conjunto destes vetores constitui um subespaço de dimensão 1n no n� . A resposta é simples: nem sempre o conjunto destes vetores forma um subespaço vetorial! As funções tais que em qualquer ponto temos planos tangentes são ditas diferenciáveis. Pela regra da cadeia, 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nd f x t f x t x t x tdt � … 7 1 2 1 1 2 1 ( ( ), ( ), , ( )) ( ) ( ( ), ( ), , ( )) ( )n n n n f x t x t x t x t f x t x t x t x t x x … … … 1 1 ( ) ( ) ( ) ( )n n f x t x t f x t x t x x � � … . A expressão acima representa o produto escalar dos dois vetores 1 ( ) ( ) ( ) , , ( ) n f f grad f x t f x t x t x t x x � � � � … , que chamamos de vetor gradiente de f em ( )x t� , ou simplesmente gradiente, e 1( ) ( ), , ( )nx t x t x t � … que é o vetor tangente em ( )x t� . Numa notação mais compacta ( ) ( ) ( )d f x t f x t x t dt � � � . Se a curva ( )x t� está sobre a superfície então ( )f x t c� então ( ) ( ) ( ) 0d f x t f x t x t dt � � � e, portanto, ( )f x t � e ( )x t� são perpendiculares. Em outras palavras, o gradiente de f é perpendicular a todo vetor tangente ( )x t� e, portanto, ao plano tangente à superfície S em ( )x t� . No gráfico abaixo, esboçamos isto para uma superfície de dimensão 2 no 2� . 8 Então se torna fácil escrever uma equação para o plano tangente no ponto ( )x t � : 1 1 1 0n n n f f x x x x x x x x … . Exemplo 4 No caso do paraboloide 2 2, 1f x y x y , escrevemos a superfície como 2 21z x y , ou 2 2, , 1 0F x y z x y z , que é a isoquanta de nível 0 de F . O gradiente é , , 2 , 2 , 1F x y z x y . No ponto 1 1 1, , 2 2 2 resulta 1, 1, 1F . Portanto, o plano tangente é 1 1 11 1 1 0 2 2 2 x y z , ou, 3 2 x y z . A reta perpendicular à superfície neste ponto: 1 1 1, , 2 2 2 r r r que está desenhada no penúltimo gráfico. Como os vetores 1 1 1,0, 12c e 2 1 0,1, 1 2 c são linearmente independentes então eles geram o subespaço de dimensão 2 que tangencia a superfície no ponto 1 1 1, , 2 2 2 . O gradiente e os dois vetores tangentes estão no gráfico abaixo. 9 Dada a função : nf � � então o plano tangente ao gráfico 1 2 1 2, , , , ( , , , ) ,n nx x x f x x x x f x… … de f no ponto 1 2 1 2, , , , ( , , , ) ,n nx x x f x x x x f x … … é dado por ( ) ( ) ()z f x f x x x . Pois, neste caso, podemos apresentar o gráfico desta função como a isoquanta de nível zero de 1: nF � � , 1 2 1 2( , , , , ) , ( , , , )n nF x x x z F x z f x x x z f x z … … . O gradiente de F , 1 ( , ) , , , 1 n f f F x z x x x x … , é perpendicular a isoquanta , 0F x z . Portanto, o plano tangente em ( , )x z é ( , ) 0F x z x x , isto é, 1 1 2 2 1 1 2 1 0n n f f f x x x x x x x x x z z x x x … , onde 0f x z . Ou, ainda, 1 2 1 1 2 2 1 1 2 , , , n n n f f f z f x x x x x x x x x x x x x x x … … . Observe que a expressão acima, para funções f x y de uma variável x , resulta na usual equação da reta tangente ao gráfico de ,x f x : y f x f x x x . Mostramos que todo vetor tangente à superfície em x é perpendicular ao f x . Um problema que resta para ser considerado é se todo o vetor perpendicular ao 10 gradiente f x é vetor tangente à superfície f x c em x . Voltaremos a este problema mais a frente. Exemplo 5 Consideremos o cilindro 2 2, 1F x y x y , em cada ponto sobre este cilindro o vetor , 2 ,2 ,0F x y x y é perpendicular às tangentes a estes pontos. Consideremos a hélice circular cos 2 ,sin 2 ,c t t t t sobre o cilindro, as tangentes 2 sin 2 ,2 cos 2 ,1c t t t tangenciam o cilindro e são perpendiculares aos vetores 2 cos 2 ,2 sin 2 ,0F c t t t como é fácil verificar. No desenho abaixo, estão representados estes vetores quando 1 ,1,2 4 t e 21 8 t . 11 Em qualquer ponto 0 0 0, ,x y z sobre o cilindro o plano tangente neste ponto é 0 0 0 0 02 2 0 0x x x y y y z x , o seja, 0 0 1x x y y . Exemplo 6 Tudo que fizemos para superfícies tridimensionais também é válido para curvas. Seja a elipse 2 2 3x x y y que é a isoquanta de nível três da função 2 2, 3F x y x x y y , cujo gradiente é 2, 2 x y F x y x y . 3 1,1 3 F , isto significa que o vetor 1 1 n é ortogonal à reta tangente à elipse no ponto 1,1P . Portanto a equação da reta tangente à elipse é 1 1 1 1 0x y , isto é, 2x y . A reta ortogonal na direção do vetor 1 1 n é 1 1 x s y s , isto é, y x ou 0x y . 12 Exercícios 1 i) Achar a equação do plano tangente à superfície 3 2 1 0z x y z y x no ponto (1,0,1)P . Resposta: 3 4x y z . ii) Achar a equação do plano tangente à superfície 2 2 22 10 4x y z no ponto (2, 1,1)P . Resposta: 2 5x y z . iii) Obtenha o plano tangente ao gráfico de 2( , ) ln( 1)f x y x y no ponto ( ,1)e . Resposta: 2 11 ( ) ( 1)z x e y ee . iv) Obtenha o plano tangente ao gráfico de 2 2 2 1/2( , , ) ( 1)f x y z x y z no ponto (4,3,1)P . Resposta: 4 3 15 ( 4) ( 3) ( 1) 5 5 5 w x y z . v) Obtenha a reta que tangencia a curva 3 3 2 23 0x y x y x no ponto (0,0)P . vi) Obtenha as retas que tangencias a curva 2 2 2 2x y x y nos pontos 1 5 1, 2 P . vii) Obtenha a reta tangente ao gráfico da hipérbole 2 24 3 3 4 0x x y y x y no ponto 1,3P . Obtenha também a equação da reta perpendicular à tangente neste ponto. 13 Superfícies de dimensão n k em n� Como observamos anteriormente a reta 3 1, , 2 4 t t é definida pela interseção dos planos 1 : 2 1x y z e 2 : 2 2x y z . Para nós, esta reta é uma “superfície” de dimensão 1 no 3� . Sob condições que explicitamos mais abaixo, a solução de um sistema de equações 1 1 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 : , , , , : , , , , : , , , , n n k k n k S f x x x c S f x x x c S f x x x c … … � … é uma superfície 1 2 kS S S S … de dimensão n k no n� . Se 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t � … é uma curva sobre esta superfície S então 1 2, , ,i i n if x t f x t x t x t c … , para 1 i k , logo ( ) ( ) ( ) 0i id f x t f x t x tdt � � � . 14 Em outras palavras, ( )x t� é ortogonal aos vetores 1 ( )f x t � ,… , ( )kf x t � , ou ainda, ( )x t� é ortogonal ao subespaço vetorial gerado pelos vetores ( )if x t � , 1 i k . A condição que vamos exigir para que S defina uma superfície de dimensão n k é que os vetores ( )if x t � , 1 i k , sejam linearmente independentes, pois neste caso o subespaço gerado pelos vetores tangentes ( )x t� , ou seja, o “plano” tangente em ( )x t , tem dimensão n k . Formulamos esta condição de maneira mais algébrica exigindo que o posto da matriz cujas linhas são os gradientes ( )if x t � seja k , isto é, posto 1 1 1 1 2 2 2 2 1 2 1 2 n n k k k n f f f x x x x x x f f f x x x x x x k f f f x x x x x x � � � � � � � . Em tempo, o posto de uma matriz 11 1 1 n m mn a a A a a � � � � � é a ordem maior das submatrizes de A com determinante não nulo. 15 Exemplo 7 2 2 2, , 6 5f x y z x y z define uma superfície em 3� de dimensão 2 pois , , 2 , 2 ,12 0f x y z x y z � em todo o ponto , ,x y z sobre esta superfície. Exemplo 8 1 2 3 42 3 5x x x x 1 2 3 43 4 1x x x x define uma superfície de dimensão 2 em 4� pois se 1 2 1 3 3 1 4 1 A , verificamos que posto 2A . Por linha-redução 1 1 0 1 | 5 1 2 1 3 | 5 7 3 1 4 1 | 1 10 0 1 1 | 2 7 ∼ , portanto, a superfície de dimensão 2 , que chamamos uma variedade linear, é dada por 1 3 4 1 5 7 x x x , 2 3 4 10 2 7 x x x . A dimensão é 2 porque temos duas variáveis independentes nas equações acima, que, em outras palavras, é dizer que os gradientes 1 1,2, 1,3n � e 2 3, 1,4, 1n � são linearmente independentes. Exemplo 9 2 1x y z 2 2x y z define uma superfície de dimensão 1 em 3� pois 16 posto 2 1 1 2 1 2 1 . A “superfície” acima é a reta que está na interseção dos dois planos. O posto igual a dois da matriz acima expressa que os dois gradientes, 1 2,1,1n � e 2 1, 2,1n � , são linearmente independentes. Logo, os planos não são paralelos e se interceptam na reta 1 3 x t , 11 3 y t , z t que se obtém por linha-redução da matriz do sistema. Exemplo 10 Seja a “superfície” dada pela interseção da esfera e do plano abaixo: 2 2 2 25x y z 2 0x y z . Obviamente, o sistema acima define uma “superfície” de dimensão 1 que é uma circunferência centrada na origem de raio 5r . No gráfico abaixo tal circunferência é visível. 17 Os gradientes da esfera e do plano são 1 2 , 2 , 2g x y z e 2 2,1,1g , respectivamente. Estes vetores são linearmente independentes, pois se, por exemplo, 1 2g g então 2 x y z . Como o ponto , ,x y z está sobre o plano 2 0x y z então 0x y z o que não satisfaz a equação que define a esfera 2 2 2 25x y z . Embora, tudo pareça muito simples, nem tudo foi totalmente esclarecido. Por exemplo, mostramos que todo o vetor que tangencia a superfície é perpendicular ao conjunto de k gradientes das isoquantas que definem a superfície, portanto, estes vetores estão no subespaço ortogonal a estes k gradientes.Este subespaço ortogonal tem dimensão n k . Mas, não mostramos que todo o vetor que é ortogonal aos gradientes é um vetor tangente! Em outras palavras, falta mostrar que a dimensão do plano tangente é n k . Falta também, relacionar a dimensão do plano tangente ao número de variáveis independentes e dependentes que temos em 1 2, , , nx x x… . Estas duas questões responderemos adiante. 18 Superfícies Tangentes Observe que a esfera 2 2 21 1 1 12x y z e o plano 2 2 2 18x y z se interceptam no ponto 3,3,3P . Entretanto, não é evidente que se tangenciam neste ponto. Como podemos verificar isto? Duas superfícies que se tangenciam num certo ponto , ,P x y z têm neste ponto o mesmo plano tangente. Em relação à esfera os vetores perpendiculares aos planos tangentes num ponto , ,P x y z são dados por 1 2 1 , 2 1 ,2 1n x y y � . Portanto, em 3,3,3P , 1 4, 4, 4n � e plano tangente à esfera neste ponto é 9x y z que é o plano acima. Se duas superfícies definidas por 1 1, ,f x y z c e 2 2, ,f x y z c se interceptam num ponto , ,P x y z e têm neste ponto o mesmo plano tangente então os gradientes são paralelos, isto é, existe 0 tal que 2 1, , , ,f x y z f x y z . Duas superfícies definidas por 1 1 2 1, , , nf x x x c… e 2 1 2 2, , , nf x x x c… , que se interceptam no ponto 1 2, , , nP x x x P x … , se tangenciam neste ponto se e só se existe 0 tal que 2 1 2 1 1 2, , , , , ,n nf x x x f x x x … … . Neste caso, obviamente, o plano tangente comum é 2 1 0f x x x f x x x . Exemplo 11 Determine as esferas 22 2 21x y z r , centradas em 0,0,1P , que tangenciam o elipsoide 2 2z x y . Estamos procurando os pontos , ,P x y z tais que 2 ,2 ,2 1 2 , 2 , 1x y z x y para algum 0 e 2 2z x y . Se 0x , então 1 , 0y , 1 2 z e 2 2 x . Os pontos 2 1,0, 2 2 estão sobre a esfera 22 2 31 4 x y z , logo esta esfera 19 tangencia o elipsoide nestes pontos. Se 0y , então 1 , 0x , 3 2 z e 23 2 y , o que é impossível. Se 0x e 0y então 0z neste caso os gradientes acima se reduzem a 0,0, 2 2 0,0, 1 , ou seja, 2 . Portanto, a origem 0,0,0 está sobre a esfera 22 2 1 1x y z que tangencia o elipsoide neste ponto. Exercícios 2 i) Determine o ponto onde a esfera 2 2 2 6x y z e o plano 2 6x y z se tangenciam. ii) Encontrar o raio r da esfera 2 2 2 2( 1)x y z r que tangencia o plano 2 4x y z . iii) Mostre que as superfícies 2 2 2 2x y z e 1x y se tangenciam no ponto 1,1,0 . iv) Determine a isoquanta 1 1 1 3 3 3c x y z que tangencia o plano 90x y z . v) Determine os números c tal que o plano 2x y z c tangencie o elipsoide 2 2 24 1x y z . Em muitas situações as superfícies que estão se tangenciando não são de mesma dimensão. Por exemplo, podemos ter uma superfície, cujo plano tangente em certo ponto contém determinada reta. Neste caso, a reta e a superfície se tangenciam. No exemplo abaixo, verificamos que uma esfera e uma reta se tangenciam num ponto , ,P x y z . Exemplo 12 A reta definida pelas equações 1 , , 3 5 3g x y z x y z e 2 , , 2 1g x y z x y z tangencia a esfera 2 2 2 89, , 210f x y z x y z no ponto 124 55 17, , 210 210 210 P . Vejamos: se a reta tangencia a esfera no ponto , ,P x y z então o vetor ortogonal a esfera neste ponto, ou seja, 20 , , 2 , 2 , 2f x y z x y z é ortogonal a reta e, portanto, é uma combinação linear dos vetores 1 , , 3, 5,1g x y z e 2 , , 2,1, 1g x y z , ou seja, 1 1 2 2 1 22 ,2 , 2 3, 5,1 2,1, 1f g g x y z , pois 1g e 2g geram o subespaço ortogonal à reta. As equações acima nos permitem obter 1 232x , 1 25 12 2y e 1 2 1 1 2 2 z . Como o ponto , ,P x y z está sobre os dois planos então 1 2 1 2 1 2 3 5 1 1 1 3 5 3 5 3 2 2 2 2 2 x y z , 1 2 1 2 1 2 3 5 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2 2 x y z que resulta em 1 635 e 2 13 . A partir daí, obtemos , ,P x y z . A reta está na direção do vetor 4 5, ,1 13 13 v que é um vetor tangente ao plano tangente à esfera no ponto 124 55 17, , , , 210 210 210 P x y z P . 21 Dizemos que uma superfície de dimensão menor tangencia uma superfície de dimensão maior em determinado ponto P se o plano tangente à primeira superfície está contido no plano tangente à segunda superfície em P . Lagrangeanos 22 Exemplo 13 Queremos determinar as esferas 22 2 2, , 1f x y z x y z r centradas no ponto 0,0,1P que tangenciam o hiperboloide 2 2, , 0g x y z x y z . De fato, queremos determinar são os raios das esferas e os pontos de contato. 23 Duas superfícies se tangenciam num ponto , ,P x y z , se neste ponto têm o mesmo plano tangente. Portanto, a solução do nosso problema é expressa pelas equações , , , ,f x y z g x y z e 2 2, , 0g x y z x y z . A primeira das equações expressa a direção perpendicular ao plano tangente comum, e a segunda equação diz que o ponto comum, , ,P x y z , está sobre o hiperboloide. Escrevendo novamente estas equações temos 2 ,2 ,2 1 2 , 2 , 1x y z x y e 2 2 0x y z , ou ainda, 2 2 2 2 2 1 x x y y z e 2 2 0x y z . Se supomos 0x , então 1 , 0y e 1 2 z , que resulta nos pontos 2 1 ,0, 2 2 P que estão sobre a esfera 22 2 31 4 x y z . Portanto, esta esfera 24 tangencia o hiperboloide nestes dois pontos. Se supomos 0y , então 1 , 0x e 3 2 z , que resulta na equação sem solução 2 3 2 y . Portanto, necessariamente 0y . Se por outro lado supomos 0x e 0y então obtemos a solução 0,0,0P com 2 , ou seja, a esfera 22 2 1 1x y z tangencia o hiperboloide na origem. Os pontos 2 1,0, 2 2 P , sobre o hiperboloide, são os estão mais próximos do ponto 0,0,1P . Esta distância é 3 2 que corresponde ao raio da esfera. Poderíamos reformular nosso problema: quais os pontos sobre o hiperboloide que estão mais próximos do ponto 0,0,1P ? Em outras palavras, temos o problema 22 2 2 2 min 1 0. x y z sa x y z 25 A solução deste problema é dada por alguma das esferas 22 2 21x y z r que tangenciam o hiperboloide! Já sabemos que é 22 2 31 4 x y z . Se definimos o lagrangeano 22 2 2 2, , , 1L x y z x y z x y z , e escrevemos as condições de primeira ordem, 0L x , 0L y , 0 L z e 0L , estamos simplesmente expressando as condições de tangência tratadas acima. A esfera 22 2 1 1x y z satisfaz as condições de tangência no ponto 0,0,1P , mas este ponto não corresponde nem a um ponto de mínimo local e nem a um ponto de máximo local de 22 2, , 1f x y z x y z sujeita à restrição 2 2 0x y z como podemos verificar nos gráficos abaixo. O lagrangeano não responde à pergunta sobre máximos ou mínimos, mas sobre isoquantas de f que tangenciam a restrição0g . Por isto, as condições de primeira ordem do lagrangeano são condições necessárias, mas não suficientes. 26 No gráfico abaixo, observamos que 0,0,0P é uma sela para 22 2, , 1f x y z x y z , pois os pontos 2,0,P x x sobre o hiperboloide próximos à origem estão a distâncias 1d ; os pontos 20, ,P y y estão a distâncias 1d , a origem dista 1 do ponto 0,0,1P . 27 Exemplo 14 Queremos determinar as esferas 22 2 2, , 1f x y z x y z r centradas no ponto 0,0,1P que tangenciam o parabolóide 2 2, , 0g x y z x y z . Observe que em relação ao hiperbolóide “dobramos” a parábola 2y sobre o eixo y para resultar 20, ,y y , então o ponto 0,0,0P é um máximo local para 22 2, , 1f x y z x y z . 28 O círculo 2 2 1 2 x y , 1 2 z é constituído de pontos de mínimos globais para 22 2, , 1f x y z x y z cuja distância entre o ponto 0,0,1P e o ponto 0,0,0P é 3 2 . Exemplo 15 2 2 2 2 2 min/ max 3 2 x y z sa x y z x y z Observe que 2 2 2x y z é a distância ao quadrado de um ponto com coordenadas , ,P x y z à origem 0,0,0 . A restrição 2 2 3x y z , 2x y z é a circunferência na interseção do paraboloide 2 2 3x y z com o plano 2x y z conforme o desenho abaixo. 29 Você não precisa fazer os cálculos abaixo, mas acompanhe como o problema está sendo desenvolvido. O lagrangeano deste problema é 2 2 2 2 21 23 2L x y z x y z x y z . As condições de 1ª ordem são 1 22 2 0 L x x x , 1 22 2 0L y yy , 1 22 0L zz , de onde obtemos 2 12 1 x , 2 12 1 y e 2 1 2 z . Utilizando as restrições, obtemos 2 2 1 2 1 2 1 2 1 6 1 2 4. 1 30 Substituindo 2 1 1 a e 1 2b e resolvendo as equações 2 6 2 4. a b a b Obtemos dois valores para 2 1 1 11 1 a e 2 1 1 11 1 a . Se 2 1 1 11 1 então 1 21 11 1 11 e 1 2 6 2 11 , obtemos 1 7 113 11 e 2 29 11 9 11 . Se 2 1 1 11 1 , obtemos 1 7 11 3 11 e 2 29 119 11 . Como 2 12 1 x , 2 12 1 y e 2 1 2 z , utilizando os valores anteriores dos multiplicadores, obtemos dois pontos: 11 1 2 x , 11 1 2 y e 3 11z ; 11 1 2 x , 11 1 2 y e 3 11z . O primeiro ponto corresponde ao ponto mais próximo da origem. Veja o desenho abaixo. 31 O lagrangeano determina esferas centradas na origem que tangenciam a circunferência 2 2 3 2, x y z x y z Como vemos no desenho abaixo. No ponto mais próximo o raio da circunferência é 26 7 11r e para o ponto mais distante o raio é 26 7 11r . Pornato o valor mínimo para o problema proposto é 2 26 7 11r e o valor máximo é 2 26 7 11r . 32 No desenho abaixo, estamos representando no ponto 11 1 2 x , 11 1 2 y e 3 11z os gradientes das funções f , 1g , 2g e o vetor x tangente à circunferência. Observe que o desenho contemplam os valores 1 7 113 011 e 2 29 11 9 0 11 . 33 Os três gradientes, cujas direções estão assinaladas por pontos no desenho abaixo, estão no plano 0x y ortogonal ao vetor 1 1 0 n . 34 Exercícios 3 Encontre o raio da esfera 22 2 21x y z r centrada no ponto 0,0,1P que tangencia o hiperboloide 2 2 2 1 0x y z . Observe que a solução deste problema corresponde à solução do problema 22 2 2 2 2 min 1 1 0. x y z sa x y z 35 A solução deste problema, que está no gráfico acima, é a esfera 22 2 61 4 x y z . A esfera e o hiperboloide se tangenciam na circunferência 2 2 5 4 x y e 1 2 z . Exemplo 16 Consideremos a reta r definida na interseção dos planos 2 3 2 2 x y z x y z que parametrizada por z resulta 8 1, 3 3 x z y z . 36 O problema é determinar o ponto sobre a reta r que está mais próximo da origem: 2 2 2min 2 3 2 2 x y z sa x y z x y z No ponto onde se encontra este mínimo, uma isoquanta de 2 2 2 2, ,f x y z x y z R tangencia a reta r 8 1, 3 3 x z y z , ou seja, 1 2 1 1 2 2 2 1 1 , , 2 1 2 , , , , 2 2 1 x f x y z y g x y z g x y z z . Logo, temos 1 2 2 2 x , 1 22y e 21 2z . Como 2 3x y z e 2 2x y z , substituindo x , y e z , resulta 1 22 2 e 1 2 42 3 ; 1 16 9 e 2 149 ; 5 3 x , 2 3 y e 1z . 37 No ponto 5 2, , 1 3 3 P o gradiente 5 2 , , 1 3 3 f é uma combinação linear dos gradientes 1 5 2, , 13 3g e 2 5 2 , , 1 3 3 g : 1 1 2 2 10 3 1 1 4 16 14 1 2 3 9 9 2 1 2 f g g . Estes vetores são ortogonais ao vetor 1,1,1n como facilmente se observa. O plano que contém o ponto 5 2, , 1 3 3 P e é ortogonal ao vetor 1,1,1n é o plano 2 3 x y z . Veja a figura abaixo. 38 Exemplo 17 Dado o plano : 0a x b y c z d , que não contem o ponto 0 0 0 0, ,P x y z , determinar o ponto , ,P x y z sobre o plano que está mais próximo de 0 0 0 0, ,P x y z . A solução deste problema é dada encontrando a esfera 2 2 2 20 0 0x x y y z z r que tangencia o plano . Esta condição geométrica pode ser expressa pelas condições de primeira ordem do lagrangeano 2 2 20 0 0, , ,L x y z x x y y z z a x b x c z d , ou seja, 39 0 0 0 2 0; 2 0; 2 0; 0. L x x a x L y y b y L z z c x L a x b x c z d Estas condições estão determinando um ponto , ,P x y z sobre o plano, 0 L a x b x c z d , de maneira que este seja tangente à esfera 2 2 2 20 0 0x x y y z z r neste ponto. Como , ,P x y z está sobre o plano então das equações acima temos que 02 a x x , 02 b y y e 02 c z z o que implica 2 2 2 0 0 00 2a x b y c z d a b c a x b y c z d . Logo, 0 0 02 2 2 2 a x b y c z d a b c (*). Observe que podemos determinar x , y e z utilizando as expressões 02 a x x , 02 b y y e 02 c z z . Por outro lado, as equações acima, 02 x x a , 02 y y b e 02 z z c , implicam, 2 2 2 20 0 0 2 2 2 2 2 2 2 4 4x x y y z z r a b c a b c (**). Reunindo os dois (*) e (**) resultados, temos 40 2 2 0 0 02 2 2 2 22 2 2 4 4a x b y c z d r a b ca b c , O que implica que 2 0 0 02 2 2 2 a x b y c z d r a b c . Portanto, 0 0 0 2 2 2 a x b y c z d r a b c , que é a distância entre o plano e o ponto. Exemplo 18 Encontre o ponto , ,P x y z , sobre a reta definida pelos planos 1 , , 2 1g x y z x y z e 2 , , 2 2g x y z x y z que está maispróximo da origem 0,0,0 . O ponto , ,P x y z está sobre a esfera 2 2 2 2, ,f x y z x y z r que tangencia a reta definida pelos planos 2 1x y z e 2 2x y z . Portanto, o gradiente 2 , 2 , 2f x y z é perpendicular a reta. As direções perpendiculares à reta são definidas pelos vetores 1 2,1,1g e 2 1, 2,1g , portanto, 1 1 2 2 1 22 ,2 , 2 2,1,1 1, 2,1f x y z g g . 41 Da equação acima deduzimos que 21 2x , 1 22y e 1 2 2 2 z . Usando as restrições 2 1 1 2 1 2 1 2 5 2 2 3 1 2 2 2 2 2 x y z e 2 1 1 2 1 2 1 2 5 2 2 3 2 2 2 2 2 2 x y z . Resolvendo as equações 1 253 12 e 1 25 3 22 , obtemos 1 811 , 2 14 11 , 1 11 x , 10 11 y e 3 11 z . A distância que a reta a origem é o raio da esfera centrada no ponto 1 10 3, , 11 11 11 , ou seja, 110 11 r . Seja a superfície S definida por 1 1 2 1 2 1 2 2 1 2 , , , , , , , , , , , . n n k n k g x x x c g x x x c g x x x c … … � … Suponhamos que definida sobre a superfície S acima tenhamos uma função : nf S � � e que 1 2, , , nx x x x S … seja um ponto de mínimo ou máximo local de f sobre S . Se 1 2( ) ( ( ), ( ), , ( ))nx t x t x t x t� … é uma curva sobre tal que 1 2(0) ( (0), (0), , (0))nx x x x x � … então 1 2 00( ) ( ( ), ( ), , ( )) (0) (0) 0n ttd df x t f x t x t x t f x xdt dt � � � … , 42 isto é, (0) 0f x x � , portanto, f x é ortogonal a todo vetor tangente à superfície S em x . Isto significa que f x está no espaço ortogonal gerado pelos vetores 1g x ,..., kg x 1, portanto existem 1 , , k … � tais que 1 1 2 2 k kf x g x g x g x � . Em outras palavras, 1 21 2 kk i i i i gg gf x x x x x x x x � , para 1, ,i n … . Se definimos o lagrangeano como 1 1, , , , , ,n kL x L x x … … 1 1 1 1 1 1, , , , , ,n n k k n kf x x g x x c g x x c … … … … 1 1 1 k k kf x g x c g x c … , As condições acima se expressam como 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 2 1 2 1 1 1 , 0; , 0; , 0; , 0. k k k k n n n n n k k k L f g g g x x x x x x x x x x L f g g g x x x x x x x x x x L x g x c L x g x c � � � � 1 Neste ponto, é essencial saber que o subespaço dos vetores tangentes é o ortogonal do conjunto dos gradientes 1g x ,..., kg x . 43 Observe que a condição acima está afirmando que se x S é um ponto de mínimo ou máximo local de f sobre S então x S pertence a uma isoquanta de f que tangencia a restrição em x . Pois, todos os vetores tangentes à S em x estão no plano 0f x x x tangente à isoquanta. No desenho abaixo, a curva 1 , , nx t x t x t … está sobre a superfície 1, , ng x x c… de dimensão 1n , isto é, g x t c . Suponhamos que 0x x , 0x x . Digamos que 0x x é um máximo local para uma função 1, nf x f x x … definida sobre a superfície 1, , ng x x c… . Na proximidade de x , quando nos aproximamos de x , a derivada cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt , portanto o ângulo 90o , à medida que nos aproximamos de x , esta derivada diminui em valor absoluto se aproximando de zero. No ponto de máximo x , 0 0 0 cos 0d f x f x x f x x dt e 90o . Portanto, em x , os dois gradientes são paralelos, isto é, f x g x , pois ambos são perpendiculares a todos os vetores tangentes à superfície 1, , ng x x c… e estes vetores estão sobre um espaço afim de dimensão 1n . Conforme nos afastamos de x , o valor de 1, nf x f x x … diminui, portanto, cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt e 90o . 44 Caso x seja um mínimo local, quando nos aproximamos de x , a derivada cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt , portanto o ângulo 90o , à medida que nos aproximamos de x , esta derivada diminui em valor absoluto se aproximando de zero. No ponto de mínimo x , 0 0 0 cos 0d f x f x x f x x dt e 90o . Portanto, em x , os dois gradientes são paralelos, isto é, f x g x , pois ambos são perpendiculares a todos os vetores tangentes à superfície 1, , ng x x c… . Conforme nos afastamos de x , o valor de 1, nf x f x x … aumenta, portanto, cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt e 90o . Veja o desenho abaixo. 45 Suponhamos que a função 1, nf x f x x … esteja definida sobre a superfície 1 2g g obtida pela interseção de duas superfícies, 1 1 1, , ng x x c… e 2 1 2, , ng x x c… , cada uma delas de dimensão 1n . Seja a curva 1 , , nx t x t x t … sobre as duas superfícies, isto é, 1 1g x t c e 2 2g x t c . Portanto, os vetores x t estão no espaço afim de dimensão 2n que é tangente à superfície 1 2g g em cada ponto x t . Os gradientes 1g x t e 2g x t são ortogonais aos x t e estão no espaço ortogonal ao plano tangente que tem dimensão dois. Caso x seja um máximo local para 1, nf x f x x … em 1 2g g , quando nos aproximamos de x , a derivada cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt , portanto o ângulo 90o , à medida que nos aproximamos de x , esta derivada diminui em valor absoluto se aproximando de zero. No ponto de máximo x , 0 0 0 cos 0d f x f x x f x x dt e 90o . Portanto, em x , f x está no plano ortogonal ao espaço tangente em x , como 1g x e 2g x são linearmente independentes então 1 1 2 2f x g x g x . Conforme nos afastamos de x , o valor de 1, nf x f x x … diminui, portanto, cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt e 90o . Veja o desenho abaixo. 46 Caso x seja um mínimo local para 1, nf x f x x … em 1 2g g , quando nos aproximamos de x , a derivada cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt , portanto o ângulo 90o , à medida que nos aproximamos de x , esta derivada diminui em valor absoluto se aproximando de zero. No ponto de máximo x , 0 0 0 cos 0d f x f x x f x x dt e 90o . Portanto, em x , f x está no plano ortogonal ao espaço tangente em x , como 1g x e 2g x são linearmente independentes então 1 1 2 2f x g x g x . Conforme nos afastamos de x , o valor de 1, nf x f x x … aumenta, portanto, cos 0d f x t f x t x t f x t x t dt e 90o . Veja o desenho abaixo. 47 Exercícios 4 Como as condições de 1ª ordem do lagrangeanoexpressam uma condição geométrica - a tangência - temos que utilizar argumento adicional para determinar se um ponto de tangência é um mínimo ou máximo local. Portanto, nos exercícios abaixo, você deve tomar consciência destes argumentos adicionais para responder aquilo que está sendo solicitado. i) Determine o ponto de mínimo e máximo global de 2 2( , ) 8 4 4f x y x y y sujeito à restrição 2 2 1x y . Resposta: 0, 1 é mínimo global e 3 1, 2 2 e 3 1 , 2 2 são máximos globais. ii) Determine o ponto de mínimo e máximo global de 2x y z sujeito à restrição 2 2 24 1x y z . Resposta: 1 1 1, , 3 2 3 3 é mínimo global e 1 1 1, , 3 2 3 3 é máximo global. iii) Encontrar a distância que o ponto 0,0,1 está do parabolóide elíptico 2 2x y z . Resposta: 2 2 1 2 x y , 1 2 z . Observe que (0,0,0) é um ponto de máximo local para 2 2 2( 1)x y z s.a. 2 2x y z . iv) Determine o ponto da reta 48 2 1x y z , 2 4x y z mais próximo da origem. Resposta: 24 9 5, , 11 11 11 . v) Determine o ponto mais próximo e o ponto mais distante sobre a esfera 2 2 2 36x y z e o plano 6x y z em relação ao ponto 0,0,1 Resposta: 0,0,6 , 4,4, 2 . vi) Encontre os pontos de mínimo e de máximo de ( , , )f x y z y z x z sujeita às restrições 2 2 1y z e 3x z . Resposta: 1 13 2, , 2 2 , 1 1 3 2, , 2 2 , 1 1 3 2, , 2 2 , 1 1 3 2, , 2 2 .
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