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Histórico, Definição, Objetivos, Efeitos, Indicações, Contra- Indicações, Complicações; Classificação e descrição das manobras fundamentais; Posicionamento e abordagem do terapeuta; Prescrição das diferentes técnicas de Massoterapia; Recursos Instumentais CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A MASSAGEM TERAPÊUTICA • Apresentar-se para tratamentos por massagem do mesmo modo que o faria para a administração de qualquer outra modalidade terapêutica. – Padrões de limpeza e higiene pessoal • Observando que o tratamento por massagem envolve a exposição da parte do corpo a ser tratada e o contato direto do paciente com seu terapeuta, e essencial um elevado padrão de prática ética. – O contato não apropriado e a exposição desnecessária devem ser evitados sob qualquer circunstância; – Deve-se demonstrar atitudes e movimentos espontâneos e relaxados, permitindo que se concentrem no tratamento ministrado; – Como em todos os tratamentos, um pré-requisito essencial é a explicação adequada do que vai ocorrer ao paciente; – Não utilizar adornos; – Conhecimento sobre a anatomia superficial; – Preparação das mãos (hidratar/unhas/calosidades); – Lubrificantes: pós (talco neutro), sabão e água quente (?), óleos e cremes (atenção aos excessos); 4PROF. MARCELO NISHI, ME. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A MASSAGEM TERAPÊUTICA • EQUIPAMENTO “O equipamento mais importante para o tratamento por massagem é um par de mãos bem treinadas por uma mente inteligente.” – Mesa acolchoada, macas, cadeiras, colchonetes, ... 5PROF. MARCELO NISHI, ME. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A MASSAGEM TERAPÊUTICA – Posicionamento adequado: • Maca ou cadeira regulável com apoio de cabeça • Adaptações: – TRAVESSEIRO DE PRONAÇÃO – CUNHA OU TRAVESSEIRO INCLINADO • Cobertura do paciente (privacidade) – Lençol • Posição do terapeuta 6PROF. MARCELO NISHI, ME. COMPONENTES DA MASSAGEM TERAPÊUTICA • Posicionamento do Paciente: – Conforto e Apoio do Paciente • Relaxamento Prévio: – Ambiente Tranqüilo – Iluminação suave – Temperatura moderada • Técnica: – Flexibilidade das mãos (moldar o contorno da área massageada) – Direção – Pressão – Velocidade e Ritmo – Duração e Freqüência 7PROF. MARCELO NISHI, ME. EFEITOS 9PROF. MARCELO NISHI, ME. •Efeitos Mecânicos: a pressão comprime os tecidos moles e distorce as redes de receptores nas terminações nervosas. •Efeitos na Circulação: melhora a perfusão sanguínea (↑ nutrientes, ↑ oxigenação, ↑ cicatrização, ↑ remoção dos catabólicos, ↑ eritrócitos*, ↑ débito urinário, ...) •Efeito na musculatura: ↑ nutrição (não ↑ a força) EFEITOS 10PROF. MARCELO NISHI, ME. •Efeito nos ossos e articulações: ? •Efeitos nas vísceras: ↑ a função •Efeitos nas secreções pulmonares: facilita o deslocamento do muco •Efeitos na pele: ↑ a elasticidade •Efeitos no SN: teoria das comportas PRINCIPAIS INDICAÇÕES DA MASSAGEM TERAPÊUTICA • Relaxamento geral ou local • Alívio da Dor • Edema crônico • Tecido cicatricial • Lesões musculares, tendões, ligamentos ou articulações • Constipação crônica • Facilitação dos movimentos • Prevenção de deformidades 11PROF. MARCELO NISHI, ME. CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS DA MASSAGEM TERAPÊUTICA • Infecção aguda (osteomielite, artrite, dermatite, miosite) • Doença de pele • Câncer • Áreas de Hiperestesia grave • Presença de corpos estranhos (areia, vidro) • Doenças dos vasos sanguíneos 12PROF. MARCELO NISHI, ME. PRECAUÇÕES GERAIS • Obtenha um diagnóstico acurado; • Efetue o exame físico apropriado; • Verifique cuidadosamente as possíveis contra- indicações ao tratamento; • Cubra, verifique o posicionamento, e apóie o paciente de forma apropriada; • Garanta um elevado padrão de higiene ; • Avalie e documente a resposta do paciente ao tratamento. 13PROF. MARCELO NISHI, ME. ALISAMENTO (DESLIZAMENTO) –É realizado com toda a superfície palmar • Os dedos são mantidos juntos e o polegar pode estar abduzido ou aduzido • Pode ser utilizada uma ou ambas as mãos. • Em áreas pequenas, pode-se utilizar as pontas dos dedos. – Utilizado para dar início a uma seqüência de massagem → primeiro contato → relaxamento. Pode ser utilizado como união das seqüência de outros movimentos. 15PROF. MARCELO NISHI, ME. ALISAMENTO (DESLIZAMENTO) • Em qualquer direção e sentido. • Comumente, o alisamento avança em uma direção a cada vez • Ao longo de uma linha paralela ao eixo longitudinal do corpo e/ou transversal ao eixo longitudinal. • Pode ser efetuado fazendo um ângulo com o eixo longitudinal (diagonal) • O movimento deve ter continuidade enquanto a mão estiver em contato com a pele → ser rítmico • Velocidade – Rápido / Lento • Profundidade da Pressão – Alisamento Superficial (relaxar) e Alisamento Profundo (estimular a circulação) 16PROF. MARCELO NISHI, ME. ALISAMENTO (DESLIZAMENTO) • Efeitos do Alisamento: –Relaxamento significativo, produzindo um efeito sedativo → aliviar a dor e o espasmo muscular. –Quando realizado de forma rápida e suave → estimulante → revigoramento –O alisamento profundo → dilatação das arteríolas (tecido superficial e profundo) 17PROF. MARCELO NISHI, ME. ALISAMENTO (DESLIZAMENTO) • Contra-Indicações: –Grandes áreas abertas –Edema muito extenso –Varicosidades significativas –Áreas de hiperestesias –Áreas extremamente pilosas 18PROF. MARCELO NISHI, ME. AMASSAMENTO (COMPRESSÃO) – Os músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e liberados. – Objetivos: estirar tecidos encurtados, liberar aderências e ativar o fluxo venoso e linfático. – Paciente: posição confortável e relaxada. – Geralmente os movimentos são lentos, suaves → mov. circular. – Apesar da pressão ser intermitente, cuidado para não beliscar o paciente. – Direção (?) • Centrípeta: o retorno será através de um movimento superficial • Centrífuga: o retorno será através de um movimento profundo. 19PROF. MARCELO NISHI, ME. TORCEDURA (COMPRESSÃO) • Mobilização em que os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. • Finalidade: mobilização da massa muscular • As mãos são posicionadas ao longo do eixo da musculatura, com os polegares em uma posição de grande abdução em relação aos dedos → os tecidos são agarrados com ambas as mãos; levantados e comprimidos entre os dedos e o polegar das mãos opostas → movimento resultante mediante a flexão e extensão alternadas dos punhos. Para massas musculares menores → utilizar as pontas dos dedos • Velocidade: lenta ou média • Pressão: Razoável 20PROF. MARCELO NISHI, ME. ROLAMENTO • Tecido subcutâneo são “rolados” sobre as estruturas mais profundas. • Objetivo: mobilização da pele e das estruturas subcutâneas / melhorar a circulação / melhorar a ADM das articulações • As mãos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfície cutânea, com os polegares esticados e afastados → os dedos estendidos arrastam tecidos na direção dos polegares → produz uma prega de pele entre os dedos e os polegares → em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos, rolando-os em trono da parte do corpo,m em um movimento ondular → afastando do terapeuta • Velocidade: habitualmente de forma muito lenta • Pressão: ? 21PROF. MARCELO NISHI, ME. FRICÇÃO – Pode ser realizada com toda ou parte proximal da palma da mão / superfície palmar da falange distal do polegar ou com os dedos. – Os tecidos superficiais são movidos sobre estruturas mais profundas. – A pressão deve ser profunda e firme. – Direção: que produza tensão sobre as estruturas envolvidas (estirando) 22PROF. MARCELO NISHI, ME. PALMADAS • Movimento realizado com uma ou ambas as mãos → mão em concha golpeiam rapidamente a superfície cutânea → comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração → que penetra nos tecidos • Finalidade: estimular os tecidos por meio de uma ação mecânica direta • São aplicadas com movimentos alternados das superfícies palmares das mãos em concha (sem rigidez) → o movimentoé efetuado pela flexão e extensão alternadas dos pulsos • São efetivadas com bastante rapidez → consiste em estimular os tecidos → rápido mais suave ** Tapotamento? 23PROF. MARCELO NISHI, ME. PANCADAS • Movimento efetuado com uma ou duas as mãos, em que o pulso frouxamente cerrado golpeia a parte do corpo → face dorsal das falanges médias e distais dos dedos e a parte carnuda da palma da mão entrem em contato com os tecidos. • Similar a palmada → estimular os tecidos por meio de uma ação mecânica direta → porém mais estimulante. • Movimento é efetuado pela flexão e extensão alternadas dos pulsos. • São aplicadas com bastante rapidez • A pressão é bastante superior a palmada 24PROF. MARCELO NISHI, ME. CUTILADAS • Movimento efetuado com uma ou duas mãos, em que as bordas laterais e as superfícies dorsais dos dedos golpeiam a superfície da pele em rápida sucessão → criar um efeito estimulante e vigoroso. • Terapeuta em ângulo reto com o eixo longitudinal dos músculos que serão tratados → flexiona os cotovelos e promove a abdução dos ombros, de modo que os antebraços ficam praticamente horizontais, com os pulsos quase em extensão completa (posição de oração) → movimento rápido e alternado entre a pronação e supinação dos antebraços → as superfícies palmares quase se tocam → dedos e mão relaxadas • Movimento realizado com o máximo de velocidade possível → exige muita coordenação por parte do terapeuta. • Pressão (leve) 25PROF. MARCELO NISHI, ME. COMPRESSÃO Apreensão e tração repetitivos dos tecidos com uma ou ambas as mãos, através de um movimento de elevação, rolamento ou pressionamento. A pressão é aplicada de forma intermitente!!! MANOBRAS MIOFASCIAIS FÁSCIA • Tecido conjuntivo fibroso de proteção e nutrição, onipresente e tenaz. • Profundamente envolvido em processos fundamentais da estrutura, função e metabolismo originado no mesênquima. Prof.Marcelo Nishi 28PROF. MARCELO NISHI, ME. FÁSCIA • Ampla rede tensional interligada de tecido conjuntivo denso, que adapta suas fibras e densidade de acordo com a demanda tensional. • Permeia todo o corpo humano formando uma matriz tridimensional contínua de suporte estrutural. • Ele enterpenetra e rodeia todos os órgãos, músculos, ossos e fibras nervosas, criando um ambiente único para o funcionamento do sistema corporal. (LeMoon K. Terminology used in Fáscia Research. J. Bodyw Mov. Ther., 2008) FÁSCIA FÁSCIA Tecido conjuntivo fibroso de proteção e nutrição, onipresente e tenaz. Profundamente envolvido em processos fundamentais da estrutura, função e metabolismo originado no mesênquima. 31 FÁSCIA “Durante o estudo, pode-se observar que músculo só tem valor através da cadeia funcional a qual pertence, não existe ação muscular isolada. A noção das cadeias musculares funcionais nos leva considerar a aponeuroses (fáscias) como agentes mecânicos de coordenação motora → elemento motriz.” 32 FÁSCIA • A fáscia é um tecido conjuntivo de sustentação, invólucro de órgãos e músculos. • Os invólucros musculares encontram- se internamente ligados, em continuidade, de maneira a formar um verdadeiro esqueleto fibroso apoiado sobre o esqueleto ósseo. 33 34 FÁSCIA FÁSCIA ÓSSOS MÚSCULOS SNC ÓRGÃOS 35 36 CONSTITUIÇÃO • A fáscia é um dos vários grupos de tecido conjuntivo, tendo em sua composição os blastos, que estão envoltos pela substancia fundamental. • Esta, por sua vez, é composta por: • feixes conjuntivos colagenosos • rede de elastina • líquido lacunar 37 CONSTITUIÇÃO ** O tecido conjuntivo é mal conhecido por nossa profissão ele representa 70% do tecido humano, mantendo sempre a mesma estrutura, a única diferença está na distribuição dos elementos constituintes e nas substancias fixadas pelas mucinas de ligação. 38 CONSTITUIÇÃO ** O conjuntivo é formado por células especializadas em forma de estrela função de secretar duas proteínas. ** Lembrando que ambas são renováveis a elastina é considerada como uma proteína de longa duração e o colágeno de curta duração. 39 DIVISÃO DA FÁSCIA • Didaticamente podemos dividir o conjunto fascial em 05 grandes partes que envolvem mais ou menos por completo o corpo humano: –1. Fáscia superficialis –2. Peritônio –3. Sistema aponeurótico muscular –4. Cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica –5. Membranas recíprocas 40 1. FÁSCIA SUPERFICIALIS Trata-se de um imenso tecido conjuntivo frouxo que “forra” a pele → praticamente ao longo de toda a sua superfície. - exceto: face, base do crânio e região nucal, região esternal, sacral, glútea, patelar, cotovelo, tornozelos e nas extremidades (mãos e pés). A sua principal função é a de nutrir o epitélio cutâneo → possível explicação para as regiões de escaras . A fáscia superficialis além de nutrir, ela é ponto de partida para a maioria dos capilares linfáticos. 41 42 DIVISÃO DA FÁSCIA • 1. Fáscia superficialis • 2. Peritônio • 3. Sistema aponeurótico muscular • 4. Cadeia cérvico-tóraco- abdominopélvica • 5. Membranas recíprocas 44 2.PERITÔNIO • Constituído de uma GRANDE MEMBRANA FIBROSEROSA que UNE TODAS AS ESTRUTURAS viscerais, além de PERMITIR A MOVIMENTAÇÃO das mesmas. 45 Pode-se dizer que a massa visceral contida na cavidade abdominal é flutuante... 2.PERITÔNIO As vísceras se desenvolvem entre dois folhetos: - PERITÔNIO PARIETAL atapeta a parede interna da cavidade abdominal e pélvica. - PERITÔNIO VISCERAL recobre os órgãos 46 47 2.PERITÔNIO *** Como já sabemos o peritônio possui uma dupla função conjuntiva: - tecido de sustentação e proteção - tecido de nutrição e eliminação ***Os mesos unem os segmentos do tubo digestivo à parede apresentam vasos sanguíneos e linfáticos *** Os ligamentos unem os órgãos à parede *** As pregas omentais unem os órgãos entre si . 48 49 50 DIVISÃO DA FÁSCIA • 1. Fáscia superficialis • 2. Peritônio • 3. Sistema aponeurótico muscular • 4. Cadeia cérvico-tóraco- abdominopélvica • 5. Membranas recíprocas 52 3.APONEUROSE MUSCULAR • Pode ser considerado o invólucro do corpo (esqueleto fibroso) → recobre toda a face externa / melhor forma de ilustrá-la é imaginar uma ESFOLADO VIVO. • Espessuras e texturas variáveis, ESTÁ PRESENTE EM TODAS AS REGIÕES DO NOSSO CORPO. 53 3.APONEUROSE MUSCULAR • Envolve todo o corpo e POSSUI POUCAS INSERÇÕES FIXAS, além disso muitas dessas inserções se dão sobre ossos moveis (ex: clavícula); • A aponeurose superficial APRESENTA-SE COMO DUAS APONEUROSES SIMÉTRICAS, que cobrem paralelamente cada metade do corpo → se insere solidamente atrás ao longo da coluna e na frente sobre o esterno e a linha alba; 54 3.APONEUROSE MUSCULAR 55 DIVISÃO DA FÁSCIA • 1. Fáscia superficialis • 2. Peritônio • 3. Sistema aponeurótico muscular • 4. Cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica • 5. Membranas recíprocas 56 4.CADEIA PROFUNDA CÉRVICO- TÓRACO-ABDOMINOPÉLVICA • Também denominada de CADEIA DOS TRÊS DIAFRAGMAS, é uma cadeia fascial particularizada esclarece através de uma nova visão muitos pontos da biomecânica, da ventilação torácica e das patologias vertebrais e suas evoluções. 57 4.CADEIA PROFUNDA CÉRVICO- TÓRACO-ABDOMINOPÉLVICA • Ela se inicia na base do crânio caixa torácica (conjunto aponeurótico, facial e ligamentar – faz com que o diafragma se encontre suspenso à base do crânio e à coluna cervicodorsal até T4) região pélvica (lig. costolombares, fáscias ilíacas) 58 59 60 DIVISÃO DA FÁSCIA • 1. Fáscia superficialis • 2. Peritônio • 3. Sistema aponeurótico muscular • 4. Cadeia cérvico-tóraco- abdominopélvica • 5. Membranas recíprocas 61 5.MEMBRANAS RECÍPROCAS • É o nome dado ao conjunto de membranas que contêm e protegem o eixo cerebroespinhal → SENDO A DURAMATER A PEÇA MAIS IMPORTANTE considerado um envelope fibroso e único (algumas literaturas subdividem a duramater em craniana e espinhal) divisão arbitrária e falsa. 62 5.MEMBRANAS RECÍPROCAS 63 5.MEMBRANAS RECÍPROCAS64 FUNÇÕES DA FASCIA 65 • Perpetuar a circulação dos fluídos • Favorecer a coordenação motora • Promover a proteção e a nutrição dos tecidos • Auxiliar no metabolismo geral. FUNÇÕES DA FASCIA • Colabora com a excitabilidade nervosa; • É solidária a contratilidade muscular; • Normalmente, quando há um encurtamento muscular → há um encurtamento da fáscia. 66 PATOLOGIA DA FÁSCIA • Toda imobilidade da fáscia, todo bloqueio de sua mobilidade ESTASE LÍQUIDA (edema); • Tensões anormais que a fáscia suporta → sobrecarrega o sistema músculo-aponeurótico, sistema cápsulo- ligamentar → receptores sensitivos QUADRO ÁLGICO; • A perda de mobilidade da fáscia, faz com que as articulações se degenerem PERDA DA ELASTICIDADE MUSCULAR E DO TECIDO CONJUNTIVO; 67 TENDÃO CENTRAL POMPAGE - Marcel Bienfait pode ser considerado como o precursor esta técnica no Brasil ele recuperou esse procedimento para utilização na fisioterapia. - O termo Pompage passou do Francês ao Inglês e ao português, sem tentativa de tradução. • ***um gesto de "bombeamento", um puxar- relaxar sucessivos. 71PROF. MARCELO NISHI, ME. TÉCNICA - É uma espécie de bombeamento da articulação. O terapeuta alonga a articulação de modo lento, suave e progressivo. - Aplica-se a qualquer parte do corpo comprometida por encurtamento muscular e articular. 72PROF. MARCELO NISHI, ME. TÉCNICA - A técnica das “pompages”não pode ser considerado como um método, é apenas um meio de trabalho só terá valor através de um tratamento bem elaborado e coordenado. - Apesar de nos ter chegado por meio de osteopatas, trata-se de uma velha prática de massagem clássica “manobras de alongamentos rítmicos” 73PROF. MARCELO NISHI, ME. TÉCNICA “A correção ou o tratamento de uma perda do macromovimentoatravés de micromovimentos” “Durante a Pompage, a força jamais poderá substituir a precisão” 74PROF. MARCELO NISHI, ME. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA POMPAGES?? AS POMPAGES TEM COMO OBJETIVOS: Melhorar a circulação/difusão Relaxar a musculatura Combater o desgaste muscular » os objetivos dependeram da necessidade .... 76PROF. MARCELO NISHI, ME. AONDE A POMPAGES ATUA??? AÇÃO SOBRE A CIRCULAÇÃO: “CIRCULAÇÃO CANALIZADA”→ sangue arterial, venoso e linfático » apenas a linha de penetração e retorno dos tecidos “CIRCULAÇÃO LACUNAR” → considerada como a circulação vital » "embebimento" do tecido ( sem sistema motor, sem canalização, o deslocamento se dá por meio dos movimentos – deslizamentos dos tecidos) 78PROF. MARCELO NISHI, ME. AÇÃO SOBRE A MUSCULATURA: Na musculatura tônica a pompage irá atuar nas retrações*. *O tensionamento passivo dos músculos provocam o deslizamento dos miofilamentos de actina para fora da região central dos sarcômeros → trata-se da visco-elasticidade muscular. – *** Nos casos de retração leve, esse alongamento via tensionamento pode se tornar definitivo 79PROF. MARCELO NISHI, ME. AÇÃO ARTICULAR: As pompages facilitam as mobilizações articulares durante a recuperação funcional → a pompage descomprime a articulação, visando recuperar a frouxidão fisiológica. A rigidez compromete a frouxidão indispensável aos micromovimentos 80PROF. MARCELO NISHI, ME. ETAPAS DA POMPAGES ETAPAS DA POMPAGES São utilizados 3 etapas ou tempos: • 1º) Tensionamento do segmento • 2º) Manutenção da tensão • 3º) Tempo de retorno 82PROF. MARCELO NISHI, ME. 1º) TENSIONAMENTO DO SEGMENTO – Nesta fase, o terapeuta alonga lenta, regular e progressivamente → respeitar o limite da elasticidade fisiológica (individualidade do paciente). – A tensão nunca deverá ultrapassar a elasticidade tecidual→ provoca reações de defesa – O tensionamento durante esta fase, requer uma grande sensibilidade/ Força da Tensão X Eficácia → “Dr. não estou sentindo nada...não está puxando o suficiente!!!” 83PROF. MARCELO NISHI, ME. 2º) MANUTENÇÃO DA TENSÃO • Nesta fase, conforme o objetivo da pompage poderemos: Circulação (pompage fascial) - terapeuta retém a tensão da fáscia por alguns segundos → sentindo a mão sendo puxada para retornar ao ponto inicial pela elasticidade. - Deverá conservar essa sensação durante toda a terceira parte do retorno. Muscular e articular - este é o tempo principal da pompage→manutenção da tensão - nesta fase, os miofilamentos de actina deslizam de maneira lenta - o paciente deverá estar completamente relaxado, sem se opor a tensão → uso de expirações relaxantes. - Este segundo tempo é também o tempo mais importante para as pompages articulares →manter a descompressão por 15-20’’ (rehidrataçao). 84PROF. MARCELO NISHI, ME. 3º) TEMPO DE RETORNO a) Nas pompages circulatórias → é o principal tempo / deve ser realizado de maneira mais lenta possível - a fáscia puxa a mão do terapeuta, mas este controla essa tração para obrigá-la a trabalhar→ neste período rompem as barreiras/ bloqueios/ estases - a tensão da fáscia deverá ser controlada → mas não interrompida durante durante o tempo de retorno 85PROF. MARCELO NISHI, ME. 3º) TEMPO DE RETORNO Nas pompages musculares→ o retorno será muito lento, visando evitar o reflexo contrátil muscular Nas pompages articulares→ o terceiro tempo é acessório. 86PROF. MARCELO NISHI, ME. POMPAGE - As Pompages fazem parte do arsenal das terapias manuais, consiste em tracionar o tecido conjuntivo, principalmente as fáscias → permitindo assim que estas estruturas exerçam as suas funções de forma eficaz. 87PROF. MARCELO NISHI, ME. POMPAGE O início de uma sessão sempre irá se dar com uma fase preparatória → aquecimento: Pompage Global e Pompage Torácica 88PROF. MARCELO NISHI, ME. POMPAGE Pompage Global: - paciente em decúbito dorsal/ MMII e MMSS alongados e descruzados - terapeuta sentado à cabeceira do paciente → antebraços apoiados sobre a mesa. As duas mãos fixam a cabeça (occipital repousa sobre as palmas das mãos) - a tração se dá de maneira lenta, regular e progressiva → limite da elasticidade dos tecidos (nunca ultrapassar - individualização). Já o retorno da tração deve ser realizado o mais lentamente possível → a elasticidade tecidual puxa a mão do terapeuta para a posição inicial. 89PROF. MARCELO NISHI, ME. POMPAGE Pompage Torácica • paciente em decúbito dorsal/ MMII e MMSS alongados e descruzados • Terapeuta em pé, na cabeceira da maca. As duas mãos ficam uma sobre a outra, apoiadas no esterno do paciente → fixar o manúbrio e o processo xifóide. • Em um primeiro momento devemos observar o ritmo respiratório do paciente ( respiração profunda). Após este primeiro momento, a expiração deverá ser acompanhada por uma pressão leve →mão interna/manúbrio e a inspiração deverá ser acompanhado por uma leve tração →mão externa/processo xifóide. 90PROF. MARCELO NISHI, ME. O SUPÉRFLUO E O NECESSÁRIO Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego. Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição. Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver. Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais. Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar. Uns queriam ter voz bonita; outros, falar. Uns queriam silêncio; outros, ouvir. Uns queriam sapato novo; outros, ter pés. Uns queriam um carro; outros, andar. Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário. MOBILIZAÇÃO PASSIVA Conceito, Movimentos osteocinemáticos e artrocinemáticos, Efeitos Fisiológicos, Efeitos Mecânicos, Planos e Eixos do Movimento Passivo, Limite Angular dos Movimentos Objetivos, Indicações, Contra-Indicações, Complicações Avaliação e Prescrição CONSIDERAÇÕES INICIAIS • Os primeiros estudos sobre a utilização dos Exercícios Terapêuticos ou Cinesioterapia datam da Grécia e Roma antiga, porém foi a partir da I Guerra Mundial que a mesma se desenvolveu. 93PROF. MARCELO NISHI, ME. CONSIDERAÇÕES INICIAIS É preciso conhecer os princípios e resultados básicos do tratamento, estar apto para fazer uma avaliação funcional e reconhecer as interrelações entre a anatomia,fisiologia, biomecânica e cinesiologia → ter um entendimento do grau de debilidade e seu potencial de recuperação, complicações, precauções e contra-indicações → proporcionando assim ao paciente um melhor e mais eficaz trabalho de prevenção, cura e reabilitação. 94PROF. MARCELO NISHI, ME. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Segundo o COFFITO a fisioterapia busca alcançar, através de metodologias e técnicas próprias baseadas na utilização terapêutica dos movimentos e dos fenômenos físicos, uma melhor qualidade de vida para o cidadão, frente às disfunções intercorrentes. As metodologias e as técnicas da Cinesioterapia são práticas próprias e exclusivas do profissional fisioterapeuta, sendo sua indicação e sua utilização prática terapêutica própria, privativa e exclusiva do profissional Fisioterapeuta. 95PROF. MARCELO NISHI, ME. cinesioterapia Kinêsia – movimento Thérapéia – terapia - TERAPIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO - “ O exercício terapêutico é o treinamento sistemático e planejado de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas com a intenção de proporcionar ao paciente/cliente meios para: tratar ou prevenir comprometimentos; melhorar, restaurar ou aumentar a função física; evitar ou reduzir fatores de risco relacionados à saúde; otimizar o estado de saúde geral, o preparo físico ou a sensação de bem-estar.” 96PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA ESPECIALIDADADES A cada dia surge e surgirão novas técnicas cinesioterapêuticas Melhorando a qualidade do serviço prestado. 97PROF. MARCELO NISHI, ME. cinesioterapia “O exercício terapêutico tem como objetivo manter, corrigir e/ou recuperar uma determinada função, ou seja, restaurar a função normal do corpo ou manter o bem estar.” Sua principal finalidade é a manutenção ou desenvolvimento do movimento livre para a sua função, e seus efeitos baseiam se no desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção: da força, potência, da resistência à fadiga, da mobilidade e flexibilidade, do relaxamento, do equilíbrio e da coordenação motora → aquisição de movimento e função livres de sinais/sintomas. 98PROF. MARCELO NISHI, ME. FUNÇÃO Desempenho muscular Resistência Física Mobilidade Flexibilidade Controle Neuromuscular Equilíbrio Ajuste postural Estabilidade Coordenação 99PROF. MARCELO NISHI, ME. Solucionar Problemas !!! Problemas?!?Ôba !!! Não se esqueça: "Uma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio o previne.“ (ALBERT EINSTEIN) 100PROF. MARCELO NISHI, ME. Campanhas Orientações Exames Tto Precoce Limitação Controle 101PROF. MARCELO NISHI, ME. Aplicação do exercício terapêutico 102PROF. MARCELO NISHI, ME. TERMOS IMPORTANTES PARA INÍCIO DE CONVERSA.... TERMOS UTILIZADOS Posição Anatômica Anterior Posterior Superior / Cranial / Cefálica Inferior / Caudal Medial Lateral Região Ventral Região Dorsal Flexão Extensão Flexão Lateral / Inclinação Lateral Proximal Distal Superfície Flexora Superfície Extensora Superfície Palmar Dorso Superfície Plantar Homolateral Contralateral Circundução: Rotação Interna Rotação Externa Pronação Supinação 104PROF. MARCELO NISHI, ME. TECIDO CONJUNTIVO Tecido Conjuntivo ou Conectivo Considerado um dos tecidos mais abundantes do nosso corpo → “encontra- se em todos os lugares” “O tecido conjuntivo é mal conhecido por nossa profissão ele representa 70% do tecido humano, mantendo sempre a mesma estrutura, a única diferença está na distribuição dos elementos constituintes e nas substancias fixadas pelas mucinas de ligação.” ** O conjuntivo é formado por células especializadas em formato de estrela função primordial de secretar duas proteínas: Colágeno (resistência) e Elastina (elasticidade). ** Lembrando que ambas são renováveis a elastina é considerada como uma proteína de longa duração e o colágeno de curta duração. Exemplos de Tecido Conjuntivo: Tendões, Ligamentos, Fáscias,... 105PROF. MARCELO NISHI, ME. TECIDO ÓSSEO • Tecido Ósseo – Sustentação / Pontos de inserção para os músculos / Proteção / Alavanca / Depósito de sais minerais / Produção de células sanguíneas. – Rigidez X Flexibilidade – O periósteo (tec. conjuntivo) recobre cada osso e fornece vasos para a nutrição. – Normalmente o osso se encontra sempre em remodelação (osteócitos). – Se forma através de um modelo de cartilagem (condroblasto) → Ossificação (osteoblasto) 106PROF. MARCELO NISHI, ME. PLANOS E EIXOS • Sagital: lateral direita e esquerda • Coronal ou frontal: anterior e posterior • Transversal: superior e inferior • Sagital: abdução e adução • Coronal ou frontal: flexão e extensão • Longitudinal ou Vertical: rotação direita ou esquerda Plano: são derivados das dimensões no espaço e perpendiculares umas aos outros Eixo: linhas reais ou imaginárias em torno dos quais ocorrem os movimentos 107PROF. MARCELO NISHI, ME. PLANOS E EIXOS 108PROF. MARCELO NISHI, ME. Tendo como base os planos e eixos podemos executar movimentos puros ou combinados Flexão e Extensão Rotação Medial e Lateral Abdução e Adução Circundução Abd e Add horizontal e oblíqua Elevação e Depressão Oponência e Desoponência MOVIMENTOS PUROS MOVIMENTOS COMBINADOS 109PROF. MARCELO NISHI, ME. Tipos de articulação 1. Articulação Fibrosas ou Sinartroses : possui uma fina camada de perióstio fibroso entre os dois ossos / fixas → Imóveis* Suturas: limitadas ao crânio (fixa os ossos, as extremidades são formadas para permitir o encaixe / sem movimento* / dar forma e resistência – suturas cranianas) Sindesmose: ligamento interósseo (ligeira//e móvel – tibiofibular distal e médio e rádioulnar média) Gonfose: restrita á fixação dos dentes (articulação de pino ou encaixe) 110PROF. MARCELO NISHI, ME. 111PROF. MARCELO NISHI, ME. http://2.bp.blogspot.com/-T5XeyTDK22Y/TZyjqGwV5JI/AAAAAAAAADE/98db-HQzHOI/s1600/sindos.jpg http://2.bp.blogspot.com/-jRdSboWJaig/TZykAb9oJhI/AAAAAAAAADM/tY7j9tCsGKM/s1600/Gonfose_Pronta.jpg • 2. Articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses : possui uma cartilagem hialina ou fibrocartilagem entre os ossos → ligeiramente móveis – Primárias ou Sincondroses: movimento ausente ou mínimo (pode ser interóssea ou intra-óssea – primeira articulação esternocostal). – Secundária ou Sínfises: ligeiramente móvel (disco fibrocartilaginoso, cartilagem hialina sobre superfície óssea, ligamentos – sínfise púbica e manúbrio esternal, artic. intervertebral) TIPOS DE ARTICULAÇÃO 112PROF. MARCELO NISHI, ME. 113PROF. MARCELO NISHI, ME. 3. Articulações Sinoviais ou Diartrodial: não apresentam união direta entre as extremidades ósseas / existe uma cavidade preenchida com líquido sinovial contido dentro de uma cápsula / cartilagem hialina recobre as superfícies da articulação / móveis Cartilagem Hialina Superfícies ósseas Natureza porosa, compressível e elástica Não contém vaso ou nervo Nutrição: rede vascular da membrana sinovial Cápsula Articular Camada Externa: Estrato Fibroso (vascularização pobre e ricamente inervada) Camada Interna: Estrato Sinovial (vascularização rica e pobremente inervada) Faixas de tecido conjuntivo Envolve a articulação e encerra uma cavidade articular Flexível e frouxa para permitir movimento Perfurada por vasos e nervos Espessamentos – ligamentos TIPOS DE ARTICULAÇÃO 114PROF. MARCELO NISHI, ME. 115PROF. MARCELO NISHI, ME. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES TIPO MOVIMENTO ESTRUTURA EXEMPLO Sinartrose Nenhum Fibrosa-sutura Ossos do crânio Anfiartrosee Pouco Cartilagínea Sínfise púbica, vértebras Diartrose Livre Sinovial Quadril, cotovelo, joelho 116PROF. MARCELO NISHI, ME. TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulação Anaxial: o movimento tende a ser linear em vez de angular / faces articulares são relativamente planas e deslizam uma sobre a outra em lugar de realizarem um movimento circular (Ex: ossos do carpo) Articulação Monoaxial Gínglimo: movimentosde flexão-extensão. Ex:cotovelo e interfalangeana Trocóide: movimento de rotação. Ex: rádio-ulnar. Articulação Biaxiais Condilar: superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução Ex: articulação do pulso Selares: as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometatársicas do polegar e calcâneo-cubóide Articulação Triaxiais (Multiaxiais ou Esferóides): movimentos de flexão-extensão; abdução-adução; rotação e circundução (combinação dos anteriores). Ex: ombro e quadril. 117PROF. MARCELO NISHI, ME. Classificação das articulações sinoviais 118PROF. MARCELO NISHI, ME. http://2.bp.blogspot.com/-wNDMyWHibFQ/TZymkqo4GyI/AAAAAAAAADw/-p4u1wWpAeY/s1600/Art4.jpg http://2.bp.blogspot.com/-qzCaD7gLWzM/TZykwCLALHI/AAAAAAAAADc/TLpijRhz_Pw/s1600/Ginglimo_(1).jpg 119PROF. MARCELO NISHI, ME. http://2.bp.blogspot.com/-_PfM2-qzFm0/TZyi_FEU0FI/AAAAAAAAAC8/7RBZBkjTRkw/s1600/foto_joelho.jpg http://3.bp.blogspot.com/-wco-qIwT9K4/TZylF76T7iI/AAAAAAAAADk/4hUAQQcty-Q/s1600/Condilar.jpg http://2.bp.blogspot.com/-_Oci3vbyVdw/TZylefl85UI/AAAAAAAAADs/nTR6-ldVyIw/s1600/ARTICU~2.JPG TECIDO MUSCULAR • Tecido Muscular – Capacidade de promover movimento por meio de uma contração → resultado da ação das proteínas contráteis (actina e miosina). – Podem ser divididas em: • Fibras Musculares Esqueléticas: apresentam estrias transversais, conectadas ao esqueleto. • Fibras Musculares Cardíacas: apresentam estrias transversais e são encontradas exclusivamente no coração. • Fibras Musculares Lisas: não são estriadas e são encontradas nos órgãos e vísceras. 120PROF. MARCELO NISHI, ME. 121PROF. MARCELO NISHI, ME. 122PROF. MARCELO NISHI, ME. AMPLITUDE DE MOVIMENTO • É uma técnica básica utilizada para exame e início do tratamento → é tido como o movimento completo de uma articulação. • Para uma ADM completa devemos considerar: ADM MÚSCULO ARTICULAÇÃO CÁPSULA LIGAMENTOSFÁSCIA NERVOS VASOS 123PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • São movimentos passivos especializados das articulações e/ou tecidos moles correlatos que são aplicados com velocidades e amplitudes variáveis, incluindo o movimento terapêutico de pequena amplitude / alta velocidade. – A manipulação é um tipo de mobilidzaçãop que geralmente é realizada em alta velocidade ao longo de uma pequena amplitude. • São utilizadas para aumentar a ADM 124PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Muitas articulações sinoviais no nosso organismo se caracterizam por um excesso cápsular que é uma prega frouxa da cápsula (“jogo articular”), necessária para a articulação atingir a ADM integral. • O termo apropriado para o procedimento de terapia manual em que uma força passiva é usada para tirar proveito do jogo articular para aumentar a ADM tem suscitado discussões calorosas Manipulação X Mobilização 125PROF. MARCELO NISHI, ME. • MOBILIZAÇÃO – É um movimento passivo realizado pelo terapeuta com velocidade baixa o suficiente para que o paciente possa interromper o movimento a técnica pode ser aplicada com um movimento oscilatório ou com um alongamento mantido. • MANIPULAÇÃO – É um movimento passivo realizado pelo terapeuta com alta velocidade (manipulação brusca ou manipulação sob anestesia). 126PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Biomecânica da Mobilização Articular – O movimento ocorre em uma articulação quando uma superfície articular se movimenta sobre outra superfície articular relativamente fixa. – Rolar, girar e deslizar são as principais categorias do movimento observados. 127PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Rolamento: novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta / o rolamento resulta em movimento angular do osso / o rolamento é sempre na mesma direção que o movimento ósseo angular, sendo a superfície convexa ou côncava / em articulações funcionais, o rolamento puro não ocorre sozinho, mas em combinação com deslizamento e giro. 128PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Giro: é o movimento rotacional puro, no qual a rotação ocorre ao redor de um eixo 129PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Deslizamento: o mesmo ponto em uma superfície fica em contato com novos pontos na superfície oposta / o deslizamento puro não ocorre nas articulações, já que as superfícies não são completamente congruentes / a direção na qual o deslizamento ocorre depende da superfície que está movendo ser côncava ou convexa. Além destes movimentos podemos ainda utilizar a Compressão e Separação da articulação. 130PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • A regra do Côncavo X Convexo determina a direção do deslizamento de uma superfície articular sobre a outra: – Superfície convexa se movimenta sobre uma superfície côncava fixa – o movimento do osso convexo é realizado na direção oposta à superfície articular convexa. – Superfície côncava se movimenta sobre uma superfície convexa estacionária – o movimento do osso côncavo é realizado na mesma direção. 131PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • REGRA DO CÔNCAVO X CONVEXO – Superfície Côncava Móvel • Deslizamento da superfície articular no MESMO SENTIDO do movimento – Superfície Convexa Móvel • Deslizamento da superfície articular no SENTIDO OPOSTO do movimento OBS: quando uma articulação que coloca diante de si peças ovóides se mobiliza respectivamente por seus dois pólos, a peça côncava realiza um movimento de deslizamento no mesmo sentido do que o segmento de que depende e a peça convexa rola sobre a forma côncava, realizando um movimento linear de deslizamento-patinagem que lhe permite conservar o contato – Ex.: Flexão do Joelho. 132PROF. MARCELO NISHI, ME. EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Resposta Tecidual Circundando cada articulação temos a cápsula articular, com sua camada externa constituída de tecido conectivo colagenosos irregular denso. Se a articulação se inflamar ou ficar imobilizada por um período prolongado, a cápsula pode se tornar mais espessa devido a maior produção de colágeno a mobilização para elevar a ADM vai estressar a cápsula, causando deformação plástica do colágeno / as fibras de colágeno se afrouxam e são rearrumadas • Bases Neurofisiológicas A mobilização em pequena escala pode ser eficaz no alívio da dor, pois ela auxilia na melhora da nutrição global da articulação pelo movimento do líquido sinovial; além de estimular os mecanorreceptores (I e II) da cápsula articular reduzindo a dor. 133PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • INDICAÇÕES PARA A MOBILIZAÇÃO – Quadro álgico / defesa muscular / espasmo – Hipomobilidade articular reversível • PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES – Hipermobilidade – Efusão articular – Inflamação – Malignidade – Fratura não consolidada – Doenças ósseas – Artroplastias totais – Doenças reumáticas* 134PROF. MARCELO NISHI, ME. GRAUS DE MOBILIZAÇÃO KALTENBORN GRAU I AFROUXAMENTO Uma força de distração de baixo nível GRAU II RETESAMENTO Uma força capta o jogo articular disponível GRAU III ALOGAMENTO Uma força que distende o tecido em torno da articulação depois de ter sido aplicado o Grau II Aplicações - O grau I é usada em todos os movimentos de deslizamento e pode ser usada para aliviar a dor. - O grau II é usada no início do tratamento para determinar o quão sensível é a articulação em questão, além de ser utilizada para inibir a dor e/ou manter a ADM - O grau III é usada para alongar e aumentar a mobilidade articular. 135PROF. MARCELO NISHI, ME. GRAUS DE MOBILIZAÇÃO MAITLAND GRAU 1 Um movimento de amplitude muito pequena próximo ao início da amplitude GRAU 2 Um movimento de grande amplitude, mas não atinge a amplitude total (esse movimento pode ocorrer em qualquer parte do arco de movimento). GRAU 3 Uma grande amplitude chegandoà amplitude total GRAU 4 Um movimento de amplitude muito pequena ao final da amplitude disponível (o final da amplitude) GRAU 5 Movimentos de deslocamento executados além do final da amplitude disponível (o final da ADM) Aplicações - O grau I e II são usados primariamente para tratar articulações limitadas pela dor e para melhorar a nutrição da cartilagem - O grau III e IV são primariamente usadas como manobras de alongamento 136PROF. MARCELO NISHI, ME. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • PRINCÍPIOS DA MOBILIZAÇÃO – O paciente deve estar relaxado e não apresentar defesa muscular; – O profissional deve estar na posição apropriada; – O profissional deve segurar de modo firme, porém indolor; – Um dos ossos deve ser estabilizado e o outro mobilizado; – Tanto a força de estabilização como a força de mobilização devem ser o mais próximo possível da linha articular; – Como o desconforto pode causar defesa muscular, a dor deve ser monitorada e reduzida ao máximo durante o tratamento; – Devemos mobilizar apenas uma articulação de cada vez; – .... 137PROF. MARCELO NISHI, ME. BASES BIOMECANICAS DA MOBILIZAÇÃO – Artrocinemática • Designa movimentos de superfícies articulares em relação umas às outras. Quando dois ossos se movem, as extremidades articulares dos ossos se movem juntamente com as duas alavancas longas dos ossos. – Osteocinemática • g 138PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA Movimento dentro da ADM livre para um segmento, que é produzido inteiramente por uma FORÇA EXTERNA → sem contração muscular voluntária. Essa força externa pode vir da gravidade, de um aparelho, de uma pessoa ou de outra parte do corpo do próprio indivíduo. “Conjunto de técnicas terapêuticas aplicadas passivamente nas estruturas estudadas: massagens, mobilização articulares, trações,...” Qualquer excesso na ADM pode ser classificada como estiramento (stretching), 139PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Fisioterapeuta – elemento ativo • Paciente – relaxado tanto no plano físico quanto no psíquico / não participa com nenhum movimento motor voluntário. “Normalmente permite o estabelecimento do primeiro contato → elo de confiança entre o profissional e o paciente” 140PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Posicionamento do Paciente – Garantir a informação sobre o procedimento, o conforto, alinhamento corporal, intimidade e permitir a eficácia dos gestos terapêuticos. – Os posicionamentos mais utilizados são: • DD • DL (direito / esquerdo) • DV • Sentado • Meio-Sentado • Derivadas – Controlar os movimentos 141PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Posicionamento do Fisioterapeuta – Confortável e Eficaz: preservar o corpo / visualização do rosto do terapêuta / 142PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Atenção: – Respeitar os eixos, planos e ADM´s fisiológicos dos movimentos – Cuidados com o seu Toque Terapêutico – Respeite a Dor • Qualquer ato de tratamento que sistematicamente* origine um quadro álgico deverá ser interrompido imediatamente – a dor pode existir mas evite em persistir na aplicação de técnicas dolorosas → induz a fenômenos reflexos de defesa. • Cuidado com o limiar de dor • Cautela com o paciente que acha de a dor é sinal de eficácia do tratamento. • Fique atento então com a linguagem corporal do paciente e com as compensações. 143PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Ação Terapêutica X Tempo de Trabalho – Na mobilização passiva deve-se observar o ritmo da manobra: • T1 : Ida • T2 : Conservação • T3 : Volta • T4 : Descanso • T1 = T2 = T3 • T4 igual a T1 + T2 + T3 • T2>T3>T1 e T4 variável 144PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Indicações para a Cinesioterapia Passiva – Quando o paciente não se acha ou não está apto para mover ativamente um segmento. – Preparar o paciente para o movimento – Ensinar o movimento para o pacientem (prévia da cinesioterapia ativa) → Inflamação Aguda (2 a 6 dias) – Minimizar as complicações do imobilismo: • Manter a integridade articular e dos tecidos moles • Minimizar e/ou evitar os encurtamentos musculares (manter a elasticidade dos tecidos) • Assistir na circulação e dinâmica vascular e de outros sistemas • Diminuir ou inibir a dor • Auxiliar no processo cirúrgico(PO) • Ajudar a manter a percepção do movimento ** OBS: dificilmente ela previne atrofia muscular / aumenta a força ou resistência a fadiga 145PROF. MARCELO NISHI, ME. CINESIOTERAPIA PASSIVA • Limitações da Cinesioterapia Passiva: Não previne hipotrofia/atrofia muscular; Não aumenta a força/resistência muscular; Não auxilia tanto na circulação; 146PROF. MARCELO NISHI, ME. Tipos de Aplicações da Tração PROF. MARCELO NISHI, ME. 147 TRAÇÃO ESTÁTICA OU CONSTANTE Uma força constante é aplicada e mantida por um período de tempo. INTERMITENTE A força é alternadamente aplicada e liberada em intervalos freqüentes, geralmente em um padrão rítmico. A decisão para administrar tração em um nível constante por todo o tempo, ou intermitentemente, depende principalmente do conforto do paciente e da preferência do terapeuta. TRAÇÃO ESPINHAL DOSAGEM E DURAÇÃO - A dose escolhida para o tratamento inicial deve ser menor que àquela que poderia causar separação das vértebras. - A progressão da carga deve ser determinada pela resposta do paciente. PROF. MARCELO NISHI, ME. 148 TRAÇÃO ESPINHAL INDICAÇÕES - Estenose da coluna ou forames - Espondilose / Espondilolistese - Edema - Espasmo muscular -Hipomobilidade das articulações devido a disfunções ou alterações degenerativas, PROF. MARCELO NISHI, ME. 149 TRAÇÃO ESPINHAL CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES - A instabilidade ligamentar (que pode ser vista em artrite reumatóide, Síndrome de Down) - Insuficiência arterial (vertebro-basilar) - Tumor - Osteoporose - Hiperalgias - Qualquer condição ou processo de doença da coluna no qual o movimento está contra- indicado - Processo infeccioso da coluna ou tecidos de sustentação - Processo inflamatório agudo - A dor na articulação temporomandibular (ATM)* PROF. MARCELO NISHI, ME. 150 OBJETIVOS - Recuperar os espaços intervertebrais - Reduzir protrusões discais - Relaxar a musculatura - Alongar tecidos moles - Mobilizar articulações - Reduzir o quadro álgico PROF. MARCELO NISHI, ME. 151 TRAÇÃO ESPINHAL TRAÇÃO ESPINHAL EFEITOS FISIOLÓGICOS - Alongamento mecânico da coluna - Relaxamento muscular: com o relaxamento muscular ocorre a diminuição da dor devido a proteção ou espasmo muscular e maior separação vertebral. - Melhora a circulação - Redução do edema - Evita a formação de aderências - Redução da dor PROF. MARCELO NISHI, ME. 152 TIPOS DE TRAÇÃO Autotração Manual Posicional Mecânica TIPOS DE TRAÇÃO PROF. MARCELO NISHI, ME. 153 PROF. MARCELO NISHI, ME. 154 PROF. MARCELO NISHI, ME. 155 156PROF. MARCELO NISHI, ME. PROF. MARCELO NISHI, ME. 157
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