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DIREITO CIVIL 
ALIMENTOS
Livro Eletrônico
DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
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Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
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Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
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Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO CIVIL
Alimentos
Prof. Dicler Ferreira
Alimentos ..................................................................................................4
Características dos Alimentos .......................................................................5
Classificação dos Alimentos ........................................................................10
Questões de Concurso – Lista I ..................................................................14
Gabarito ..................................................................................................20
Gabarito Comentado .................................................................................21
Questões de Concurso – Lista II .................................................................32
Gabarito ..................................................................................................40
Gabarito Comentado .................................................................................41
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DIREITO CIVIL
Alimentos
Prof. Dicler Ferreira
ALIMENTOS
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não 
pode provê-las por si. Têm por finalidade fornecer a um parente, cônjuge ou com-
panheiro o necessário à sua subsistência. Aquele que pleiteia os alimentos é o ali-
mentando ou credor; o que os deve pagar é o alimentante ou devedor.
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens sufi-
cientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se 
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
O pagamento de alimentos tem a pacificação social como objetivo, estando 
amparado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade 
familiar, ambos de índole constitucional.
Princípios que amparam o 
pagamento de Alimentos
Dignidade da
Pessoa Humana
Solidariedade
Familiar
Quanto ao conteúdo, os alimentos devem ser concebidos em consonância com a 
ideia do patrimônio mínimo. Sendo assim, abrangem o indispensável ao sustento, 
vestuário, habitação, assistência médica e instrução.
Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, 
enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor.
Fazendo uma análise conjunta dos arts. 1.694 e 1.695 do CC, os pressupostos 
para o dever de prestar alimentos são os seguintes:
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DIREITO CIVIL
Alimentos
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a) Vínculo de parentesco, casamento ou união estável;
b) Necessidade do alimentando ou credor; e
c) Possibilidade do alimentante ou devedor.
Nessa seara, faz-se necessário mencionarmos o Enunciado 573 da VI Jornada 
de Direito Civil do CJF:
Enunciado 573. Na apuração da possibilidade do alimentante, observar-se-
-ão os sinais exteriores de riqueza.
Os dois últimos elementos representam o binômio necessidade X possibilidade 
que deve pautar a ação de alimentos.
A obrigação alimentar e o correspondente direito aos alimentos têm caracterís-
ticas únicas, que os distinguem de todos os outros direitos e obrigações. Inclusive, 
o inadimplemento da obrigação de prestar alimentos originários em vínculo de Di-
reito de Família possibilita a prisão do devedor.
Características dos Alimentos
As principais características dos alimentos são:
1) Irrenunciabilidade, inacessibilidade e impenhorabilidade: vide art. 
1707 do CC.
Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, 
sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.
Apesar da literalidade da norma, é importante ressaltar que a maioria da doutri-
na e da jurisprudência entende pela possibilidade de renúncia a alimentos quando 
da separação de direito, do divórcio e da dissolução da união estável. Esse é o en-
tendimento inferido a partir do Enunciado 263 da II Jornada de Direito Civil do CJF:
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Enunciado 263. O art. 1.707 do Código Civil não impede seja reconhecida 
válida e eficaz a renúncia manifestada por ocasião do divórcio (direto ou indi-
reto) ou da dissolução da “união estável”. A irrenunciabilidade do direito a ali-
mentos somente é admitida enquanto subsistir vínculo de Direito de Família.
2) Possibilidade de revisão: os alimentos podem ser revistos, ou seja, não 
fazem coisa julgada material, podem ser mudados a qualquer tempo.
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de 
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, con-
forme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
3) Alternatividade: a lei dá ao alimentante a opção de pagar os alimentos ou 
dar diretamente hospedagem e sustento ao alimentado. Dependendo das 
circunstâncias, cabe ao juiz escolher qual será a forma adotada.
Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou 
dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua 
educação, quando menor.
Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma do 
cumprimento da prestação.
4) Reciprocidade: os alimentos são extensivos aos ascendentes e descendentes. 
Basta que um possa pagar e outro esteja em estado de necessidade.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, 
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e 
dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de 
necessidade resultar deculpa de quem os pleiteia.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e exten-
sivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em 
falta de outros.
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5) Concorrência de devedores (preferência): estabelece uma ordem na 
responsabilidade de quem paga, mais próximo exclui mais remoto. (Ex.: pai 
paga para o filho, ou avô para o neto, ou bisavô para o bisneto). A respon-
sabilidade pelo pagamento será concorrente e fracionada, aquele que tiver 
mais condições pagará mais até aquele que não possuir condições de pagar 
naquele momento seja isento.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada 
a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em con-
dições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau ime-
diato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer 
na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as 
demais ser chamadas a integrar a lide.
6) Irrepetibilidade ou Irrestituidade: não cabe devolução do valor pago 
(art. 100, § 1º, da CF).
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, 
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e 
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude 
de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos 
os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
Se imaginarmos que um homem foi enganado quanto à prole por uma mulher, 
que lhe disse que o filho era seu. Constatada a inexistência de vínculo biológico, via 
DNA, esse homem não poderá reaver os alimentos pagos, pois esses são irrepetí-
veis. Porém poderá ele pleitear indenização por danos morais, diante do engano, 
como já entendeu o STJ:
Responsabilidade civil. Dano moral. Marido enganado. Alimentos. Restituição. 
A mulher não está obrigada a restituir ao marido os alimentos por ele pagos 
em favor da criança que, depois se soube, era filha de outro homem. A inter-
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venção do Tribunal para rever o valor da indenização pelo dano moral somente 
ocorre quando evidente o equívoco, o que não acontece no caso dos autos. 
Recurso não conhecido. (STJ, REsp 4 1 2. 684/SP, 4.ª Turma, Rel. Min. Ruy 
Rosado de Aguiar, j. 20.08.2002, publicado em 2 5. 1 1.2002).
7) Irretroatividade: do momento em que foi cobrado e fixado por meio da 
sentença para frente, o pagamento não retroage.
8) Atualidade: o valor devido deve ser corrigido pelo salário atual, mais juros e 
correção monetária, para atualizar o poder de compra daquele valor vencido.
Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão atualizadas segun-
do índice oficial regularmente estabelecido.
9) Periodicidade: os alimentos devem ser pagos mês a mês.
10) Solidariedade: não existe sobreposição de um ser devedor do outro, é de 
pai para filho, ou de filho para pai etc. Entretanto, a respeito da responsabili-
dade dos avós prestarem alimentos aos netos, devemos observar o Enuncia-
do 342 da IV Jornada de Direito Civil:
Enunciado 342. Observadas suas condições pessoais e sociais, os avós somente 
serão obrigados a prestar alimentos aos netos em caráter exclusivo, sucessivo, 
complementar e não-solidário quando os pais destes estiverem impossibilitados 
de fazê-lo, caso em que as necessidades básicas dos alimentandos serão aferi-
das, prioritariamente, segundo o nível econômico-financeiro de seus genitores.
11) Transmissibilidade: a obrigação alimentícia é transmitida na herança.
Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, 
na forma do art. 1.694.
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Conclui-se que, a respeito do credor ou alimentando, o direito aos alimentos é 
personalíssimo e não se transmite aos herdeiros do credor. Entretanto, em relação 
ao devedor, a obrigação se transmite aos seus herdeiros, dentro dos limites da 
herança. Vide Enunciado 343 da IV Jornada de Direito Civil do CJF:
Enunciado 343. A transmissibilidade da obrigação alimentar é limitada às 
forças da herança.
12) Proporcionalidade: na fixação dos alimentos deve haver proporcionalidade 
entre as necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros 
do alimentante.
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contri-
buirão na proporção de seus recursos.
13) Imprescritibilidade: a pretensão aos alimentos é imprescritível, por en-
volver estado de pessoas e a dignidade humana. Porém, devemos lembrar 
que a pretensão para a cobrança de alimentos fixados em sentença ou ato 
voluntário prescreve em dois anos (art. 206, § 2º, do CC), contados a partir 
da data em que se vencerem.
Sendo assim, em decorrência da imprescritibilidade, pode-se pleitear indeniza-
ção por alimentos a qualquer tempo. Porém a prestação vencida e não paga deve 
ser exigida no prazo de dois anos.
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DIREITO CIVIL
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Características dos Alimentos
1) Irrenunciabilidade, inacessibilidade e impenhorabilidade
2) Possibilidade de Revisão
3) Alternatividade
4) Reciprocidade
5) Concorrência de devedores (preferência)
6) Irrepetibilidade ou Irrestituidade
7) Irretroatividade
8) Atualidade
9) Periodicidade
10) Solidariedade
11) Transmissibilidade
12) Proporcionalidade
13) Imprescritibilidade
Classificação dos Alimentos
Os alimentos podem ser de várias espécies. Vamos ver as principais:
• Quanto à natureza, os alimentos podem ser naturais ou civis:
Os alimentos naturais (ou necessários) restringem-se ao indispensável à sa-
tisfação das necessidades primárias da vida; os civis (ou côngruos) destinam-se a 
manter a condição social, o status da família.
Classificação dos Alimentos 
quanto à Natureza
Naturais Civis
• Quanto à causa jurídica, os alimentos dividem-se em legais (legítimos), 
voluntários e indenizatórios:
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DIREITO CIVIL
Alimentos
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Os alimentos legais (ou legítimos) são devidos em virtude de uma obrigação 
legal, que pode decorrer do parentesco, do casamento ou do companheirismo 
(vide art. 1.694 do CC).
Os alimentos voluntários, que emanam de uma declaração de vontade inter 
vivos (obrigação assumida contratualmente por quem não tinha a obrigação legal 
de pagar alimentos — pertencem ao direito das obrigações e são chamados tam-
bém de obrigacionais) ou causa mortis (manifestada em testamento, em geral sob 
a forma de legado de alimentos, e prevista no art. 1.920 — pertencem ao direito 
das sucessões e são também chamados de testamentários);
Os alimentos indenizatórios (ou ressarcitórios), resultantes da prática de 
um ato ilícito, constituem forma de indenização do dano e pertencem ao direito 
das obrigações.
Somente os alimentos legais ou legítimos pertencem ao direito de família. 
Assim, a prisão civil pelo não pagamento de dívida de alimentos, permitida na 
Constituição Federal (art. 5º, LXVII), somente pode ser decretada no caso dos 
alimentos que constituem relação de direito de família, sendo inadmissível em 
caso de não pagamento dos alimentos indenizatórios (responsabilidade civil) e 
dos voluntários (obrigacionais ou testamentários).
Os alimentos voluntários e os alimentos indenizatórios não ensejam a prisão civil 
por dívida prevista constitucionalmente.
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DIREITO CIVIL
Alimentos
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Classificação dos Alimentos 
quanto à Causa Jurídica
IndenizatóriosVoluntáriosLegais
• Quanto à finalidade, os alimentos podem ser definitivos ou provisórios 
e provisionais.
Definitivos ou regulares são os de caráter permanente, estabelecidos pelo 
juiz na sentença ou em acordo das partes devidamente homologado, malgrado 
possam ser revistos (vide art. 1699 do CC).
Provisórios são aqueles fixados antes da sentença na ação de alimentos que 
segue o rito especial previsto na Lei n. 5.478/1968 (Lei de Alimentos). Exigem pro-
va pré-constituída do parentesco (certidão de nascimento) ou do casamento (cer-
tidão de casamento). Têm natureza de antecipação dos efeitos da sentença (tutela 
de urgência satisfativa).
Provisionais são estipulados em outras ações que não seguem o rito especial 
mencionado, visando manter a parte que os pleiteia no curso da lide. São fixados 
por meio de antecipação de tutela ou em liminar concedida em medida cautelar de 
separação de corpos em ações em que não há a mencionada prova pré-constituída, 
caso da ação de investigação de paternidade ou da ação de reconhecimento e dis-
solução da união estável.
Art. 1.706. Os alimentos provisionais serão fixados pelo juiz, nos termos da lei processual.
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DIREITO CIVIL
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Transitórios são aqueles fixados por determinado período, a favor de ex-côn-
juge ou ex-companheiro, fixando-se previamente o seu termo final.
Finalizando, temos os demais artigos do Código Civil que também tratam da 
obrigação de pagar alimentos.
Art. 1.702. Na separação judicial litigiosa, sendo um dos cônjuges inocente e despro-
vido de recursos, prestar-lhe-á o outro a pensão alimentícia que o juiz fixar, obedecidos 
os critérios estabelecidos no art. 1.694.
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimen-
tos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não 
tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não 
tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge 
será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência.
Art. 1.705. Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o ge-
nitor, sendo facultado ao juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ação 
se processe em segredo de justiça.
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o de-
ver de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver 
procedimento indigno em relação ao devedor.
Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante 
da sentença de divórcio.
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DIREITO CIVIL
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I
Questão 1 (FGV/XXXI EXAME DA ORDEM/2019) Salomão, solteiro, sem filhos, 65 
anos, é filho de Lígia e Célio, que faleceram recentemente e eram divorciados. Ele 
é irmão de Bernardo, 35 anos, médico bem-sucedido, filho único do segundo ca-
samento de Lígia. Salomão, por circunstâncias sociais, não mantinha contato com 
Bernardo. Em razão de uma deficiência física, Salomão nunca exerceu atividade 
laborativa e sempre morou com o pai, Célio, até o falecimento deste. Com frequ-
ência, seu primo Marcos, comerciante e grande amigo, o visita. Com base no caso 
apresentado, assinale a opção que indica quem tem obrigação de pagar alimento 
a Salomão.
a) Marcos é obrigado a pagar alimentos a Salomão, no caso de necessidade deste. 
b) Por ser irmão unilateral, Bernardo não deve, em hipótese alguma, alimentos a 
Salomão. 
c) Bernardo, no caso de necessidade de Salomão, deve arcar com alimentos. 
d) Bernardo e Marcos deverão dividir alimentos, entre ambos, de forma igualitária.
Questão 2 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) João e Carla foram 
casados por cinco anos, mas, com o passar dos anos, o casamento se desgastou e 
eles se divorciaram. As três filhas do casal, menores impúberes, ficaram sob a guarda 
exclusiva da mãe, que trabalha em uma escola como professora, mas que está com 
os salários atrasados há quatro meses, sem previsão de recebimento. João vinha 
contribuindo para o sustento das crianças, mas, estranhamente, deixou de fazê-lo 
no último mês. Carla, ao procurá-lo, foi informada pelos pais de João que ele sofreu 
um atropelamento e está em estado grave na UTI do Hospital Boa Sorte. Como João 
é autônomo, não pode contribuir, justificadamente, com o sustento das filhas.
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Alimentos
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Sobre a possibilidade de os avós participarem do sustento das crianças, assinale a 
afirmativa correta.
a) Em razão do divórcio, os sogros de Carla são ex-sogros, não são mais parentes, 
não podendo ser compelidos judicialmente a contribuir com o pagamento de ali-
mentos para o sustento das netas.
b) As filhas podem requerer alimentos avoengos, se comprovadaa impossibilidade 
de Carla e de João garantirem o sustento das filhas.
c) Os alimentos avoengos não podem ser requeridos, porque os avós só podem 
ser réus em ação de alimentos no caso de falecimento dos responsáveis pelo 
sustento das filhas.
d) Carla não pode representar as filhas em ação de alimentos avoengos, porque 
apenas os genitores são responsáveis pelo sustento dos filhos.
Questão 3 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Roberto e Marcela, 
divorciados, são pais de João. Quando João completou dezoito anos, Roberto, que 
se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar a pensão alimentícia, 
sem prévia autorização judicial.
Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Por estar desempregado, Roberto não é mais obrigado a pagar a pensão alimen-
tícia ao filho maior de idade; logo, o pagamento da pensão pode ser interrompido 
sem autorização judicial.
b) O implemento da maioridade de João, por si só, faz com que não seja mais 
necessário o pagamento da pensão alimentícia, independentemente da situação 
econômica do provedor.
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Alimentos
Prof. Dicler Ferreira
c) O ordenamento jurídico tutela o alimentante de boa-fé; logo, a interrupção do 
pagamento se dará com o mero fato da maioridade.
d) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório.
Questão 4 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Maria, solteira, após 
a morte de seus pais em acidente automobilístico, propõe demanda por alimentos 
em face de Pedro, seu parente colateral de segundo grau.
Diante dos fatos narrados e considerando as normas de Direito Civil, assinale a 
opção correta.
a) Como Pedro é parente colateral de Maria, não tem obrigação de prestar alimen-
tos a esta, ainda que haja necessidade por parte dela.
b) Pedro só será obrigado a prestar alimentos caso Maria não possua ascendentes 
nem descendentes, ou, se os possuir, estes não tiverem condições de prestá-los ou 
complementá-los.
c) A obrigação de prestar alimentos é solidária entre ascendentes, descendentes e 
colaterais, em havendo necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.
d) Pedro não tem obrigação de prestar alimentos, pois não é irmão de Maria.
Questão 5 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013) Fernanda, mãe da 
menor Joana, celebrou um acordo na presença do Juiz de Direito para que Arnal-
do, pai de Joana, pague, mensalmente, 20% (vinte por cento) de 01 (um) salário 
mínimo a título de alimentos para a menor. O Juiz homologou por sentença tal 
acordo, apesar de a necessidade de Joana ser maior do que a verba fixada, pois 
não existiam condições materiais para a majoração da pensão em face das pos-
sibilidades do devedor.
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DIREITO CIVIL
Alimentos
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Após um mês, Fernanda tomou conhecimento que Arnaldo trocou seu emprego por 
outro com salário maior e procurou seu advogado para saber da possibilidade de 
rever o valor dos alimentos fixados em sentença transitada em julgado.
Analisando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo já foi decidido 
em sentença com trânsito em julgado formal.
b) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo é fruto de 
acordo celebrado entre as partes e homologado por juiz de direito.
c) É possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do 
binômio “necessidade x possibilidade”.
d) É possível rever o valor dos alimentos, pois o acordo celebrado entre as partes 
e homologado pelo juiz de direito está abaixo do limite mínimo de 30% (trinta por 
cento) de 01 (um) salário mínimo, fixado em lei, como mínimo indispensável que 
uma pessoa deve receber de alimentos.
Questão 6 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Henrique e Natália, 
casados sob o regime de comunhão parcial de bens, decidiram se divorciar após 10 
anos de união conjugal. Do relacionamento nasceram Gabriela e Bruno, hoje, com 
8 e 6 anos, respectivamente. Enquanto esteve casada, Natália, apesar de ter curso 
superior completo, ser pessoa jovem e capaz para o trabalho, não exerceu ativi-
dade profissional para se dedicar integralmente aos cuidados da casa e dos filhos.
Considerando a hipótese acima e as regras atinentes à prestação de alimentos, 
assinale a afirmativa correta.
a) Uma vez homologado judicialmente o valor da prestação alimentícia devida por 
Henrique em favor de seus filhos Gabriela e Bruno, no percentual de um salário 
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mínimo para cada um, ocorrendo a constituição de nova família por parte de Hen-
rique, automaticamente será minorado o valor dos alimentos devido aos filhos do 
primeiro casamento.
b) Henrique poderá opor a impenhorabilidade de sua única casa, por ser bem de 
família, na hipótese de ser acionado judicialmente para pagar débito alimentar atu-
al aos seus filhos Gabriela e Bruno.
c) Natália poderá pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demons-
trar sua dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo perío-
do que permaneceu afastada do desempenho de suas atividades profissionais para 
se dedicar integralmente aos cuidados do lar.
d) Caso Natália descubra, após dois meses de separação de fato, que espera um filho 
de Henrique, serão devidos alimentos gravídicos até o nascimento da criança, pois 
após este fato a obrigação alimentar somente será exigida em ação judicial própria.
Questão 7 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2010) Em relação aos ali-
mentos, assinale a alternativa correta.
a) Eles não servem apenas para garantir as necessidades básicas do alimentando, 
mas também para preservar a condição social de quem os pleiteia.
b) No atual Código Civil, o cônjuge eventualmente declarado culpado pela separação 
não sofre qualquer restrição em seu direito de pedir alimentos ao outro cônjuge.
c) A obrigação alimentar possui como característica básica ser irrenunciável, não 
poder ser restituída ou compensável e ser intransmissível.
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d) A possibilidade de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais continua a exis-
tir após se atingir a maioridade, em razão da continuação do poder familiar que 
esses exercem sobre os filhos necessitados.
Questão 8 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2010) Assinale a opção cor-
reta acerca da prestação de alimentos.
a) Somente os filhos têm o direito de pedir alimentos.b) O direito a alimentos é recíproco entre pais e filhos.
c) Após a separação judicial do casal, mesmo que o cônjuge venha a necessitar de 
alimentos, ele não mais poderá pleitear ao outro cônjuge a prestação alimentícia.
d) Os créditos alimentares prescrevem em cinco anos.
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GABARITO
1. c
2. b
3. d
4. b
5. c
6. c
7. a
8. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/XXXI EXAME DA ORDEM/2019) Salomão, solteiro, sem filhos, 65 
anos, é filho de Lígia e Célio, que faleceram recentemente e eram divorciados. Ele 
é irmão de Bernardo, 35 anos, médico bem-sucedido, filho único do segundo ca-
samento de Lígia. Salomão, por circunstâncias sociais, não mantinha contato com 
Bernardo. Em razão de uma deficiência física, Salomão nunca exerceu atividade 
laborativa e sempre morou com o pai, Célio, até o falecimento deste. Com frequ-
ência, seu primo Marcos, comerciante e grande amigo, o visita. Com base no caso 
apresentado, assinale a opção que indica quem tem obrigação de pagar alimento 
a Salomão.
a) Marcos é obrigado a pagar alimentos a Salomão, no caso de necessidade deste. 
b) Por ser irmão unilateral, Bernardo não deve, em hipótese alguma, alimentos a 
Salomão. 
c) Bernardo, no caso de necessidade de Salomão, deve arcar com alimentos. 
b) Bernardo e Marcos deverão dividir alimentos, entre ambos, de forma igualitária.
Letra c.
A questão tem como fundamento o art. 1.697 do CC:
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a 
ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
A assertiva a está incorreta, pois Marcos não possui obrigação de pagar alimentos 
a seu primo. Tal obrigação se estende apenas aos ascendentes, descendentes e 
irmãos.
A assertiva b está equivocada. A obrigação de pagar alimentos se estende tanto aos 
irmãos germanos quanto aos unilaterais.
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A alternativa c está em conformidade com o art. 1.697 do CC.
A alternativa d está errada. Marcos não tem a obrigação de arcar com os alimentos.
Questão 2 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017) João e Carla foram ca-
sados por cinco anos, mas, com o passar dos anos, o casamento se desgastou e eles 
se divorciaram. As três filhas do casal, menores impúberes, ficaram sob a guarda 
exclusiva da mãe, que trabalha em uma escola como professora, mas que está com 
os salários atrasados há quatro meses, sem previsão de recebimento. João vinha 
contribuindo para o sustento das crianças, mas, estranhamente, deixou de fazê-lo 
no último mês. Carla, ao procurá-lo, foi informada pelos pais de João que ele sofreu 
um atropelamento e está em estado grave na UTI do Hospital Boa Sorte. Como João 
é autônomo, não pode contribuir, justificadamente, com o sustento das filhas.
Sobre a possibilidade de os avós participarem do sustento das crianças, assinale a 
afirmativa correta.
a) Em razão do divórcio, os sogros de Carla são ex-sogros, não são mais parentes, 
não podendo ser compelidos judicialmente a contribuir com o pagamento de ali-
mentos para o sustento das netas.
b) As filhas podem requerer alimentos avoengos, se comprovada a impossibilidade 
de Carla e de João garantirem o sustento das filhas.
c) Os alimentos avoengos não podem ser requeridos, porque os avós só podem 
ser réus em ação de alimentos no caso de falecimento dos responsáveis pelo 
sustento das filhas.
d) Carla não pode representar as filhas em ação de alimentos avoengos, porque 
apenas os genitores são responsáveis pelo sustento dos filhos.
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Letra b.
Análise das alternativas:
a) Errada. Em desacordo com art. 1.696, CC/2002, Enunciado 342 da IV Jornada 
de Direito Civil e enunciado 596 da Súmula do STJ:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e exten-
sivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em 
falta de outros.
Enunciado 342 da IV JDC. Observadas suas condições pessoais e sociais, 
os avós somente serão obrigados a prestar alimentos aos netos em cará-
ter exclusivo, sucessivo, complementar e não-solidário quando os pais destes 
estiverem impossibilitados de fazê-lo, caso em que as necessidades básicas 
dos alimentandos serão aferidas, prioritariamente, segundo o nível econômi-
co-financeiro de seus genitores.
Súmula n. 596 do STJ. A obrigação alimentar dos avós tem natureza com-
plementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade 
total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
Além disso, importante frisar que os ex-sogros mantêm o parentesco por afinidade, 
conforme art. 1.595, § 2º, do CC/2002:
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo 
da afinidade.
§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos 
irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento 
ou da união estável.
b) Certa. Conforme o disposto no art. 1.698 do CC/2002:
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em con-
dições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau ime-
diato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer 
na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as 
demais ser chamadas a integrar a lide.
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c) Errada. Conforme visto, não há necessidade de haver falecimento, mas sim im-
possibilidade de prestar alimentos, artigos 1696 e 1698 do CC.
d) Errada. a obrigação alimentar é recíproca, sendo extensiva a todos os as-
cendentes e, inclusive, descendentes, na falta daqueles, conforme art. 1.697 do 
CC/2002:
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada 
a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Questão 3 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016) Roberto e Marcela, 
divorciados, são pais de João. Quando Joãocompletou dezoito anos, Roberto, que 
se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar a pensão alimentícia, 
sem prévia autorização judicial.
Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Por estar desempregado, Roberto não é mais obrigado a pagar a pensão alimen-
tícia ao filho maior de idade; logo, o pagamento da pensão pode ser interrompido 
sem autorização judicial.
b) O implemento da maioridade de João, por si só, faz com que não seja mais 
necessário o pagamento da pensão alimentícia, independentemente da situação 
econômica do provedor.
c) O ordenamento jurídico tutela o alimentante de boa-fé; logo, a interrupção do 
pagamento se dará com o mero fato da maioridade.
d) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório.
Letra d.
Conforme dispõe o enunciado 358 da Súmula do STJ:
O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.
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Tem-se, ainda, o Enunciado 344 da IV Jornada de Direito Civil:
A obrigação alimentar originada do poder familiar, especialmente para atender 
às necessidades educacionais, pode não cessar com a maioridade.
Questão 4 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015) Maria, solteira, após 
a morte de seus pais em acidente automobilístico, propõe demanda por alimentos 
em face de Pedro, seu parente colateral de segundo grau.
Diante dos fatos narrados e considerando as normas de Direito Civil, assinale a 
opção correta.
a) Como Pedro é parente colateral de Maria, não tem obrigação de prestar alimen-
tos a esta, ainda que haja necessidade por parte dela.
b) Pedro só será obrigado a prestar alimentos caso Maria não possua ascendentes 
nem descendentes, ou, se os possuir, estes não tiverem condições de prestá-los ou 
complementá-los.
c) A obrigação de prestar alimentos é solidária entre ascendentes, descendentes e 
colaterais, em havendo necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.
d) Pedro não tem obrigação de prestar alimentos, pois não é irmão de Maria.
Letra b.
Pedro é parente colateral de segundo grau, portanto, irmão de Maria. Assim, con-
forme dispõe os artigos 1697 e 1698 do CC:
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada 
a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em con-
dições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau ime-
diato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer 
na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as 
demais ser chamadas a integrar a lide.
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Questão 5 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013) Fernanda, mãe da 
menor Joana, celebrou um acordo na presença do Juiz de Direito para que Arnal-
do, pai de Joana, pague, mensalmente, 20% (vinte por cento) de 01 (um) salário 
mínimo a título de alimentos para a menor. O Juiz homologou por sentença tal 
acordo, apesar de a necessidade de Joana ser maior do que a verba fixada, pois 
não existiam condições materiais para a majoração da pensão em face das possi-
bilidades do devedor.
Após um mês, Fernanda tomou conhecimento que Arnaldo trocou seu emprego por 
outro com salário maior e procurou seu advogado para saber da possibilidade de 
rever o valor dos alimentos fixados em sentença transitada em julgado.
Analisando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo já foi decidido 
em sentença com trânsito em julgado formal.
b) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo é fruto de 
acordo celebrado entre as partes e homologado por juiz de direito.
c) É possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do 
binômio “necessidade x possibilidade”.
d) É possível rever o valor dos alimentos, pois o acordo celebrado entre as partes 
e homologado pelo juiz de direito está abaixo do limite mínimo de 30% (trinta por 
cento) de 01 (um) salário mínimo, fixado em lei, como mínimo indispensável que 
uma pessoa deve receber de alimentos.
Letra c.
Conforme dispõe o art. 1694 do CC.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição 
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclaman-
te e dos recursos da pessoa obrigada.
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DIREITO CIVIL
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Questão 6 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012) Henrique e Natália, 
casados sob o regime de comunhão parcial de bens, decidiram se divorciar após 10 
anos de união conjugal. Do relacionamento nasceram Gabriela e Bruno, hoje, com 
8 e 6 anos, respectivamente. Enquanto esteve casada, Natália, apesar de ter curso 
superior completo, ser pessoa jovem e capaz para o trabalho, não exerceu ativi-
dade profissional para se dedicar integralmente aos cuidados da casa e dos filhos.
Considerando a hipótese acima e as regras atinentes à prestação de alimentos, 
assinale a afirmativa correta.
a) Uma vez homologado judicialmente o valor da prestação alimentícia devida por 
Henrique em favor de seus filhos Gabriela e Bruno, no percentual de um salário 
mínimo para cada um, ocorrendo a constituição de nova família por parte de Hen-
rique, automaticamente será minorado o valor dos alimentos devido aos filhos do 
primeiro casamento.
b) Henrique poderá opor a impenhorabilidade de sua única casa, por ser bem de 
família, na hipótese de ser acionado judicialmente para pagar débito alimentar atu-
al aos seus filhos Gabriela e Bruno.
c) Natália poderá pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demons-
trar sua dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo perío-
do que permaneceu afastada do desempenho de suas atividades profissionais para 
se dedicar integralmente aos cuidados do lar.
d) Caso Natália descubra, após dois meses de separação de fato, que espera um filho 
de Henrique, serão devidos alimentos gravídicos até o nascimento da criança, pois 
após este fato a obrigação alimentar somente será exigida em ação judicial própria.
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DIREITO CIVILAlimentos
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Letra c.
Análise das alternativas:
a) Errada. Em desacordo com o art. 1.709 do CC.
Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante 
da sentença de divórcio.
b) Errada. Em desacordo com o art. 3º, inc. III, da Lei 8.009/90.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I – em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas con-
tribuições previdenciárias (Revogado pela Lei Complementar 150 de 2015);
II – pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à 
aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do res-
pectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, 
do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, 
observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida;
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em 
função do imóvel familiar;
V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal 
ou pela entidade familiar;
VI – por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal 
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
c) Certa. Conforme a jurisprudência dos tribunais superiores.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA PAGA 
À EX-CÔNJUGE. PEDIDO SUCESSIVO DE REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR. 
IDADE AVANÇADA DA ALIMENTANDA. AUSÊNCIA DE QUALIFICAÇÃO PROFIS-
SIONAL. DIFICULDADE DE INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. IMPOSSI-
BILIDADE DE PROVER O SEU PRÓPRIO SUSTENTO. ALIMENTANTE QUE CONS-
TITUIU NOVA FAMÍLIA. REDUÇÃO NATURAL DE SUA CAPACIDADE ECONÔMICA. 
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DIREITO CIVIL
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POSSIBILIDADE DE MINORAÇÃO DA PENSÃO EM FACE DOS NOVOS ENCAR-
GOS ASSUMIDOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (...) II - O dever de 
prestar alimentos para ex-cônjuge ou ex-companheira não pode ser perpétuo, 
sob pena de transformar-se em penalidade, o que é inadmissível, e da impres-
cindibilidade de cada um envidar todos os seus esforços para a manutenção 
de sua própria subsistência, não se admitindo que, em pleno século 21, presti-
gie-se o ócio de qualquer um deles em prejuízo do outro. Por outro lado, no 
entanto, deve-se levar em conta também outros fatores que justificam 
a necessidade da percepção de alimentos, como o tempo de duração do 
matrimônio, a idade e a qualificação profissional do alimentando que, 
evidentemente, podem dificultar ou até impossibilitar a sua inserção 
no mercado de trabalho. III - A circunstância de o alimentante formar nova 
união familiar, por si só, não pode ser elemento capaz de conduzir à exonera-
ção da pensão estabelecida para a ex-mulher, com que viveu durante trinta e 
dois anos, pois antes de assumir um novo relacionamento e constituir família, 
tinha plena ciência de sua obrigação em prestar alimentos para a ex-consorte. 
Contudo, não se pode negar que com o nascimento de outros filhos, ocorra 
mudança na situação financeira do alimentante. Em outras palavras, seria 
ingênuo imaginar que o aumento da prole não tenha reflexos no momento da 
prestação dos alimentos. Assim, mister se faz adequar-se à pensão alimentícia 
precedente à nova realidade, procedendo-se, assim, a redução da verba esta-
belecida.(TJ-SC - AC: 432889 SC 2006.043288-9, Relator: Joel Figueira Júnior, 
Data de Julgamento: 06/04/2009, Primeira Câmara de Direito Civil, Data de 
Publicação: Apelação Cível n., de Capivari de Baixo)
d) Errada. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam converti-
dos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a 
sua revisão.
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mentos, assinale a alternativa correta.
a) Eles não servem apenas para garantir as necessidades básicas do alimentando, 
mas também para preservar a condição social de quem os pleiteia.
b) No atual Código Civil, o cônjuge eventualmente declarado culpado pela separa-
ção não sofre qualquer restrição em seu direito de pedir alimentos ao outro cônjuge.
c) A obrigação alimentar possui como característica básica ser irrenunciável, não 
poder ser restituída ou compensável e ser intransmissível.
d) A possibilidade de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais continua a exis-
tir após se atingir a maioridade, em razão da continuação do poder familiar que 
esses exercem sobre os filhos necessitados.
Letra a.
Análise das alternativas:
a) Certa. Há farta jurisprudência nesse sentido.
DIREITO DE FAMÍLIA. OFERTA DE ALIMENTOS. SITUAÇÃO ECONÔMICA DO 
ALIMENTANTE SUPERIOR À DECLARADA. NECESSIDADE DO MENOR. COM-
PATIBILIDADE COM A CONDIÇÃO SOCIAL ANTERIOR. MAJORAÇÃO DA 
PENSÃO ALIMENTÍCIA. POSSIBILIDADE. SENTENÇA REFORMADA. 1. Segundo 
o artigo 1703 do Código Civil, para a manutenção dos filhos, os cônjuges sepa-
rados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos. 2. Merece ser 
majorado o valor fixado a título de pensão alimentícia, seja porque a condição 
econômica do ofertante é superior à declarada na inicial, seja porque insuficiente 
para cobrir sequer metade das despesas do menor. 3. Apelação parcialmente 
provida. TJ-DF - APC: 20110110055340 DF 0001774-13.2011.8.07.0001, 
Relator: J.J. COSTA CARVALHO, Data de Julgamento: 08/10/2014, 2ª Turma 
Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/10/2014.
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DIREITO CIVIL
Alimentos
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b) Errada. Em desacordo com o art. 1704, parágrafo único, do CC.
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimen-
tos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não 
tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, 
e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, 
o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispen-
sável à sobrevivência.
c) Errada. Em desacordo com o art. 1700 do CC.
Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, 
na forma do art. 1.694.
d) Errada. Com a maior idade extingue-se o poder familiar. Assim, eventuais ali-
mentos necessários pelo maior de idade serão fundados no princípio da solidarie-
dade, o que nada se relacionada com o poder familiar.
Questão 8 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2010) Assinale a opção cor-
reta acerca da prestação de alimentos.
a) Somente os filhos têm o direito de pedir alimentos.
b) O direito a alimentos é recíproco entre pais e filhos.
c) Apósa separação judicial do casal, mesmo que o cônjuge venha a necessitar de 
alimentos, ele não mais poderá pleitear ao outro cônjuge a prestação alimentícia.
d) Os créditos alimentares prescrevem em cinco anos.
Letra b.
Conforme o art. 1696 do CC.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e exten-
sivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em 
falta de outros.
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA II
Questão 1 (FGV/TJ/SC/ASSISTENTE SOCIAL/2015) Ana, casada com Roberto há 
dez anos, descobre que seu marido mantém relacionamento extraconjugal com Julia.
Depois de muita discussão, Roberto decide divorciar-se de Ana, deixando seus três 
filhos menores impúberes residindo em companhia materna.
Diante da ruptura da vida em comum, antes da concretização do divórcio, Ana 
decide ajuizar ação de alimentos em face do ex-cônjuge, buscando fossem conce-
didos para si e para os filhos.
Sobre o tema “Alimentos”, tratado na questão, é correto afirmar que:
a) o dever de prestar alimentos existe sempre para aquele que tem condições eco-
nômica de prestá-los, seja na hipótese de casamento ou união estável, indepen-
dentemente de qualquer outro requisito;
b) o direito aos alimentos do cônjuge é indiscutível quando lhe couber residir com 
os filhos após o rompimento da vida conjugal;
c) o cônjuge culpado pela dissolução do casamento tem o dever de prestar alimen-
tos ao cônjuge prejudicado como forma de reparar o dano;
d) a obrigação alimentar em relação ao cônjuge existe em havendo necessidade de 
quem pede e possibilidade de quem deve pagar;
e) o novo casamento do divorciado, advindo filhos da nova união, implica automá-
tica revisão da obrigação alimentar relativa ao primeiro casamento.
Questão 2 (FGV/TJ/PI0ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Amália, mãe de Olívia, de oito 
anos, está desempregada. Sua filha mora com Antero, pai da menina e ex-marido 
de Amália. Embora Antero esteja empregado, não tem condições de prover integral-
mente o sustento de Olívia. Amália, atualmente, mora com a mãe, avó de Olívia, que 
é desembargadora aposentada do TJPI. Verifica-se, quanto ao episódio narrado:
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a) que o dever de alimentos, restrito aos pais, obriga Antero a buscar renda com-
plementar para prover as necessidades essenciais de Olívia;
b) que Amália perde o dever de alimentos, pois, embora seja a mãe de Olívia, não 
detém meios de prover à sua filha o sustento;
c) que o dever de alimentos é aferido pela necessidade do alimentado e, portanto, 
mesmo sem seu próprio sustento, Amália é obrigada a provê-los a Olívia;
d) que o dever de alimentos, por decorrer do exercício do poder familiar, incumbe 
apenas a Antero, que detém a guarda de Olívia;
e) que o dever de alimentos devidos pelos pais é extensível aos demais ascen-
dentes, respeitado o grau de parentesco, e, portanto, pode ser demandado da 
avó materna.
Questão 3 (FGV/MPE/RJ/ESTAGIÁRIO/2014) Em matéria de direito de família, 
pode-se afirmar que:
a) o Código Civil prevê, sob pena de anulabilidade, a necessidade de consentimento 
do companheiro da compra e venda de bem imóvel;
b) é admitida, como presunção absoluta, a presunção de paternidade dos filhos 
havidos na constância do casamento;
c) são características do direito aos alimentos o caráter personalíssimo, a irrenun-
ciabilidade e a atualização;
d) o abandono afetivo pelo genitor jamais possibilita a compensação pelos danos 
morais sofridos pelo filho;
e) a incidência de um impedimento matrimonial, nos termos do Código Civil, não 
impede a configuração da união estável.
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Questão 4 (FGV/TJ/AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Maria emprestou R$ 5.000,00 
para Cláudia. Uma semana antes do vencimento da obrigação, Cláudia procura Maria 
propondo que o pagamento seja feito por meio de uma cessão do crédito a alimentos 
que ela possui com José (pai de Cláudia), avaliado em R$ 20.000,00.
A partir da situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível a cessão de créditos, pois o direito a alimentos é incessível por 
expressa vedação legal.
b) Não é possível a cessão de créditos, pois o valor devido por Maria é menor do 
que o crédito que ela tem com José.
c) Somente será possível a cessão de créditos, caso José concorde com a substi-
tuição da credora.
d) Somente será possível a cessão de créditos após o vencimento da dívida, por 
expressa determinação legal.
e) Somente será possível a cessão de créditos, caso Maria tenha alguma relação 
de parentesco com José.
Questão 5 (FGV/TJ/PA/JUIZ ESTADUAL/2009) Mévio é casado com Julia, sendo o 
varão próspero empresário do setor têxtil. O casamento foi realizado pelo regime 
da comunhão universal de bens, previsto em pacto antenupcial.
Dezesseis anos após o casamento, Mévio e sua esposa começam a desentender-se, 
o que culmina com a saída do lar conjugal efetuada pelo varão. O casal teve dois 
filhos que ainda eram menores de dezoito anos de idade.
O cônjuge mulher possuía uma loja de roupas localizada no bairro Ipanema, no Rio 
de Janeiro, percebendo cerca de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), mensalmente.
O varão contrata advogado, que, para defender os seus interesses, propõe as me-
didas cabíveis, ofertando alimentos exclusivamente para os seus filhos, tendo em 
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vista que o cônjuge-mulher possui rendimentos suficientes para a sua mantença. 
Os alimentos provisórios são fixados em R$ 20.000,00, para cada filho, acrescido 
da assunção, pelo alimentante, de todas as despesas com educação e saúde dos 
menores, até que os mesmos venham a completar 24 (vinte e quatro) anos.
Diante do narrado, analise as afirmativas a seguir.
I – O cônjuge-mulher, por ter rendimentos suficientes para sua subsistência, não 
poderá pleitear alimentos.
II – Os alimentos fixados para os filhos estão adequados para observar o binômio 
necessidade/possibilidade.
III – No caso de separação judicial, o casal repartirá as despesas com a manuten-
ção dos filhos originários do casamento.
IV – Apesar de próspero empresário, poderá o varão postular alimentos para sua 
esposa.
V – Os alimentos, uma vez fixados não podem mais sofrer modificações.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e V estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas IV e V estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I, II e IIIestiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I, III e V estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
Questão 6 (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Francisco (68) e Adair 
Souza (67), pais de Roberto Souza, ingressam em juízo em face do filho, pleitean-
do alimentos de R$ 2 mil. Em sua resposta, o filho alega que só poderia arcar com 
alimentos de R$ 1 mil e requer que seja chamada à lide sua irmã, Clarice. A obri-
gação dos filhos de Francisco e Adair, com relação a prestar alimentos aos pais, é:
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a) conjunta.
b) solidária.
c) subsidiária.
d) concomitante.
e) subsequente.
Questão 7 (FCC/TJ/GO/JUIZ ESTADUAL/2015) Considere as proposições abaixo, 
a respeito dos alimentos:
I – Cabe em regra ao credor escolher a forma como a prestação alimentícia será 
paga, se em dinheiro ou in natura.
II – Os cônjuges divorciados contribuirão sempre em partes iguais para a manu-
tenção dos filhos.
III – Com o casamento do credor, cessa o dever do ex-cônjuge de pagar alimentos.
Está correto o que se afirma em:
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Questão 8 (FCC/TJ/PE/JUIZ ESTADUAL/2015) Sendo várias as pessoas obrigadas 
a prestar alimentos,
a) todas devem concorrer igualmente, e sendo intentada ação contra uma delas, 
poderão ser chamadas as demais a integrar a lide.
b) todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos e deverão ser 
demandadas em litisconsórcio passivo necessário.
c) nenhuma delas poderá ser demandada, enquanto o juiz não deliberar quem de-
verá prestá-los.
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d) todas são devedoras solidárias, podendo o credor de alimentos demandar qual-
quer delas para haver o de que necessita para sua sobrevivência.
e) todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação 
contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Questão 9 (FCC/TJ/RR/JUIZ ESTADUAL/2015) O direito a alimentos que têm os 
filhos é:
a) renunciável, se tiverem, comprovadamente, recursos financeiros Decorrentes 
de sucessão hereditária.
b) irrenunciável, embora possam não exercê-lo, sendo o respectivo crédito insus-
cetível de cessão, compensação ou penhora.
c) irrenunciável, mas pode ser objeto de cessão, para atender a obrigações assu-
midas com sua educação ou tratamento de saúde.
d) renunciável, quando se tornarem relativamente incapazes, porque a partir dos 
dezesseis anos lhes é permitido o exercício de trabalho ou profissão.
e) irrenunciável e o respectivo crédito insuscetível de cessão, embora possa ser 
compensado com suas dívidas ao alimentante.
Questão 10 (FCC/CM/SP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) Em relação aos ali-
mentos, é correto afirmar que:
a) o novo casamento do cônjuge devedor extingue a obrigação constante da sen-
tença de divórcio.
b) a obrigação de prestar alimentos não se transmite aos herdeiros.
c) a obrigação de prestar alimentos obedece à ordem de vocação hereditária, es-
tendendo-se até os primos do alimentando.
d) com casamento, união estável ou concubinato do credor, em regra permanece o de-
ver de prestar alimentos, cabendo-lhe provar sua insuficiência posterior de recursos.
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e) a pessoa obrigada a prestar alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe 
hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário a sua edu-
cação, quando menor.
Questão 11 (FCC/DPE/PB/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Silvana tem 4 filhos, Rafa-
el, Joaquim, Manoel e Serafim. Em grave situação financeira, sem saúde para tra-
balhar e já não possuindo mais ascendentes, pediu que seus filhos a auxiliassem 
a se manter. No entanto, seus filhos se negaram, afirmando tratar-se de pessoa 
maior de idade e casada em segundas núpcias com Gabriel, que vive em situação 
semelhante à dela. Não se conformando, Silvana ajuizou ação contra o filho mais 
velho, Rafael, que:
a) é obrigado a pagar alimentos a Silvana, solidariamente com Joaquim, Manoel e 
Serafim, os quais não poderão ser chamados a integrar a lide, mas responderão em 
ação de regresso caso Rafael arque com a totalidade da obrigação.
b) somente será obrigado a pagar alimentos a Silvana se Joaquim, Manoel e Sera-
fim também o fizerem.
c) é obrigado a pagar alimentos a Silvana, na proporção de seus respectivos recur-
sos, podendo chamar Joaquim, Manoel e Serafim a integrar a lide.
d) não é obrigado a pagar alimentos a Silvana, pois o casamento extingue o dever 
de alimentar.
e) é obrigado a pagar alimentos a Silvana, mesmo que seja privado do necessário a 
seu sustento, podendo postular perdas e danos contra Joaquim, Manoel e Serafim.
Questão 12 (FCC/DPE/RS/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Considerando a disciplina 
jurídica contida no ordenamento jurídico brasileiro acerca dos alimentos e da obri-
gação alimentar, é correto afirmar:
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a) O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo 
aos ascendentes, apenas até o segundo grau.
b) O direito a alimentos é insuscetível de compensação e penhora, podendo, entre-
tanto, ser objeto de cessão.
c) A obrigação dos avós de prestar alimentos é subsidiária e complementar à dos 
pais, e não solidária.
d) A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, estan-
do estes obrigados a pagá-los, inclusive, com recursos próprios.
e) A pretensão para haver prestações alimentares não pagas prescreve em 03 
(três) anos a partir da data em que se vencerem.
Questão 13 (FCC/DPE/CE/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Quando João completou 
18 anos, Renato, seu pai, parou automaticamente de lhe pagar pensão alimen-
tícia sob o argumento de que o filho já seria maior de idade, além de possuir 
condições para trabalhar. De acordo com Súmula do Superior Tribunal de Justiça, 
a postura de Renato é:
a) incorreta, pois, mesmo no caso de atingimento da maioridade, o cancelamento 
de pensão alimentícia demanda prévia decisão judicial.
b) correta, pois, com a maioridade, cessa o dever alimentar, independentemente 
de decisão judicial.
c) correta, pois a capacidade para o trabalho desobriga o alimentante de pagar 
pensão alimentícia, independentemente de prévia decisão judicial.
d) incorreta, pois o dever de alimentar cessa, automaticamente, apenas com a 
conclusão dos estudos universitários.
e) incorreta, pois a menoridade cessa aos 21 anos completos.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pâmella souza coelho - 08094481579, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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GABARITO
1. d
2. e
3. c
4. a
5. c
6. b
7. b
8. e
9. b
10. e
11. c
12. c
13. a
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/TJ/SC/ASSISTENTE SOCIAL/2015) Ana, casada com Roberto há 
dez anos, descobre que seu marido mantém relacionamento extraconjugal com Julia.
Depois de muita discussão, Roberto decide divorciar-se de Ana, deixando seus três 
filhos menores impúberes residindo em companhia materna.
Diante da ruptura da vida em comum, antes da concretização do divórcio, Ana deci-
de ajuizar ação de alimentos em face do ex-cônjuge, buscando fossem concedidos 
para si e para os filhos.
Sobre o tema “Alimentos”, tratado na questão, é correto afirmar que:
a) o dever de prestar alimentos existe sempre para aquele que tem condições eco-
nômica de prestá-los, seja na hipótese de casamento ou união estável, indepen-
dentemente de qualquer outro requisito;
b) o direito aos alimentos do cônjuge é indiscutível quando lhe couber residir com 
os filhos após o rompimento da vida conjugal;
c) o cônjuge culpado pela dissolução do casamento tem o dever de prestar alimen-
tos ao cônjuge prejudicado como forma de reparar o dano;
d) a obrigação alimentar em relação ao cônjuge existe em havendo necessidade de 
quem pede e possibilidade de quem deve pagar;
e) o novo casamento do divorciado, advindo filhos da nova união, implica automá-
tica revisão da obrigação alimentar relativa ao primeiro casamento.
Letra d.
Análise das alternativas:
a) Errada. Em desacordo com o art. 1694, parágrafo 1º.
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Alimentos
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Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, 
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e 
dos recursos da pessoa obrigada.
b) Errada. Embora residindo com os filhos, o cônjuge poderá renunciar aos ali-
mentos, desde que não necessite e/ou a outra parte não possa fornecê-los, de 
acordo com o binômio necessidade/possibilidade.
c) Errada. Existe a possibilidade inclusive do cônjuge culpado receber alimentos, 
não tendo o que se falar em alimentos como reparação do eventual dano sofrido. 
Vejamos o art. 1704 do CC.
Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimen-
tos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não 
tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não 
tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge 
será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência.
d) Certa. Conforme o art. 1694, parágrafo 1º.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, 
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e 
dos recursos da pessoa obrigada.
e) Errada. A assertiva está em desacordo com o art. 1.709 do CC:
Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante 
da sentença de divórcio.
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Questão 2 (FGV/TJ/PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Amália, mãe de Olívia, de oito 
anos, está desempregada. Sua filha mora com Antero, pai da menina e ex-marido 
de Amália. Embora Antero esteja empregado, não tem condições de prover integral-
mente o sustento de Olívia. Amália, atualmente, mora com a mãe, avó de Olívia, que 
é desembargadora aposentada do TJPI. Verifica-se, quanto ao episódio narrado:
a) que o dever de alimentos, restrito aos pais, obriga Antero a buscar renda com-
plementar para prover as necessidades essenciais de Olívia;
b) que Amália perde o dever de alimentos, pois, embora seja a mãe de Olívia, não 
detém meios de prover à sua filha o sustento;
c) que o dever de alimentos é aferido pela necessidade do alimentado e, portanto, 
mesmo sem seu próprio sustento, Amália é obrigada a provê-los a Olívia;
d) que o dever de alimentos, por decorrer do exercício do poder familiar, incumbe 
apenas a Antero, que detém a guarda de Olívia;
e) que o dever de alimentos devidos pelos pais é extensível aos demais ascen-
dentes, respeitado o grau de parentesco, e, portanto, pode ser demandado da 
avó materna.
Letra e.
Dispõem os artigos 1697 e 1698 do CC e o enunciado da Súmula 596 do STJ:
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada 
a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em con-
dições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau ime-
diato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer 
na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as 
demais ser chamadas a integrar a lide.
Súmula n. 596 do STJ. A obrigação alimentar dos avós tem natureza comple-
mentar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total 
ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
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Questão 3 (FGV/MPE/RJ/ESTAGIÁRIO/2014) Em matéria de direito de família, 
pode-se afirmar que:
a) o Código Civil prevê, sob pena de anulabilidade, a necessidade de consentimen-
to do companheiro da compra e venda de bem imóvel;
b) é admitida, como presunção absoluta, a presunção de paternidade dos filhos 
havidos na constância do casamento;
c) são características do direito aos alimentos o caráter personalíssimo, a irrenun-
ciabilidade e a atualização;
d) o abandono afetivo pelo genitor jamais possibilita a compensação pelos danos 
morais sofridos pelo filho;
e) a incidência de um impedimento matrimonial, nos termos do Código Civil, não 
impede

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