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Patologia Geral – Aula Prática 6 
 
 
Aula 6 – Infarto 
Lâminas: 3, 5, 36, 223, 6, 239, 195 
 
 
Definição : Infarto consiste em uma área de necrose isquêmica 
causada pela oclusão do suprimento arterial ou de drenagem 
venosa num tecido particular. 
 
Tipos : 
Baseado na quantidade de hemorragia: Infarto Branco e infarto Vermelho. 
Baseado na presença ou ausência de infecção microbiana: sépticos ou assépticos 
 
Infarto vermelho 
 
Causas: 
Oclusão venosa (torção ovariana, por exemplo, ou mesmo testicular – peça) 
Trombose 
Compressão do pedículo vascular 
Torção do pedículo vascular 
Oclusão arterial 
Órgão com irrigação dupla ou anastomose, como ocorre no pulmão e intestino 
Trombo ou embolo, produzindo um infarto branco. Por lise do trombo/embolo, há 
inundação de sangue na área necrótica. 
 
Evolução : Infiltração leucocitária => tecidos de granulação (“tecido” formado entre a 
inflamação e o reparo, há a formação de vasos, presença de fibrose, etc) => cicatriz fibrosa 
 
Microscopia: Necrose coagulativa isquêmica; exceto no cérebro, onde é liquefativa. 
 
Macroscopia: O infarto vermelho tem a mesma forma do branco, só que sua cor é 
vermelho-escura, tem consistência firme e faz saliência na superfície. 
 
Infarto branco 
 
Causas: Obstrução arterial em órgãos sólidos com circulação terminal (com pouca ou 
nenhuma circulação colateral); 
 
Macroscopia/evolução : O infarto branco apresenta-se como uma área em forma de cunha 
com ápice no ponto de obstrução vascular e base voltada para a superfície do órgão (da 
mesma forma que o vermelho). No início, a região afetada é pálida (falta de sangue) e suas 
margens são pouco definidas. Nos dias seguintes, adquire coloração branco-amarela e 
torna-se bem delimitada. Após semanas, o infarto é transformado em uma cicatriz 
conjuntiva, que forma uma depressão no local acometido. 
 
Localização: Rim, baço e coração 
 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
 
Esquema geral de estudo: 
 Definição 
 Tipos 
 Causas 
 Consequências 
 Evolução 
 Microscopia 
 Microscopia 
 Localização 
 
Lâmina 5: Na primeira imagem, vemos a transição de uma região de parênquima com 
hiperemia passiva (direita) para uma região de fibrose (centro) em volta de uma região 
mais clara com infiltrado inflamatório e hemossiderófagos nos capilares da região 
capsular. Na segunda imagem, dá-se uma aproximação nessa região de infarto branco do 
baço. 
 
 
 
Macroscopia: Hiperplasia da polpa vermelha; Parênquima normal / congestão / necrose 
coagulativa (preservação dos vasos e arquitetura do tecido) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
 
Lâmina 3: Na primeira imagem, vemos uma área de córtex de rim bem pouco corada, com 
excesso de hemácias DENTRO DOS VASOS e com extensa área de necrose (localizada), 
caracterizando um infarto branco. Vemos infiltrado inflamatório na área de transição entre 
área necrosada e parênquima normal. Na segunda imagem, vemos essa transição e esse 
infiltrado (normal para necrosado, da esquerda para a direita, passando por uma linha de 
leucócitos). 
 
 Causas: obstrução arterial, vasos colaterais não foram suficientes para suprimir a isquemia 
 Evolução: aparecimento do infiltrado inflamatório, fibrose, hiperemia passiva, cicatrização 
 Localização: Baço, rim e coração, principalmente. 
Lâmina 36: As fibras cardíacas infartadas são mais róseas e sem núcleos, como nas setas. 
Diferentemente do infarto branco, nas anteriores, há grande extravasamento das 
hemácias para FORA dos vasos, o que caracteriza o infarto branco como seu outro nome: 
infarto HEMORRÁGICO. No local da hemorragia e da necrose, existe infiltrado inflamatório, 
podem ser vistos e identificados macrófagos (sem hemossiderina, já que o infarto é 
recente – menos que uma semana). 
 
 
Causas: obstrução coronariana, reperfusão (já com necrose), embolo e placa. 
Evolução: é o que ocorre na próxima lâmina. 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
 
Lâmina 223: Bem similar à lâmina anterior, a primeira imagem mostra uma necrose mais 
acentuada com maior infiltrado inflamatório e digestão das hemácias extravasadas 
(hemossiderófagos). O tecido vai sendo reposto por uma cicatriz fibrosa, já que as fibras 
cardíacas não têm ou têm pouca capacidade regenerativa. Na segunda imagem vemos, 
entre fibras musculares normais, a presença de áreas fibrosas, com a presença de 
fibroblastos depositando colágeno. Vemos alguns vasos neoformados, do tecido de 
granulação (explicado anteriormente e que veremos no próximo módulo). 
 
Área rochas não são calcificações!! São artefatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
 
Lâmina 6: Temos um pulmão hemorrágico, com áreas de necrose extensas, caracterizando 
um infarto pulmonar vermelho (como podemos ver em uma peça). Vemos na primeira 
imagem alguns alvéolos que escaparam da área de necrose e hemorragia e a transição 
para a parte necrosada. Nessa área, vista na imagem 2, podemos ver o arcabouço de 
alguns septos alveolares que vão sofrendo necrose. Os restos nucleares das células dos 
septos e de outras células, inclusive inflamatórias, podem ser vistos no meio das hemácias. 
Podemos ver antracose em alguns pontos e hematina/hemossiderina dependendo da 
lâmina e do tempo de infarto. 
 
 
 
 
Causas: Embolo no trombo. 
Macroscopia : presença dos septos, núcleo de leucócitos = restos nucleares, grande 
quantidade de hemácias, plasma extravasado. 
 
 
Lâmina 239: Vemos uma lâmina de intestino delgado (presença das vilosidades, como nas 
setas), com presença de áreas necrosadas (infarto vermelho). Na área de transição 
(primeira imagem), apenas a mucosa é afetada; mas com a evolução, na área necrosada a 
parede toda sofre necrose (infarto hemorrágico), como vemos em uma peça e na segunda 
imagem. Na segunda imagem a seta indica um vaso que sofre necrose. 
 
 
 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
 
Causas: Obstrução de vaso, pode ter placa com reperfusão, trombose venosa, trombose 
com dupla circulação. 
 
Macroscopia: Não tem glândulas submucosas = Intestino delgado; (peça) 
 
Microscopia: degeneração hidrópica, necrose isquêmica e hemorragia. 
 
Evolução: Se não for tratado rapidamente, o problema pode levar a infecção local ou a 
excessiva perda de sangue. 
 
Lâmina 195: infarto no coração. Temos a exceção dos infartos – diferentemente de todos 
os outros infartos comumente vistos, o infarto cardíaco não é por necrose isquêmica e, 
sim, liquefativa, com perda completa da arquitetura normal e com infiltrado inflamatório 
nas bordas do tecido infartado. Na parte superior direita vemos algo que se parece com 
um processo de reparo. A segunda imagem representa o tecido nervoso normal da mesma 
lâmina, como comparação. 
 
 
 
 
Samuel Pessoa e Mateus Félix – Medicina UnB – Turma 91 
Agradecimentos a todos que ajudaram na confecção dos relatórios, das lâminas ou até apoio moral!

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