AV3 SUCESSÕES - PETIÇÃO INICIAL

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Disciplina: Direito da Sucessão 
Professora: Ivy Lira 
Estudantes: Anderson da Costa Oliveira, Beatriz Blohem Falcão e Jhully Evelin 
Araujo de Jesus. 
Data: 19 de novembro de 2020 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE 
SUCESSÕES, ÓRFÃOS E INTERDITOS DA COMARCA DE SALVADOR 
 
AMANDA, nacionalidade brasileira, profissão professora, portadora da cédula de 
identidade nº XXX SSP/BA, inscrita no CPF/MF sob o nº XXX, residente e 
domiciliado na XXXX, nesta cidade do Salvador, vem, mui respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu, advogado (procuração em 
anexo), endereço profissional na XXXX, com fulcro no art. 615 do Código de 
Processo Civil, vem requerer: 
 
ABERTURA DE INVENTÁRIO DO PATRIMÔNIO DEIXADO EM VIRTUDE DO 
FALECIMENTO, AB INTESTATO, DE RUI, PRESTANDO PARA TANTO, AS 
SEGUINTES DECLARAÇÕES: 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
Inicialmente, por ser a Requerente pessoa carente na acepção jurídica do termo, 
não tendo condições de arcar com o pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio fim, conforme declaração 
anexa e com fulcro no art. 4º da Lei 1.060/50, se requer a concessão de justiça 
gratuita. 
 
Em face do que foi anteriormente relatado, faz-se relevante respaldar o pedido nos 
diplomas legais, sendo os mesmos, a Constituição Federal, que em seu artigo 5º, 
inciso LXXIV, garante o acesso à justiça gratuita aos que comprovarem 
 
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insuficiência de recursos, e também a Lei 1.060/50, que rege todo o instituto da 
assistência judiciária. 
 
DO AUTOR DA HERANÇA 
 
Rui, faleceu em 20 de dezembro de 2018, na cidade de Feira de Santana, conforme 
atesta a certidão de óbito anexa. Era brasileiro, filho de XXXXXX e XXXXX, estado 
civil, profissão, portador da CI nº XXXXXX – SSP/XX, e do CPF nº XXXXXX, residia 
no endereço XXXXX. Não deixou testamento conhecido ou disposição de última 
vontade, mas deixou bens a inventariar e 4 (quatro) filhos. 
 
DA ESPOSA OU COMPANHEIRA SUPÉRSTITE/MEEIRA 
 
Amanda, brasileira, estado civil, profissão, inscrita do Cadastro de Pessoas Físicas 
(CPF) nº XXXXX, residente e domiciliada no endereço XXXXX, telefone: (XX) 
XXXXX, email XXXXX. Viveu em regime de casamento com o de cujus, entre o 
período compreendido de XXXX até a data de seu falecimento, sob o regime da 
comunhão total de bens, conforme certidão de união estável ou casamento anexa. 
Desde o falecimento do autor da herança, a requerente se acha na posse e na 
administração da herança, é a administradora provisória natural do espólio, 
cabendo-lhe representá-lo ativa e passivamente, até que o inventariante preste 
compromisso. 
 
1. DOS FATOS 
 
 
 Rui, casado com Amanda em regime de separação de bens, residente e 
domiciliado em Salvador, Estado da Bahia, faleceu ‘ab intestato’ em 20 de 
dezembro de 2018, num trágico acidente de carro na cidade de Feira de Santana. 
Rui e Amanda tinham quatro filhos (Carlos, 5 anos, Carla, 8 anos, Carina 18 anos 
e Carolina de 20 anos) e o patrimônio deixado pelo ‘de cujus’ era composto por 3 
imóveis em Curitiba, uma casa em Florianópolis, um carro (todos adquiridos 
onerosamente na constância do casamento), saldo de FGTS e valores em conta 
conjunta com sua esposa. Deixou também seguro de vida em que indicou como 
beneficiária sua sobrinha Aline. 
 
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2. DO DIREITO 
 
2.1 DA ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA DOS BENS 
 
Da análise preliminar dos fatos trazidos à baila, e em atenção ao disposto no Código 
Civil Brasileiro, como Amanda era casada com Rui sob regime de separação total 
de bens, falecendo este sem deixar testamento, em atenção ao disposto no art. 
1829, I, do CC, Amanda é considerada herdeira, bem como os demais filhos. Além 
disto, em atenção ao art. 1797, I, do mesmo diploma legal caberá a Amanda, 
considerando que ela detinha a posse dos bens, a sua administração provisória. 
 
 2.2 DO INVENTARIANTE 
 
Com fulcro no art. 615, do CPC/2015, a regra é a de que Amanda seja nomeada 
inventariante, caso esteja sob sua posse a administração dos bens deixados pelo 
falecido. Nesses termos, requer-se a nomeação do requerente abaixo nominado 
como inventariante dos bens do “de cujus”, prestando compromisso para o 
exercício do mister. 
 
2.3 DO FORO COMPETENTE 
 
Em atenção ao disposto no art. 48, do CPC/ 2015, considerando que o falecido 
residia nesta Capital, fica designado o foro da comarca de Salvador para 
propositura da presente ação. 
 
2.4 DOS BENS OBJETOS DO INVENTÁRIO 
 
O seguro de vida destinado a sobrinha Aline não será objeto da presente ação, 
por força do disposto no caput do art. 792, do CCB. Entretanto, excluído a meação 
da requerente e cônjuge o espólio é composto por 50% (cinquenta por cento) dos 
bens abaixo descrito, por se tratar de bem comum do casal, adquirido na constância 
do casamento: os 3 imóveis localizados na Cidade de Curitiba, 1 casa em 
Florianópolis e 1 automóvel, além dos valores existentes na conta conjunta do 
saldo do FGTS deverão ser objetos do presente inventário. 
 
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2.5 DO PRAZO 
 
Considerando que a morte hipotética do de cujus ocorreu 20 de dezembro do ano 
de 2018, o prazo de abertura para realização do processo de inventário e partilha 
nos termos do art. 611 do CPC é de 2 meses a contar da abertura da sucessão, 
ultimando-se nos 12(doze) meses subsequentes. 
 
2.6 DOS SUCESSORES A SEREM CHAMADOS 
 
Considerando que o “de cujus” era casado com a senhora Amanda com quem teve 
e 4 filhos, e por força de disposição legal, conforme dispõe o art.1829, I do CC 
serão chamados na sucessão os filhos Carolina, Carina, Carla e Carlos em 
concorrência com a senhora Amanda. 
 
 
3. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, respeitado o prazo do art. 611 do Código de Processo Civil, 
requer: 
 
a) a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária, com base na Lei nº 
1.060/50, por se declarar incapaz de custear as despesas processuais sem 
prejuízo a seu sustento e ao de sua família; 
b) Seja a requerente Amanda nomeada para o encargo de Inventariante na 
presente ação, deferindo-lhe prestar compromisso, vez que é 
esposa/companheira do de cujus e encontra-se na administração dos bens por 
este deixado; 
 
 
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c) a admissão desta petição como primeiras declarações da requerente, por 
conter as informações legalmente necessárias, em homenagem à 
instrumentalidade do processo e de suas formas; 
d) a citação dos demais herdeiros, cuja qualificações foram elencados, para que 
conheçam esta demanda e ofereçam suas alegações, se desejarem; 
e) a intimação do (a) representante do Ministério Público, ante à presença de 
interesse dos herdeiros absoluta/relativamente incapazes; 
f) a PROCEDÊNCIA do pedido para que, após regular processamento do feito, 
seja expedido o competente formal de partilha nos termos do plano de partilha a 
ser apresentado em momento oportuno nos autos; 
Requer, ainda provar o alegado, por todos os meios de provas em direito 
admissível. 
Dá-se a causa o valor estimado dos bens a inventariar, R$ 800.000,00 (oitocentos 
mil reais). 
Nestes termos, pede deferimento. 
Salvador, 19 de novembro de 2020. 
 
 Dr. Anderson Costa Oliveira Jhully Evelin Araujo Beatriz Blohem Falcão 
OAB/BA XXXXX OAB/BA XXXXX OAB/BA XXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCURAÇÃO AD JUDICIA 
 
 
 
 AMANDA, brasileira, casada, , portador do 
documento de identidade RG. XXXX SSP/BA, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, 
domiciliado na Capital da Bahia, onde reside na Rua XXXX Salvador, neste ato 
nomeia e constitui como seu bastante procurador o advogado Anderson Oliveira 
Costa OAB/BA XXXXX, Beatriz Blohem Falcão OAB/BA XXXXX, Jhully Evelin 
Araujo de Jesus OAB/BA XXXXX, brasileiro, casado, inscrito naOAB/Seccional 
sob o n. XXX, com escritório em Salvador, na Rua XXXXX, outorgando-lhe os 
poderes da cláusula ad judicia, especificamente para que proponha ação de 
abertura de inventário, podendo, ainda, receber, dar quitação, transigir e 
substabelecer, com ou sem reservas de poderes, tudo para o bom e fiel 
cumprimento do mandato. 
 
 
Salvador, 19 de novembro de 2020. 
 
 
 
 
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AMANDA